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CLASSE DE ADULTOS | A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL: COMO

VIVER NESTE MUNDO DOMINADO PELO ESPÍRITO DA BABILÔNIA

LIÇÃO 12: SENDO A IGREJA DO DEUS VIVO

 Texto Áureo: “Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da


igreja” (Efésios 5:32).
 Verdade Prática: A Noiva de Cristo não pode ser mundana, pois ela é a
guardiã da verdade revelada e suas vestes devem se manter imaculadas para as
Bodas do Cordeiro.
 Leitura Bíblica em Classe: 1 Timóteo 3:14-16; Efésios 5:25-27,32.
1Tm3: ¹⁴ Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa; ¹ ⁵ Mas, se
tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do
Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade. ¹⁶ E, sem dúvida alguma, grande é o
mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto
dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.
Ef5: ²⁵ Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e
a si mesmo se entregou por ela, ²⁶ Para a santificar, purificando-a com a lavagem
da água, pela palavra, ²⁷ Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. ³² Grande é
este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.

- Ver na Lição: Leitura Diária (pág. 84); Hinos Sugeridos (pág. 85); Plano de Aula
(pág. 85 e 86).

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1. A Natureza da Igreja do Deus Vivo:


1.1 A Casa do Deus Vivo;
1.2 A Coluna e Firmeza da Verdade;
1.3 O Mistério da Piedade.

2. Cristo e o Relacionamento com a Igreja:


2.1 Santificação e Pureza;
2.2 Gloriosa e Irrepreensível;

3. As Armas da Igreja do Deus Vivo:


3.1 O Zelo Pela Verdade;
3.2 O Ensino da Verdade.

Introdução:
“Os efeitos do mundanismo são percebidos quando a Igreja deixa de ser
pautada pelos valores da fé cristã (2Tm 3:1-5). Infelizmente, ela não está imune a
influências nocivas a sociedade (2Pe 2:1). Nesta oportunidade, vamos abordar a
natureza da igreja, seu relacionamento com Cristo e as armas que impedem a
mundanização da Igreja local. A proposta é chamar a atenção para o papel da
Igreja do Deus vivo, como coluna e firmeza da verdade (1Tm 3:15)”.

Na Lição 12, iremos compreender que, quando a igreja deixa de valorizar os


princípios da fé, torna-se perceptível a ação do mundanismo na comunidade da fé.
A palavra IGREJA (EKLESIA, no grego) aparece a primeira vez em Mateus
16.18 e foi pronunciada por Jesus. Significa assembleia dos chamados para fora.
Aparece depois em Atos 2:47 e significa Assembleia dos Escolhidos. Neste
contexto a Igreja compreende a comunidade dos salvos por Jesus Cristo.
Do ponto de vista espiritual (Invisível), a Igreja é a agência de Deus na terra (I
Pedro 2.9; Efésios 4.12b) cuja finalidade é a proclamação das verdades eternas. Do
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ponto de vista humano (Visível), ela é uma família onde os salvos são congregados
e constituídos filhos de Deus (Atos 2.47; João 1.12). Como família, a Igreja forma o
ambiente ideal para o desenvolvimento da natureza espiritual e do caráter de Deus
em seus membros.
Para Jonh Sott, os cristãos como Igreja devem permear a sociedade. Sua luz
deve brilhar na escuridão e seu sal deve encharcar a carne em decomposição. Os
cristãos podem influenciar a sociedade até mesmo quando ela rejeita fortemente a fé
cristã.
Antes dos dias de refrigeração, o sal era o conservador mais conhecido. Ele era
esfregado no peixe e na carne, ou esses ficavam de molho nele. Dessa maneira, a
decomposição bacteriana era retardada, mas, é claro, não suspensa completamente.
O efeito da luz é ainda mais óbvio: quando a luz é ligada, a escuridão se
dispersa. É exatamente assim, Jesus quis dizer, que cristãos podem impedir a
decadência social e dispersar a escuridão do mal.
Precisamos pensar em uma pergunta: Por que cristãos não têm exercido uma
influência muito maior para o bem sobre o mundo não cristão? Por que, então, esse
grande exército de soldados cristãos não tem tido mais sucesso em rebater as forças
do mal?
Temos sido notavelmente eficazes em diluir o ensinamento extremista de Cristo
e em truncar seu evangelho radical. Isso explica porque nós [...] fazemos uma
diferença tão vergonhosamente pequena na moralidade da nossa sociedade.
Jean Francesco, em seu Texto “Reformando o Discipulado”, destaca que o
modelo qual chamamos de “discipulado”, foi o modelo escolhido por Jesus para
cumprir a sua preciosa missão no mundo: chamar, salvar, transformar e enviar
vidas, para reiniciar esse ciclo infinito.
Os primeiros discípulos passaram muito tempo com Jesus aprendendo na teoria

