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A Igreja é perita em humanidade

Por frei Marcelo Aquino, O. Carm

freimarceloocarm@gmail.com

Parece estranho falar desse tema, uma vez que somos bombardeados diariamente
pelos meios de comunicação, com afronta à Igreja. Mas, é porque o mundo nos odeia
que devemos nos manter firmes na nossa missão, Nosso Senhor nos advertiu, quando
vos odiarem, lembrai-vos que primeiro me odiaram.

Você caro leitor, consegue vislumbrar alguns feitos que lembram a prova da
humanidade da Igreja? Pois bem, nas próximas linhas vamos tentar trazer a luz alguns
dos feitos que servem de base para esta afirmativa.

A Igreja sempre esteve unida ao sofrimento humano, mas, por que isso é uma
verdade? Expomos a seguir os argumentos cabíveis para tal. Primeiramente a Igreja é
uma instituição divina, pois tem em Nosso Senhor Jesus Cristo o seu fundador, ora,
pode uma obra divina não ter características divinas? Não. Se algo vem de Deus, logo se
parece com Deus, não é Deus, mas com ele se parece. Assim é à Igreja, fiel a seu divino
fundador, a Igreja não podia agir de outra forma com os homens, e assim assistimos os
serviços de amor que a Igreja presta a humanidade.

Quem disse que a Igreja é perita em humanidade foi o beato Paulo VI, ele na
encíclica Populorum Progressio, acostumada a socorrer as misérias humanas, a Igreja é
mestra para o mundo, mesmo que os detratores da fé não o queira, a Igreja ensinou o
mundo como se portar para manter a ordem e a paz, mas o mundo prefere a guerra e o
ódio.

Em tempos de falta de assistência aos doentes, pois nem sequer existia sistema
hospitalar, a Igreja saí mais uma vez a frente e organiza os hospitais, até os dias de hoje
centenas deles no mundo é organizado pela Igreja. Na formação do Brasil, uma das
primeiras obras da Igreja, depois do sistema escolar, foi a construção de centenas de
santas Casa de Misericórdia, hoje no Brasil por exemplo, as cidades mais antigas têm
santas Casas, noutras cidades, essa obra passou para a iniciativa privada, ou para o
poder público.
A verdade é que a Igreja levou aos homens a assistência que o governo não
levou, a Igreja não tem como princípio a assistência aos necessitados, mas a propagação
do santo Evangelho. É errada a decisão de muitos padres de dedicar suas vidas
exclusivamente ao serviço social, pois essa não é a missão dos sacerdotes, mas dos
outros membros da sociedade, afinal de contas todos têm seu papel na sociedade, nem o
padre deve fazer o papel do médico, e nem o médico o do padre.

É bem verdade, que o serviço sacerdotal seja imbuído do conhecimento das


escrituras, e por isso, lendo a passagem da carta de são Paulo a São Tiago ele lembra
que, a fé sem obras é morta, é com base nessa verdade, que a Igreja sempre mostrou sua
fé através das obras, não para comprar a salvação, como falsosamente nos acusam os
protestantes, mas, os católicos entendem que é porque conhecemos ao divino mestre,
que não podemos nos manter inertes ao sofrimento dos irmãos, daí saímos ao seu
encontro, para manifestar pelo nosso serviço, não a nossa bondade, mas, a bondade de
Deus que se manifesta nas boas obras.

Ora, é porque a Igreja sabe como socorrer os homens nas suas necessidades, e
sabe também o que é melhor para eles, que ela pode e deve ser conhecida como a perita
humanidade. Pois, ninguém como ela sabe o que precisam os homens, e a necessidade
maior dos homens não é primeiramente o pão material, mas Deus, que sacia toda fome
que há em nós.

Esse tema, é por demais extenso, e seriam necessárias muitas páginas versando
sobre o assunto, mas o intento deste texto, é fazer o caro leitor buscar com mais
intensidade o conhecimento destas verdades que estão adormecidas na história.

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