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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

PRÁTICA PROFISSIONAL LICENCIATURA


LETRAS – PORTUGUÊS/INGLÊS

GOVERNADOR VALADARES – MG
2023
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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

LOENE SOARES DA SILVA

PRÁTICA PEDAGÓGICA PROFISSIONAL

Trabalho apresentado à disciplina


Prática Profissional, do Centro
Universitário FAVENI, no Curso de
Licenciatura em Letras –
Português/Inglês, como pré-requisito
para aprovação.

GOVERNADOR VALADARES – MG
2023
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1. TÍTULO

Português como fator decisivo para o letramento dos surdos

2. APRESENTAÇÃO

O autor Sassaki (1997), relata que a Língua de Sinais, dependendo da sua


nacionalidade possui seu próprio conjunto de signos, sendo utilizados de forma
convencional, dentro da língua.
Sassaki (1997, p. 37) assegura sobre a Libras que ela:

representa seus referentes ainda que de forma icônica, ou seja, por vezes os
gestos simulam as formas do que se deseja expressar, de acordo com a
convenção utilizada. Embora cada dessas línguas veja os objetos, seres e
eventos representados em seus sinais ou palavras sob uma determinada
ótica ou perspectiva.

O Dicionário Aurélio (2018, p. 248), define a Língua Brasileira de Sinais como


possuidora da sua própria “institucionalização dos signos”, tendo a sua gramática
sendo constituída a partir de elementos organizados nas “palavras ou itens lexicais: o
conjunto de palavras da língua, que se estruturam a partir de mecanismos
morfológicos, sintáticos”, que tem modos específicos, mas ao mesmo tempo princípios
básicos gerais.
De acordo com Koslowski (2000), a definição de léxico é um conjunto de
palavras que fazem parte de uma língua. Levando em consideração a LIBRAS, os
sinais ou itens lexicais são as palavras.
Acredita-se que os sinais ou as palavras de uma língua de sinais é constituída
a partir do alfabeto manual. De acordo com CARNEIRO (2008, p.16) “Com esses
símbolos ou sinais é que se constrói as regras linguísticas no formato evolutivo dando
a possibilidade de diversas produções tendo como ponto de partida um determinado
ponto de regras”.
Além dos sinais ou símbolos há também os componentes pragmáticos
convencionais, codificados no léxico e nas estruturas de LIBRAS e de princípios
pragmáticos que a partir deles é possível gerar sentidos implícitos metamórficos,
ironias e outros significados não literais.
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Que educação desejamos oferecer?

Carneiro (2008, p. 15) assegura que:

“Uma escola regular sem foco para desenvolver a inclusão corre o pior de
todos os riscos, pois pode, ao incluir um aluno, excluí-lo”. Quando os
princípios da educação inclusiva são realmente implementados, os resultados
podem ser a transformações das escolas regulares em unidades inclusivas,
do mesmo modo que as escolas especializadas tornam-se parceiras de apoio
e capacitação. Além disso, obtêm-se a adequação e viabilidade das
necessidades dos alunos em relação à acessibilidade arquitetônica,
comunicacional.

Faz-se necessária a oferta de uma educação mais humanizada, que contribua


para o desenvolvimento integral dos sujeitos e ainda que respeitem totalmente os seus
direitos, a fim de que façam parte de uma educação mais inclusiva e qualitativa.
Os governantes sabem que é necessário criar mais escolas de educação
infantil, de ensino fundamental e de ensino médio para indivíduos surdos. Para que
dessa forma seja possível oferecer mais qualidade no ensino para pessoas com
surdez, seja ela total ou parcial.
Dessa forma, será possível usar a Libras de forma a aprimorar a comunicação
dos educandos sem a obrigatoriedade de utilizar a linguagem oral, uma vez que se
tem comprovado que os surdos precisam de suporte da língua de sinais e que esse
suporte somente uma escola de surdos ou classe de surdos ou surdos incluídos com
professor de Libras pode lhe dar, por causa do ambiente linguístico.
Faz-se necessário regularizar em todo o Brasil as políticas públicas que se
voltam para a educação dos surdos, a fim de garantir-lhes a utilização da Libras,
assegurando-lhes a especificidade da educação bi cultural e bilíngue das
comunidades surdas, dando o devido respeito à experiência visual e a linguística que
o surdo traz consigo, dentro do seu processo de aprendizagem e dessa forma
contribuir para que sejam eliminadas as desigualdades sociais entre os ouvintes e os
surdos, e dessa forma oferecer ao aluno o acesso e a permanência no sistema de
ensino através das melhorias nas escolas, classes dos surdos ou com o professor de
Libras quando os surdos estiverem incluídos em classes regulares.
Outro ponto importante é fazer a adequação ao Currículo dentro do Projeto
Político Pedagógico, a fim de que o aluno surdo seja capaz de apropriar-se dos
conhecimentos sistematizados na escola.
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Precisa-se pensar também nos projetos educacionais que priorizam o ensino


