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UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO: LETRAS/ ESPANHOL

VALÉRIA CECÍLIA OPORTO FLORES RA: 1320285

AS DIFICULDADES NA FORMAÇÃO DO HÁBITO DE LEITURA EM


ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GUARULHOS-SP
2019
VALÉRIA CECÍLIA OPORTO FLORES RA: 1320285

AS DIFICULDADES NA FORMAÇÃO DO HÁBITO DE LEITURA EM


ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial para a obtenção do
título de Licenciatura em Letras /Espanhol.

Universidade Paulista – Polo Guarulhos - SP


Orientação: Prof. Bruno César dos Santos

GUARULHOS-SP
2019
AS DIFICULDADES NA FORMAÇÃO DO HÁBITO DE LEITURA EM ALUNOS
DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL / VALÉRIA FLORES. [et al.]- 2019.60 f.

...Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao curso de Letras


da Universidade Paulista, Macedo Guarulhos -SP, 2019.

....Orientador: Prof. : Bruno César dos Santos

....1. Leitura.. 2. Dificuldades do hábito leitura. 3. Ensino Fundamental. I.


FLORES, VALÉRIA. II. Santos, : Bruno César (orientador).
VALÉRIA CECÍLIA OPORTO FLORES RA: 1320285

Trabalho de Conclusão De Curso para


obtenção do título de Graduação em Letras
Apresentado à Universidade Paulista –Unip

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_______________________/__/___
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP

_______________________/__/___
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP

_______________________/__/___
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista UNIP
“Os verdadeiros analfabetos são os que
aprenderam a ler e não lêem”. (Mário
Quintana)
RESUMO

A leitura é um elemento essencial nas relações humanas, pois permite ao leitor


contato com diferentes informações. Entretanto, a modernidade exige muito além de
ser apenas alfabetizado. É necessário possuir a habilidade de múltiplos letramentos,
conceito que relaciona a compreensão da leitura ao contexto social. Desta forma, o
objetivo central deste trabalho versa sobre os hábitos de leitura entre adolescentes,
que cada vez mais se apropriam do espaço virtual para a prática de leitura.
Entretanto, os professores da educação básica desvalorizam e, muitas vezes, não
fazem uma mediação deste processo. É urgente que as TICs sejam utilizadas nos
espaços escolares, pois, conforme previsto nas legislações educacionais, a escola
deve preparar o aluno para se tornar um sujeito social, capaz de compreender os
diversos textos veiculados na sociedade. A metodologia utilizada neste trabalho foi
revisão bibliográfica. Através do percurso realizado, foi possível perceber que de fato
os adolescentes estão conectados ao mundo virtual e a escola não tem cumprido o
seu papel de mediação do ensino/aprendizagem através dos meios digitais.

PALAVRAS CHAVE: Internet. Leitura. Multiletramentos.


ABSTRACT

Reading is an essential element in human relationships because it allows the reader


to contact different information. However, the modernity requires much more than just
being literate. It is necessary to have the ability of multiple literacies, concept that
relates the understanding of reading to the social context. In this way, the main
objective of this work is about reading habits among adolescents, who are
increasingly appropriating the virtual space for reading practice. However, teachers
of basic education devalue and often do not mediate this process. It is urgent that
TICs be used in school spaces, because, as provided in educational legislation, the
school should prepare the student to become a social subject, able to understand the
various texts conveyed in society. The methodology used in this work was a
bibliographical. Through the course, it was possible to perceive that in fact the
adolescents are connected to the virtual world and the school has not fulfilled its role
of mediation of teaching / learning through digital means.
Keywords: Internet. Reading. Multiliteracies.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………....................13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA………………………………………......................15

2.1 Contribuições de Geraldi .……………………………………………....................16

2.2 Contribuições de Freire………………………………………………....................18

2.3 Estratégias de Leitura .......................................................................................20


2.4 Tecnologia digital como ferramenta de incentivo ao hábito da leitura........21
2.5 O Papel da Família..............................................................................................25
3 METODOLOGIA.....................................................................................................26
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................27

