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INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

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Conteúdo

IGREJA VIVA PELO ESPÍRITO E SUSTENADA PELA PALAVRA ......... 9

POR QUE JESUS ENFATIZOU TANTO O BATISMO NO ESPÍRITO


SANTO? ........................................................................................................... 15

IGREJA VIVA PELO ESPÍRITO E SUSTENADA PELA PALAVRA ....... 24

A HISTÓRIA DA DOUTRINA PENTECOSTAL ...................................... 27

JÁ RECEBESTES O ESPÍRITO SANTO? ............................................. 35

BATISMO COM FOGO .......................................................................... 45

DIALÓGO COM ISMAEL – BATISMO NO ESPÍRITO SANTO É


REVESTIMENTO DE PODER OU INTEIRA SANTIFICAÇÃO? (PARTE 1) .... 61

BATISMO NO ESPÍRITO SANTO É REVESTIMENTO DE PODER OU


INTEIRA SANTIFICAÇÃO? (PARTE 2) ........................................................... 74

A DOUTRINA DA INTEIRA SANTIFICAÇÃO NOS PAIS DA IGREJA... 76

INTEIRA SANTIFICAÇÃO E BATISMO NO ESPÍRITO SANTO ........... 82

A IMPORTÂNCIA DO PENTECOSTALISMO ........................................ 86

O SENTIMENTALISMO DOS QUE INTERPRETAM MATEUS 3:11


COMO FOGO DE CONDENAÇÃO .................................................................. 87

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LÚCIO FLÁVIO MEDEIROS FILHO Nasceu no dia 13 de Abril de 1999


na Cidade de Cabreúva, São Paulo sendo sua família
cristã. Converteu-se a Cristo aos 16 anos de Idade.
Batizado nas águas no dia 01/03/15 na Assembléia
de Deus Ministério de Madureira em Santana do
Parnaíba. Consagrado ao diaconato no dia 06/09/15,
recebendo o batismo no Espírito Santo no mesmo
ano, no dia 26/05/15. Depois de dois anos começou
a atuar como professor da Escola Bíblica Dominical no campo de Barueri, SP.
É um dos integrantes e fundador dos Requerentes, Escola Nova Ciência,
Puritanismo Pentecostal, Evangelismo Inteligente, Seminário Perfeccionismo
de Oberlin e almeja uma cristandade submetida ao poder da Palavra de Deus.
Sua recomendação é: “Tenham as Escrituras como amiga íntima de sua alma”.
Objetivos
❖ Nosso objetivo é transmitir uma fé bíblica;
❖ Ser uma igreja missionária;
❖ Cumprir com as ordenanças de Nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo;
❖ Formar caráter cristão.

O QUE TEMOS COM ESSA TEOLOGIA SISTEMÁTICA?

A igreja é “coluna e firmeza da verdade” porque por meio dela as


verdades de Deus são publicadas, anunciadas e defendidas. Pois para ela os
oráculos e mistérios de Deus estão comprometidos, e nela eles são expostos
ao aviso e conhecimento de todos, como os editos públicos estão sobre
pilares. Mas nem essa verdade salvadora, nem a fé que damos a ela, são
estabelecidas sobre a autoridade da igreja (como os romanistas vaidosamente
dizem falsidades), mas sob a autoridade de Deus, o autor dela.
A igreja pela revelação de Deus descobre e recomenda a verdade, mas
o testemunho que dá não é o fundamento de sua credibilidade. A igreja
universal é, no sentido antes expresso, a coluna e o sustentador, ou assento,
da verdade. Sendo assim temos a incumbência de transmitir tais verdades a

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respeito de Cristo, Deus, Espírito Santo, pecado, salvação, vida cristã, oração,
louvor, e muitos outros ensinos contidos na Palavra de Deus.
Por muito tempo o movimento pentecostal é julgado por outras alas do
cristianismo histórico, como sendo desordeiro e sem fundamento bíblico e
teológico, entretanto, isso é um equívoco.
Nosso propósito nesse estudo sistemático das doutrinas bíblicas é
contribuir com esse crescimento, anunciando, explicando e defendendo
verdades fundamentais bíblicas que o pentecostalismo resgatou, um exemplo
disso é o próprio batismo no Espírito Santo.
Hoje a igreja precisa mais do que nunca manter os conceitos bíblicos
irrevogáveis. Porém, têm surgido ultimamente muitos ensinos contrários a fé
cristã e que principalmente tem atingido jovens.
Muitas pessoas que estão dispostas a largar verdades antes recebidas
em troca de “novas verdades” – a descrença em milagres “O milagre do Mar
Vermelho, Cristo já não nasce de uma virgem, os milagres já não são milagres,
aquilo que Paulo disse não era muito bem o que ele queria dizer”;
desvalorização de doutrinas: “A Trindade não existe”.

Sendo assim, tenho por objetivo na presente obra:

1º INTRODUZIR O LEITOR na teologia sistemática.

2º ELUCIDAR PONTOS BÍBLICOS, onde muitos tem tido certas


dificuldades em entender.

3º PROPORCIONAR ao leitor um estudo direto, objetivo e claro quanto à


fé cristã, sem rodopios, mas de forma clara e o mais didática possível.

4º COMBATER o modernismo teológico e seus diversos “ismos”,


trazendo a “velha e boa doutrina”.

“Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou


o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a
que passais a possuir” (Dt 6:1).

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Por: Lúcio Flávio Medeiros Filho

“Incentivando e instruindo a busca pelo Batismo no Espírito Santo e com fogo”

Q
ue tempos os nossos, e que costumes, como diria Cícero, e
que Paulo destacou a respeito de tempos trabalhosos (2Tm
3:1).
Temos hoje sérios problemas em relação ao assunto pneumatológico,
convívio por isso experiência própria com jovens e adolescentes
desinteressados pela busca do batismo no Espírito Santo como revestimento
de poder para fazer a obra (At 1:5,8).

Os diversos problemas com a juventude cristã são diversos:

• Busca de prazeres
• Prodigalidade
• Intemperança
• Orgias
• Amor às vestes

Porém existe também o problema teológico, na realidade, posso


destacar três:

• “Sou muito jovem para estudar teologia”, existe um grande


equívoco nessa fala, pois como diria Alister McGrath todos são
teólogos em potencial. Alguns atuam na área teológica, outros
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são teólogos comuns, pois fazem teologia. Ler as Escrituras


interpretá-la, louvar a Deus, falar sobre as Escrituras tudo isso é
fazer teologia. Sendo assim é inaceitável esse tipo de indagação.
Primeiro, a Bíblia nos incentiva a estudá-la, na realidade, é mais
que um incentivo é uma ordenança (Dt 17:19; Is 34:16; Jo 5:39; At
17:11; Rm 15:4). Encontramos textos nas Escrituras,
principalmente nos livros poéticos, como por exemplo, Salmos,
que denotam e demonstram um amor santo pelas Escrituras.
Segundo, os adolescentes e jovens aprendem biologia, química,
física no ensino médio e fundamental, e não podem estudar a
matéria apologética? Teologia? Isso é um equívoco tremendo, é
privar nossos jovens da edificação (1Pe 3:15) o imperativo de
Pedro é para todos.

• O teólogo pentecostal Gutierres destaca algo bem interessante:

Não, este não é um texto contra a teologia. Jamais escrevi


contra a teologia. Acho detestável qualquer tipo de anti-intelectualismo.
Escrevo contra a “pouca teologia”. O problema é teologia de menos em
não em demasia. Certa vez encontrei um rapaz que se apresentava
como teólogo só porque tinha feito um curso básico de teologia. É a
infantilidade misturada com a mania de grandeza que tanto afeta os
pentecostais. Precisamos de mais teologia, muito mais. E menos de
teólogos de apostila.
Como alguém se diz estudante de teologia e nunca leu a Bíblia
toda? O objeto de estudo da teologia é a Bíblia. O teólogo que não lê a
Bíblia é como o jornalista que não lê jornal [...]

a. Você é um teólogo de apostila? Aquele cristão que não cresce


teologicamente, mas que fica preso aquilo que estudo no seminário,
porém deixa de pesquisar, de ler e vive das migalhas que aprendeu
em seis, doze meses?

b. Veja o que diz o texto bíblico em Oséias 4:6; Vemos que as


instituições evangélicas como SBB, CPAD, Sociedade Bíblica

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Trinitariana fazendo sempre publicações de incentivos a leitura


bíblica, irmãos em Cristo chamando a atenção para a importância da
Escola Bíblica Dominical (EBD) como tão bem pontuou e lutou
Antonio Gilberto para que as Assembléias de Deus fossem edificadas
por meio desse trabalho tão importante.

Por sermos de teologia pentecostal e termos como molde a igreja


primitiva citada em Atos dos apóstolos. Analisaremos o que a teologia lucana
tem a nos ensinar em seu livro histórico teológico.

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IGREJA VIVA PELO ESPÍRITO E SUSTENADA PELA PALAVRA

• O Espírito nos vivifica


• A Palavra nos sustenta
• O Espírito está intrinsecamente unido a Palavra de Deus

N
esse seminário sobre a importância dos jovens buscarem o
batismo no Espírito Santo como revestimento de poder, é
interessante porque em Atos temos uma igreja viva pelo
Espírito e sustentada pela Palavra. É importantíssimo notar alguns aspectos
teológicos doutrinários, como a ascensão de Cristo, a dispensação do Espírito
quando descende, e a expansão do Espírito Santo. Na expansão do Espírito
Santo que é a continuação de sua obra de fato iniciada em Atos 2 temos o que
podemos chamar de coração aquecido, coração vivificado. O batismo com
Espírito Santo com fogo em Mateus 3:11 e realçado por Cristo em Atos 1:5,8.
Coração vivificado? Sim, não em termos salvífico, mas em questão de
dunamis. Um dos melhores e mais completo dicionário – Houaiss destaca o
seguinte sobre o significado de “vivo”.
adjetivo1
1 que vive, que tem vida; vivente ‹ser v.›
2 que não está ressequido ou murcho (diz-se de planta)
3 cheio de vivacidade, entusiasmo, vigor; animado, vivaz ‹crianças v.› ‹brincad
eira v.›
4 dotado de sagacidade, inteligência, perspicácia; esperto, ladino ‹os alunos ma
is v. entenderam logo a questão› ‹ele foi muito v. em não acreditar naquelas m
entiras›
5 infrm. que é cheio de astúcia; ardiloso, matreiro ‹para enganar as velhinhas,
ele é muito v.›
6 que produz efeitos, se faz sentir; ativo, brilhante, forte, intenso ‹ele sente ain
da um ódio v. pelos parentes›
7 que penetra com intensidade os sentidos; forte, ativo, penetrante ‹perfume v
.› ‹um licor forte e v.› ‹luz v.› ‹uma dor v.›
8 que revela desembaraço; ágil, ativo, diligente ‹pessoa muito v. no trabalho›

1 https://houaiss.uol.com.br/pub/apps/www/v3-3/html/index.php#1

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9 dotado de ricos recursos para exprimir ideias, sentimentos, emoções; express


ivo, significativo ‹uma narrativa v.›
10 duradouro, persistente ‹a lembrança deste encontro permanecerá v. na min
ha memória›
11 cheio de ardor, de animação; acalorado, animado, fervoroso ‹o assunto prov
oca v. polêmica› ‹havia um v. entusiasmo na reunião›
12 dotado de nitidez; marcado, perceptível, visível ‹as pegadas estavam v. na t
erra molhada› ‹na janela há sinais v. de arrombamento›
13 que presta atenção; atento, vigilante ‹pediu-
nos para ficarmos v., a fim de não perdermos o prazo›
14 LING que está em curso, que ainda existe (diz-se de língua)
15 MÚS apressado, ligeiro (diz-se de andamento)

O que me chama a atenção é a definição que diz: “cheio de


vivacidade, entusiasmo, vigor, animado vivaz”, é um entusiasmo santo que
o Espírito Santo gera em nossos corações.

