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Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas.
Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos,
porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado
mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o
ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.
Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce
espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os
casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos
acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os
filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos.
O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam
filhos saudáveis.
Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados
demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos.
Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam
tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o
fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são
herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos
filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido
motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é
nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e
admoestação do Senhor.
Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa,
correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo
penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes.
Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem
mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor
ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a
intriga.
Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande
tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas
vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus,
com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um
plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina
a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos
serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos
relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!
A família, de uma maneira geral, e, em especial, as famílias cristãs, têm sido bombardeadas e
atingidas diariamente pela grandiosa expansão da Pós-modernidade nesta geração. Valores
familiares, princípios éticos e sociais e até posturas espirituais têm sido influenciados diretamente
por esta nova configuração social. Mas o que é a Pós-modernidade? O que é isto que tem
afetado tão drasticamente as sociedades e fragilizado as bases da estrutura social mais bem
elaborada por Deus que é a família?
Pós-moderinidade, de forma simples e clara, nada mais é do que uma nova configuração cultural,
cheia de novas ideologias, novas percepções filosóficas e novas dimensões espirituais, vivida
atualmente pelas sociedades, que tem mudado o nosso mundo e a nossa forma de pensar e viver
no mundo, especificamente a partir da grandiosa revolução dos anos 70.
O mundo mudou, "evoluiu" e tornou-se uma aldeia global, todo mundo junto ao mesmo tempo
com as mais variadas categorias e estilos de vida. Não há mais modelos a serem seguidos, não
há mais paradigmas para nada. O mundo perdeu referênciais, ficou fragmentado. Hoje em dia,
cada pessoa faz o que quer, onde quer, quando e com quem quiser. Há diferentes tendências,
mas não uma moda ou um padrão único. Os valores mais tradicionais da família foram deixados
de lado e agora família é qualquer ajuntamento entre algumas pessoas não necessariamente de
gênero oposto para viver a dois, pois o "importante é ser feliz".
O capital, ou seja, o dinheiro tem valores fundamentais dentro desta nova configuração social. O
financeiro dita normas, valores, usos, ética, vida espiritual, costumes, quem sou e o que viremos
a ser. O dinheiro é a chave de tudo e está acima de tudo.
Nesta nova era, há um grande avanço das mais diversas pesquisas, muita informação,
informática avançada e comunicação expansiva, além da alta modernidade e expansão da
quebra de mitos e padrões religiosos rígidos. Para complicar mais ainda, temos Hollywood como
um ditador americano mundial de um novo padrão moral ultraliberal e antibíblico que estabelecem
um estilo de vida descomprometido e só estampa na tela os modelos familiares disfuncionais.
A que ponto chegamos e aonde nossas famílias vão parar se não tomarmos uma postura com
base na Palavra de Deus para impedirmos que a Pós-modernidade destrua os valores eternos
estabelecidos por Deus para a perpetuação de sociedades saudáveis? Veja como a Pós-
modernidade se infiltra sutilmente corroendo os fundamentos de uma família bíblica.
Atuação no casamento
Hoje as pessoas não casam mais só porque amam umas as outras ou porque querem constituir
família. Muitas pessoas buscam nos casamentos apenas segurança financeira. Casam na via de
quanto vão se dar bem e quanto vão ganhar com isso. É mais importante a condição financeira
do que viver feliz emocionalmente.
A vida a dois
Enfim, “vamos casar, se não der certo, separamos”. Essa filosofia norteia os casamentos da Pós-
modernidade. Os valores da preservação do núcleo familiar são apenas ecos do passado.
Tambem é normal hoje encontrarmos crentes dentro da Igreja e até grandes líderes que se
divorciam por questão de incompatibilidade de temperamentos. Onde Deus está nesta história de
"amor"? Tornou-se comum, dentro da Igreja, os divórcios que já estão na mesma média das
pessoas do mundo. O Deus que abomina o divórcio, dentro da Pós-modernidade, parece que
tornou-Se complacente e entendedor de dores mais profundas desses “pobres corações
sofridos”, que só descobriram que fizeram uma escolha ruim após o casamento.