de Libras, pois assim, é possível oferecer o que há de melhor para a comunidade
surda, em todo o território brasileiro.
Enquanto sistema de ensino, as Secretarias de Educação, precisam criar ações
estratégicas para favorecer o acompanhamento e a avaliação do processo de
reestruturação das políticas públicas que visam a educação dos surdos

3. OBJETIVOS

Objetivo geral:
Desenvolver o letramento em Língua Brasileira de Sinais (Libras) para surdos,
focando na compreensão e produção de textos em Libras.

Objetivos específicos

Possibilitar a construção do letramento em alunos surdos através da Libras


Reconhecer a importância da Libras para a disciplina curricular Português no
que diz respeito ao aluno surdo.

4. METODOLOGIA

DESENVOLVIMENTO

Tema: Letramento em Libras para Surdos

Introdução do tema:

 Cumprimente os alunos em Libras.


 Explique o objetivo da aula e a importância do letramento em Libras.
 Apresente o cronograma da aula.

Vocabulário e gramática em Libras


 Apresente e discuta alguns sinais básicos em Libras, como números, cumprimentos e
expressões comuns.
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 Ensine algumas regras gramaticais da Libras, como a estrutura de frases e a


importância da expressão facial na comunicação em Libras.
 Utilize vídeos em Libras para exemplificar a língua em contexto.

Atividade de Leitura
 Apresente um texto ou uma história curta em Libras (pode ser um vídeo ou
apresentação ao vivo).
 Peça aos alunos que observem o texto atentamente e façam anotações sobre o
conteúdo.
 Realize uma discussão em grupo sobre o texto para verificar a compreensão.

Atividade de Escrita
 Peça aos alunos que escrevam uma breve história ou mensagem em Libras. Eles
podem usar a ajuda de dicionários de sinais ou glossários.
 Encoraje a criatividade e a expressão pessoal.

Apresentação
 Convide alguns alunos a apresentar o que escreveram em Libras.
 Forneça feedback construtivo sobre a produção em Libras.

Conclusão
 Revise os principais pontos da aula.
 Forneça recursos adicionais, como dicionários de sinais ou materiais de estudo em
Libras.
 Encoraje os alunos a praticar e aprofundar seu letramento em Libras.

Avaliação
A avaliação pode ser baseada na participação dos alunos na discussão, na
qualidade de suas produções em Libras e na compreensão do conteúdo da aula.

5. CRONOGRAMA
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O que fazer? Quando Fazer? Responsáveis:


Datas:
 Pesquisa bibliografica sobre o tema  03/06/2023  Loene
a ser apresentado e montagem do
planejamento a ser desenvolvido
na turma.
 Vivenciar a primeira aula com os  Loene e alunos
 04/06/ 2023
alunos.
 Vivenciar a segunda aula com os  05/06/ 2023  Loene e alunos
alunos.

6. RECURSOS NECESSÁRIOS

Vídeos em Libras
Quadro branco ou quadro digital
Marcadores
Computador e projetor (opcional)
Papel e canetas para os alunos

7. RESULTADOS ESPERADOS

O aluno ao conviver no meio social ela se expressa de diferentes maneiras.


Durante esse movimento de expressão ela atua, aprende, interage, vive e convive
com diferentes possiblidades no mundo. Quando ela vivencia o mundo simbólico e
suas experiências, o aluno se aproxima do outro. Ao professor cabe proporcionar para
as crianças atividades de artes, pois elas possibilitam o avanço das potencialidades
perceptivas das crianças, enriquecendo as experiências à cerca do conhecimento
artístico e estético.
A esse respeito, Pimentel (2009, p. 24), assegura que:

Ensinar arte significa possibilitar experiências e vivências significativas em


fruição, reflexão e elaboração artística. Para isso, é necessário que a
professora tenha uma base teórica, tanto para conhecer os caminhos
trilhados por seus/suas alunas quanto para propiciar momentos significativos
que possibilitem encontrar novos processos individuais e coletivos.

