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Cadernos PDE
Produção didática-Pedagógica-2013
CASCAVEL
2013
ROSIMERI DOS SANTOS PACHECO
CASCAVEL
2013
1 Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
(ingresso no PDE)
(3 a 5 palavras)
2 Introdução
A concepção foco na interação autor texto leitor é a melhor, pois é uma leitura
ativa, critica contextualizada, o sujeito é ativo, o autor constrói o texto o texto é um
instrumento de interação com o autor e leitor. O leitor é responsável pela interpretação
do texto. Nesta concepção o texto não é um código, e sim interpretações de sentidos. (
KOCH, 2002, p.12)
3 OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
-Desenvolver a capacidade de interação com os textos, possibilitando o desenvolvimento
de habilidades de reflexão, interpretação, análise, síntese e avaliação, na apreensão e
sentido do texto.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-Articular seus conhecimentos de mundo com as informações presentes nos textos.
-Estabelecer relações não só entre as partes de um texto como também estabelecer
relações com outros textos.
-Realizar inferências relacionando-as ao seu conhecimento de mundo e/ou partilhado.
-Reconhecer fatores fundamentais da textualidade e as marcas lingüísticas que a
estabelecem.
- Reconhecer as ideias implícitas no texto para chegar ao sentido de discurso, ou seja, ir
além do significado literal das palavras para interpretar o que lê.
-Analisar os textos lidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos
linguísticos-discursivos.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
É cada vez mais frequente entre os estudantes ler e não entender, ter dificuldades
de comentar o que leu, não conseguir passar sua opinião sobre filmes, músicas e textos.
Diante disso como formar alunos que saibam interpretar um texto dando-lhe sentido?
Segundo a linguista Eunice Lopes de Souza Toledo, 2001, o texto, nesse caso, não
se limita à palavra escrita, mas engloba discursos que fazem parte do cotidiano, como
música, cinema, televisão, jornal, literatura e legislação.
Antunes, 2003, p.77, afirma que é preciso ter em mente, ainda, que, “o grau de
familiaridade do leitor com o conteúdo veiculado pelo texto interfere, também, no modo de
realizar a leitura”.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná
(PARANÁ, 2008), somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de enxergar
os implícitos, permite que ele depreenda as reais intenções que cada texto traz. Sabe-se
das pressões uniformizadoras, em geral voltadas para o consumo ou para a não-reflexão
sobre problemas estéticos ou sociais, exercidas pelas mídias. Essa pressão deve ser
explicitada a partir de estratégias de leitura que possibilitem ao aluno “percepção e
reconhecimento- mesmo que inconsciente- dos elementos de linguagem que o texto
manipula” (LAJOLO, 2001, p. 45). Desse modo, o aluno terá condições de se posicionar
diante do que lê.
Bakhtin e Volochinov, 1999, p.41 destacam que: “As palavras estão carregadas de
conteúdo ideológico, elas são tecidas a partir de uma multidão de fios ideológicos e
servem de trama todas as relações sociais em todos os domínios”.
Kleiman diz que ensinar a ler é:
Criar uma atitude de expectativa prévia com relação ao conteúdo referencial do texto, isto é, most
aluno que quanto mais ele provir o conteúdo, maior será sua compreensão; é ensinar o aluno a se
avaliar constantemente durante o processo para detectar quando perdeu o fio; é ensinar a utilizaç
múltiplas fontes de conhecimento (...). Isso implica em ensinar não apenas um conjunto de estratégias
criar uma atitude que faz da leitura a procura da coerência. ( KLEIMAN, 2008, p. 151)
Para os teóricos da Estética da Recepção, o leitor é o elemento fundamental no
processo da leitura. A interpretação que este dará ao texto lido com certeza estará
atrelada à sua experiência de vida e a sua experiência como leitora. Segundo Jauss, para
a Estética da Recepção a relação do leitor com o texto se dá da seguinte maneira:
Neste sentido, o autor entende que sua obra é um objeto variável, a qual o leitor e
observador darão uma feição não apenas dinâmica, viva, mas também responsável por
seu caráter de transformação, mudando-a de acordo com o tempo, com o espaço e com
as diferentes leituras , dando-lhe um jeito sempre renovado.