Criação de filhos
Finanças
Como já mencionamos, o importante é ganhar bem, não importa o que você faz, com quem faz e
quantas vezes faz. Caráter? Isto não é importante, a vida é mais dura e este valor moral não tem
espaço quando se tem que alimentar tantas bocas. Não é à toa que vemos vários crentes
negociando princípios eternos, jogando em lata de lixo os valores morais em busca desesperada
pela tão sonhada prosperidade financeira. Não importam os meios, o importante é que dê certo e
“Deus vai abençoar, porque entende as necessidades de Seu povo”. É comum ver crentes
envolvidos em processos desonestos, negócios desonestos e falcatruas.
Vida na Igreja
Múltiplas verdades (particularizadas). A quantidade de Igrejas que vão nascendo e surgindo com
verdades próprias é gigantesca. Qualquer pessoas sai do seu canto e faz um modelo particular.
Igrejas das mais diferentes esferas, para vários tipos de gosto, tudo na mesma rua. A
religiosidade está em alta. A verdade é Maomé, Buda, Nova Era... Cada um defende a sua
“verdade”. O fenômeno interdenominacional atinge todas as classes sociais, oferecendo Igrejas
para todo e qualquer gosto ou classe social. Os crentes domingueiros só querem ouvir o que lhes
agrada, e se não gostam do estilo da pregação ou dos sermões mais duros, buscam outras
Igrejas mais compreensivas. Tais Igrejas da Pós-modernidade têm o pacto da mediocridade de
manterem-se silenciosas diante do pecado, “pegar leve” com as questões morais e negociar o
inegociável: a santidade. Líderes mal intencionados criam Igrejas de Mercado em que a sua
membresia vira clientela que deve ser atendida da melhor maneira possível. Além de tudo isso, o
sincretismo religioso embutido, por conta da realidade do povo, mistura o profano com o sagrado.
É a geração de "Deus nos acuda".
Diante desta triste realidade enfrentada pelas famílias e pela Igreja nos dias atuais, e por nós,
gente de carne e osso, e espírito regenerado, que espera a redenção do nosso Senhor, devemos
ter na Bíblia nossa fonte de inspiração única e absoluta sem jamais negociar os princípios eternos
de Deus.
Deus disse que não devemos nos conformar com este mundo. Temos que nos transformar pela
renovação de nossas mentes (Romanos 12:1,2).
Deus é um Deus atemporal e o que Ele disse ontem, no passado distante, permanece hoje, e
amanhã, no futuro distante. Assim sendo, Deus não muda, muito menos os Seus princípios e
valores. As sociedades, sim, mudam, e perdem direção sempre, além de serem passageiras.
Temos que lutar e viver pelos modelos mais ortodoxos bíblicos deixados por Deus. Noé enfrentou
uma sociedade pecaminosa que tinha recebido influências ditadas por demônios a ponto de Deus
decidir destruir toda aquela geração pelas aberrações vividas em tais sociedades daquela época.
Você acha que estamos muito diferentes? Não podemos receber e aceitar esta geração pós-
modernista achando que todos os seus hábitos, costumes culturais e padrões sociais sejam algo
novo e moderno que devemos aceitar como parte comum de nossas vidas.
Enfim, mais do que nunca, devemos ter os olhos fitos no Senhor e nossos pés calçados e
firmados no Evangelho, lutando pelos valores corretos, vivendo de forma íntegra e que agrade a
Deus. Devemos ser incontamináveis, como luzes de um grande luzeiro que brilha no negro mar
desta sociedade corrupta e perdida, sendo ponto de resgate para as famílias que em nós
encontrarão porto seguro pela pessoa do Senhor Jesus Cristo.