Preste bem atenção: Se Cristo quisesse uma Igreja cheia de


conhecimento apenas, com certeza teria enviados os discípulos ali mesmo
após ter ressuscitado, porém até mesmo quando envio os 12 e os 70 os
encheu com poder. Dentro desses 40 dias se apresentando a mais de 500
pessoas qual foi à mensagem de Cristo para os apóstolos? Em Atos Cristo os
manda esperar pelo Batismo no Espírito Santo (At 1:5,8).

Alguns de teologia mais tradicional dirão que esse batismo em Atos é


salvífico e não um revestimento de poder. Essa afirmação não se sustenta,
pois:

1- Os discípulos já eram salvos

2- Os discípulos já faziam parte do Corpo Universal Espiritual de Cristo


– a Igreja, Cristo já havia ressuscitado

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3- Veja o texto de Atos 1:8, o tema é totalmente evangelístico, a


definição grega para virtude é “força, poder miraculoso, capacidade,
abundância, com sentido de ato poderoso, obra de poder
(maravilhosa)”. Que também pode ser definido como poder real,
poder em ação. Ou seja, o conceito aqui não é salvífico e sim
evangelístico, pois os discípulos já eram salvos, faziam parte do
corpo de Cristo e agora seriam revestidos de poder para cumprir com
a vontade de Cristo, “ser-me-eis testemunhas”.

4- Batismo no Espírito Santo nada tem haver com salvação e muito


menos com dons interno, é um dom externo.

O que Cristo estabelece para os apóstolos se repete em Atos 18, ou


seja, uma verdade cristocêntrica sendo transmitidas aos apóstolos, e vemos
que essa verdade apostólica cristocêntrica vem sendo transmitida e cumprida
na vida da igreja primitiva, quanto em nosso tempo e em toda história da igreja,
nesses 2000 anos de cristianismo.

Somos a Geração Apolo, jovens que se dedicam as Escrituras, lêem a


Bíblia, porém, por causa de uma teologia equivocada, deficiente
pneumatologicamente falando do presbiterianismo clássico, o batista e dentre
outros que se utiliza de uma mesma pneumatologia equivocada não
carismática, que não são de cunho pentecostal, elas acabam minando a
essência Escriturística sobre a pneumatologia bíblica, que está manchada. E o
pentecostalismo veio, em seu início com Edward Irving (1792-1834), e toda
aquela sucessão, avanço, crescimento e expansão com Charles Fox Parham
(1873-1929), William J. Seymour (1870-1922), Frank Bartleman (1871-1936),
John Fletcher (1729-1785), Samuel Chadwick (1860-1932) e tantos outros que
contribuíram para a construção teológica pneumatológica.

“E chegou a Éfeso certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria,


varão eloqüente e poderoso nas Escrituras” (At 18:24). Perceba “eloqüente” e
poderoso no que? Na filosofia grega? Na ciência política romana? Não,
poderoso nas Escrituras. Temos os atributos de Apolo no verso 25:

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• “instruído no caminho do Senhor”


• “fervoroso de espírito”
• “falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor”

Mas mesmo assim precisava do batismo no Espírito Santo –


“conhecendo somente o batismo de João”. Existe um paralelismo entre o
batismo de João com água e o batismo de Cristo com fogo (Mt 3:11).
“Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram
Priscila e Áquila, o levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o
caminho de Deus”. Mais pontualmente – Apolo era conhecedor das Escrituras
no versículo 24 diz que era poderoso, porém houve a necessidade de separá-lo
para declarar mais pontualmente, ou seja: com mais rigor, exatidão.
Advérbio2
1 com rigor e exatidão ‹os itens de exigências devem ser cumpridos p.›
1.1 com precisão de data ou hora; exatamente, precisamente ‹nossa padaria a
bre p. às cinco da manhã›
2 em determinados pontos, tópicos, itens etc.; aqui e ali ‹só p. deu respostas c
orretas às questões›

O que acontece aqui é que faltava algo para Apolo, não era só o batismo
em água, se fosse só o batismo em água o capítulo 19 que fala sobre Paulo e
Apolo esclarecia perfeitamente essa questão, entretanto o foco a ser
esclarecido é sobre a experiência pentecostal.

1 E aconteceu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou


as regiões altas, e chegando a Éfeso, encontrou ali alguns discípulos 2e lhes
indagou: “Recebestes o Espírito Santo na época em que crestes?” Ao que
eles replicaram: “De forma alguma, nem sequer soubemos que existe o
Espírito Santo!” 3Diante disso, Paulo questionou: “Ora, em que tipo de
batismo fostes batizados, então?” E eles declararam: “No batismo de
João”. 4Então Paulo lhes explicou: “O batismo realizado por João foi um
batismo de arrependimento. Ele ordenava ao povo que cresse naquele que

2 https://houaiss.uol.com.br/pub/apps/www/v3-3/html/index.php#1

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viria depois dele, ou seja, em Jesus!” 5E, compreendendo isso, eles foram
batizados no Nome do Senhor Jesus. 6Quando Paulo lhes impôs as mãos,
veio sobre eles o Espírito Santo e começaram a falar em línguas e a
profetizar. 3 (grifo meu).

Apolo era judeu, Paulo apóstolo dos gentios - Paulo já tinha uma
mentalidade de pregação aos gentios, quando nós vemos o Espírito Santo
descendo sobre o centurião (At 10) e todos que ali estavam, era Deus
provando a Pedro que os gentios também faziam parte do Corpo De Cristo.
O capítulo 11 de Atos é quase um tratado teológico sobre a salvação
estendida aos gentios, relata a importância, trata de maneira teológica que os
gentios podem e farão parte do plano de Deus. Os gentios fazem parte da
Igreja, a salvação se estendeu a todos os povos da Terra sendo eles gentios
ou judeus.
Sendo assim, o doutor, apologista e apóstolo Paulo não precisaria desta
confirmação que Pedro teve. Diferente dos doze apóstolos não necessitaria
que Deus agisse desta forma. Ele já tinha noção disso, então, o que acontece
aqui vai mais além de uma simples confirmação de salvação a todos os
homens, logo, a ideia aqui transmitida no texto bíblico é que Apolo
necessitava de vida. Não de vida no sentido salvífico, pois Apolo já era salvo,
pois, como pode alguém entende poderosamente as Escrituras, pregá-la
fervorosamente sem ser salvo? Ele dava evidência de sua salvação, Apolo era
de fato um homem salvo em Cristo Jesus. O que lhe faltava era um
revestimento de poder, que vai além da Homilética humana, além do
conhecimento teológico, além de uma vida fervorosa, é uma vida de poder. Um
coração aquecido, abrasado, queimado, purificado, preenchido
poderosamente, sobrenaturalmente.

Hernandez Dias Lopes diz:

O recebimento de poder precede o testemunho. “Testemunhar”


sem o poder do Espírito Santo é como tentar cortar a lenha com o cabo

3 Bíblia King James Atualizada - https://bibliaportugues.com/kja/acts/19.htm

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do machado. Em vão é o esforço humano sem o revestimento do


Espírito.

O fogo é a simbologia que Deus Espírito Santo assume para transmitir


não só um conceito como a ação que ele efetua no crente em Cristo Jesus.
Aquecer – Purificar – Iluminar - Avivar

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POR QUE JESUS ENFATIZOU TANTO O BATISMO NO ESPÍRITO


SANTO?

qui entra o tema: “A importância dos pentecostais para o século

A XXI” Não só o XXI como em todos os séculos em que fez


presente.

Se pararmos para analisar é lúcido que Atos dos Apóstolos é um livro


histórico teológico, Lucas tanto faz história como teologia. O capítulo um é um
dos mais impressionantes de todos os capítulos bíblicos, por quê? Por conta,
que logo no capítulo um Lucas implementa argumentações a Teófilo que
cooperam para prova a Ressurreição de Cristo.

A busca pelo batismo no Espírito Santo foi incentivada pelo próprio


Cristo: Após sua ressurreição, passou cerca de 40 dias com os discípulos
falando das coisas, concernentes ao reino de Deus, e uma das coisas que
frisou a eles é que não se ausentassem de Jerusalém. Em Lucas 24:49 diz: E
eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de
Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder. Esse poder de
revestimento é chamado por Cristo (ou seja, a definição é dada pelo próprio
Cristo Jesus) como Batismo com o Espírito Santo. “Pois, de fato, João batizou
com água, mas daqui a poucos dias vocês serão batizados com o Espírito
Santo” (At 1:5). E os discípulos viram estas coisas acontecendo na vida e no
meio deles: “Então todos viram” (At 2:3). Não era uma brincadeira sem graça
que Jesus estava fazendo com eles, não estava os enchendo de falsa
esperança, mas cumprindo com os propósitos do Pai, que já havia prometido o
Espírito Santo com poder (Jl 2:28).

Para compreender o texto sugiro uma rápida exposição de Atos 1


(alguns versos).

Em Atos capítulo 1 perceba que do verso 1 ao 3 o autor (Lucas) faz uma


introdução, ou seja, Prolegômenos – prefácio de uma obra.

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Nesse prefácio costumo fazer a seguinte divisão:

• Nos Versos 1 e 2 – Lucas faz um resumo do que escreveu em seu


evangelho que leva o mesmo nome.

• No verso 3 – O autor retorna a citar sobre a ressurreição de Cristo


de forma sucinta.

• Já nos Versos 4 ao 18 – o autor explica o resumo que fez no


versículo 3, levando ao momento da ascensão de Cristo.

VERSO 1
“Escrevi o primeiro tratado, ó Teófilo todas as coisas que Jesus
começou a fazer e a ensinar” - O objetivo de um evangelho não é
simplesmente escrever uma biografia, pois se fosse uma simples história da
vida d’Ele, teria que falar sobre assuntos mais familiares de Jesus, mas é um
tratado teológico sobre o que Cristo fez e ensinou. Isso nos mostra que o
objetivo de um Evangelho, que é nos passar um ensino, não apenas biográfico,
mas teológico acerca de Cristo, para que assim possamos crer (Jo 20:21).

VERSO 2
“Até o dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado
mandamentos por Meio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera” - Até o
momento da ascensão, Jesus ficou por quarenta dias com os apóstolos
ensinando-os acerca do reino, e comprovando sua ressurreição. Sendo que
posteriormente o que Cristo ensinou a respeito do Reino, foi o tema das
pregações dos apóstolos e discípulos: Atos 8:12; 20:25; 28:23.
“Depois de ter dado mandamentos”, que mandamentos? Ide e Fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do
Espírito Santo (Mt 28:19; Mc 16:15; Jo 20:21). Perceba que Lucas usou o
termo mandamento. Mandamentos são ordens (regras) que devem ser
obedecidas. Por isso batismo em água é uma ordem (regra), pois Cristo o deu
como mandamento.

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VERSO 5
Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão
batizados com o Espírito Santo - O batismo no Espírito Santo é o evento que
vai marcar a fundação da igreja e uma nova dispensação. Era também uma
promessa feita no Antigo Testamento, que se cumpriria a partir do dia de
Pentecoste e continuaria até a volta de Jesus.

VERSO 8
Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e
serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até
os confins da terra - Aqui encontramos o versículo central de todo o livro de
Atos.
O tema do livro de Atos pode ser resumido a este único verso.
Quando Cristo disse que eles seriam batizados, não os batizaria para
passarem por uma experiência tão somente, mas para cumprir com um objetivo
específico: PREGAR O EVANGELHO A TODO MUNDO. Cristo está visando à
salvação de almas e o cuidado das mesmas. Os dons espirituais são para uso
de edificação da igreja local, agora, o dom do Espírito, ou seja, o batismo
pentecostal é para fora da igreja, quer dizer alcançar os ímpios. Perceba então,
que o batismo no Espírito Santo não é uma experiência para ficar de
lembrança, não é tão somente para sentir algo novo, mas para fazer a obra de
Deus. Um operário não pode trabalhar sem ferramenta, com isso, quando vai
ao trabalho ele recebe a ferramenta e a utiliza. O mesmo é quando recebe o
batismo no Espírito Santo. O BES não é uma experiência final em si mesmo,
entretanto, um caminho; uma ferramenta.
É nessa questão que muitos pentecostais têm falhado. Muitos buscam
tal batismo só pra dizer que passou por uma experiência, ou para fazer parte
de “algum grupo”, e por isso que muitos após serem batizados depois de um
tempo estão desanimados, cansados e sem vigor, pois eles só visaram o
batismo pelo motivo errado4, que era passar por uma experiência e somente
isso. Mas quando se busca tal plenitude (poder do alto; experiência
pentecostal), é visando o evangelismo, fazer a obra para o reino, pois essa

4Lembrando que existem pessoas que nem ao menos recebem esse batismo,
justamente por estar buscando da maneira errada.