De forma que: “o significado da obra literária é apreensível não pela análise isolada
da obra, nem pela relação da obra com a realidade, mas tão só pela análise do processo
de recepção, em que a obra se expõe, [...] na multiplicidade de seus aspectos.”
(STIERLE, 1979, p. 134). A teoria da recepção, assim se efetiva como uma teoria dos
pontos de vista relevantes da recepção e de história.
Na perspectiva da Estética da Recepção “a obra é um cruzamento de apreensões
que se fizeram e se fazem dela nos vários contextos históricos em que ela ocorreu e no
que agora é estudada” (BORDINI e AGUIAR, 1993, p.81). A literatura, fechada e
definitiva que é um simples objeto escrito, ao entrar em contato com o leitor abre-se para
um mundo histórico extra texto, dialogando com a memória de outros textos.
Assim para que o aluno cresça em termos da expansão de seu horizonte de
expectativas, primeiramente, ele deve se disponibilizar a aceitar o contato com novas
leituras. E para isso, é muito importante que conheça determinados conceitos, como:
Deve-se valorizar o saber que o aluno traz, como resultado de suas vivências, de
suas visões de mundo e instrumentalizá-lo de várias leituras que vão transpor seu saber
comum, numa linguagem mais bem elaborada e convencionada nas diferentes esferas
sociais para poderem interagir com esses discursos.
Um texto pode ter várias interpretações, mas não está aberto a qualquer
interpretação, ele é cheio de pistas/estruturas de apelo, as quais levam o leitor a uma
leitura coerente. Pode também trazer lacunas, vazios que o leitor preencherá conforme
seu conhecimento de mundo, as experiências vividas, as ideologias, crenças, valores que
carrega consiga.
Segundo Liliane Soares Ferreira, 2001, p. 108, interpretar é um processo gradual.
Interpreta-se conforme se consegue perceber as ideias que alicerçam o que é lido, tanto
principais, como secundárias. Interpretar implica identificar ideias essenciais e ideias
irrelevantes.
O livro didático, uma das ferramentas mais utilizadas pelo professor de Língua
Portuguesa, nem sempre leva o aluno a ser um leitor crítico, pois não promove o estudo
da língua por meio de uma perspectiva textual-discursiva, pois o aluno deveria tornar-se
apto a compreender e a interpretar diversos gêneros/tipos de textos, através do trabalho
com diversas estratégias de leitura.
O educador e escritor Rubem Alves comenta:
A prática de sala de aula, não apenas de aula de leitura , não propicia a interação entre
professor e aluno. Em vez de um discurso que é construído conjuntamente por professor
e alunos, temos primeiro uma leitura silenciosa, ou em voz alta do texto, e depois, uma
série de pontos a serem discutidos , por meio de perguntas sobre o texto, que não levam
em conta se o aluno de fato o compreendeu. Trata-se, na maioria dos casos, de um
monólogo do professor para os alunos escutarem. Nesse monólogo o professor
tipicamente transmite para os alunos uma versão que passa a ser a versão autorizada
do texto.( ÂNGELA KLEIMAN,1992, p.24,)
Pode-se dizer que precisa haver uma interação do aluno com o texto, pois só assim
ele o compreenderá. Cabe aos professores de Língua Portuguesa levarem os alunos a
refletirem sobre o texto através de conversas que iluminarão os pontos obscuros quando
se constrói em conjunto essa compreensão.
Esta proposta de trabalho tem com objetivo trabalhar com estratégias de
interpretação de textos, possibilitando uma formação crítica do leitor, atuante, construtor
de múltiplos significados.
Sabe-se que muitas vezes é na escola o único local onde o aluno tem a
oportunidade de entrar em contato com os diferentes gêneros discursivos. Então é
responsabilidade do professor de Língua Portuguesa mostrar a gama de textos que
circulam na sociedade. É também responsabilidade desse mesmo professor criar a
oportunidade de o aluno interagir com o texto. Souza (1999) comprova esta perspectiva,
ao afirmar que:
Segundo as DCEs (PARANÁ, 2008, p. 50), “a escola precisa ser um espaço que
promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento
do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua.”
Neste trabalho propõe-se então, ao professor de Língua Portuguesa, trabalhar
várias estratégias de interpretação de textos, para que os alunos sejam capazes de ler,
compreender os gêneros fábulas e mitos, tornando-se um leitor que consiga perceber as
sutilezas em um texto ultrapassando a compreensão, sentido da língua e chegando a
interpretação que é a produção de sentidos.