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e na prática quem era o Cristo e qual era a missão dele. Enfrentaram, sem
dúvida,

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situações difíceis, desistências, decepções, tropeços. Contudo, triunfaram em sua


missão, por terem se rendido a Cristo integralmente, por terem aprendido e recebido
dele todo o conteúdo do evangelho e por terem dedicado suas vidas sem ressalvas a
essa missão dada por ele.
Atualmente, a igreja precisa de novos discípulos. Não novos no sentido
“inovador”, pois destes já existem muitos por ai, com novos modelos de igreja, de
culto, de missão, mas não parece que a igreja está retornando aos trilhos do
evangelho, nem sendo mais efetiva em seu testemunho.
A Igreja precisa de novos discípulos no sentido de que sejam verdadeiras “novas
criaturas”, como aqueles primeiros discípulos de Cristo, ou como Paulo, que disse:
“antes de tudo, entreguei a vocês o que também recebi” (1Coríntios 15.3). Esse
conteúdo recebido, Paulo chama de “evangelho” (1Co 15.1).
O Evangelho é composto por:
• Os ensinamentos de Jesus aos seus discípulos;
• Os eventos da própria vida de Cristo, que produziram impacto na vida dos
discípulos (1 Co 15.3-9);
• O impacto da morte e ressurreição de Cristo;
• O conteúdo transmitido com “graça”, que capacitava os discípulos a servir
eficazmente a Cristo no mundo (1Co 15.10,11).
O Pr Hernandes Dias Lopes comenta que Jesus usa duas metáforas para
descrever a influência da Igreja no mundo:
1. A primeira delas é o sal, que descreve a influência externa; o sal influencia
sem ser visto. O sal influencia ao refinar-se;
2. A segunda delas é a luz, que influencia sem deixar de ser vista. A luz
influencia ao irradiar-se, sendo reveladora.

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John Stott aponta que a verdade básica que jaz por trás destas metáforas, sendo
comum às duas, é que a Igreja e o mundo são comunidades separadas. De um lado
está “o mundo”; de outro, “vós” que sois a luz do mundo. É verdade que as duas
comunidades (“eles” e “vós”) estão relacionadas uma com a outra, mas essa relação
depende da sua diferença. Portanto, a igreja é convocada para influenciar a nossa
sociedade através do evangelho de Cristo.

1. A Natureza da Igreja do Deus Vivo:


“Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós,
que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (1 Coríntios 1:18).

1.1 A Casa do Deus Vivo:


“Paulo orienta Timóteo a como “andar na casa de Deus, que é a igreja do
Deus vivo” (1Tm 3:15a). A expressão “casa de Deus” foi emprestada do Antigo
Testamento, onde o termo frequente é “casa do Senhor” (1Rs 3:1; 1Cr 22:11). O
uso original da expressão refere-se ao Templo, mas o complemento “que é a igreja
do Deus vivo”. Inclui o conjunto de membros da igreja. O apóstolo ainda usa os
vocábulos “domésticos da fé” (Gl 6:10); “família de Deus” (Ef 2:19); “corpo de
Cristo” (1Co 12:27); e um “templo de Deus” (1Co 3:16). A sentença “Deus vivo”
enfatiza o verdadeiro Deus em contraste com os ídolos mortos (1Co 8:4; 2Co 6:16;
1Ts 1:9), fazendo alusão à doutrina bíblica de que Deus é um ser pessoal, distinto
da Criação e que, ao mesmo tempo, se relaciona com a criatura, atuando na
história humana (Dn 4:25; At 17:24)”.

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Jean Francesco levanta do seguinte questionamento: O que Deus espera de nós


como Igreja? Essa pergunta foi feita pelos reformadores do século 16, que
apontaram quatro respostas:
1. Que creiamos nele – Crença;
2. Que obedeçamos a sua vontade – Obediência;
3. Que recorramos a Ele em oração – Oração;
4. Que estejamos atentos aos meios pelos quais ele se revela a nós – Encontro
com Ele.
A Igreja é vista, na Bíblia, sob diferentes aspectos, cada um apontando para a
sua natureza íntima e para sua razão de estar no mundo. Um destes aspectos, talvez
o mais importante, é o de casa: Ela é a casa de Deus (I Timóteo 3.15). E o
fundamento desta casa é Jesus, os materiais são os salvos, aos quais Pedro chamou
"pedras vivas", que precisam fazer a diferença (I Pedro 2.5).
John Stott afirma que “às vezes, os padrões de uma comunidade afrouxam-se
por falta de um explícito protesto cristão”. O crente não pode se retirar do mundo,
mas deve “a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo, sendo a igreja do Deus
vivo” (Tg 1.27). E isso não é nada fácil. O crente é “chamado a ser um purificador
moral, em um mundo onde os padrões morais são baixos, instáveis ou mesmo
inexistentes”. O mundo está cansado de seu próprio pecado. O pecado cansa,
adoece e escraviza.
A presença da Igreja do Deus vivo no mundo, refletindo a glória de Deus, revela às
pessoas uma qualidade de vida. Mostra ao mundo que a vida com Deus é deliciosa.
Demonstra ao mundo que só na presença de Deus temos plenitude de alegria.
Ainda, a Igreja é a noiva de Cristo, e revela a ela o plano maravilhoso de Deus
para levar as Boas Novas do Evangelho ao mundo. Jesus disse que edificaria a Sua
Igreja e que nem as portas do Inferno prevaleceriam contra ela!