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................29
13

1 INTRODUÇÃO

O incentivo a leitura e da recepção de textos tem sido a grande preocupação


de lingüistas e teóricos de modo geral, visto que, a compreensão e domínio de um
texto, de modo a construir o conhecimento é condição determinante para a
participação social.
A leitura além de ser instrumento para a construção do saber em sala de aula
cria um indivíduo crítico-reflexivo, pronto para transformar a sociedade em que vive.
No entanto, na atualidade moderna percebe-se que cada vez menos jovens
desenvolvem o hábito diário da leitura devido a era digital Dessa forma torna
necessário que profissionais da educação colaborarem com educadores de Língua
Portuguesa para que possam encontrar subsídios para atrair a atenção dos jovens
para a leitura com práticas pedagógicas diferenciadas.
No que tange o hábito da leitura quando se trata dos alunos dos anos finais
do Ensino Fundamental, nota-se que os alunos têm bastante dificuldade em fazer
qualquer leitura de qualquer gênero textual e se interessar pelo ato de ler. Mas
percebe-se, que às vezes tudo isso ocorre por falta de incentivo por parte dos pais,
professores e até mesmo da sociedade. Ler é mais do que um processo individual, é
também uma prática social e o incentivo do professor aos alunos com a leitura é
muito importante para que eles possam ter uma visão diferente do mundo através do
ato de ler. Vale ressaltar que a formação de um leitor crítico se faz a partir do
momento em que o professor mostra aos alunos o prazer da leitura, isso ocorre
quando o educador usa de textos diversificados em suas aulas e que vão ao
encontro com realidade do aluno.
Partindo do pressuposto de que a leitura é classificada como um canal de
propagação de um comunicado importante, ler significa um processo mental de
vários níveis, o que contribui e muito para o desenvolvimento intelectual, profissional
e social do ser humano.
Em meio a realidade vivenciada na prática escolar da autora do presente
trabalho, em que percebe que alunos dos anos finais do Ensino fundamental estão
sentindo cada vez menos motivados a adquirirem o hábito da leitura e por outro lado
passam horas em frente a equipamentos digitais eletrônicos criando vícios de
linguagem oral e escrita, emergiram algumas questões que norteiam a proposta
deste trabalho: Porque os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental sentem
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desmotivados a adquirirem o hábito da leitura? Porque os mesmos preferem


expressar seus pensamentos e reflexões através da digitação eletrônica? Como o
professor poderá utilizar a tecnologia digital como incentivo ao hábito da leitura?
Quais as vicissitudes de se trabalhar com a internet no incentivo ao hábito da
leitura? Qual é a postura do profissional em relação a metodologias de incentivo a
leitura?
Frente a esses questionamentos priorizou-se o primeiro e, delimitou-se como
objetivo geral deste estudo o de explicitar as dificuldades dos alunos no 9º ano
do Ensino Fundamental adquirir o hábito da leitura. Para alcançar esse objetivo
determinaram-se três objetivos específicos:

a) Estimular metodologias modernas de incentivo a leitura;


b) Ressaltar que o incentivo do professor possibilita o hábito do leitor;
c) Explanar as possibilidades do uso da tecnologia digital como
ferramenta de incentivo ao hábito da leitura;

Com a finalidade de alcançar os objetivos formulados a partir das informações


levantadas e da sua articulação, intencionou-se realizar uma leitura crítica das
publicações selecionadas, com ênfase nas dificuldades na formação do hábito de
leitura em alunos dos anos finais do Ensino Fundamental.
Para tanto o Capítulo 1 é dedicado a apresentar a Leitura na formação crítica e
reflexiva do cidadão, A Leitura e fases de Aprendizado do aluno e Estratégias de
leituras na-Escola. No Capítulo 2, apresentam-se os recursos metodológicos
utilizados neste trabalho, seguido pelo Capítulo 3 em que é realizada a análise e
discussão dos principais dados coletados na pesquisa bibliográfica. Por fim,
apresentam-se algumas considerações quanto à discussão realizada, bem como as
limitações do estudo e os horizontes para novas pesquisas.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A prática da leitura se faz presente na vida dos sujeitos desde o momento em