A FÁBULA
A fábula é um gênero narrativo muito antigo, que sempre manteve sua importância
através dos tempos. No mundo ocidental, Esopo, escravo grego que viveu no século VI
a.C. tornou-se um fabulista muito conhecido, criando narrativas curtas, protagonizadas
principalmente por animais, com o intuito de mostrar verdades e, assim, fazer críticas a
pessoas e acontecimentos de seu tempo. Depois de Esopo, outro fabulista famoso foi
Fedro, escravo romano do imperador Augusto e que recriou as fábulas de Esopo,
adaptando-as para a realidade da época em que viveu o século I d.C.
Narrativa curta, em versos ou em prosa, a fábula traz como marca importante,
principalmente para esses dois fabulistas, a presença da moralidade, que poderá vir no
início ou no final da narrativa (embora, às vezes, apareça tanto no início como no final).
Essa moralidade encerra uma verdade, que é de conhecimento de uma coletividade, e
que o fabulista irá trabalhar, construindo uma estrutura, em geral, assim corporificada:
1) Situação inicial: o narrador apresenta as personagens, focalizando-as no momento
em que ocorrem os fatos. As indicações de tempo e de espaço restringem- se ao
estritamente necessário, como a indicação de um córrego, onde ucordeiro está a beber
água (O lobo e o cordeiro), ou a de uma árvore, em que um corvo está empoleirado (O
corvo e a raposa).
2) Ação: uma das personagens dá início à ação, lançando um questionamento à outra
(pode ser solicitando ajuda, fazendo uma provocação, desdenhando o
oponente, entre outras possibilidades).
3) Reação: a outra personagem responde ao questionamento, concordando ou
não com o solicitado. Nesse diálogo, as personagens não dizem o que querem
de forma clara, usam o subentendido, dizem uma coisa querendo dizer outra,
são muito astutas ou impõem o poder da força bruta, como na fábula O lobo e
o cordeiro. A sequência de ação e de reação poderá ser breve ou se prolongar,
esgotando os recursos de persuasão das personagens.
4) Situação final: é a representação do resultado consequente à série de ação e
reação das personagens. É quando ocorre a confirmação da verdade proposta
pela fábula, momento em que o narrador enfatiza o ensinamento, a lição de
vida que a fábula busca transmitir.
As fábulas de La Fontaine
No século XVII da era cristã, La Fontaine retoma, na França, as fábulas do grego
Esopo (540 a.C.) e do romano Fedro (10 a.C. a 69 d.C.). O autor publicou 12 livros de
fábulas, centralizando os eventos em personagens, em geral animais antropomorfizados,
havendo, entretanto, narrativas protagonizadas por seres humanos, vegetais, seres
inanimados e, também, por divindades que se associam na representação de situações
que refletem ações próprias do convívio humano.
Segundo Portela (1983, p. 133-137), a atribuição de comportamentos, qualidades e
características destinadas aos animais não se fundamenta em conhecimentos científicos,
mas sim na observação popular. E, por isso mesmo, a associação entre o comportamento
do homem e o do animal não tem validade absoluta, apresentando variações pertinentes
à mesma época ou há tempos distantes. Portela cita, como exemplo, o lobo que ora
representa a prepotência (O lobo e o cordeiro), ora a ingratidão humana (O lobo e o grou),
ora a ânsia de liberdade (O lobo e o cão) e, ainda, a “grossura e sandice” quando divide a
cena com a raposa.
Em La Fontaine, há uma variedade significativa do mundo animal representado
nas fábulas.
Em sua grande maioria, as fábulas centralizam-se em animais, em geral em
número de dois, que se opõem pela presença e/ou ausência de determinadas qualidades
e/ou defeitos (força física, astúcia, ingenuidade, autoridade, etc.). Entretanto, há fábulas
que põem em destaque o próprio homem, como ocorre Na fábula A galinha dos ovos de
ouro.