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A Bíblia deixa claro, que cada cristão é Igreja do Deus vivo:

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1 Pedro 2:9-10: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa,
povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz”.
Romanos 12:4-5: “...Em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo,
como igreja, e cada membro está ligado a todos os outros”.
O Pr Hernandes Dias Lopes comenta que a Igreja e o mundo são diferentes. A
Igreja é chamada do mundo, está no mundo, mas não é do mundo. É enviada de
volta do mundo para testemunhar ao mundo.
A Igreja só é relevante quando é totalmente diferente do mundo. A amizade de
Igreja com o mundo é um desastre (Tg 4.4; 1Jo 2.15-17; Rm 12.2). Infelizmente,
quando a Igreja tenta imitar o mundo para atraí-lo, ela perde a capacidade
transformadora.
Portanto, mesmo a igreja sendo perseguida pelo mundo (Mt 5.10-12), ela é
chamada para servir a esse mundo que a persegue (Mt 5.13-16). A Igreja responde
ao ódio e às mentiras do mundo com amor e a verdade.

1.2 A Coluna da Firmeza da Verdade:


“A Bíblia assegura que a Igreja do Deus vivo é “a coluna e firmeza da verdade’
(1Tm 3:15b). Nessa metáfora, a Igreja é o fundamento que sustenta a verdade, ou
seja, significa que foi instituída como guardiã da verdade por Deus revelada (2Tm
1:13,14). Essa verdade é o Evangelho de Cristo, as Boas-Novas de salvação e suas
imutáveis doutrinas (Gl 2:5; Ef 1:13; Cl 1:5). Portanto, é responsabilidade da
Igreja propagar, testemunhar e defender a verdade do Evangelho (Mt 28:20; Jo
18:37; Jd 1:3). Desse modo, no zelo pela verdade, os líderes da igreja devem ser
irrepreensíveis e capazes de repudiar os falsos mestres e suas heresias (1Tm 3:1-
13). Se a verdade

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do Evangelho for corrompida, então, a igreja deixa de ser o sal da terra e a luz do
mundo (Mt 5:13,14)”.

A Igreja do Deus vivo é “a coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15b). Nessa


metáfora, a Igreja é o fundamento que sustenta a verdade, ou seja, significa que foi
instituída como guardiã da verdade por Deus revelada (2 Tm 1.13,14).
Quando se observa 1Tm 3.3-15, a palavra “instruções” (estas coisas) abrangem
todas as exortações contidas na carta. Visto que há uma possibilidade real de
atraso, Paulo naturalmente quer colocá-las por escrito, especialmente porque seu
conselho acerca da ordem eclesiástica e a necessidade de manter a sã doutrina
claramente visa um auditório maior do que Timóteo somente. Isto se aplica
especialmente à presente passagem, com suas sugestões subentendidas acerca das
responsabilidades de ser membro da igreja em defender a verdade.
Jonh Stott tem razão em dizer que, se as instruções dos apóstolos com respeito a
doutrina, ética, unidade e missão da igreja tivessem sido dadas apenas sob a forma
oral, a igreja teria ficado como um viajante sem mapa ou como uma embarcação
sem leme. Contudo, pelo fato de as instruções apostólicas terem sido dadas por
escrito, sabemos algo de que de outro modo não teríamos tido conhecimento; ou
seja, qual deve ser a conduta das pessoas na igreja.
Duas verdades importantes acerca da igreja são colocadas em relevo.
1. Em primeiro lugar, a igreja é a morada do Deus vivo.
“Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar,
fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus
vivo...” (1Tm 3.14,15a).
A igreja é a casa de Deus, a morada do Altíssimo, o santuário do Espírito. Deus
habita na igreja. Nós, povo de Deus, somos sua habitação (ICo 3.16; 6.19; 2Co

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6.16).