que passam a compreender o mundo a sua volta. No constante desejo de decifrar e
interpretar o sentido das coisas que os cercam, de perceber o mundo sob diversas
perspectivas, de relacionar a ficção com a realidade em que vivem no contato com
um livro, enfim, em todos esses casos, está de certa forma lendo, embora muitas
vezes as pessoas não se dá conta disso.
Segundo Freire, (2008) mostra que antes mesmo do contato com o livro o
indivíduo já tem um contato com a leitura do mundo, com sua experiência de vida,
pois cada ser tem uma maneira de interpretar e ver as coisas que o rodeia, por isso
a leitura do mundo é sempre fundamental para a importância do ato de ler, de
escrever ou re- escrever e transformar através de uma prática consciente. Isso
equivale dizer que a realidade cotidiana do aprendiz está diretamente refletida no
processo de conhecimento e interpretação das palavras e frases escritas. Com isso
a leitura é uma forma de atribuição contínua de significado, os quais precisam ser
desvelados pela compreensão do ser humano, pela sua subjetividade. Assim, a
leitura é um dos grandes elementos da civilização humana.
Sendo assim, o leitor durante o seu ensino fundamental, pode ser apenas um
aprendiz se não apreciar as maravilhas oferecidas no ato de ler, nunca ganhará
autonomia e perderá a oportunidade de ser transformado pelo hábito e pelo prazer
que a leitura proporciona. A palavra escrita é a principal ferramenta para
compreender o mundo em que os sujeitos estão inseridos. A grandeza do texto
consiste em dar a possibilidade de refletir e interpretar a sociedade, o mundo em
que se vive da maneira em que se acreditar estar certo.
Portanto, o livro é o ponto de partida para o desenvolvimento da leitura,
assim, se estudou a importância da leitura e as dificuldades que foram encontradas
ao tentar incluir a leitura no dia a dia dos jovens que estão no ensino fundamental.
Por isso através de análises efetuadas em vários países a respeito da
aquisição da prática de leitura, mencionadas por Bamberguer (1987), “observou-se
diferenças gritantes quanto ao interesse pela leitura”. Tais análises conferiram
enormes contrastes a quatro elementos decisivos: a colocação dos livros na escala
de maior valia no país; a bagagem cultural; as chances de leitura (este em questão
destaca a imprescindibilidade das escolas, suas bibliotecas, como também as
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bibliotecas públicas que há em cada cidade do país que irá exercer um papel
essencial); o alto valor do livro relacionado a questões socioeconômicas, e o papel
que os livros desempenham na construção de um sujeito que será um futuro leitor
crítico-reflexivo.
Frente à temática deste trabalho em questão e aos objetivos elencados, a
seguir serão apresentadas com maior rigor de detalhes as principais formulações
teóricas e contribuições de Geraldi, Freire e Martins, acerca das dificuldades na
formação do hábito de leitura em alunos dos anos finais do Ensino Fundamental.

2.1 Contribuições de Geraldi

Nas palavras ditas por Geraldi (2006, p. 107), “o professor é somente


observador do diálogo do aluno com o texto”.
Nesse processo do aluno-leitor com o texto/autor, o professor é o expectador,
apenas vê efetivar-se o processo de leitura em seu aluno, em algumas situações
entra em cena e torna-se mediador, que sana as dúvidas que surgiram e ao mesmo
tempo questiona ao longo do procedimento.
O aluno carece e deve ver tanto o educador, quanto o livro, uma referência
em que possa buscar o conhecimento e sanar suas dúvidas. Os livros em vários
momentos podem ajustar-se às experiências vividas do leitor.
A liberdade com que o aluno tem abordado os livros que lê decorre do não
privilégio a um único sentido ao texto, mas aqueles sentidos que a experiência de
mundo, de cada leitor, atribui ao livro que lê na produção de sua leitura. A qualidade
(profundidade) do mergulho de um leitor num texto depende de seus mergulhos
anteriores. (GERALDI, 2006, p. 112).
Para vencer as barreiras encontradas na aquisição do hábito da leitura nos
alunos do ensino fundamental, ou seja, para tornar alunos do ensino fundamental
sujeitos leitores, para desenvolver, além do que a competência, o apreço ou o
compromisso freqüente com a leitura, as instituições de ensino terão de estimulá-los
internamente, pois adquirir o hábito de ler requer estímulo e engajamento.
No que tange a leitura o papel do professor faz-se principalmente em forma
de estímulo, deixando com o que o aluno tenha liberdade de escolha e se sinta
capaz de ler o que gosta o que lhe dá prazer de maneira que o mesmo não se sinta
pressionado.
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Geraldi (2006, p. 60-61) assegurou que “o professor não deve visar à


cobrança da leitura, dado que o que se busca é desenvolver o gosto pela leitura e
não a capacidade de análise literária”. A avaliação do professor deve ser em um
aspecto qualitativo, e não quantitativo, deve-se contar a progressão do aluno em
relação à determinada leitura e não a quantidade de livros que ele lê em uma
semana ou em um ano por exemplo.
Para que o ensino-aprendizado da leitura no ensino fundamental forme jovens
leitores é necessário que o papel do educador seja de mediador do conhecimento.
Por isso, para Geraldi (2006): “não pode o professor usar a leitura para outros fins,
como pretexto para desenvolver outra atividade: dramatizar uma narrativa, ilustrar
uma estória, por exemplo. O tipo de leitura em que o intuito de ler por ler se faz
gratuitamente, quebra tal paradigma tão alicerçado por professores no ensino
fundamental”.
Portanto, essa é a percepção de ler que se ânsia nas instituições de ensino e
em qualquer outro lugar, que favorece o aprendizado de forma agradável e
estimulante, que faz assimilar, desenvolver uma percepção crítica e extensa do
mundo, dos seres e vida de cada um. O processo de leitura em si estabelece uma
teia de conexões, interações significativas entre quem lê e quem escrevem a que se
acrescentam as ideias de uma ou de várias pessoas (autor, crítico, leitor) e o
contexto em que todos se inserem. Além disso, resulta em conferência do
conhecimento próprio, crítica e ou aceitação do que já foi dito. Depois de ler,
independentemente do tipo, quando os questionamentos propostos pelo texto são
respondidos, ocorre o entendimento. Só o ato da leitura desperta o interesse e
desenvolve o diálogo entre texto e leitor, ou seja, concede compreensão.