As fábulas de Monteiro Lobato
Se La Fontaine foi um grande fabulista na França do final do séc. XVII, no Brasil
esse mérito coube a Monteiro Lobato (1882-1948), que recriou as fábulas,
especificamente as de Esopo e de La Fontaine, publicando-as a partir de 1922. É bom
lembrar que Lobato foi o grande inovador na literatura infantil brasileira. Em 1920, com a
publicação de A menina de narizinho arrebitado, trouxe novos ares à literatura, dando
início à saga do Sítio do Pica-pau Amarelo, criando obras, entre 1920 a 1944, que o
imortalizaram.
Levado para a sala de aula, esse gênero narrativo será enriquecedor se o
professor, à moda de Lobato, abrir a possibilidade de discussão das “verdades” contidas
nas fábulas.
Dessa forma, estará propiciando aos alunos o exercício da reflexão e,
consequentemente, o aprimoramento da leitura crítica. Uma atividade que poderá ser
desenvolvida, dinamizando o entendimento do que é uma fábula, é a recolha de
“verdades” que existem, hoje, na comunidade em que as crianças vivem, ou, em sentido
mais amplo, na comunidade universal.
Os alunos dos 6ºs anos serão levados ao laboratório de informática para fazerem
uma leitura da Prova Brasil de 2011 e analisarem os resultados obtidos pelos 5ºs anos
das escolas do município de Corbélia, para perceberem como o nível de interpretação na
prova está deixando a desejar. Conscientizando-os de que precisam melhorar sua neste
aspecto, entendendo assim a importância do projeto e da participação de cada um para
uma melhoria do ensino-aprendizagem, principalmente no que diz respeito à interpretação
de textos. Conversar com a turma sobre o que acharam da avaliação e de seus
resultados.
Utilizando o Multimídia, passar alguns slides sobre dicas para conseguir interpretar
um texto do site www.analisedetextos.com.br/10-dicas-para-interpretar-textos
acessado em 15/11/2013.
2 Manuseando o Gênero
Iniciar com uma sondagem do conhecimento prévio dos alunos a respeito do
gênero textual fábula e, assim, antecipar possíveis dificuldades enfrentadas no decorrer
das atividades que serão desenvolvidas para a compreensão dos textos. Dialogar com a
turma a respeito do gênero fábula, com os seguintes questionamentos que serão
registrados no quadro-de-giz.
Levar para sala de aula, várias fábulas, pedir que façam leitura.
A seguir Pedir que contem para o colega a fábula que leu.
Estudar as características do gênero proposto.
Propor aos alunos que ampliem suas leituras a respeito do gênero,
incentivando, questionando e dando informações sobre autores e obras, levando-os para
o laboratório de informática para lá pesquisarem mais fábulas.
O professor fará a verificação do que a turma já sabe sobre o gênero que
será estudado.
Predições, perguntas, comentários, fazendo com que os alunos interajam com o
texto, articulando seus conhecimentos de mundo com as informações presentes no texto,
reconhecendo fatores fundamentais da textualidade e as marcas linguísticas que a
estabelecem.
3 Oficinas
O sapo e o Boi
O sapo coaxava ao lado do rio quando viu um boi se aproximar para beber água.
Cheio de inveja o sapo disse para os amigos:
- Duvidam que fico do tamanho desse animal?
- Duvido! - respondeu o pato.
Leia o texto na íntegra no site: http://professoracidaimperiano.blogspot.com.br
Conversando sobre o texto
1) Que tipo de pessoas o boi e o sapo representam nessa fábula? O que você pensa
sobre elas?
2) Em sua opinião, para que o sapo se tornasse elegante, era necessário que se
transformasse em boi? Por quê?
Extrapolando o texto
1) O que você pensa sobre as pessoas que vivem insatisfeitas consigo mesmas? O que
lhes diria?
2) Você está feliz com sua aparência e seu jeito de ser? Esclareça sua resposta.
3) Se você pudesse ser outra pessoa, quem você gostaria de ser? Por quê?
4) Como na fábula “O sapo e o boi”, nas redes sociais, como no Facebook ou Instagran
muitas pessoas têm comportamentos análogos ao do sapo, ou seja, demonstram inveja e
querem ser o que não são. O que você acha que pode acontecer com quem tem esse tipo
de atitude?
O LOBO E O CORDEIRO
Certa vez, um lobo estava bebendo água num riacho. Um cordeirinho chegou e
também começou a beber, um pouco mais para baixo.