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Aquele, que nem o céu dos céus pode conter, habita em nós, frágeis vasos de barro.
Deus mandou fazer um santuário para habitar no meio do povo (Êx 25.8). Depois,
o templo foi edificado, e Deus habitou no templo. Na plenitude dos tempos, o
Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). Agora, Deus habita na igreja.
2. Em segundo lugar, a igreja é a coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15b).
A igreja é fundamento da verdade na medida em que se baseia em Cristo, pois
ele é o fundamento da igreja (l Co 3.11). O próprio Cristo é a verdade (Jo 14.6).
A ideia, nesta passagem, é que o dever da igreja é levantar a verdade de tal
forma que todos a vejam. A palavra grega hedraioma, traduzida por baluarte,
significa aquilo que sustenta um edifício. O baluarte mantém o edifício em
equilíbrio e intacto. O baluarte é o fundamento.
Assim, a igreja é comparada com uma coluna e um fundamento. Como a coluna
sustenta o teto e como o fundamento sustenta toda a estrutura da casa, assim a
igreja sustenta a gloriosa verdade do evangelho no mundo. A igreja sustenta a
verdade do Evangelho por ouvi-la e obedecer-lhe (Mt 13.9), por usá-la
corretamente (2Tm 2.15), por guardá-la no coração (SI 119.11), por defendê-la (Fp
1.16), por proclamá-la (Mt 28.18-20). Toda, centralidade do evangelho de Paulo
aponta para a Cruz de Cristo.

1.3 O Mistério da Piedade:


“A verdade do Evangelho é personificada em Cristo (Jo 14:6). Nessa
concepção, o apóstolo Paulo diz: “grande é o mistério da piedade” (1Tm 3:16a).
Devemos, aqui, ter atenção para as palavras “mistério” e “piedade”. A primeira
sinaliza que a verdade do Evangelho foi revelada aos santos (Cl 1:26); a segunda
retrata a base do cristianismo que é a fé cristã. Na sequência, o apóstolo sintetiza
tudo isso com a expressão “o mistério da piedade”, o Evangelho revelado, a fé

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cristã estabelecida no seguinte evento: Cristo “que se manifestou em carne foi


justificado em espírito,

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visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória”
(1Tm 3:16). Assim, a Igreja é fiel portadora dessa verdade (2Co 2:17)”.
Ver na Lição: Auxílio Teológico – Definição de Igreja (pág. 87).

Embora Paulo, não tenha convivido com Jesus, como os demais discípulos, ele
recebeu toda revelação do próprio Cristo, para pregar o evangelho com base na
morte e ressurreição do Senhor (Gl 1.12)
Para John MacArthur, em seu texto “O evangelho segundo Paulo”, publicado
pela Ed. Thomas Nelson, em sua pregação, Paulo não destaca simplesmente o fato
histórico de que Cristo morreu. Ele é bem mais especifico: “Cristo morreu pelos
nossos pecados”. Essa é a linguagem da expiação.
A afirmação de Paulo ecoa ao ponto de o apostolo João escrever em 1João 2.2:
“Ele, Jesus, é a propiciação pelos nossos pecados”. A palavra propiciação fala de
um apaziguamento, referente a satisfação divina.
A teologia liberal simplesmente não consegue tolerar o fato de que Deus enviou
o seu filho para a propiciação dos nossos pecados (1Jo 4.10). Na verdade, esta é
praticamente a base da teologia liberal: ela destaca o amor de Deus, em detrimento
da sua justiça e da ira contra o pecado. Por isso, os liberais tipicamente adotam a
posição de que a morte de Cristo sobre A CRUZ não é nada além de um ato de
martírio exemplar.
Contudo, o argumento de Paulo em 1 Coríntios 15.3 era que Cristo morreu pelos
nossos pecados, segundo as escrituras.
A morte de Cristo é a resposta sobre a pergunta: Como pode um Deus justo
perdoar a injustiça de ímpios pecadores? A morte de Cristo, pregada por Paulo,
transmite o entendimento correto da justificação em Deus (1Co 1.24).

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Paulo, a luz da interpretação de Levítico 17.11, destaca na morte de Cristo um


princípio estabelecido pela lei. Quando ele comenta: “O salário do pecado é a
morte” e “sem derramamento de sangue não há remissão” (Rm 6.23; Hb 9.22). Ele
está apontando para o símbolo do sangue de Cristo, em sua pregação que nos traz a
salvação.
O derramamento do sangue de Jesus Cristo na Cruz foi um fator para que
pudéssemos receber o perdão pelos nossos pecados e sermos aceitos na presença de
Deus.
Paulo, em sua pregação, ensina que quando pecamos, merecemos a morte (Rm
6:23). Jesus pagou a penalidade por nós, derramando o Seu sangue (morrendo em
nosso lugar).
Assim, para Paulo, a expiação significa sermos reconciliados com Deus. A
expiação muda os nossos planos e Jesus deu a Sua vida (derramou o Seu sangue)
na Cruz para a nossa reconciliação (expiação). Isso possibilitou a nossa
reconciliação com Deus. O sangue de Jesus significa que não somos mais Seus
inimigos e sim, Seus amigos, Seus filhos e filhas, mudando as nossas vidas pela fé,
quando aceitamos o que Jesus fez por nós.

