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Em defesa da família

Por frei Marcelo Aquino, O.Carm

freimarceloocarm@gmail.com

A sociedade, como todas as coisas que partilham da Existência, são causadas,


possuem um princípio criador, uma célula mater. A família, enquanto instituição
primeira dos homens, é o fator potencial de gerar uma boa ou má sociedade. Tal como
numa construção uma fundação mal calculada faz o prédio ruir, uma família mal-
estruturada faz uma sociedade valetudinária, débil. Não precisa se ter dois olhos para
constatar que nossa sociedade não está boa. Qual será, então, sua solução? Logicamente
a resposta será a valorização e proteção da família.

A família não é, e nunca será uma instituição falida, ao contrário do que defende
os detratores desse organismo vital à sociedade. O homem honesto intelectualmente
jamais compactuará com as “verdades” que defendem aqueles que pretendem destruir a
família, os que defendem o fim dessa instituição, promovem um caos na mente das
crianças que têm que aprender que devem enxergar numa união do mesmo sexo, a
imagem que outrora era diferente, a maioria das pessoas tem pai e mãe, mas agora se
pleiteiam a existência de uma família formada por dois homens, duas mulheres, ou
quem sabe até um homem e uma árvore, por que não?

Longe de ser uma defesa da chamada “homofobia”, a defesa da família


tradicional se constitui na luta pela sobrevivência do gênero humano e a perpetuação do
projeto de Deus. Os que defendem que um casal de homens deve ter o status de família,
precisam entender que a defesa da família tradicional não significa que eles não têm o
direito de viver em suas casas do jeito que quiserem, mas que eles não podem impôr ao
mundo um novo modelo de família, mas eles podem responder dizendo que a nossa
pretensão é descabida, querer ser o modelo de família, e a resposta a isso é, nós não
pretendemos ser o modelo por excelência, nós o somos, pois Deus assim o quis.

A família é o maior patrimônio de Deus, pois o homem é a obra prima do


Criador, Deus quer que os homens cresçam e submetam a Terra, mas, como isso será
possível se a militância LGBT insiste em impôr um “modelo” de família que é o de não
reprodução? Isso significa que a humanidade está ameaçada, daí eles acusam os
defensores do modelo tradicional de família de neurose, pois eles acreditam que nós
pensamos que as pessoas serão obrigadas a serem homossexuais, é claro que não se trata
disso, mas, que o ensino da ideologia nas escolas, sobretudo nas primárias, constitui
numa incitação do método deles, que resultará na proliferação de novos casais do
mesmo sexo, isso não é neurose, mas, lógica. Crianças são influenciáveis, e as escolas
são como uma extensão da formação familiar.

Enfim, a defesa da família proposta pela Igreja é a defesa do projeto de Deus,


pois a Igreja sendo Religião de Deus defende seus interesses, nada mais natural que os
integrantes de uma instituição defendam os interesses do seu fundador, mas os
ideológicos podem dizer: E nós, não temos o direito de defender nossos “direitos”? E
responderemos que sim, mas, defender direitos, não significa impor-se à maioria. O
direito que defendemos é o de preservação da família, o direito de que nossas crianças
sejam criadas como sempre foram, e quando forem adultas decidam o que querem na
vida, mas não que sejam doutrinadas numa nova visão de família.

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