2.2 Contribuições de Freire

Vivemos em uma sociedade letrada, onde a escrita está sempre presente em


nossa dia-a-dia, basta sair na rua para nos depararmos com placas nos ônibus,
outdoors, em lojas, nas embalagens dos produtos que utilizamos etc. Diante dessa
situação a criança que não sabe ler se sente perdida, mas mesmo sem conseguir
decifrar o código lingüístico ela observa, pensa, faz perguntas, formula hipóteses,
experimenta e tira suas próprias impressões e conclusões.
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Através da leitura o aluno desperta para interpretação dos fatos e ainda


sente-se estimulado para desenvolver a aprendizagem, posto que a leitura se
encarregue de amadurecer o intelecto. Freire (2000) afirma que a leitura não pode
ser vista como imposição ou como obrigação e sim como ato mágico, é preciso que
a criança leia o que gosta.
Para alcançar todos esses objetivos é preciso que os alunos tenham acesso a
uma educação de qualidade e permanência na escola. Um direito garantido a todos
os brasileiros, pela Constituição Federal no Artigo 206. Onde enfatiza também a
liberdade de aprender, a liberdade de pensamento, a arte e o saber. Diante disto a
escola precisa proporcionar ao aluno condições de progredir na aprendizagem e
interferir, quando for necessário, no processo educativo.
Freire (1996, p.25) argumenta que “Ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” O
autor afirma que para o bom desenvolvimento da leitura é fundamental, que nós
educadores, saibamos valorizar a cultura popular em que o aluno está inserido.
Diante da importância do ato da leitura para a vida de qualquer pessoa é
fundamental que os professores despertem o gosto pela leitura nos seus alunos,
pois cada um ao ingressar na escola trás consigo uma bagagem de conhecimento
prévio, Freire afirma ainda que a afetividade é o fator fundamental para que se crie
uma boa relação entre professor e aluno, facilitando o entendimento e respeito entre
eles, quando o professor conquista seu aluno ele consegue transmitir melhor sua
tarefa.
Ainda tendo como base Freire (2000), é preciso trazer a leitura para a
realidade dos alunos de hoje. É necessário que a escola promova o incentivo à
leitura mostrando para cada educando a importância do hábito de ler.
Além de tudo isso é preciso que os alunos entendam que o hábito de ler deve
ser levado para fora da sala de aula, ou seja, ele deve utilizar no dia-a-dia de forma
natural e espontânea.
A leitura é uma fonte inesgotável de conhecimento. Por meio da atividade de
compreensão leitora o leitor é exposto aos benefícios que a leitura proporciona:
inserção a sua cultura nativa, em culturas diferentes, em contextos sociais e
políticos, enfim, ele passa a informar-se, a desenvolver o senso crítico, que é regido
pela informação, e esta por sua vez circula de acordo com os mais variados gêneros
discursivos.
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Conforme pontua Freire (1989), a leitura do mundo precede sempre a leitura


da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquela. A leitura está
associada à forma de interpretar o mundo que nos cerca, assim, se faz importante
buscarmos seu significado para darmos continuidade ao trabalho.
O ato de Ler é antes de tudo compreender o que se lê por isso não basta
decodificar sinais e signos. Assim o indivíduo pode ser considerado leitor a partir do
momento que passa a compreender o que lê.
Freire (1996, p.25) argumenta que “Ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” É
necessária, uma aproximação entre família e escola, um maior incentivo ao aluno
por parte da família, professores bem preparados para lidar com essas dificuldades,
buscando melhorias tanto nos métodos de ensino quanto na parte psicológica de
seus alunos.
É óbvio que não encontramos a ‘formula Mágica’ para desenvolver e criar o
gosto pela leitura, mas o que podemos e devemos fazer como educadores é
proporcionar aos alunos esta experiência como uma janela que se abre para
despertar o gosto pela leitura e apresentá-la como uma construção de novos
conhecimentos, que possibilita a aquisição da linguagem de modo prazeroso,
espontâneo e com interações positivas no convívio social.
O gosto pela leitura é despertado em nós por alguém, pois não é inato. Assim
cabe o professor proporcionar atividades diversificadas (visuais, orais e escritas) que
venham a seduzir transformando a leitura em prazer, necessitando ser renovando a
cada dia.