2. Cristo e o Relacionamento com a Igreja:


“Nós, porém, pregamos Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os
judeus e loucura para os gentios” (1 Coríntios 1:23).

2.1 Santificação e Pureza:


“Paulo ensina que Cristo morreu pela Igreja: “para que a santificasse, tendo-a
purificado por meio da lavagem de água pela palavra” (Ef 5:26 – ARA). O texto
mostra que, na regeneração, Cristo nos purifica do pecado (1Co 6:11; Tt 3:5) e

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que,

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no propósito do calvário, estava inclusa a nossa santificação (1Ts 4:16; Hb


13:12). A expressão “a lavagem da água” é usada de forma figurada, simboliza a
Palavra de Deus que opera uma limpeza espiritual (Jo 15:3). Nesse sentido, Cristo
orou: “santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17:17). Ora,
sabemos que a Santificação é o ato de separar-se do pecado e preparar-se para a
volta do Senhor (1Pe 1:15; Hb 12:14). Esse processo é contínuo até a glorificação
final no dia de Cristo (Rm 6:22; 8:30; Fp 3:21)”.

De acordo com o Pr Douglas Baptista, na regeneração, Cristo nos purifica do


pecado (1 Co 6.11; Tt 3.5) e, no propósito do calvário, estava inclusa a nossa
santificação (1 Ts 4.16; Hb 13.12).
Paulo foi o primeiro e o maior teólogo cristão. Ele foi responsável por escrever
13 cartas, dos 27 livros do Novo Testamento. As suas cartas lançaram um dos
fundamentos da teologia cristã baseados nos ensinos de Cristo.
Paulo não conviveu com Jesus fisicamente, mas recebeu toda a revelação do
próprio Cristo para pregar o evangelho, sem opor-se ao ensino dos apóstolos.
Três expressões-chaves da teologia de Paulo:
• Evangelho de Cristo;
• Cristo Crucificado;
• Cristo Ressuscitado.
Para Paulo, a Cruz se constitui a centralidade da fé para a salvação. Para os
ímpios, a cruz era loucura porque se chocava com a arrogância da sabedoria
humana, mas a palavra da cruz veio anular a filosofia humana. Enquanto os judeus
queriam sinais físicos, os gregos desejavam argumentos filosóficos que mostravam
a lógica na mensagem.

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Udo Schnelle, em seu texto “Paulo: Vida e Pensamento”, publicado pela Ed.
Paulus, afirma que a crucificação era considerada uma pena que desonrava. Muitas
vezes, o próprio delinquente tinha que carregar o madeiro transversal até o lugar da
crucificação, onde ele era pregado (Jo 20.25,27) e morria, geralmente, depois de
muita agonia e longo sofrimento. Os carrascos tinham desenvolvido vários métodos
para prolongar ou abreviar a vida da pessoa crucificada.
A morte podia ocorrer já depois de três horas ou também apenas depois de dias.
A causa da morte é geralmente o resultado da ação combinada dos seguintes
fatores:
1. Choque traumático;
2. Colapso ortostático (descida do sangue para a parte inferior do corpo devido a
postura corporal);
3. A insuficiência respiratória;
4. Congestão pericárdica;
A crucificação era a pena romana predileta para pessoas escravas e insurgentes.
No período entre 63 a.C. e 66 d.C., todas as crucificações da Palestina em
insurgentes e seus simpatizantes foram realizadas pelos romanos.
O escândalo da cruz continua a ter os seus efeitos no ministério de Paulo, ao
ponto de ser perseguido por sua mensagem (Gl 5.11). Paulo mantém a cruz como o
lugar histórico do amor de Deus. A sua concentração teológica está no fundamento
do Cristo, crucificado (Rm 6.10).
Para Paulo, a cruz é o lugar onde o amor e o justo julgamento de Deus se
encontram. O Seu justo julgamento exigia a penalidade de morte pelo pecado – o
derramamento de sangue. O Seu amor satisfez as suas próprias exigências, e Jesus,
o Filho de Deus, morreu em nosso lugar (Rm 5:8-11).
Paulo aponta para um novo relacionamento com Deus através da cruz.