O lobo arreganhou os dentes e disse ao cordeiro:
Veja o texto na íntegra no site: http://peregrinacultural.wordpress.com/2012/04/05/fabula-
o-lobo-e-o-cordeiro-texto-de-monteiro-lobato/
O CARACOL E A PITANGA
A cigarra e a formiga
Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar
suas reservas de comida. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado molhados.
De repente aparece uma cigarra:
- Por favor, formiguinhas me dêem um pouco de comida!
01. De acordo com o texto, por que a cigarra não possuía provisão na despensa?
a) Porque passou o verão comendo
b) Porque passou o verão cantando
c) Porque passou o verão bebendo
d) Por que tudo estragou durante o verão
02. Qual a solução encontrada pela cigarra para resolver seu problema?
a) Saiu em busca de trabalho
b) Mendigou pelos arredores
c) Pediu ajuda a alguém próximo a ela
d) Aproveitou para fazer uma dieta
05. Chamamos de ironia o modo de expressão que consiste em dizer o contrário do que
realmente se pensa, com a intenção de ridicularizar. Assim, em qual dos trechos podemos
perceber que a personagem utilizou a ironia na fala?
a) “Antes de agosto chegar [...] pago com juros...”
b) “Eu cantava, sim Senhora, noite e dia...”
c) "Que fizeste até outro dia?"
d) " Bom... Se você passou o verão todo cantando, que tal passar o inverno dançando?!
06. Dependendo do contexto em que as palavras encontram-se, elas podem ter outros
significados. Em qual frase a palavra dança foi utilizada com o mesmo sentido do texto?
a) Mariana aprendeu uma nova dança.
b) Se não estudar ela dança na prova.
c) Ele dança sem vontade.
d) Faltam dois minutos para a dança acabar.
07. Pelo que lemos na fábula, qual qualidade poderia ser atribuída à formiga?
a) mesquinha
b) generosa
c) solidária
d) impaciente
08. Qual versão da fábula “A Cigarra e a Formiga” você gostou mais? Por quê?
O GÊNERO FÁBULA
Com certeza você já leu e ouviu muitas fábulas. Em grupos, tentem lembrar agora de uma
delas, preenchendo a tabela abaixo:
TÍTULO:
PERSONAGENS ENREDO (RESUMO)
2) Narre a fábula relembrada para a turma. Conversem sobre elas: são realmente
fábulas? Por quê?
4) Você já percebeu que uma fábula não é uma narrativa qualquer. Ela tem um jeito bem
próprio de ser escrita. A seguir, você terá trechos de textos diversos. Procure localizar os
que são de fábulas, marcando-os com X.
( ) Um roubo espetacular. Nenhum vidro quebrado, trancas e cadeados inviolados,
silêncio absoluto na madrugada.
( ) Olá! Meu nome é Carolina, tenho 10 anos e sou fã n° 1 do JUSTIN BIEBER...
( ) Um corvo, tendo roubado um pedaço de carne, pousou sobre uma árvore. Uma
raposa o viu e...
( ) O ataque de um cão pit bull quase matou um menino de seis anos em Porto Alegre
ontem...
( ) Um camundongo tinha medo de um gato que o espreitava todos os dias. Sábio e
prudente foi consultar o rato vizinho.
( ) Foi comemorado o casamento do príncipe e da princesa com muito luxo e alegria, e
eles viveram juntos felizes para sempre.
TEXTO INFORMATIVO:
Você sabe de onde vêm as fábulas?
As fábulas não são textos que nasceram por acaso, sem nenhuma intenção, são
criações muito antigas, contadas às pessoas para transmitir-lhes ensinamentos,
orientando-as a como melhor pensarem e se comportarem na época e na sociedade em
que viviam.
Veja o texto na íntegra no site: http://queromaiseducacao.blogspot.com.br
In: Sete faces da fábula. Org. Márcia Kupstas,1. ed. São Paulo, Moderna, 1992.
Questões:
a. Como já mencionamos, as fábulas são textos bastante antigos e não eram escritos
para crianças. Antigamente, para quem eram contadas e para que serviam?
b. Que tipo de assunto, geralmente, é narrado nas fábulas?
c. À princípio, no tempo dos primeiros fabulistas (criadores de fábulas), nem tudo era
registrado por escrito. De que forma, então, eram transmitidas essas histórias, em que
locais costumavam ser contadas e como permaneceram vivas até hoje?
d. Nos dias atuais se quisermos ler fábulas, em que tipo de material elas aparecem
escritas e em quais locais podem ser encontradas?
e. Ainda hoje as fábulas encantam e divertem. Você acha que elas estão ultrapassadas
ou têm algo a dizer nos dias atuais? O quê? A quem?