2.3 Estratégias de Leitura

As estratégias de leitura são técnicas ou métodos utilizados pelo leitor para


facilitar a compreensão de um texto ou ainda atividades escolhidas para facilitar o
processo de compreensão do mesmo. Assim, os procedimentos adotados por cada
um se diferenciam, visto que cada indivíduo não assimila conhecimento da mesma
forma.
[...] As estratégias de leitura são procedimentos e os procedimentos
são conteúdos de ensino, então é preciso ensinar estratégias para a
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compreensão dos textos. [...] no ensino elas não podem ser tratadas
como técnicas precisas, receitas infalíveis ou habilidades específicas.
[...] por isso ao ensinar estratégias de compreensão leitora, entre os
alunos deve predominar a construção e o uso de procedimentos de
tipo geral, que possam ser transferidos sem maiores dificuldades para
situações de leitura múltiplas e variadas. (SOLÉ, 1998, p.70).

Ainda segundo Solé (1998), as estratégias de leitura são as ferramentas


necessárias para o desenvolvimento da leitura proficiente. Citando como estratégias
fundamentais de compreensão de leitura: a) Previsão ou antecipação: diz respeito
ao conhecimento prévio que o leitor possui a respeito daquilo que lê; b) Inferência:
dar novo sentido ao texto com base nos seus conhecimentos prévios; c) Verificação:
confirmação ou não das hipóteses levantada; d) Seleção: Classificar as informações
como útil ou não para compreensão do texto.
A utilização das estratégias de leitura permite compreender e interpretar de
forma autônoma os textos lidos e pretende despertar o professor para a importância
em desenvolver um trabalho efetivo no sentido da formação do leitor independente,
crítico e reflexivo. Em concordância com PCN temos:

A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de


compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de
seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe
sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação,
decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma
atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência
e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso
desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido,
permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão,
avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições
feitas. (BRASIL, 1998, 69-70).

As estratégias de leitura ainda segundo Solé podem ser utilizadas antes,


durante e após a leitura, sendo que na pré-leitura é feita uma análise, durante a
leitura pode-se ter informações relevantes estabelecendo uma relação com as
informações apresentadas no texto, e depois da leitura analisa-se o significado da
mensagem do texto e a verificação de compreensão. O professor possui papel na
formação de leitores e a importância do hábito de leitura precisa a todo tempo ser
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evidenciada pelo educador em sala de aula, fazendo assim, com que seu aluno
desperte para a necessidade de fazer da leitura pratica constante em seu cotidiano.

2.4 Tecnologia digital como ferramenta de incentivo ao hábito da leitura

A era tecnológica trouxe possibilidades diferentes de leitura, tornando-a mais


cativante através de estratégias visuais, sonoras e interativas na busca de atrair
leitores, neste sentido, nasce o conceito de multiletramento.
Segundo Rojo e Moura (2012, p. 13) apud TANZI NETO et al (2013, p. 136) o
conceito de multiletramentos não está relacionado unicamente à concepção textual,
a definição deste conceito está relacionado à “multiplicidade cultural das populações
e a multiplicidade semiótica de constituição de textos por meio dos quais ela se
informa e se comunica”. Assim, a transformação da sociedade influencia a
dinamicidade dos textos que são circulados socialmente.
Portanto, a imersão da população no ambiente digital exige uma mudança
nas habilidades de leitura, a partir de estratégias pedagógicas, uma vez que os
textos abandonam a ideia de um corpo textual somente com palavras e começam a
apresentar outros itens. Segundo Baladeli e Cascavel (2011), os textos aparecem
em meios digitais com arranjos textuais surgidos e exclusivos da internet e perpassa
pela exigência do leitor compreender essas novas habilidades.
Diante disso, afirmam que as TICs e sua devida implementação têm sido um
desafio principalmente em desenvolver leitores capazes de entender textos virtuais.
Espaço que propicia o uso de abreviações e imagens em vez de palavras pela
necessidade de comunicação rápida, ou seja, a forma convencional de ler textos
perdeu espaço para texto e hipertexto em ambiente virtual.
Portanto, os profissionais da educação devem adequar-se às novas
demandas educativas, não cabendo na escola somente a prática de leitura em
textos físicos, pois é necessário que os estabelecimentos de ensino acompanhem as
tecnologias que podem beneficiar o ensino-aprendizagem dos discentes. Entretanto,
é preciso vencer as barreiras do uso do computador e da tecnologia na escola e
principalmente a formação de professores.
Sabino (2008) afirma que não se deve ler sem reflexão do conteúdo, sem
perceber a intenção do texto, ou seja, realizar uma leitura de forma mecânica, pois
retirar informações de textos não é suficiente. É preciso que ao final da leitura os
22