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Pelo fato de Deus ser tão santo e reto, o pecado nos separa d’Ele. Ninguém que
tenha pecado em seu coração é capaz de permanecer em Sua presença.
Portanto, com a Sua morte na Cruz, Jesus não somente sofreu pelos nossos
pecados em nosso lugar, mas também tornou possível que conhecêssemos a Deus
pessoalmente e que experimentássemos o amor, a paz, e a alegria que a comunhão
com Ele traz.
Através da Cruz:
1. Tornamo-nos aceitáveis, diante de Deus (2 Co 5:21.);
2. Recebemos o perdão (Cl 1:13,14; João 2:1,2.);
3. Tornamo-nos membros da família de Deus (Hb 2:11,12; Jo 1:12.);
4. Barreiras raciais são quebradas (Ef 2:13-16.).
O mundo julgava como loucura a mensagem do Messias crucificado, Paulo
afirmava que a mensagem era a mais sublime demonstração da sabedoria de Deus.
Segundo Dietrich Bonhoerffer, em seu texto, Discipulado, publicado pela Ed.
Mundo Cristão, o chamado ao discipulado aparece no contexto do anuncio da cruz
de Cristo.
Para Paulo, é necessário que Jesus sofra e seja rejeitado. É o imperativo faz
parte da promessa de Deus, a fim de que se cumpram as Escrituras.
Para o apóstolo, a cruz não é uma tragédia nem infortúnio; é o sofrimento
resultante da nossa união com Cristo. Ou seja, a cruz não é um sofrimento casual,
mas sofrimento necessário, para demonstrar o amor de Deus.
A cruz não é sofrimento relacionado à existência mundana, mas sofrimento que
garante a vida cristã. A cruz se torna um estilo de vida. Para o cristão, a cruz é a
compaixão com Cristo, é sofrer com Cristo. Somente aquele que está unido com
Cristo, está de fato sob a cruz de Cristo.

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No discipulado Cristão, a cruz é imposta a cada cristão, quando Cristo afirma:


“Tome a sua cruz e siga-me”.
O primeiro sofrimento com Cristo, que cada um tem de vivenciar, é o chamado
para cada cristão se romper com o mundo. Na conversão, acontece a morte do
velho ser humano no encontro com Jesus Cristo. Desde sempre, quem entra no
discipulado entrega-se à morte de Jesus, e põe a vida à disposição da morte. A cruz
é o fim terrível de uma vida mundana, para encontrar-se no início da comunhão
com Cristo.
As condições com a comunhão com Cristo, através da cruz, apontam para
algumas experiências:
1. O crente é encorajado a crescer em Cristo, por intermédio da cruz (Rm1:11,12);
2. O mundo passa a saber que Jesus foi enviado por Deus, através do
testemunho da cruz que apresentamos em nossa vida como Igreja (Jo 17:22,23).

2.2 Gloriosa e Irrepreensível:


“A santificação tem como alvo preparar uma “igreja gloriosa, sem mácula,
nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5:27). A
Escritura compara a relação de Cristo com a Igreja, com a do marido com a
esposa (2Co 11:2). Assim, a Igreja é a noiva de Cristo, que se prepara para a festa
nupcial (Ap 21:2,9). Durante essa espera, por meio do Espírito Santo, Cristo a
santifica para apresentá-la a si mesmo totalmente pura (2Ts 2:13). A ausência de
“mácula” e de “ruga” significa sem mancha alguma de ordem moral ou
espiritual. Vestida nesse grau de pureza, somente a igreja “santa e imaculada”
terá acesso à ceia das Bodas do Cordeiro (Ap 19:7-9). Acerca disso, Cristo
advertiu não ser possível entrar nas bodas sem a devida veste nupcial (Mt 22:11-
13)”.

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Ver Auxílio Teológico: Corpo de Cristo (pág. 88).

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Para John MacArthur, a mensagem da cruz, na teologia de Paulo, aponta para a


seguinte questão: Como o pecador pode se reconciliar com Deus? Em Atos 16.30,
o carcereiro de Filipos fez essa pergunta para Paulo: “Que devo fazer para ser
salvo?” A resposta de Paulo ao carcereiro foi: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serão
salvos (At 16.31).
Em nossa mensagem, o arrependimento é o primeiro passo que tomamos para
recebermos a salvação, que Deus nos oferece no Senhor Jesus Cristo (At 2:36- 38;
17:30.)
O Que é o Verdadeiro Arrependimento?
1. Estar pesaroso para com Deus pelo seu pecado (Sl 51:1-4; 38:8);
2. Ser realista com relação ao seu pecado (Sl 32:5; l João 1:9.);
3. Abandonar o seu pecado (Pv 28:13);
4.Odiar o pecado (Hb 1:9);
Portanto, precisamos ter uma vida voltada para Deus e valorizar em nossos
púlpitos a genuína mensagem da cruz de Cristo, ao invés de um evangelho
antropocêntrico.

3. As Armas da Igreja do Deus Vivo:


“Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu
pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3).