PRODUÇÃO TEXTUAL
Como você aprendeu, a fábula é uma pequena narrativa, cujas personagens são
geralmente animais que pensam, falam e agem como se fossem seres humanos. A fábula
encerra uma lição de moral, ensinamentos que chamam a atenção para o nosso modo de
agir e de pensar.
Além disso, apresenta forma concisa, personagens simples, diálogos curtos, quase
ausência de descrições. O narrador é sempre um observador que não participa da
história. As personagens caracterizam-se por um único traço: o cordeiro é ingênuo; a
raposa esperta; o pavão vaidoso. Isso torna mais fácil identificá-los com o ser humano.
Certamente seu repertório de fábulas aumentou muito no decorrer desse projeto,
além das fábulas lidas e estudadas aqui, você pesquisou e compartilhou com sua turma
tantas outras, enriquecendo, assim, seu acervo relativo a esse gênero.
Escolha, então, uma fábula conhecida, criando uma nova versão para ela,
modernizando-a.
Ao escrever, primeiramente, seu rascunho, preste atenção nas dicas a seguir que
farão de seu texto um bom texto:
Lembre-se de que o narrador somente conta os fatos sem participar diretamente
deles (narrador observador);
Procure usar personagens que representem atitudes e comportamentos que
melhor condizem com as pessoas que serão retratadas na fábula;
Seja conciso, não abuse das descrições, reúna informações em um texto breve.
Evite repetições de palavras, use bem o recurso da pontuação;
Faça diálogos, marcando as falas das personagens com aspas ou com travessão;
Escreva a moral da história de modo explicativo ou utilizando um provérbio;
Dê um título.
Correção do texto
O gênero mito
O que é Mito:
Mitos são narrativas de caráter popular ou religioso que têm por objetivo a
explicação de fatos e fenômenos para os quais não há uma explicação lógica. Expressam
o modo como o homem vê o mundo e a realidade, de acordo com determinada cultura.
Na mitologia grega, os heróis eram semi-deuses – filhos de deuses com seres humanos –
, isto é, estavam numa posição intermediária entre os homens e os deuses gregos.
Embora possuíssem poderes especiais superiores aos dos humanos, como força,
inteligência, velocidade, eram mortais.
Um dos objetivos do mito era transmitir conhecimento e explicar fatos que a ciência
ainda não havia explicado, através de rituais em cerimônias, danças, sacrifícios e
orações.
Mitos e Mitologia
TIPOS DE MITOS
Mito heroico – narra as atividades dos heróis que (tal como Prometeu) melhoraram as
condições do homem;
Mito etiológico – explica a origem das pessoas, dos animais, dos lugares e das coisas;
pesquisa as causas por que se constituíram as tradições, procurando encontrar episódios
que justifiquem ao nomes (tendo um nome cuja origem desconhecemos, inventa-se uma
história que o explique; uma vez assimilada e aceite, esta pode converter-se num mito);
Mito moral – relata as lutas entre o Bem e o Mal, entre anjos e demônios, entre forças ou
elementos contrários, procurando retirar uma conclusão moral e esclarecedora;
Mito escatológico – faz uma antevisão do futuro, do homem após a morte, do fim do
mundo;
Mito soteriológico – apresenta o universo da iniciação e dos mistérios, dos rituais, dos
percursos purificadores.
- Todas as culturas possuem seus mitos. Alguns assuntos, como a criação do mundo, são
bases para vários mitos diferentes.
Iniciar o gênero mito, passando na TVpendrive o vídeo; Mitos- aula sobre tipo de
texto do yotube, para irem familiarizando-se com o gênero e também conhecerem o mito
Pandora.