alunos sejam capazes de realizar análise crítica enquanto a mensagem transmitida,


neste sentido demanda raciocínio, esforço mental e a prática constante de leitura a
textos mais complexos.
Assim, o uso de tecnologia na prática de leitura deve ser um atrativo, uma vez
que são textos menos complexos. Esta seria uma forma de aproximar o aluno da
leitura e motivá-lo, conforme salientam Mata; Monteiro e Peixoto (2009, p. 564): “as
características motivacionais ao longo da escolaridade poderá levar a uma melhor
compreensão das particularidades inerentes à motivação para a leitura e
conseqüentemente a uma intervenção mais apropriada para a sua promoção.”
A ideia de utilizar as tecnologias no ambiente educacional não é nova e deve
ser de fato, utilizada, pois, nos documentos oficiais, mais precisamente os PCNS,
PCNEM e BNCC já citam uso de computadores e tecnologia: "É indiscutível a
necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de
aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas
tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais
presentes e futuras." (BRASIL, 1998, p. 96); "a tecnologia é o tema por excelência
que permite contextualizar os conhecimentos de todas as áreas e disciplinas no
mundo do trabalho” (BRASIL, 2000, p. 93).
Neste sentido, é um desafio para a escola tornar seus alunos leitores, pois os
meios digitais atraem os jovens, mas a escola em um contexto geral não se
preparou para isso. Segundo Xavier (2005), a contribuição que a internet permite ao
leitor é valiosa em formação intelectual e lingüística, tornando os usuários em
leitores assíduos, seja em textos verbais e não-verbais, visuais, sonoros e
hipertextuais, que infelizmente a escola e sua organização milenar de metodologias
consegue com muita dificuldade.
Em meio a estes fatores, o educando é prejudicado pela ausência de
orientações para uma leitura eficaz no meio digital. Conforme visto em pesquisas
que abordam o nível de conectividade de adolescentes, é fato que quase todos eles
possuem acesso à internet e passam muito tempo conectados. Por isso, é urgente e
necessário que os profissionais da educação estejam preparados a orientá-los para
uma leitura eficaz.
Muitas vezes, esta discussão de implantação de tecnologias torna-se
cansativa pela quantidade de estudos que comprovam a eficiência desta ferramenta
para o ensino/aprendizagem. Entretanto, ainda encontra-se em escolas profissionais
23

que insistem em proibir a qualquer custo o uso de aparelhos eletrônicos em sala de


aula. Este é um fator preocupante, pois embora muito se discuta este tema, a
repulsão aos meios tecnológicos como ferramenta de ensino/aprendizagem continua
sendo constante em espaços escolares.

2.5 O Papel da Família

Notou-se que é incontestável a importância da leitura e da escrita para a


formação do educando. Assim, o primeiro contato que o sujeito teve com a escrita e
com a leitura veio do âmbito familiar. Vendo dessa forma, para Freire (1995, p. 12)
“a leitura inicia-se no próprio contexto sociocultural a partir de ideias que fazem do
conhecimento de mundo e que vão se aprofundando de acordo com seu
desenvolvimento”.
Como afirmou Zilberman (1999):

“Crianças que desde os primeiros anos de vida se habituam a


manusear livros infantis e ouvem histórias contadas pelos pais, avós
ou babás e mais tarde lêem aventuras cujos protagonistas são
crianças de sua mesma faixa etária, provavelmente desenvolverão
com mais rapidez o ofício da leitura. Essas crianças, na fase adulta,
com certeza sentirão um imenso prazer na leitura. São capazes de ler
e escrever mais facilmente desenvolve a imaginação e amadurecem
a sensibilidade mais rapidamente que outras crianças em situações
adversas.”

Antes mesmo, ao inserir-se no âmbito escolar, o sujeito já demonstrava um


contato com a escrita e a leitura, por meio da assimilação e do entendimento com
seus rabiscos.
Entretanto, viu-se que boa parte da população brasileira não tem o costume
de ler assiduamente, ou seja, pouco se lê; e isso é preocupante em uma sociedade
onde os níveis de jovens leitores é crítico. Muito se escuta sobre leitura e sua
importância, mas a prática é completamente diferente, as pessoas não vêem a
leitura como um hábito que deve ser seguido continuamente, mas como uma
obrigação.
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Na verdade, não é função simples incluir o hábito da leitura nos jovens,