3.1 O Zelo Pela Verdade:


“Enfatizamos que a verdade bíblica é absoluta e imutável (Lc 21:33; Jo 17:17),
ou seja, o Evangelho de Cristo é a única verdade (Jo 14:6). Nesse caso, a igreja é
a “fiel depositária” dessa verdade (1Tm 3:15). E, por isso, os salvos em Cristo são
despenseiros da mensagem da redenção (1Pe 4:10). Para ilustrar essa

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responsabilidade, levemos em conta o uso que Jesus fez de símbolos que remotam
à responsabilidade espiritual: “os dois servos” (Mt 24:45-51); “os talentos” (Mt
25:14-30); “o servo vigilante” (Lc 12:35-38); “o mordomo infiel” (Lc 16:1-13); e
“as dez minas” (Lc 19:12-26). Todas essas parábolas trazem a imagem da
responsabilidade que cada salvo deve ter enquanto espera o Senhor da Igreja
voltar. Esse compromisso é inegociável, pois espera-se que o salvo cumpra o seu
dever com irrestrita lealdade. Assim, a Igreja deve zelar pela verdade das
Escrituras, viver e propagar a mensagem bíblica com a fidelidade (2Tm 4:2)”.

Paulo, através do Espírito Santo, pregava que Jesus era o Messias e ensinava
isso para a Igreja. O Seu desejo era anunciar as verdades de Deus. Por isso, Paulo,
em seu ministério, sempre apontava para a cruz de Cristo, para o Calvário. Esse
deve ser o nosso papel no exercício dos nossos ministérios: apontar para a cruz de
Cristo (1Co 9.16). Ele mesmo afirma: “Eu, Paulo, sou prisioneiro de Jesus Cristo
por vós, os gentios” (Ef 3.1), destacando o seu ministério, voltado para a pregação
aos gentios. John MacArthur destaca que o verdadeiro pastor é aquele que age
como Paulo, que tem amor pelas almas. Você precisa ter amor pelas almas de
Cristo. Paulo
demonstra isso para a gente.
Conforme 1 Timóteo 1:5, o verdadeiro pastor age em amor e compaixão pelo
rebanho de Cristo. Paulo estava agindo em amor pelo rebanho em Corinto,
plantando, à distância a Palavra de Deus.
Em 1 Timóteo 4:12 – Paulo lidera com o ensino, com o exemplo, com a verdade.
Isso é o papel do verdadeiro pastor.
Em Tito 1:9 – Paulo também ensina a Tito a ser um verdadeiro pastor, ao liderar
pela boa administração da igreja.

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Em 1 Timóteo 3:3,5 – o verdadeiro pastor lidera alimentando o rebanho, se


preocupa com o alimento do rebanho, com a Palavra de Deus.
Em 1 Ts 2:7-11 – o verdadeiro pastor lidera a igreja pelo cultivo da maturidade,
como o apóstolo Paulo estava agindo.
Na obra de Deus ninguém tem o poder e a habilidade de dizer “eu escolho o
ministério que eu quero exercer”. É Deus que levanta e é Deus que dá os dons
ministeriais. É Deus que levanta o ensinador, o pastor, o evangelista, o pregador. É
Deus que concede o dom! Isso cabe somente ao Espírito Santo.

3.2 O Ensino da Verdade:


“Deus constituiu líderes para o aperfeiçoamento e edificação da Igreja (Ef
4:11,12). Portanto, o líder deve estar apto para ensinar (1Tm 3:2). Isso refere-se à
capacidade de compreender as Escrituras, defender a ortodoxia e refutar as
heresias (Tt 1:9). Desse modo, um líder vocacionado não cede ao liberalismo
teológico, ecumenismo e sincretismo religioso (2Co 2:17; 2Tm 4:3,4). Logo, a
verdade bíblica deve ocupar a primazia na igreja (1Tm 4:13; 2Tm 2:15). Não por
acaso, na tese 54, Lutero ensinou que ofendemos a Palavra de Deus quando no
sermão não há tempo ao estudo da Bíblia, ou seja, quando a exposição da Bíblia
não é o cerne da pregação. Não ensinar as Escrituras, relativizar suas doutrinas
ou fazer concessões ao pecado equivale fazer a igreja refém do mundanismo.
Portanto, somente a verdade de Deus é capaz de libertar o pecador (Jo 8:32)”.

Segundo o Pr Douglas Baptista, Deus constituiu líderes para o aperfeiçoamento


e edificação da Igreja (Ef 4.11,12).