O vídeo está no site: http://www.youtube.com/watch?v=6qSmIGtuhLo
Atividade 2
Levar os alunos ao laboratório de informática para assistirem aos vídeos seguintes
sobre mitologia grega:
1. Mitologia – A criação do universo
Disponível no site:
http://www.youtube.com/watch?v=zCRXCEELxkk&feature=related
2. Seres mitológicos
Disponível no site:
http://www.youtube.com/watch?v=8iytSZM0spc&feature=related
3. Mitologia grega
Disponível no site:
http://www.youtube.com/watch?v=NzGzjqb2p5c&feature=related
Atividade 3
Após a apresentação do vídeo, em dupla, os alunos deverão realizar uma pesquisa nos
sites disponibilizados abaixo, seguindo o roteiro seguinte:
Mitologia grega, mitos: conceito.
Mito e história nas sociedades antigas e modernas.
Concepções sobre origem do mundo a partir de mitos de diversos povos.
Importância das narrativas mitológicas para preservação da história-memória dos
povos.
Disponíveis nos sites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_grega
http://www.brasilescola.com/mitologia/mitologia-grega.htm
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u33.jhtm
Atividade 4
Na TVpendrive passar o vídeo Minotauro, para conhecerem a figura mitológica.
Reproduzir (copiar) para os alunos o texto – Teseu e o Minotauro - para leitura e
análise
Teseu e o Minotauro
Sobre o texto
Atividade 5
Imagens:
Dédalo e Ícaro:
Disponível em:
https://www.google.com.br/search?q=d%C3%A9dalo+e+%C3%ADcaro&newwindow=1&source=lnms&tbm=i
sch&sa=X&ei=EsGbUo_1OpS4kQe4xoCACQ&ved=0CAkQ_AUoAQ&biw=1024&bih=676
Pandora
Disponível em:
https://www.google.com.br/search?q=d%C3%A9dalo+e+%C3%ADcaro&newwindow=1&source=lnms&tbm=i
sch&sa=X&ei=EsGbUo_1OpS4kQe4xoCACQ&ved=0CAkQ_AUoAQ&biw=1024&bih=676
Hércules
Disponível em:
http://www.google.com.br/imgres?newwindow=1&biw=1024&bih=676&tbm=isch&tbnid=0IBlsH7Lnq9UVM:&i
mgrefurl=http://historianovest.blogspot.com/2010/09/hercules-pisou-na-bola-e-pagou-
com.html&docid=HHgzZBG8_WHCwM&imgurl=http://3.bp.blogspot.com/_FK5QjE4gwZc/TI2tJt4tvnI/AAAAA
AAAIyo/89HhcSJYIcQ/s1600/hercules1.jpg&w=313&h=450&ei=QcKbUt7rI4r4kQe9qYDgCQ&zoom=1
Narciso
Disponível em:
https://www.google.com.br/search?newwindow=1&biw=1024&bih=676&tbm=isch&sa=1&q=narciso&oq=nARCISO&gs_l
=img.1.0.0l10.61803.66436.0.68151.14.14.0.0.0.0.272.1386.8j3j2.13.0....0...1c.1.32.img..6.8.699.lQxR78fZnV0#facrc=_
&imgdii=_&imgrc=ic5o6U
Orpheu
Disponível em:
https://www.google.com.br/search?newwindow=1&biw=1024&bih=676&tbm=isch&sa=1&q=orfeu&oq=oRFH
EU&gs_l=img.1.0.0i10i24.2148.33883.0.36792.13.13.0.0.0.0.395.2106.5j2j3j2.12.0....0...1c.1.32.img..2.11.1
855.EsG8MvVrzIk
Medusa
Disponível em:
https://www.google.com.br/search?newwindow=1&hl=pt-
BR&biw=1024&bih=633&site=imghp&tbm=isch&sa=1&q=medusa&oq=medusa&gs_l=img.
Apolo
Disponível em:
https://www.google.com.br/search?newwindow=1&hl=pt-
Atividade 6
ECO e NARCISO
Eco era o nome de uma ninfa muito tagarela, que conversava muito e sem
pensar. Não conseguia ouvir em silêncio quando alguém estava falando. Sempre se
intrometia e interrompia, nem que fosse para concordar e repetir o que o outro dizia. Um
dia, fez isso com a ciumenta deusa Juno, quando ela andava pelos bosques furiosa,
procurando o marido Júpiter, que brincava com as ninfas. A tagarelice de Eco atrasou a
poderosa Juno, que resolveu:
- De agora em diante, sua língua só vai servir para o mínimo possível.