preferencialmente entre 12 e 15 anos, uma vez que estão em processo de
construção da personalidade, principalmente sabendo dessa constatação, mas esse
é o desafio de professores em conjunto com a família; motivar para que o processo
ocorra de forma prazerosa e divertida, de maneira que o indivíduo deixe de lado
aquele pensamento de que a leitura é obrigatória, que é exigida pela escola e são
restritas aquelas obras impostas pelos currículos, é importante que os jovens saibam
que existe mais do que isso, ou seja, que existe livros sobre todos os temas
cabíveis, para todos os gostos, que proporciona uma viagem para um mundo fictício
onde o aluno pode aprender e ao mesmo tempo ter seu momento de lazer.
Cabe, portanto, para Freire (1995, p. 17-21), “à escola e aos professores que
são essenciais na influência sobre a leitura no aluno, orientar, mais precisamente,
despertar o gosto para o ato de ler.” Uma vez que, o aluno ao ver a família envolvida
e comprometida com o hábito da leitura, certamente terá um grande estímulo, uma
vez que a família é um espelho para os jovens.
A família pode começar o estímulo partir de seu próprio hábito, visto que o
jovem, ao ver seus pais ou outros sujeitos de seu círculo social efetuando o ato de
ler, sentir-se-á estimulada a conhecer. Essa conduta de encontrar o encanto do
mundo modificará o indivíduo, aos poucos, em um leitor.
As dificuldades na formação do hábito da leitura em alunos do 9º ano do
ensino fundamental vivenciadas no dia a dia escolar são sem dúvida, um tópico
essencial, pois aprender a buscar uma metodologia adequada para superação das
dificuldades encontradas facilitará o processo de aquisição do conhecimento.
Depende muito da perspectiva de cada professor a responsabilidade de traçar um
plano de trabalho, focado no desenvolvimento da leitura, como pressuposto
fundamental para desenvolver sujeitos conscientes, instruídos a interpretar textos,
afirmar relações impulsionar-se ao universo de possibilidades de modo crítico e
inovador a fim de conquistar espaços, em uma sociedade marcada pela
competitividade.
As práticas de leitura no ensino fundamental deverão ser valorizadas pelo
professor, que absorverá as que acontecem no cenário social auxiliando assim para
a composição de um leitor crítico e capaz de transformar e proporcionar situações
de cidadania e responsabilidade social.
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Frente ao exposto, espera-se que a pesquisa tenha contribuído para


intensificar as discussões sobre o tema em destaque. Pretendeu-se, ainda, que as
análises bibliográficas utilizadas nesta pesquisa tenham contribuído para os debates
sobre as dificuldades na formação do hábito de leitura nos alunos do 9º ano do
ensino fundamental.
É importante que o professor procure criar no cotidiano escolar um estimulo
diário de leitura: leitura, exposição de histórias, incentivando a procura e a
permutação de livros entre os jovens, designando um momento para a leitura em
sala de aula, trazendo textos de livros de interesse geral da classe, ou seja, abrindo
espaço para que o aluno tenha oportunidade de ler o que lhe agrada, do que ele
quer ler aconselhar leituras associadas aos gostos da turma, criar um canto para ler
na escola, ampliar a biblioteca da escola através exposição de livros, leitura,
adaptação de livros, sair para analisar e conhecer bibliotecas públicas da cidade,
entre outras atividades correlacionadas a leitura.
Enfim, criar ofertas variadas e instigantes, oferecendo, assim, uma imersão no
universo dos livros e oferecendo condições para que ela se torne, de forma efetiva,
um exercício interdisciplinar e intertextual são passos fundamentais e significativos
para a formação de um novo tipo de leitor. Ler dá aos jovens a oportunidade viver
entre dois mundos; o mundo real e o imaginário, o que irá oferecê-los um prazer
imenso, é de extrema importância que a leitura seja incentivada pelos educadores,
como também pela família dos jovens em questão, só assim haverá a possibilidade
de formar sujeitos críticos, aptos para viver em sociedade e astutos de maneira em
que tenham um futuro brilhante e digno.
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3 METODOLOGIA