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experiência semelhante a Atos é para impulsioná-lo a pregar, evangelizar e


ensinar debaixo do poder dado pelo Espírito Santo. Era assim que Jesus via, e
também era esse o sentido que os nossos irmãos pentecostais tinham ao crer
assim.
Se você prestar atenção no verso 6 vai perceber que os discípulos
perguntaram a Cristo se restauraria o reino naquele momento, um reino ligado
a libertação das mãos de Roma, mas Jesus no verso 7 dá uma resposta
negativa e leva a conversa para outro sentido, perceba: Não vos pertence
saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
Mas recebereis o poder do Espírito Santo.
Os discípulos estavam preocupados consigo mesmo, mas a visão de
Cristo era evangelística naquele momento. Era a promessa de Deus (At 1:4)
prestes a se cumprir na vida da Igreja.
Essa tem sido a visão dos irmãos que tem buscado o batismo no
Espírito Santo? E se você já passou por essa experiência tem cumprido com o
ide do Senhor Jesus? Tens evangelizado com poder de Deus? Ou está
acomodado?
Nossos irmãos primitivos após receberem o batismo no Espírito Santo
ficaram acomodados em Jerusalém, pensaram que era só para eles a
promessa. Mas quando a igreja, após ser capacitada pelo Espírito Santo
resolve se acomodar esquecendo que a vontade de Jesus era que fossem
levar as Boas Novas a toda humanidade, independente de sua origem: E ser-
me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e
até os confins da terra. Deus permite perseguição para que ela possa se
despertar e retornar ao trabalho. E também Saulo consentiu na morte dele. E
fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em
Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia de Samaria, exceto
os apóstolos (At 8:1).
Ou seja, estar em “Jerusalém” é estar acomodado. A igreja que Cristo
quer é uma cristandade que ganhe almas, que destrone Satanás, é por isso
que os capacitou com PODER, com o DUNAMIS, e devemos fazer uso dessa
ferramenta.
E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras
persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de

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poder (1Co 2:4). Ou seja, o tema principal da pregação do doutor Paulo, que
era anunciar Cristo crucificado (1Co 2:2) foi uma mensagem regada; cheia do
Espírito Santo.
O despertamento pela busca do Batismo no Espírito Santo parte
primeiro do conhecimento que ele existe e que é para todos; sem exceção. E,
estando com eles, Determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém,
mas que esperassem a promessa do Pai [...] (At 1:4); E eis que sobre vós envio
a promessa de meu Pai (Lc 24:49).
Essa promessa de Deus Pai, que Cristo tanto salientava, é uma
promessa antiga, prometida no Antigo Testamento: Joel 2:28-29; ver também
Isaías 32:15; 44:3-5; Ezequiel 11:19-20; 36:26-27; 37:1-14; 39:29; Zacarias
12:10.
E que é pra todo crente que está em Cristo. Não sou eu que estou
falando isso, mas Pedro.
E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos sobre as
minhas servas naqueles dias, e profetizarão (At 2:18).
Esse batismo é para aqueles que pertencem ao Reino de Deus, tanto
homens como mulheres regenerados. E o mais interessante quando se refere
à palavra “naqueles dias” concerne do dia de Pentecoste até o momento da
Grande Tribulação, provando a cada um de nós que esse batismo e seus
respectivos sinais sobrenaturais e dons não se limitaram ao dia de
“Pentecostes”, mas que se estende a TODOS. É o recurso da igreja, em que o
cristão pode receber e experimentar até a segunda vinda de Cristo. Essa é
dispensação do Espírito Santo, no que tange a Ele estar operando em cada
coração, Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique
convosco para sempre (Jo 14:16).

No livro “A história do Avivamento da Rua Azusa” no capítulo 1 Frank


Bartleman diz o seguinte:
“No dia 8 de abril ouvi pregar F. B. Mayer, de Londres. Ele
descreveu o grande avivamento que se desenrolava no País de Gales,
onde acabara de estar e conhecera Evan Roberts. Minha alma se
comoveu profundamente, pois pouco antes eu também havia lido a
respeito desse avivamento”.

19 | P á g i n a
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Esse homem conheceu a respeito de um avivamento, agora tinha o


dever de buscá-lo. Com isso, apenas reafirmo o que eu disse - temos que
conhecer primeiro a promessa de Deus, agora que sabemos que ela é real,
não podemos ficar em teoria, porém, buscá-la!
Só posso concluir com uma linda citação do hino 122 da Harpa Cristã,
Fogo Divino.
Fogo divino, clamamos por ti;
Vem lá do alto, vem, desce aqui;
Ó vem despertar-nos com teu fulgor;
Vem inflamar-nos com teu calor.

Desce do alto, bendito fogo,


Desce poder celestial!
Desce do alto, bendito fogo,
Vem, chama pentecostal!

Desce, Espírito Consolador,


Desce e enche-nos de santo amor,
Desce ao mundo, nos mostra Jesus;
Dá-nos poder, vida, graça e luz.

Arde em minh'alma, ó chama de amor


Arde em meu peito e dá-me valor;
Consome todos os restos do mal;
Desce já, ó fogo pentecostal!

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Segundo, as evidências. Lucas apresenta três evidências para a


Ressurreição de Cristo:

1- TESTEMUNHAS OCULARES
a- “Porque não inventamos histórias engenhosas quando lhes falamos
da poderosa vinda de nosso Senhor. Vimos com os próprios
olhos” (2Pe 1:16).
b- “Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais
vive ainda a maior parte” (1Co 15:6).
c- “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com
muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de
quarenta dias falando do que respeita ao reino de Deus” (At 1:3).

Os textos citados nos itens (a) e (b) sendo o de 1Coríntios o relato mais
antigo, todos corroboram para as evidências que Lucas apresenta (c).
Testemunha ocular é o “indivíduo que presenciou determinado evento e
pode relatá-lo”.5
#Sem ressurreição não existe cristianismo.

5 https://pt.wiktionary.org/wiki/testemunha_ocular

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2- BATISMO NO ESPÍRITO SANTO


Uma das maiores evidências da Ressurreição de Cristo são os crentes
pentecostais no sentido que eles cumprem com a ordem do Messias em Atos
1:5,8.

a- Sem ascensão de Cristo não existe dispensação e expansão do Espírito.


a. Pois o Paracleto – outro consolador, veio para testificar de Cristo
b. A ascensão e ressurreição de Cristo provam que Deus aceitou o
sacrifício de seu Filho
c. Aceito o sacrifício Jesus Cristo assume um estado de glória,
autoridade e exaltação e envia o Espírito Santo

b- Se o Cristo não houvesse ressuscitado e ascendido aos céus não


haveria Espírito Santo
a. Sem Espírito Santo não há revestimento de poder
b. Não há dons
c. Não há instrução
d. Não há convencimento do pecado
e. Não há testemunho interno
f. Não há testemunho externo
g. Não há intercessão com gemidos inexprimíveis

#JESUS CRISTO CHAMA OS CRISTÃOS PARA EVIDENCIÁ-LO


Paulo viu que Apolo era fervoroso nas Escrituras, porém precisa da
experiência pentecostal, do poder do alto para evidenciar com poder e unção
– com o dunamis a ressurreição de Cristo.
A importância do pentecostalismo para o século XXI é que a maior prova
da ressurreição de Cristo é VOCÊ PENTECOSTAL. Pois diferente de um
budista, confucionista, muçulmano, umbandista, espiritista, e tantas outras
pessoas que seguem outras religiões, o cristão pentecostal evidenciar a
existência e ressurreição de Cristo. O tradicional pode dizer: “ah, mas, nós

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somos salvos por Cristo”, isso é verdade, porém necessitam do batismo no


Espírito Santo para evidenciar externamente com poder real.
Não só porque Cristo vive em você e é espelho de Cristo, reflexo de
Cristo, obra de Cristo, mas também terceiro, porque você tem poder que Cristo
lhe concede pelo Espírito Santo.
Nietzsche, Stephen Hawkins, Gandhi, Bodhidharma, Confúcio, Joseph
Smth Jr, Lao Zi, Zaratrusta estão todos mortos, mas Cristo ESTÁ VIVO!
Um budista não pode evidenciar Buda, um confucionista não pode
evidenciar Confúcio, mas o cristão pode evidenciar Cristo!

3- MARTÍRES CRISTÃOS
Lucas em Atos dos Apóstolos relata a perseguição dos cristãos, mortes,
sofrimentos e até mesmo o sentimento que Paulo tinha em perseguir os
cristãos antes mesmo de ser encontrado por Cristo, tudo isso evidencia que
eles estavam dispostos a morrer por Cristo, ninguém quer morrer por uma
mentira, mas foi evidenciado, comprovado, autenticado do poder de Deus e
Ressurreição de Jesus Cristo.

23 | P á g i n a
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IGREJA VIVA PELO ESPÍRITO E SUSTENADA PELA PALAVRA

etornando ao tema “IGREJA VIVA PELO ESPÍRITO E

R
na Palavra.
SUSTENADA PELA PALAVRA” veremos alguns textos que
nos provam que a Igreja não só era viva como fundamentada

Vejamos um dos mais proeminentes apóstolos relatado em Atos dos


Apóstolos.

A- PEDRO UM DOS MAIORES EXEGETAS REFENCISTA


VETEREOTESTAMENTÁRIO
As Escrituras vetereotestamentária (o cânon do Novo Testamento ainda
não existia) ao ler os textos bíblicos de Atos 1:19-20, 2:15-16,25,42
percebemos o quão importante era a exposição escriturística.

Pedro não havia compreendido inicialmente, nem os discípulos e


apóstolo, mas agora após os 40 dias aprendendo com Cristo e cheio do
Espírito Santo Pedro mostra uma mudança positiva.
Pedro era agora um exegeta, veja-o interpretando aqueles fatos de
acordo com o Antigo Testamento, isso mostra:

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• Compreensão
• Correlação
• Aplicação das profecias veterotestamentárias

As resposta de Pedro a multidão (Atos 2) e seu aconselhamento aos


cristãos primitivos estava totalmente embasada, sustentada na Palavra, por
isso Pedro conseguiu agir com sucesso.

Atos 1:19-20 – na exposição de Pedro diz: “Porque no livro de Salmos


está escrito” – aqui indica que os discípulos conheciam muito bem os
ensinamentos veterotestamentário. Alguns costumam afirmar que os apóstolos
eram homens iletrados com base no texto de Atos quando diz que eram
“homens sem letras e indoutos” (At 4:13), porém neste contexto indica que eles
não eram formados na escola rabínica da época,e não que não tinham
conhecimento. Pedro jamais incentivaria algo que ele mesmo não houvesse
cumprido veja o texto de 1Pe 3:15: “estais sempre preparados para responder
com mansidão e temor qualquer que vos pedir a razão da esperança que há
em vós”.
As referências de Pedro Salmos 69:25 “fique desolado o seu palácio; e
não haja quem habite nas suas tendas”
Salmos 109:8 “Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício”

2:15-16 – Is 44:3; Jo 7:38; o que Pedro utiliza aqui é de uma dupla


referencia, ou seja, por mais que Joel 2:28 se cumpra em sua totalidade no
âmbito escatologia, a igreja receberá destas bênçãos.

Verso 25 -26: Salmos 16:9


Atos 3:18,21-26;

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B- A IGREJA PRIMITIVA
Atos 2 Verso 42 (tripé eclesiástico) – a importância da constância
(1Co 15:58) somos exortados a ser sempre constantes, e a igreja primitiva era
constante nos ensinos apostólico.