E a partir desse dia, a coitada da Eco só podia mesmo repetir as últimas
palavras do que alguém dissesse. [...] Veja o texto na íntegra no site:
http://didatizandoalinguagem.blogspot.com.br/2013_08_01_archive.html
9)Pode-se comparar o que Narciso fez no mito quando se aproximou do lago, algo
semelhante à selfie, um gênero de fotografia auto-retrato, normalmente tomadas com
uma câmera digital de mão ou celular com câmera, associados com redes sociais e
serviços de compartilhamento de fotos, como o MySpace, Facebook e Instagram, onde
eles são comumente publicado. Elas são muitas vezes casuais, normalmente são
tomadas, quer com uma câmera à distância de um braço ou em um espelho, e pode
incluir apenas o fotógrafo ou outras pessoas também, O que você acha da prática do
selfie?
1. Por meio da leitura do texto, é possível inferir algumas características psicológicas dos
personagens apresentados. Dentre as alternativas a seguir, qual não caracteriza
adequadamente o personagem ao qual se refere?
a) ( ) Hermes: obediente.
b) ( ) Epimeteu: ingênuo.
c) ( ) Prometeu: orgulhoso.
d) ( ) Pandora: curiosa.
2. Zeus idealizou Pandora para realizar seu plano de vingança. Para que tudo saísse
conforme planejado, delegou diferentes funções a seus subordinados. Relacione cada
personagem à atividade realizada:
c) Horas ( ) Moldou uma mulher de barro, tão linda quanto uma verdadeira
d) Hermes deusa.
brancas.
3. No parágrafo que você releu para responder à questão anterior, Zeus dá uma ordem a
Hefesto, expressa na narrativa por meio do discurso indireto. Como ficaria a ordem de
Zeus se o autor tivesse optado pelo discurso direto?
Mal ergueu a tampa, Pandora deu um grito de pavor e do interior da ânfora saíram
monstros horríveis: o Mal, a Fome, o Ódio, a Doença, a Vingança, a Loucura e muitos
outros espíritos maléficos…
5. A expressão “Mal” no início do trecho poderia ser substituída, sem alterar o sentido do
texto, por:
a) ( ) assim que;
b) ( ) portanto;
c) ( ) desde que;
d) ( ) certa vez.
6. Qual das explicações a seguir justifica o uso dos dois-pontos no trecho? Assinale:
Escrevendo mitos
Depois deste trabalho, pode-se pedir aos alunos para escrever um texto sobre a
“Caixa de Pandora”, o que esconderiam lá e, ou se tivessem a chance de
descobrir um segredo como reagiriam, ou ainda sobre a origem dos
males/sentimentos do mundo (inveja, orgulho, entre outros…)? Entre outros….;
ilustrar a história. Também pode-se complementar o trabalho com outros
professores de outras áreas (história) sobre a mitologia….
Reproduzir por escrito um mito (de conhecimento de todos) que será divulgada no
jornal eletrônico. Apresente outras versões dos mitos lidos anteriormente,
confrontando as diferentes versões e propondo que a turma discuta e justifique
aquela que mais lhe agrada.
A revisão do texto pode ocorrer à medida que as ideias são colocadas pelos
estudantes, sempre chamando atenção para a necessidade de se fazer
compreender pelo leitor, mantendo-se também fiel às características do gênero.
Ler os textos e fazer observações individuais sobre as dificuldades específicas de
cada um. Para tratar de questões comuns à turma como um todo, proponha uma
discussão coletiva.
REFERÊNCIAS
Ler os textos e fazer observações individuais sobre as dificuldades específicas de cada
um. Para tratar de questões comuns à turma como um todo, proponha uma discussão
coletiva
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http//w w w1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u814shtml. Acesso em ; 09 junho
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BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de
Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
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et al. (Org.). A literatura e o leitor: textos de Estética da Recepção. Trad. Luiz Costa Lima.
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KOCH, Ingedore G. Villaça. Leitura e o Sentido do Texto. São Paulo. Cortez Editora,
2002.
VARGAS, Suzana. Leitura: uma aprendizagem de prazer. Rio de Janeiro: José Olimpio,
2000.
BORDINI, Maria da Glória e AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação do leitor:
alternativas metodológicas. 2 ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.