Ao pensar sobre o lugar que arte ocupa nas vidas das pessoas, dar-se conta
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de quão grande é a sua contribuição para favorecer o desenvolvimento do ser humano


em seus diferentes aspectos, pois a arte é a manifestação criativa do homem e ela
aflora nas mais diversificadas formas quando o sujeito interage com as pessoas e com
o mundo em que vive.
Ao professor cabe o papel de principal mediado entre a arte e o homem. Ao
entender realmente o significado de se trabalhar arte na escola, o docente é capaz de
possibilitar o desenvolvimento desse significado aos alunos e a partir dai, ter grandes
avanços através do processo ensino-aprendizagem. Para que esse processo dê certo,
é preciso investigar, instigar, ampliar e aprofundar a respeito do estético e do artístico
nos alunos.
O olhar atento para o que é dito e não dito no ensino da arte, é muito importante,
pois são diferentes linguagens as que são utilizadas nesse processo. Sobre essa
linguagens Leite (2011) diz que:

Nos espaços de narrativa propostos em nossas pesquisas com criança do


ensino fundamental, a linguagem ocupa lugar central – seja ela verbal,
corporal, gráfica, teatral etc. Favorecer um espaço de narrativa é
compreender o papel do outro na construção de significados; é entender
linguagem como via de mão dupla, quer dizer, ela tanto forma como comunica
os inúmeros sentimentos e habilidades objetivados (LEITE , 2011 p. 129)

Essas linguagens que Leite (2011) traz, podem despertar nos alunos o
desenvolvimento da sua imaginação, principalmente porque a criança se expressa de
diversas formas à respeito do meio onde vive, logo é fundamental que o professor
fique atento ao ato de expressão dos alunos, pois ao possibilitarem a expressão da
imaginação, eles desenvolvem o seu modo de pensar e agir.
Dessa forma, imaginação, pensamento, percepção, emoção, são pensados
como funções que aparecem e se aprimoram a partir da atividade humana que se
realiza na arte, tanto nas instituições formais quanto as não formais de ensino.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

LUCENA, S. Culturas digitais e tecnologias móveis na educação. In: Educar em


Revista, Curitiba, Brasil, n. 59, p. 277-290, jan./mar. 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/er/a/Mh9xtFsGCs6HRpCWWM5XhvL/?lang=pt&format=pdf.
Acesso em: 30 de abril de 2022.
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SANTOS, Zenildo.; SILVA, Maria Vitória da. O ensino de literatura num espaço
globalizado: a parceria das novas tecnologias no processo ensino-aprendizagem. In:
Fólio - Revista de Letras, v. 3, n.2, p. 361-378. Vitória da Conquista, 2011. Disponível
em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/3499/2910. Acesso em: 30
de abril de 2023

SARDINHA, Tania. O Contetxo da Tecnologia Digital e os Gêneros Textuais


Emergentes. In: Cadernos do CNLF, vol. XV, n. 5, T. 3, Rio de Janeiro, 2011

RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

Diante da execussão da atividade relacionada aos gêneros textuais


diversificados, foi possível constatar que as habilidades preconizadas na BNCC vêem
de encontra com a proposta das aulas práticas propostas por essa aluna.
Tais habilidades são:

(EF08LP01) Identificar e comparar as várias editorias de jornais impressos e digitais


e de sites noticiosos, de forma a refletir sobre os tipos de fato que são noticiados e
comentados, as escolhas sobre o que noticiar e o que não noticiar e o
destaque/enfoque dado e a fidedignidade da informação.
(EF08LP02) Justificar diferenças ou semelhanças no tratamento dado a uma mesma
informação veiculada em textos diferentes, consultando sites e serviços de
checadores de fatos.
(EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais:
ortografia, regências e concordâncias nominal e verbal, modos e tempos verbais,
pontuação etc.
(EF08LP06) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, os termos constitutivos
da oração (sujeito e seus modificadores, verbo e seus complementos e
modificadores).
(EF08LP07) Diferenciar, em textos lidos ou de produção própria, complementos
diretos e indiretos de verbos transitivos, apropriando-se da regência de verbos de uso
frequente.
(EF08LP11) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, agrupamento de
orações em períodos, diferenciando coordenação de subordinação.
(EF08LP13) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão
sequencial: conjunções e articuladores textuais.
Dessa maneira é possível delimitar que ao se trabalhar com gêneros textuais é
de fundamental importância para os alunos da educação básica, pois demonstra os
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diferentes tipos de textos com os quais lhe-damos no dia a dia.


Outro aspecto é aprender a distinguir entre os tantos tipos de gêneros textuais
existentes no meio linguistico.
A avaliação proposta em forma de exposição foi fundamental, pois criou o
vínculo necessário para o comprometimento dos alunos com o assunto abordado, bem
como com suas aprendizagens.

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