C- PALAVRA CRESCIA, ERA RECEBIDA


Atos 6:7; 11:1; 12:24; 13:7,49; 17:11; 18:11,24; 19:20; Perceba que
nestes textos o foco é sempre a Palavra, e nunca: “a filosofia de Pedro”, “e eles
pregavam ideias”, não, era sempre A PALAVRA.

D- FILIPE O EXEGETA
Atos 8:32-33

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A HISTÓRIA DA DOUTRINA PENTECOSTAL

O
movimento pentecostal em seu início, nas suas raízes, foi
fortemente influenciado pelo movimento de santidade e
wesleyano. Os primeiros pentecostais (logo no inicio)
continuaram (ou manteram) a ensinar a santificação como uma segunda obra
definitiva da graça, crendo que o batismo com o Espírito Santo representava
uma terceira experiência. Entretanto, muitos, especialmente os de formação
tradicional, tinham questionamentos bíblicos acerca desse ensino.
William H. Durham – “o pregador que mudou a crença tradicional dos
pentecostais holiness”6; Nesse complexo teológico sobre santificação, surgiu
um homem, por nome, William H. Durham, em 1910, pregador em Chicago,
participante do movimento holiness, que também recebeu o batismo no Espírito
Santo., traz uma abordagem bem diferente no que tange a santificação do
crente.
Esse homem começou a pregar uma mensagem, a qual chamou de “a
obra completa do calvário”.
• “A fé que justifica o indivíduo o leva até Cristo”.

• “Em Jesus o crente torna-se completo no que diz respeito


à santificação e em tudo que diz respeito à salvação”.

A concepção teológica sobre a santificação de Durham é bem diferente


daquilo que ensinava e ensina os do movimento de santidade – sendo
“segunda obra da graça como inteira santificação”.
O que é inteira santificação? Para os crentes que preferem leviandades
vivendo igualmente como mundanos, esse tema é uma pedra no sapato, uma
vez que o assunto aborda justamente santificação, doutrina que é o “calcanhar
de Aquiles” de muitos cristãos que querem viver um cristianismo sem sal e sem
luz mergulhados no pecado. Pessoas que negligenciam a importância de
conhecer biblicamente a respeito do pecado e santificação, e assim criar um
ódio santo e um amor zeloso pela santidade de Deus. Leonard Ravenhill dizia

6 Esse é um título que eu mesmo achei por bem dar devido à mudança que esse
pregador trouxe sobre a igreja pentecostal de sua época e no quanto influenciou na transição
teológica no que tange a doutrina da santificação.

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quanto à doutrina de santidade: “Elas estão mais assustadas com a santidade


do que com o pecado”.
Em continuidade ao que estávamos falando a respeito das raízes do
pentecostalismo quanto à santificação abordaremos alguns aspectos sobre
doutrina que marcou e formou os chamados pentecostais holiness.
Nos moldes wesleyanos, o ensino da Inteira Santificação ou também
chamada de Circuncisão do Coração e denominada por outros termos como
“Amor Cristão, Perfeição Cristã, Santificação Total, Plena Santificação, Batismo
no Espírito Santo”.
Essa circuncisão é coração feito no espírito por Deus. Alguns textos,
dentre eles: Mateus 5:48; 2Coríntios 7:1; 1Tessalonicenses 5:23-24; 1Pedro
1:15-16 são bases textuais para o ensino dessa doutrina. Algo que esses
irmãos sempre destacaram é que não devemos entender por perfeição cristã
ou inteira santificação, uma perfeição impecável.
Quanto ao movimento de santidade (holiness) não é preciso dizer muito,
ainda mais que estão conectados ao movimento wesleyano e suas ênfases
quanto a Inteira Santificação é muito semelhante.

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Ambos os movimentos tem os mesmos princípios - Plena Santificação


como Amor Cristão (Wesleyano); Batismo No Espírito Santo como Inteira
Santificação (Movimento Holiness); Movimento Vida Superior como segunda
bênção (Movimento Keswick).
Diferentes termos para mesmos conceitos. A raiz provém do movimento
Metodista. São apenas desdobramentos, podemos dizer que o pentecostalismo
foi um novo começo devido estar preso ao conceito de Inteira Santificação.
Hoje é um movimento independente com suas crenças distintivas. Não mais o
conceito holiness, mas pentecostal. O pentecostalismo se desprende de suas
raízes metodista –wesleyana.
Como os pentecostais se diferenciaram do movimento holiness quanto
ao conceito de Inteira Santificação? Retornando a William. H Durham após
essa síntese da crença metodista e holiness, devo destacar que Durham criou
muitas polêmicas, pois ele não ensinava com ênfase o que os do movimento
holiness ensinavam. Charles Fox Parham (o “criador” do movimento
pentecostal que hoje conhecemos) um pregador pentecostal adepto do
movimento holiness de nada se agradou das ministrações transmitidas por
Durham.

Stanley Horton diz:


Os pentecostais holiness, entretanto, reconheceram
corretamente que boa parte do ensino de Durham era parecido com o
do Conde Nicolaos Von Zinzendorf que por sua vez, ensinava que a
perfeição cristã é imputada e acontece pela fé no sangue de Cristo, de
modo que, no momento em que a pessoa é justificada, a santificação é
completa.

Perceba a mudança teológica quanto à santificação. A crença holiness é


que a santificação é algo a ser alcançado, mas agora com essa interpretação
de crerem apenas uma santificação sem a necessidade de uma segunda obra
da graça foi o divisor de rios. Claro, que atraindo discórdias e polêmicas entre
os pentecostais holiness e os seguidores de Durham.

Havia extremos entre ambos os lados.

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INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

Por mais que esses fossem os ensinos de Durham, rejeitado foi pelos
pentecostais holiness que se apoiavam plenamente nos argumentos de John
Wesley.
O ensino de Durham dividiu as igrejas pentecostais entre: Pentecostais
Holiness – criam na santificação como segunda obra da graça. E Assembleias
de Deus – criam que a fé e a purificação do sangue de Cristo são os pré-
requisitos para o batismo no Espírito Santo.

Devido alguns problemas teológicos que surgiu nas Assembleias de


Deus como o unicismo, obrigou-os que se adotassem a “Declaração de
Verdades Fundamentais” com 17 pontos (1916) e assim firmassem um ensino
sobre santificação diferente dos pentecostais holiness.

O ponto 9 diz o seguinte:


As Sagradas Escrituras ensinam em suas páginas que o homem
deve viver uma vida santidade sem a qual ninguém verá o Senhor.
Mediante o poder outorgado pelo Espírito Santo, poderemos obedecer
ao mandamento que diz: “Sejam santos, porque eu sou santo”. Deus
deseja que o crente experimente completa santificação, a qual deve-se
procurar seriamente mediante a obediência ao Senhor (Hb 12:14; 1Pe
1:15,16; 1Ts 5:23,24; 1Jo 2:6).

Stanley Horton diz7:

7 5 Perspectivas sobre a santidade, pg. 121.

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INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

Essa declaração apresenta a santificação como obra do Espírito


Santo com cooperação do crente. A expressão santificação plena não
foi definida, talvez porque alguns não queriam destacar completamente
a possibilidade da segunda obra definitiva, enquanto outros poderiam
sustentar que ela se tornou “plena” na Cruz. A declaração, entretanto,
não apresenta a santificação como objetivo a ser alcançado. Os
seguidores de Durham na época não eram instruídos em teologia e
pregavam um evangelho simples, cristocêntrico. A maior parte dos que
reuniram para formar as Assembleias de Deus concordava que não
havia segunda obra definitiva da Graça e que a santidade é importante.
Por isso, tiveram poucos problemas ao adotar essa declaração.
Os primeiros materiais escritos e o material da escola bíblica
dominical das Assembleias de Deus [...] continuaram enfatizando a
santidade cristocêntrica e opondo-se a ideia da segunda obra definitiva
da Graça.

Mesmo assim existem algumas exceções, como por exemplo, o autor da


Bíblia de Estudo Pentecostal. Stamps se posiciona da seguinte maneira:
[...] a santificação não é descrita como um processo lento, de
abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada
como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto
da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de
viver para Deus (Rm 6:18; 2Co 5:17; Ef 2:4,6; Cl 3:1-3). Ao mesmo
tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício
mediante o qual continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da
carne (Rm 8:1-17), somos progressivamente transformados pelo
Espírito à semelhança de Cristo (2Co 3:18) crescemos na graça (2Pe
3:18), e devotamos maior amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39; 1Jo
4:10-12, 17-21).
A santificação pode significar uma outra experiência específica e
decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de Deus
uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que
Deus o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do
mundo e andar ainda mais perto dEle (2Co 6:16-18). Com essa certeza,
o crente se apresenta a Deus como sacrifício vivo e santo e recebe da

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INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

parte do Espírito Santo graça, pureza, poder e vitória para viver uma
vida santa e agradável a Deus (Rm 12:1-2; 6:19-22)8.

Alguns mantiveram certos aspectos do movimento holiness, mas em


grande parte assumiram uma nova posição quanto à santificação:

Santificação Instantânea - Ralph W. Harris diz:


A Santificação é instantânea; no momento em que a pessoa
confia em Cristo, é separada do pecado para Deus.

Stanley Horton diz:


Existe um aspecto progressivo da santificação mediante o qual
crescemos na graça (2Pe 1:4-8; 3:18). Mas também existe um aspecto
instantâneo da santificação mediante o qual, no momento em que
nascemos de novo, somos separados do mundo para seguir a Jesus, e
somos santos neste sentido. Infelizmente algumas igrejas muito formais
têm colocado algumas pessoas no pedestal e as chamam santas. O NT,
porém, chama todos os crentes de santos, mesmo os que estão longe
da perfeição. Se de fato somos cristãos, somos consagrados e
dedicados a seguir a Jesus. Todos são santos se levados a direção
certa, mesmo que tenham apenas começado a seguir o caminho. É
triste que a palavra santo tenha sido distorcida pelos que a empregam
como um título para seus heróis [...]
A Cruz é, portanto, o segredo para a santificação posicional.
Temos essa posição em virtude do que Cristo fez. Os autores das
Assembleias de Deus falam ainda na “obra completa do calvário [...]

Santificação Progressiva - Deus indicou os meios pelo quais promovem


a santificação externa como interna na vida. Esses meios são: O sangue de
Cristo; Espírito Santo e a Palavra.
O sangue do cordeiro que desceu do céu é eficaz para nos conceder a
santificação posicional, na qual somos santificados em Cristo (Hb 2:10-11).
Mas existe um aspecto contínuo, não uma segunda obra da graça, mas um

8 Bíblia de Estudo Pentecostal. p. 1937

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crescimento em santificação. A cada dia, semana, mês, anos, vou crescendo


progressivamente em santidade.
Santificação Plena - Estado em que seremos transformados na segunda
vinda de Cristo, “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última
trombeta, pois a trombeta soará , os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós
seremos transformados” (1Co 15:26).

*OS PURITANOS FORAM UM DOS PRIMEIROS A CREREM NUMA


SEGUNDA BÊNÇÃO (No século XVII)

Alguns teólogos agem de má fé, como recentemente um texto publicado


por certo pastor presbiteriano afirmando que o pentecostalismo não é
genuinamente cristocêntrico, ora, fazer esse tipo de afirmação é desonestidade
intelectual, é recusar reconhecer teólogos como Stanley Horton, Emílio Conde,
Wallter Brunelli, Raimundo de Oliveira e tantos outros.
A reforma havia iniciado quando um homem por nome Martinho Lutero
havia numa noite a luz de vela, lido que o: “o justo viverá pela fé”. Quando a
igreja parece estar sem luz alguma, quando tudo parece que é o fim, que a
corrupção já tomou conta de todo corpo eclesiástico assim como aconteceu
nos dias de Eli e seus filhos, Deus levanta um profeta antes mesmo que a luz
apague.
E o jovem Samuel servia ao SENHOR perante Eli. E a palavra
do SENHOR era de muita valia naqueles dias; não havia visão
manifesta. E sucedeu, naquele dia, que, estando Eli deitado no seu
lugar e os seus olhos se começaram já a escurecer, que não podia ver,
e estando também Samuel já deitado, antes que a lâmpada de Deus se
apagasse no templo do SENHOR, em que estava a arca de Deus (I
Samuel, 3.1-3).