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A mensagem da cruz é uma mensagem de poder (1 Co 1.18); Onde, Cristo pode


usar as nossas vidas como seus instrumentos, para propagar a sua mensagem de
salvação (Mc 16.15-18).
A mensagem da cruz inclui um convite aberto: um chamado geral à fé, que se
estende de forma indiscriminada a todos que vêm pelo som dessa mensagem.
Deus envia os seus embaixadores para pegar: “Por amor a Cristo lhes
suplicamos: Reconciliem-se com Deus” (1Co 5.20).
Como cristãos devemos transmitir essa mensagem da cruz ao mundo para
exercerem o ministério da reconciliação com Deus (1Co 5.18).
Deus nos envia agora como embaixadores, não somente para proclamar o fato
de que “Deus, em Cristo, estava nos reconciliando, pela cruz, o mundo consigo,
não levando em conta o pecado dos homens” (1 Co 5.19), mas também para sermos
persistentes com o nosso apelo “Reconciliem-se com Deus” (1Co 5.20).
A reconciliação aponta para o arrependimento. O arrependimento é uma
demonstração do reconhecimento do poder Deus na vida do pecador.
O que o arrependimento envolve?
1. O abandono do pecado (Zc 1:4; Gálatas 5:19-21 e Efésios 5:5.);
2. O abandono do mundo (1 Jo 2:15; Tiago 4:4);
3. O abandono de si próprio (2 Co 5:15; Lucas 14:26.);
4. O abandono do diabo (At 26:18; Colossenses 1:13);
5. Conversão a Deus (Lc 1:3.);
6. Conversão a um estilo de vida de retidão (Rm 6:13.);
John Stott, em seu texto “Discípulo Radical”, destaca que: Jesus formou
discípulos a serem discipuladores. A primeira característica de um discípulo é o
“inconformismo”: O “inconformismo”, aponta para “servir testemunhando de
Cristo para o mundo”.

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O que é um Discípulo:
• É um crente que está continuamente envolvido com a Palavra de Deus (Jo 8.31);
• É aquele que permanece em união frutífera com Cristo diariamente (João 15.8);
• É aquele que assume a sua cruz e segue a Cristo (Lucas
14.27); O conformismo é proibido para nós (Rm 12.2);
As tendências contemporâneas ameaçam nos tragar, a igreja e o discipulado:
1. Pluralismo Religioso: a tendência de ensinar sobre várias divindades;
2. Materialismo: a preocupação com as coisas materiais;
3. Relativismo Ético: a destruição dos padrões morais;
4. Narcisismo: demonstração do amor por si mesmo.
Nosso papel é ser como Cristo. John Stott comenta que, “Ser um discípulo é ser
semelhante a Cristo”. Deus quer que o seu povo se torne como Cristo, pois a
semelhança de Cristo é a vontade de Deus.
Se nos afirmamos como cristãos devemos ser como Cristo:
• Devemos ser como Cristo em sua encarnação (Fp 2.5-8);
• Devemos ser como Cristo no seu serviço (Jo 13.14,15);
• Devemos ser como Cristo em seu amor (Ef 5.2);
• Devemos ser como Cristo em sua longanimidade (1Pd 2.21);
•Devemos ser como Cristo em sua missão (Jo 17.18,20,21).

Conclusão: “Diante dos ataques de desconstrução da fé, a Igreja do Deus vivo


precisa ser vigilante (1Co 16:13). Ela é a guardiã da única verdade que liberta (Jo
8:36). A mensagem da cruz não pode ser ressignificada. Cristo morreu e
ressuscitou por amor à Igreja e a requer santa, pura e irrepreensível (Ef 5:27).
Portanto, a Noiva de Cristo não pode macular suas vestes. Seu papel abarca o
ensino e a defesa com todo o zelo da integridade da verdade revelada (1Tm

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4:16)”.

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Referências e Indicações de Leitura:


BAPTISTA, Douglas. Lições Bíblicas – A Igreja de Cristo e o Império do Mal:
Como Viver Neste Mundo Dominado Pelo Espírito da Babilônia. CPAD, 2023.
BAPTISTA, Douglas. Livro de Apoio – A Igreja de Cristo e o Império do Mal:
Como Viver Neste Mundo Dominado Pelo Espírito da Babilônia. CPAD, 2023.
CAMPAGNOLO, Ana Caroline. Feminismo: Perversão e Subversão. Campinas,
SP: VIDE Editorial, 2019.
LEMOS, Dores. Evidência Cristã: Em Defesa do Cristianismo.
Pindamonhangada: IBAD, 2010.
PEDRO, Severino. A Doutrina do Pecado. 6 Ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
SILVA, Esequias Soares. Declaração de Fé das Assembleias de Deus – CPAD
2017.
STOTT, Jonh. - O cristão em uma sociedade não cristã: Como posicionar-se
biblicamente diante dos desafios contemporâneos – Thomas Nelson 2019.
https://www.ultimato.com.br/conteudo/marcas-de-uma-igreja-acolhedora

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