Neste capítulo serão descritos os procedimentos metodológicos utilizados


para o desenvolvimento deste estudo acerca das dificuldades na formação do hábito
da leitura em alunos do 9º ano do Ensino Fundamental.
Primeiramente faz-se necessário conceituar o que vem a ser uma pesquisa.
Nas palavras de Gil (2010), pesquisa é um processo intencional e planejado que
objetiva responder problemas propostos. Para se desenvolver uma pesquisa é
preciso se ter um conhecimento mínimo a respeito do fenômeno a ser estudado,
bem como empregar adequadamente as técnicas e os métodos científicos que
auxiliarão no desenvolvimento do processo de conhecer o que se propõe a ser
pesquisado.
Marconi e Lakatos (2010) acrescentam que a pesquisa pode ser
caracterizada de acordo com sua abordagem, natureza, objetivos e procedimentos.
Assim, a presente pesquisa é caracterizada por uma abordagem qualitativa a qual,
segundo os mesmos autores enfatiza aquilo que não pode ser mensurável em um
determinado fenômeno e prioriza a sua compreensão.
Essa pesquisa é de natureza aplicada. Ela é descrita por Gil (2010) como um
estudo que almeja adquirir conhecimento para ser aplicado numa realidade
específica. Além disso, quanto aos objetivos, ela é exploratória, uma vez que de
acordo com Gil (2010), ela tem o intuito de oferecer maior aproximação com o
problema para fazê-lo mais evidente ou até mesmo formular hipóteses.
Para se chegar aos objetivos da presente pesquisa, utilizar-se-á como
procedimento a pesquisa bibliográfica que, segundo Gil (2010, p.29) é desenvolvida
a partir do estudo de materiais publicados tais como: “[...] livros, revistas, jornais,
teses, dissertações e anais de eventos científicos” e ainda utiliza-se das novas
fontes de informação as quais são: “[...] discos, fitas magnéticas, CDs, bem como o
material disponibilizado pela Internet.”.
Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, este estudo não foi submetido à
avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Além disso, seguirá todos os
procedimentos éticos de pesquisa no que se refere à citação dos autores utilizados,
sendo respeitadas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
em relação à produção e organização de referências.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho realizado teve como problematização “Como vencer as


dificuldades na formação do hábito da leitura em alunos do 9º ano do ensino
fundamental”. O respectivo tema decorreu de debates constantes entre estudiosos
da área da educação, além de que a leitura foi e sempre será instrumento na
construção de sujeitos críticos.
No entanto, havia cada vez menos jovens que possuíam o hábito de ler.
Desse modo o estudo buscou colaborar através de pesquisas e praticas
metodológicas que visam encontrar meios de atrair os jovens realizando práticas de
leitura, uma vez que foi analisada e confirmada a conexão entre a leitura e a
construção do saber.
A pesquisa foi embasada por análises de autores que se dedicaram, e alguns
ainda se dedicam ao estudo da leitura. Foi usado como alicerce também, pesquisas
bibliográficas através de artigos, livros, e-books e revistas que falam sobre o
assunto. Apesar de o estudo ter tido embasamento diversificado, de contextos
históricos e sociais diversos, foi visto uma variação no decorrer do tempo, ou seja,
foi percebido um aumento, embora pequeno nos últimos anos.
A leitura é um elemento essencial para consolidação do processo de
ensino/aprendizagem de alunos na fase escolar, seja na educação básica ou ensino
superior. Desta forma, as demandas da atualidade exigem que os indivíduos não
sejam apenas alfabetizados, é necessário que haja uma leitura de mundo, ou seja,
compreender um texto exige não apenas decodificar as palavras do texto, mas
relacioná-las entre si e à realidade a que os sujeitos estão inseridos.
Os textos surgidos após a criação e popularização da internet estão cada vez
mais imersos na população. Neste sentido, é necessário que as instituições de
ensino estejam preparadas para lidar com esta nova forma de leitura. Entretanto, é
notável que há falta estrutura física e ausência de preparos por parte do corpo
docente.
Em meio a estes fatores, o educando é prejudicado pela ausência de
orientações para uma leitura eficaz no meio digital. Conforme visto na análise dos
dados desta pesquisa, e em outras que abordam o nível de conectividade de
adolescentes, é fato que quase todos eles possuem acesso à internet e passam
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muito tempo conectados. Por isso, é urgente e necessário que os profissionais da


educação estejam preparados a orientá-los para uma leitura eficaz.
Partindo do ponto de que a maior responsável pelo incentivo à leitura é a
escola, porque ainda não avançamos? Porque ainda há muitos alunos que nem se
quer ousaram ler um livro? Porque nossos alunos ainda estão desinteressados?
Com tantas dúvidas que me surgiram no decorrer do trabalho, precisei conversar e
entrevistas profissionais da área de educação, e a resposta foi surpreendente.
Professores de escola pública dizem que faz muito, mas não são valorizados, e que
os alunos de hoje em dia não são como no passado, pois a grande maioria hoje vai
à escola por falta de opção, por obrigação e que assim são também com as tarefas
e exercícios desenvolvidos pelo professor.
Percebo que há muito que crescer ainda e que esse crescimento depende
sim do professor, que precisa desempenhar um bom trabalho, criar estratégias para
convencer o aluno que a leitura é importante na nossa vida, e que a partir dela
muitas coisas podem mudar.
A escolha do tema desse trabalho foi feita por mim baseado nas dificuldades
que temos em lidar com a leitura em sala de aula, creio que consegui realizar da
melhor maneira, me surpreendi com os resultados. Acredito que é possível mudar e
que precisamos começar imediatamente, pois a necessidade da sociedade é
urgente.
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