O próprio Deus se encarregou em levantar homens durante os séculos


em que pudesse derramar da glória d’Ele e transtornar o mundo, assim como
fez em Atos. Todos acontecimentos terrenos tomaram em contrapartida os

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INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

exemplos contidos em Atos dos Apóstolos, cujo fim principal era fazer relatos a
respeito da igreja primitiva.

Edward McKendree Bounds:

O plano de Deus é fazer muito do homem, muito mais dele do


que qualquer outra coisa. Os homens são o método de Deus. A Igreja
está procurando melhores métodos; Deus está procurando homens
melhores. "Havia um homem enviado por Deus cujo nome era João."

A doutrina do batismo no Espírito Santo sempre foi pregação da Igreja, e


Lucas sempre manteve essa perspectiva.

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INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

JÁ RECEBESTES O ESPÍRITO SANTO?

O que é batismo no Espírito Santo?


O conceito é muito importante, além do mais, em pleno século XXI
existem crentes que continuam crendo numa definição totalmente deturpada
desta obra da graça de Deus, que na verdade é uma dádiva, um presente, uma
ferramenta.
No Seminário Teológico de Base SETEB da Igreja Cristã Nova
Vida, dirigida pelo bispo primaz Walter McAlister encontramos o seguinte,
pequena transcrição do vídeo: O ambiente é o salão respectivo de culto, onde
está sendo ministrada a aula, o professor faz a pergunta do que seria
realmente o batismo no Espírito Santo.
Professor: - “[...] minha primeira pergunta de provocação e de
inquietação é essa: existe batismo no Espírito Santo?
Alunos: - “[...] sim...!”
Professor: “O que isso significa então? Que é então o batismo no
Espírito Santo?
Uma aluna responde: - “[...] ocorre no momento da conversão,
ele não é algo que ocorre depois ou uma bênção posterior. É uma
bênção que ocorre no momento da conversão”.
É bem provável que a aluna faça parte do ministério ICNV, pois o que
ela expõe como explicação do batismo no Espírito Santo é justamente a
definição dada pelos ministros do ministério citado. O pastor John McAlister,
tanto quanto o bispo Walter McAlister é um Pentecostal Reformado. Veremos
mais a frente o que isso significa.
No entanto, as definições não param por aqui.
Por muitos anos ouvi de irmãos pentecostais: você já foi
batizado com o Espírito Santo? Na verdade, o que queriam perguntar
era: você fala em línguas? Quando um diálogo deste ocorre entre
presbiterianos e pentecostais o resultado já sabemos: divergência.
Para o presbiteriano, o “batismo com o Espírito Santo” não tem
nada a ver com o falar em línguas. Para a fé reformada ortodoxa, o
batismo com o Espírito Santo é o ato da regeneração, ou seja, o
momento em que o Espírito Santo passa a fazer morada na vida do
crente, quando ele tem o seu “novo nascimento”.

35 | P á g i n a
INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

Já para o pentecostal, o “batismo com o Espírito Santo” é


semelhante a uma segunda manifestação do Espírito na vida da pessoa
crente, na qual, por meio do falar em línguas, a pessoa dá provas
evidentes de um amadurecimento na fé.
Na verdade, quando começamos a falar deste assunto, a
confusão fica muito grande. Na minha opinião, a falha não é da Bíblia
ou da interpretação que se dá aos textos, mas decorre de que este
assunto tem sido tratado à luz da experiência pessoal dos indivíduos e
não à luz das Sagradas Escrituras.
Quando você lê um texto como o de 1 Coríntios 12, terá luzes
sobre a questão. O verso 13 define que “todos os membros do corpo de
Cristo são batizados em um só Espírito”. E no verso 30, percebemos
que a pergunta do apóstolo encerra um ensino: nem todos têm todos os
dons, portanto, nem todos falam em línguas. Por isso, falar em
línguas também não poderia ser um sinal de maturidade a ser exigido
de todos os crentes.
Evidentemente, discordamos dos crentes pentecostais em
muitas coisas com relação ao “batismo com o Espírito Santo” e o “falar
em línguas”, mas caminhando noutra direção, permitam-me fazer duas
perguntas: para nós presbiterianos o que o Espírito Santo faz de
importante quando nos batiza? Que sinal visível pode ser evidência
dessa graça invisível?
Uma nova vida é o resultado do batismo com o Espírito Santo e
a grande evidência externa disto é a nossa unidade. O texto citado nos
ensina que a principal obra do Espírito é a “unidade do Corpo de Cristo”.
O melhor sinal de nosso batismo com o Espírito é a nossa disposição
para sermos um só corpo em Cristo Jesus. Esse é o maior desafio da
Igreja de Cristo há séculos e essa é a grande obra do Espírito Santo em
nós.9
As refutações deste texto seguirão mais adiante, por enquanto veremos
mais algumas definições estapafúrdias.
Augustus Nicodemus10:

9
O Batismo Com Espírito Santo Para o Presbiteriano - 05 de junho de 2011
Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno - http://pastoraisparaboletim.blogspot.com/2011/06/o-
batismo-com-espirito-santo-para-o.html

10 Youtube

36 | P á g i n a
INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

O batismo no Espírito Santo é aquilo que nos acontece na hora


da conversão. Quando o pecador se arrepende dos seus pecados e crê
em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, ele é iniciado, introduzido
no corpo de Cristo. [...] O Espírito Santo vem habitar em nó, Ele nos
regenera, nos transforma, e Ele nos transporta como povo de Deus, a
Igreja de Cristo Jesus. [...] Rito iniciatório, ele aponta, ritual de iniciação
onde se inicia a ação.

Você olha estes textos, mas percebe que existe certa sinceridade na
exposição da definição. Este tema não é delicado, pois se trata de algo claro,
definido por Cristo e afirmado por Toda Palavra de Deus.

Continuemos: Site GotQuestions11 sugere:

Podemos definir o Batismo do Espírito Santo como a obra


através da qual o Espírito de Deus coloca o crente em união com Cristo
e em união com outros crentes no Corpo de Cristo, no momento da
salvação. I Coríntios 12:12-13 e Romanos 6:1-4 são as passagens
centrais na Bíblia onde encontramos esta doutrina. I Coríntios 12:13
declara: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um
corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos
bebido de um Espírito.” Romanos 6:1-4 declara: “Que diremos pois?
Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo
nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos
ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em
Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos
sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida.” Apesar de Romanos 6 não mencionar
especificamente o Espírito de Deus, descreve a posição dos crentes
perante Deus e I Coríntios 12 nos diz como isto acontece.

11 https://www.gotquestions.org/Portugues/batismo-Espirito-Santo.html

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Um Estudo Sistemático da Doutrina da Bíblia por Thomas Paul


Simmons, página 140 (Espírito Santo), a definição é a que se segue a seguir:
Efésios 5:18. Já determinamos que todo crente tem o Espírito.
Só devemos agora mencionar que não há aprovação pela Escritura
para afirmar-se hoje um batismo no Espírito na ocasião ou depois da
regeneração. A Escritura é silenciosa acerca de qualquer noção de um
batismo do Espírito para hoje. A passagem costumeiramente referida
para substanciar um batismo do Espírito na regeneração (1 Coríntios
12:13) refere-se ao batismo na água. Veja o estudo deste versículo
quando tratarmos do batismo na água. O crente tem tudo do Espírito
Santo, mas o Espírito não costuma ter todo o crente. Sua presença é
expansiva. Ele enche somente aquilo do crente que o mesmo mortifica
do egoísmo e do pecado. Assim, a exortação de ser cheio do Espírito é
uma exortação para se entregar completamente a Ele. Quanto mais Ele
nos encher, maior será a manifestação do Seu poder em nossas vidas
(Atos 6:3-5, 11:24). A evidência da plenitude do Espírito será
encontrada nos frutos do Espírito. Veja Gálatas 5:22,23.
As definições de grande parte das igrejas, Batistas reformados,
presbiterianos, fundamentalistas, não muda, a definição vai sempre correr em
relação a isso: “Batismo no Espírito Santo tem haver com Novo Nascimento”.
Neste exato momento a maior pergunta a ser feita é: “Isto é de fato a definição
correta?”. Eu digo que não, Jesus Cristo e o próprio Lucas o médico amado
respondem essa pergunta de maneira muito clara.
Estamos tratando aqui com um dogmatismo acirrado, cristãos que não
querem divergir de uma devida declaração de fé de seus antepassados,
abraçando-o de maneira cega a ponto de inverter termos e versículos a favor
de um conceito.
A confissão de Savoy, a de Heidelberg, o catecismo de Westminster e o
catecismo Puritano compilado por Charles Haddon Spurgeon, até agora não foi
citado justamente por não conter a crença nos moldes do pentecostalismo a
respeito do batismo no Espírito Santo. Aqui se faz nosso primeiro desafio.
Como pentecostais reconhecemos que muitos conceitos do puritanismo
que é reformado em sua essência não batem muito bem com o
pentecostalismo em si. Por exemplo, o calvinismo, mas a história prova que

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mesmo assim existiram puritanos de linha arminiana, como no caso de John


Goodwin.
Vamos agora ver a definição clássica sobre batismo no Espírito Santo, a
que mais se encaixa nas Escrituras:
CAPÍTULO XIX. SOBRE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
CREMOS, professamos e ensinamos que o batismo no Espírito Santo é
um revestimento de poder do alto: “E eis que sobre vós envio a
promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do
alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). É, também, uma promessa
divina aos salvos: “e também do meu Espírito derramarei sobre os meus
servos e minhas servas, naqueles dias” (At 2.18). Trata-se de uma
experiência espiritual que ocorre após ou junto à regeneração, sendo
acompanhada da evidência física inicial do falar em outras línguas: “E
todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).
Nessa passagem,ser “cheio do Espírito” indica ser batizado no Espírito
Santo. O falar em línguas é a evidência inicial desse batismo, mas
somente a evidência inicial, pois há evidência contínua da presença
especial do Espírito como o “fruto do Espírito” (Gl 5.22) e a
manifestação dos dons.1 O batismo no Espírito Santo é uma bênção
resultante da obra de Cristo no Calvário.2 1. O batismo no Espírito
Santo é distinto da salvação. Os discípulos de Jesus já estavam com
seus nomes escritos no livro da vida quando receberam o batismo no
Espírito Santo: “Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os
espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus”
(Lc 10.20). Eles já estavam purificados pela Palavra no dia de
Pentecostes: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”
(Jo 15.3). Quando o Consolador desceu sobre os discípulos no dia de
Pentecostes, eles já tinham o Espírito Santo. Jesus disse-lhes: “Recebei
o Espírito Santo” (Jo 20.22). Na experiência da salvação, o Espírito
Santo passa a habitar no novo crente.3 Todos os crentes em Jesus já
têm o Espírito Santo, 4 pois Ele mesmo é quem conduz o pecador a
Cristo.5 O batismo no Espírito Santo é algo distinto do novo nascimento;
significa o recebimento de poder espiritual para realizar a obra da

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expansão do Evangelho em todo o mundo, 6 para uma vida cristã


vitoriosa e também uma adoração mais profunda.712

De acordo com a declaração assembleiana citada acima o batismo no


Espírito Santo consiste de:
• Um revestimento de poder do alto;
• Uma promessa divina aos salvos;
• Evidenciado pelo sinal (que fique claro: não se trata do dom, mas
de um sinal que é totalmente diferente do dom) do falar noutras
línguas.
Em suma essa é a definição pentecostal clássica do termo.
Graças ao movimento pentecostal, muitas igrejas tradicionais voltaram a
estudar a respeito do Espírito Santo, doutrina que embora seja muito
importante para a cristandade foi de fato pouco estudada ou realmente
esquecida. O resultado do pentecostalismo resume-se em resgatar a doutrina
negligenciada e até mesmo modificada, que é o Batismo no Espírito Santo.
Gutierres Fernandes Siqueira diz algo muito importante no seu livro
“Protestantismo Pentecostal”:13
“O pentecostalismo é uma força evangélica e cristã cujo papel é
o resgate da Pessoa do Espírito Santo na condução da Igreja. Não é a
criação de uma novidade, mas a lembrança de uma antiga verdade: O
Espírito Santo está nesta terra para trabalhar pela Igreja”.
Creio que existe uma importância muito grande no estudo da Pessoa do
Espírito Santo, ainda mais quando se refere ao seu ministério na vida do
cristão. E essa crença tão especial e que enfatiza a busca do batismo no
Espírito Santo é o que nos distingue dos demais grupos.
Percebo que em nosso século presente tem se levantado muitas
indagações quanto a essa doutrina à medida que irmãos pentecostais tem tido
contato com uma teologia mais tradicional. O problema não é ter contato com
os materiais teológicos tradicionais, digo em referência aos calvinistas,
presbiterianos, anglicanos e até mesmo os batistas. Temos muito que
compartilhar e aprender, mas a problemática existe quando esses irmãos

12 Declaração das Assembleias de Deus, pg. 91 -


13 Pg, 27.

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começam a abandonar essa doutrina tão especial. Já vi e conheço igrejas que


se dizem pentecostais, entretanto, deixou totalmente o conceito de Batismo no
Espírito Santo como obra capacitadora no cristão.

De acordo com a Declaração de Fé das Assembléias de Deus


Batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder do alto:
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na
cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc
24:49). É, também, uma promessa divina aos salvos: “e também do
meu Espírito derramarei sobre meus servos e minhas servas, naqueles
dias” (At 2:18). Trata-se de uma experiência pentecostal que ocorre
após ou junto à regeneração, sendo acompanhada da evidência física
inicial do falar em outras línguas: “E todos foram cheios do Espírito
Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito
Santo lhes concedia que falassem” (At 2:4).
Pode-se resumir que Batismo no Espírito Santo é uma experiência de
revestimento de poder do alto, para fazer a obra de Deus, e esta experiência
pode ocorrer após ou no mesmo momento da regeneração. Simples, fácil e
bíblico.
É uma doutrina cristalina onde o objetivo é simplesmente evangelístico.
É na verdade um dom de Deus aos homens, o Dom do Espírito Santo.
Temos que entender que o ministério do Espírito Santo na vida do
cristão é rico e diversificado, profundo e interno – (vou estar sempre frisando
essa questão por ser essa uma das chaves para compreender essa obra do
Espírito Santo). Sempre destaco porque essa é a dificuldade que irmãos
tradicionais estão encontrando. Os tradicionais erram, pois não compreendem
que o Espírito Santo trabalha de maneira diversificada, eles querem incluir tudo
em um só “pacote espiritual” o ministério do Espírito. Mas não é bem assim
como as doutrinas da Bíblia a respeito da Pessoa do Santo Espírito estão
dizendo a cada um de nós. Interpretar versículos bíblicos a bel prazer de uma
corrente teológica e muito difícil, uma vez que o texto bíblico por muita das
vezes apresenta-se de maneira clara e distinta.

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14Jhon Piper falando a respeito do batismo no Espírito Santo diz uma


coisa muito interessante:
Agora o lado positivo que quero dizer acerca do ensino
pentecostal moderado (representado pelos Bennets) é que é correto
destacar a realidade experiencial de receber o Espírito. Quando lemos o
Novo Testamento de maneira honesta, não podemos evitar ter a
impressão de uma vasta diferença de muitas experiências cristãs
contemporâneas. Para os cristãos do NT o Espírito Santo era uma
realidade de experiência. Para muitos cristãos hoje é realidade
de doutrina. Certamente a renovação carismática tem algo a nos
ensinar aqui. Em igrejas sacramentais o dom do Espírito Santo é
virtualmente equiparado ao batismo nas águas. No evangelicalismo
protestante é equiparado ao trabalho subconsciente de Deus na
regeneração que você apenas tem porque a Bíblia te diz que você tem
se você crer. É fácil imaginar um conselheiro espiritual dizendo a um
novo convertido hoje: “Não espere notar nenhuma diferença;
simplesmente creia que você recebeu o Espírito”. Mas tal coisa está
longe do que vemos no NT. Os pentecostais estão certos em enfatizar a
experiência de ser batizado com o Espírito.

E a parte que mais me chama a atenção é quando ele diz que:


“O cristianismo não é meramente uma compilação de idéias
gloriosas. Não é meramente o desempenho de rituais e sacramentos. É
uma experiência real marcante do Espírito Santo por meio da fé em
Jesus Cristo, o Senhor do universo”.
Concordo nesse aspecto com Jhon Piper, pois o movimento
pentecostal15 realmente trouxe essa questão de que receber o Dom do Espírito
é uma experiência real e marcante.
Um dos grandes argumentos utilizados hoje em dia é comparar o
Batismo no Espírito Santo não como uma experiência de poder, mas como a
obra de ser incluso no corpo de Cristo. Os textos mais utilizados para provar
isso são 1Coríntios 12:13 e 1João 2:20 e alguns recorrem ao texto de Efésios
4:5.:
Antonio Gilberto esclarece da seguinte maneira:

14 Para ler o texto na íntegra acessar o site: http://www.cbnsp.com.br


15 Ou pode ser denominado como Movimento Carismático.

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O Batismo “do” ou “pelo” Espírito Santo (1Co 12:13; Gl 3:27; Rm


6:3). Esse batismo “do” ou “pelo” Espírito é algo tão real, apesar de ser
espiritual, que a Bíblia o denomina como “batismo”. É evidente três
pontos inerentes: um batizador; um batizando; e um meio em que o
candidato é imerso.
Esse tal batismo pelo Espírito, que é o Batismo no Corpo de Cristo é
quando após nascer de novo (regeneração), a pessoa é imersa no Corpo
místico de Cristo, quer dizer que agora faz parte da Igreja Universal (Invisível).
Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um
corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos
bebido de um Espírito (1Co 12:13).
Comentário Bridgeway diz:
“O corpo humano é composto de muitas partes, todas com
funções diferentes, mas existe uma unidade básica em todo o
corpo. Então, é na igreja que é o corpo de Cristo. Todos os crentes,
sem distinção, são introduzidos e unidos nesse corpo através do
batismo do Espírito. O mesmo Espírito habita dentro de cada um ( 12-
13 )”.

Sendo assim, Batismo no Espírito Santo não pode significar:


• Santificação (posicional; progressiva e final);
• Regeneração;

• O selar do Espírito;
• Os frutos do Espírito;

• Habitação do Espírito;
• Batismo no corpo de Cristo;

• Testemunho interno;
• Glorificação.

Logo, esse Batismo No Espírito Santo de acordo com a Palavra de


Deus, é uma experiência sobrenatural de revestimento de poder do alto
conforme o Espírito Santo concede pela instrumentalidade do Senhor Jesus,
para realizar com eficiência a obra de Deus (Lc 24:49; At 1:8; 10:46; 1Co
14:15,26). Essa é a marca distintiva do pentecostalismo, não é o conceito do
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falar em novas línguas, até os carismáticos crêem no falar em línguas, mas o


que distingue de fato os pentecostais dos presbiterianos, anglicanos,
metodistas, batistas, católicos romanos, dos tradicionais e outros em geral, é a
crença no Batismo no Espírito Santo nos moldes que aqui já foram
apresentados - ou seja, como um dom do Espírito em capacitar o cristão a
realizar a obra evangelística com poder.
Importante destacar O batismo no Espírito Santo é visto como dom, e
sendo assim, o dom não é algo meritório, mas dado mediante a soberania e
vontade de Deus. Digo isso, pois alguns teólogos e líderes pentecostais
costumam levantar as mãos sobre as pessoas, incentivar ao jejum e oração
constante como se isso obrigasse a Deus batizá-los no Espírito Santo, é certo
que se espera que esse batismo seja algo em potencial para todos os cristãos,
porque apesar de ser um dom, ele é de uma natureza diferente dos demais
dons que Paulo relata, entretanto está debaixo da vontade e soberania de
Deus, e o Senhor decide escolher batizar ou não o cristão.
Outra coisa muito importante também é a respeito que após o Batismo
no Espírito Santo há vários enchimentos (At 4:31). Ou seja, é um só batismo no
Espírito Santo, mas o cristão pode passar por outras experiências de
enchimento para fazer a obra.

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BATISMO COM FOGO

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O Espírito Santo, com o qual Cristo batiza, tem um poder ardente, e


esse poder ardente foi manifestado aos olhos dos homens; veja Atos 2:3 .

Em Mateus 3:11 encontramos uma declaração que nos diz que Cristo
batizará com Espírito Santo e com fogo. Acerca desse versículo muito nos é
dito, tem aqueles que dizem que esse fogo é um tipo de batismo, seria uma
segunda bênção, e a outros que afirmam que é fogo de juízo.

Como entender essa questão?

1° ARTIGO, devemos analisar o contexto onde este texto está inserido,


não apenas o versículo que antecede e precede o verso 11, mas todo contexto
geral da Bíblia. O fogo na Bíblia assume diversos significados, como por
exemplo, juízo, o Espírito Santo, purificação, mas o que ele significa nesse
contexto de Mateus 3:11? O contexto é simples, o povo de Israel esperava por
um Messias, sendo que entre Malaquias e Mateus passou-se 400 anos de
silêncio de Deus para com o povo israelita, e com isso o povo continuou a
pecar. Mas “naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da
Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus
3:1). Como comprimento da profecia. E o que era esse Messias? Ele era o
salvador do povo (Mt 1:21) ele salvará o seu povo dos pecados deles. O termo
“seu” está referido ao povo de Israel em específico. Ou seja, Cristo viria como

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Messias dito nas profecias para salvar o povo de Israel de seus pecados, mas
o povo israelita na época estava debaixo do governo do império de Roma, e os
judeus esperavam que esse Messias fosse um messias político, que os
salvaria das mãos do império romano, mas foi rejeitado pelos judeus vindo a
salvação a salvação estendida a outros povos,vindo tornar-se a igreja. Perceba
bem que o objetivo de Cristo era salvá-los do pecado. Mas o que isso tem a ver
com esse versículo? Tem tudo a ver, pois João que anunciava acerca de
Cristo, pregava o arrependimento e batizava aquele que cresse, onde o que
fosse batizado confessava seu pecado. E quando olhamos para esse texto
percebemos que o contexto de Mateus 3:1-12 é ligado a uma questão onde
João Batista enfrenta os saduceus e fariseus que ali iam ver o batismo, vendo
ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhe: raça
de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos
dignos de arrependimento (Mt 3:7-8). O contexto é de julgamento e
arrependimento, mas muitos que ali estavam só iam apenas para ver e
analisar, mas não confessar os pecados, e foi nisso onde João Batista levanta
a vós para anunciar que Deus cortaria todo aquele que não desse fruto de
arrependimento. No verso 11 João está apenas prosseguindo com o discurso
iniciado no verso 7. Só que no verso 11 João fala aos batizados e aos mestres
da lei, ou seja, ele fala a todos que ali estavam presente. João diz à frase que
Cristo batizaria com Espírito Santo e com fogo. Ou seja, Cristo é o divisor de
águas. Como assim? Aquele que cresse em Cristo seria batizado com o
Espírito Santo, ou seja, a marca de uma nova vida, e também batizaria com
fogo, ou seja, aqueles que não cressem pereceriam, Cristo a pedra de tropeço.
Pedra de tropeço para aqueles que não cressem (Rm 9:30-33; 1Pe 2:5-8).

2° ARTIGO, para entendermos essa passagem vamos para 1 Reis


capítulo 13:32. “Betel” significa “Casa de Deus”, mas tinha um problema, ela
estava corrompida, mas Deus fez a promessa de limpá-la (1Rs 13:32), não se
engane, Deus limpará a casa d’Ele. Podemos comparar essa passagem com
Mateus 3:11, onde Deus batizaria com Espírito Santo e com fogo. Aquele que é
batizado faz parte do povo de Deus (Igreja – ekklesia) e com isso torna-se
templo, ou seja, morada do Espírito Santo, mas se este se que polui pode ter
certeza que Deus limpará essa casa (fogo) e esse fogo pode ser tanto para

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purificar, quanto para condenar caso não se arrependa, Deus ainda faz
limpeza. (Nesse caso o fogo teria como obra a purificação, purificar o batizado,
mas o Espírito faz essa obra a partir do momento que o homem é justificado
pela fé em Cristo Jesus? Este e o primeiro artigo são os que mais acredito
como coerente. Nessa análise o fogo aparece como purificador.).

3° ARTIGO, esse texto gira em torno da redenção e confissão do


pecado, pois o pecado os condenava, mas aquele que tivesse a fé em Cristo
seria salvo (receberia o batismo com o Espírito Santo) e faria então parte do
corpo de Cristo. Mas aquele que não cresse no Messias seria condenado pelo
próprio pecado, pois não haveria redenção, e sem salvação não faria parte do
corpo de Cristo. Sendo assim tendo o destino da vida eterna ao Hades.

A- Adam Clarke
Com o Espírito Santo e com fogo - Que as influências do Espírito
de Deus são aqui designadas, precisam de pouca prova. A religião de
Cristo deveria ser uma religião espiritual e deveria ter seu lugar no
coração. Os preceitos externos, por mais bem que possam descrever,
não poderiam produzir espiritualidade interior. Esta era a província do
Espírito de Deus, e somente dela; portanto, ele é representado aqui sob
a semelhança do fogo, porque ele deveria iluminar e revigorar a alma,
penetrar em todas as partes e assimilar o todo à imagem do Deus da
glória. Veja em João 3: 5 ; (Nota).

B- Puritano John Trapp


Com o Espírito Santo, e com fogo ] Isto é, com aquele Espírito
Santo ardente, εν δια δυοιν , esse espírito de julgamento e de ardor,
com o qual a "sujeira das filhas de Sião é lavada", Isaías 4: 4 ; para que
eles possam escapar do fogo inextinguível mencionado no versículo a
seguir. Este fogo do espírito deve ser buscado do céu, Lumen de
lumine, luz da luz do Pai das luzes, que dá seu Espírito àqueles que o
solicitam; Hinc baptismus dicitur φωτισμος. Deve ser um casaco do
altar, que quando você tiver chegado, seu coração deverá ser a lareira
para sustentá-lo; suas mãos, as pinças para construí-lo; As ordenanças

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de Deus, o combustível para alimentá-lo; os lábios do sacerdote, o fole


para soprá-lo em chamas: assim o encontraremos (de acordo com a
natureza do fogo): 1. Para nos iluminar, como a menor centelha de fogo
se ilumina pelo menos, e pode ser vista em a maior escuridão. 2. Para
nos animar e reviver; pois "tudo o que é do Espírito é espírito", João 3:
6isto é, ágil e ativo, cheio de vida e movimento. Uma bexiga é uma
coisa chata e irregular, assim como uma bala; mas ponha vento em um
e atire no outro com uma arma, e eles fugirão para longe. O fogo é o
mais ativo de todos os outros elementos, pois possui muita forma,
pouca matéria; e, portanto, os latinos chamam um homem monótono de
drogado de homem sem fogo, ao qual Deus não pode suportar. {f} "O
que você faz, faça rapidamente", disse nosso Salvador a Judas; tão
odioso para ele é monotonia em qualquer negócio. Baruque, cheio do
espírito, reparou seriamente o muro de Jerusalém, Neemias 3:20 . Por
acaso, ele explodiu no calor e, assim, terminou sua parte em menos
tempo. "Eu pressiono em direção à marca", diz Paulo, διωκω , eu
a persigo , Filipenses 3:14. Ele nunca ficou tão louco em perseguir os
santos, Atos 26:11 , pois depois de sua conversão ele foi julgado o
contrário, 2 Coríntios 5:13 ; como Lucan diz sobre César:
" Na omnia praeceps,
Nada de crédito, dum quid superesset agendum. "
Em primeiro lugar, nunca confie na ação enquanto o assunto
ainda não foi concluído. 3. Assimilar: como o fogo transforma
combustível na mesma propriedade que ele; assim o Espírito informa a
mente, conforma a vontade, reforma a vida, transforma o homem todo
cada vez mais à semelhança do Padrão celestial; ela nos espiritualiza e
transubstancializa à mesma imagem de glória em glória, { 2 Coríntios
3:18 } como o sol (aquele fogo do mundo) batendo frequentemente com
seus raios na pérola, tornando-a radiante e orientada. , brilhante e
bonito como ele. 4. Elevar e transportar o coração para o céu, como o
fogo naturalmente aspira, Jó 5: 7; e a centelha voa para cima, para
acender nossos sacrifícios e nos fazer ter a mente celestial; romper por
muito tempo, embora por algum tempo esteja sob o peso do pecado,
que tão facilmente nos acomete, Hebreus 12: 1 ; como o fogo pode jorrar
e soprar sob a madeira verde, como quase sufocado. {g} 5. Para
purificar-nos (como o fogo faz o metal) de "nossa escória e tirar toda a
nossa lata", Isaías 1:25 ; 1 Coríntios 9:11 . Pois ele é "como o fogo de um

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refinador e como o sabão mais cheio", Malaquias 3: 2 , pelo qual somos


purificados "obedecendo a verdade, para um amor não fingido dos
irmãos", 1 Pedro 1:22 . 6. E essa é a última propriedade do Espírito
Santo e do fogo (que agora eu insisto),Congregat homogenea, segregat
heterogenea: os une aos santos e os separa dos pecadores, pois "que
comunhão tem luz com as trevas?" 2 Coríntios 6:14 . Faz divisão das da
casa de um homem, se não de seu coração; e ainda causa união com
gentios, bárbaros, citas, se verdadeiramente cristãos, Colossenses 3:
2 . Oh, receba este fogo do céu: assim glorificará a Deus { Mateus
5:16 } e poderá habitar com fogo devorador (que os hipócritas não
podem fazer, Isaías 33:14 ), obter calor da vida e conforto para si
mesmos, luz e calor para os outros, andem com segurança, como Israel
fez pela conduta da coluna de fogo, e com segurança, como cercado
por uma defesa de fogo, Zacarias 2: 5. E se alguém ferir tal ", o fogo
sairá de suas bocas para devorá-los", Apocalipse 11: 5 . Para que um
homem tenha melhor raiva de todas as bruxas do mundo do que uma
daquelas que são "batizadas com o Espírito Santo e com fogo", etc.,
especialmente se forem cristãos muito mortificados, como aqueles em
quem seu espírito ardente fez com o corpo do pecado, como fez o rei de
Moabe com o rei de Edom, { Amós 2: 1 } queimou seus ossos em cal.
{a} A patrum lectione, postquam nonnullos evolvisset D. Piscator,
sibi temperavit: aususque fuit dicere, Vix ullum patrum usum e effaciam
baptismi recte intellexisse.
{b} Não só em aliis innumerabilibus rebus multa me latent, &
c. Epist. 119
{c} Ego in parvo tuguriolo, cum monachis, ie cum
compeccatoribus meis, de magnis statuere non
audeo. Epist. agosto. cxii. 5)
{d} Anaxarchus predicabat se ne id quidem nescire, quod nihil
sciret. Tusc. 3)
{e} Quando você está assistindo a um vídeo não muito longe do
meu ponto de vista, meu vídeo. Sêneca. Quod si ex parte alicerid
didicerim, tamen in comparatione latitudinis intellectus, profih nihil me
intellexisse intelligo. Baldus.
{f} Segnis quasi seignis, id est, frigidus, ignavus. Tardis mentibus
virtus non facile committitus. Cic.

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INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

{g} A menor centelha de fogo tentará elevar-se acima do ar:


assim o Espírito.

C- João Calvino
Mateus 3:11 . Ele te batizará com o Espírito Santo e com fogo .
Perguntam-se: por que João não disse igualmente que somente Cristo é
quem lava as almas com seu sangue? A razão é que essa mesma
lavagem é realizada pelo poder do Espírito, e João calculou o suficiente
para expressar todo o efeito do batismo pela única palavra Espírito. O
significado é claro: somente Cristo concede toda a graça que é
representada figurativamente pelo batismo externo, porque é ele quem
"aspira a consciência" com seu sangue. É ele também que mortifica o
velho homem e concede o Espírito de regeneração. A palavra fogo é
adicionada como epíteto e aplicada ao Espírito, porque ele tira nossas
poluições, como fogo purifica ouro. Da mesma maneira, ele é
metaforicamente chamado de água em outra passagem ( João 3: 5 ).

D- Matthew Poole
Eu não sou o Cristo, Marcos 1: 8 Lucas 3:15 , 16 Jo 1: 15,26 , sou
apenas o mensageiro e precursor de Cristo, enviado diante dele para
batizar homens com o batismo na água, em testemunho de seu
arrependimento. ; mas há alguém imediatamente atrás de mim, que é
infinitamente preferido diante de mim, tanto que não sou digno de
carregar os sapatos dele ou de soltar sua trava. Ele deve batizar os
homens com outro tipo de batismo, o batismo do Espírito Santo e fogo.
Com o Espírito Santo, lavando interiormente seus pecados com
seu sangue e santificando seus corações: o Espírito Santo trabalhando
em seus corações como fogo, expurgando suas concupiscências e
corrupções, aquecendo e inflamando seus corações com o sentido de
seu amor e inflamações. neles todos os hábitos espirituais. Ou, com o
Espírito Santo, como nos dias de Pentecostes, aparecendo a
eles línguas como o fogo, como Atos 2: 3 : assim, o termo fogo é feito
exegético do termo Espírito Santo. Ou, com o Espírito Santo, e com
fogo; mudando e renovando os corações daqueles que acreditam nele,
pela operação do Espírito Santo, e consumindo e destruindo outros, que
não acreditarão, como no fogo.

51 | P á g i n a
INSTITUTO BÍBLICO AZUSA BATISMO COM ESPÍRITO SANTO E COM FOGO

E- Daniel Whedon
E com fogo - O batismo de espírito e de fogo são sem dúvida
partes ou fases diferentes do mesmo processo. Para entender a
diferença entre as duas fases, devemos reduzir a idéia de espírito
de volta à sua idéia simples de respiração. “Ele soprou sobre eles e
disse: Recebi o Espírito Santo.” João 20:22 . Por meio disso, foi
efetuada a gentil transmissão de temperamentos sagrados,
consagração da unção e graça consoladora. O batismo
de fogo, manifestado nas línguas ardentes de Pentecostes, é a mais
severa purgação, queimando o pecado por agonias mais agudas,
transmitindo uma pureza e energia espirituais mais severas e
qualificando o pregador para a repreensão mais severa a um mundo
perverso.

F- Novo testamento grego Henry Alford

.ν πν . .γ . κ . πυρί ] Isso foi literalmente cumprido no dia de


Pentecostes: mas Orígenes e outros referem as palavras ao batismo
dos justos pelo Espírito Santo e dos ímpios pelo fogo . Não tenho
dúvidas de que isso (que me surpreende ao ver confirmado por
Neander, De Wette e Meyer) seja um erro no presente caso, embora
aparentemente (para o leitor superficial) seja confirmado por Mateus
3:12 . A dupla referência simbólica do fogo, encontrada em outro lugar,
por exemplo, Marcos 9:50 , como purificando o bem e consumindo o
mal, embora ilustrada por esses versículos, dificilmente deve ser
pressionada na interpretação deπυρί neste versículo, sendo a
profecia aqui apenas o batismo mais alto e mais perfeito ao qual o de
João foi uma mera introdução. Para separar πν . ἁγίῳ como
pertencente a um conjunto de pessoas e πυρί como pertencendo a
outro, quando ambos estão unidos em , μᾶς , é, em último grau, severo,
além de introduzir confusão no todo. Os membros da comparação neste
versículo são estritamente paralelos entre si: o batismo na água , cujo
final é μετάνοια , um mero estado de transição, uma nota de preparação
- e o batismo pelo Espírito Santo e pelo fogo , no final de qual é (Mateus
3:12 ) santificação , todo o objetivo e propósito da criação e renovação
do homem. So Chrys .: τῇ ἐπεξηγήσει τοῦ πυρὸς πάλιν τὸ σφοδρὸν καὶ
ἀκάθεκτον τῆς χάριτος ἐνδεικνύμενος . Assim, a superioridade oficial do

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Redentor (que é tudo o que nosso evangelista aqui lida com) é


totalmente destacada. A superioridade da natureza e a pré-
existência são reservadas para o relato mais amplo e dogmático
de João 1: 1-51 .

G- Thomas Coke
Ele te batizará com o Espírito Santo; cuja efusão, no dia de
Pentecostes, São João denomina um batismo; mostrando assim a
copiosidade e abundância dela; e, de fato, foi uma efusão gloriosa sobre
a igreja, da qual o Senhor Jesus Cristo, nesse sentido peculiar, foi o
autor; Atos 2: 2 ; Atos 2:33 . Ele acrescenta, e com fogo;porque o
Espírito Santo desceu sobre os apóstolos na forma de fogo, e tinha o
mesmo poder e virtude que esse elemento, de purificar, animar, etc.

H- Philip Schaff
Alguns referem isso ao fogo do julgamento, como em Mateus
3:12 ; mas a estreita conexão com o que precede, e a aparência real de
'fogo' no dia de Pentecostes ( Atos 2:13 ), favorecem uma referência às
influências poderosas e purificadoras do Espírito Santo ( Isaías 4:
4 ; Jeremias 5: 14 ; Malaquias 3: 2 ). 'In' não deve ser pressionado em
nenhum dos casos, uma vez que o Espírito Santo é representado como
derramado, e o fogo no dia de Pentecostes desceu sobre os discípulos.

I- Comentário crítico e explicativo sobre a Bíblia


• Robert Jamieson (1802-1880), Andrew Robert Fausset e David
Brown (1803-1897)
Com o Espírito Santo. 'Longe de alimentar tal pensamento como
reivindicar as honras do Messias, os serviços mais mesquinhos que
posso prestar àquele "mais poderoso do que aquele que está vindo
depois de mim" são uma honra muito alta para mim; Eu sou apenas o
servo, mas o Mestre está vindo; Eu administro apenas o símbolo
externo da purificação; É dele, como única prerrogativa, dispensar a
realidade interior. Espírito bonito, distinguindo este servo de Cristo por
toda parte!

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E com fogo. Tomar isso como um batismo distinto daquele do


Espírito - um batismo dos impenitentes com o fogo do inferno - é
extremamente antinatural. No entanto, essa era a visão de Orígenes
entre os Pais; e entre os modernos, de Neander, Meyer, DeWette e
Lange. Também não é muito melhor referir o fogo do grande dia, pelo
qual a terra e as obras que nela estão serão queimadas. Claramente,
como pensamos, é apenas o caráter ardente das operações do Espírito
sobre a busca da alma, o consumo, o refino e a sublimação - como
quase todos os bons intérpretes entendem as palavras. E assim, em
duas cláusulas sucessivas, os dois emblemas mais familiares - água e
fogo - são empregados para estabelecer as mesmas operações
purificadoras do Espírito Santo sobre a alma.
J- Comentário bíblico católico George Haydock
o batismo é calculado apenas para levar você a uma vida
penitencial, e não para lhe dar verdadeira justiça; mas quem vem atrás
de mim é mais forte do que eu e cujos sapatos não sou digno de
carregar: (era habitual que o escravo assistente levasse uma muda de
sapatos para seu mestre) ele o batizará no Espírito Santo, e no fogo de
sua caridade divina, que ele infundirá em seus corações, para purificá-lo
de todos os seus pecados. (Bible de Vence) --- Aqui São João insinua
tacitamente a divindade de Jesus Cristo. Ele reconhece sua
indignidade, e é essa sua humildade que o torna mais aceitável para
Deus: "Eu devo ser batizado por ti e vires para mim?" (Tirinus) --- De
quem sapatos eu não sou digno de carregar. Em São Marcos, (cap. I.
7.) e em São Lucas, (iii. 21.) lemos, a correiade cujos sapatos. . . Não
sou digno de desatar. O sentido é o mesmo, e São João pode usar
essas duas expressões. Seu significado é que ele não era digno de
fazer o mínimo, ou o menor serviço. --- Ele deve batizar você no Espírito
Santo , ou com o Espírito Santo, ou seja , por meio do batismo dele, ele
lhe dará a remissão de seus pecados e as graças do Espírito Santo,
também significadas pelo fogo, que pode aludir à vinda de Deus. o
Espírito Santo no Pentecostes, na forma de línguas ardentes. (Witham)

K- Alguns teólogos acreditam na dupla ação do fogo no verso 11


(duplicidade do fogo) – Comentário Dr. Peter Pett

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'Ele vai batizar (embeber, subjugar) você no Espírito Santo e no


fogo' ”, o batismo de João retratou esse próximo clímax. Ele viria como
uma inundação, chuva que dá vida e purificação e consumo de
fogo. Naqueles que estavam prontos para recebê-Lo, Ele viria como a
chuva vivificante, o Sopro Santo, na 'lavagem da regeneração e
renovação do Espírito Santo' ( Tito 3: 5 ). Ele produziria fecundidade e
bênção como os profetas haviam esclarecido ( Isaías 44: 1-5 ; Ezequiel
34:26 ; Ezequiel 36: 25-27 ; Ezequiel 37: 1-10 ; Ezequiel
37:14 ; Jeremias 31: 27-34 ; Salmos 72: 6 ; Zacarias 10: 1) E Ele viria
como refinar o fogo ( Malaquias 3: 1-2 ; Zacarias 13: 9 ). Pureza,
santidade e bondade seriam abundantes. Mas o mesmo fogo que
refinaria também queimaria o que era apenas palha ( Isaías
5:24 ; Isaías 66:16 ; Isaías 66:24 ; Ezequiel 15: 6-7 ; Ezequiel 22: 21-
22 ). Seu fogo não apenas purificaria, mas também destruiria. A
mensagem é de forte divisão. Para aqueles que crêem, vida e bênção,
chuva refrescante e vento purificador, e junto com ele o fogo purificador,
mas para aqueles que não acreditam que Ele seria uma tempestade
dispersa e um fogo de destruição.

L- HERNANDEZ DIAS LOPES


1.O grande avivalista Edwin Orr, certa feita, pregava à uma
grande multidão. Para espanto dos presentes, chamou um pastor
imersionista e outro aspersionista e perguntou: Qual de vocês usa mais
água no batismo? Antes que o constrangimento se instalasse, ele disse:
Não importa a quantidade de água. A água só lava o interior. É preciso
receber o batismo com fogo, porque o fogo queima e purifica o interior.
Terminada essas palavras, ele voltou-se para a multidão e disse, vocês
precisam ser batizados com fogo.
2.Deus sempre se revelou através do fogo. Ele selou sua aliança
com Abraão no meio do fogo. Ele revelou-se a Moisés através do fogo.
Ele conduziu o povo pelo deserto por uma coluna de fogo. O fogo do
altar não podia apagar-se. Quando Moisés consagrou o templo, o
Senhor respondeu com fogo. Elias foi levado para o céu numa
carruagem de fogo. Deus é como uma coluna de fogo ao redor do seu
povo. Deus é fogo. O trono é fogo. Sua Palavra é fogo. Ele faz dos seus
ministros labaredas de fogo. Jesus batiza com fogo. O Espírito Santo

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desceu sobre a igreja em labaredas como de fogo. Nós precisamos


desse batismo de fogo.
3.Jesus falou-nos de vida abundante. Deus promete-nos a
suprema grandeza do seu poder. A Bíblia fala de sermos tomados de
toda a plenitude de Deus. Não basta falar de poder. Precisamos ser
possuídos por esse poder. O Reino de Deus consiste não de palavras,
mas de poder. O Espírito que recebemos é espírito de poder.

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Tiago Rosas16 teólogo pentecostal expõe alguns teólogos reformados de


linha calvinistas que crêem no batismo com Espírito Santo e com fogo.
Não tratamos aqui da subsequencialidade do batismo no Espírito
Santo à regeneração, nem da questão da evidência inicial do batismo
no Espírito Santo, as línguas, conforme o Pentecostalismo clássico.
Nosso intuito é apenas apresentar posicionamentos de expoentes
calvinistas sobre a expressão “batismo no Espírito Santo e fogo”
como sendo referência a um único batismo e para crentes, ou, no
máximo, um único batismo com dupla aplicação: o fogo que
purifica o crente, mas também condena o incrédulo. Assim,
provamos: 1. Que a compreensão do batismo com Espírito Santo e fogo
como uma benção para crentes não é uma abordagem pentecostal
inédita (século XX); 2. Que há uma possibilidade interpretativa legítima
e tradicionalmente abraçada pelo pentecostalismo clássico (embora não
unanimemente), mas que nem de longe lhe é exclusiva, sendo antes
partilhada por outras escolas teológicas, inclusive não pentecostais.

M- JOÃO CALVINO (1509-1564)


“O que, pois, João quis dizer ao afirmar que ele certamente
batizava com água, mas que logo Cristo viria batizando com o Espírito
Santo e com fogo [Mt 3.11; Lc 3.16]? (...) ele comparou sua pessoa com
a pessoa de Cristo, dizendo ser ele ministro da água; Aquele é o doador
do Espírito Santo; e este poder ele manifestaria com um milagre visível
no dia em que enviasse o Espírito Santo aos apóstolos em forma de
línguas de fogo [At 2.3]” (Institutas, 4.15.8)
“Assim, no dia de Pentecostes se diz que os apóstolos se
lembraram das palavras do Senhor acerca do batismo de fogo e do
Espírito [At 1.5]” (Institutas, 4.15.18)

“(...) batizar pelo Espírito Santo e pelo fogo equivale a conferir o Espírito
Santo, o qual na regeneração tem a propriedade e a natureza do fogo”
(Institutas, 4.15.25)

“A palavra fogo é adicionado como um epíteto, e é aplicado ao


Espírito, porque ele tira as nossas poluições, como o fogo purifica o

16 https://www.facebook.com/notes/tiago-rosas/vos-batizar%C3%A1-com-fogo-mateus-
311-lucas-316/826211450846585/

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ouro. Da mesma forma, ele é metaforicamente chamado de água em


outra passagem (João 3.5)” (Comentário de Mateus 3.11)

N- MATTHEW HENRY (1662-1714)


“Aqueles que são batizados com o Espírito Santo, são batizados
como que com o fogo. Os sete espíritos de Deus aparecem como sete
lâmpadas de fogo (Ap 4.5). O fogo ilumina? Também o Espírito é um
Espírito que ilumina. O fogo aquece? E os corações não queimam
dentro deles? O fogo consome? E o Espírito de julgamento, como um
Espírito que arde, não consome as impurezas das corrupções dos
pecadores? O fogo torna tudo o que alcança semelhante a si? E se
move para o alto? Também o Espírito torna a alma santa como Ele
mesmo o é, e tende a se dirigir para o céu. Cristo diz: ‘Vim lançar fogo
na terra’ (Lc 12.49) (...) João não consegue fazer nada, além de batizar
‘com água’, como símbolo de que eles se purificavam e se livravam das
impurezas; mas Cristo pode, e irá, batizar ‘com o Espírito Santo’. Ele
pode permitir que o Espírito limpe e purifique o coração, não somente
como a água remove a sujeira do exterior, mas como o fogo expurga a
sujeira do interior, e derrete o metal, para que possa ser usado em um
novo molde” (Comentário Bíblico Matthew Henry, Novo Testamento, vol.
5 [comentários de Mateus 3.11 e Lucas 3.16], CPAD)

O- D.A. CARSON (1946-)


“Muitos veem isso como um duplo batismo, um no Espirito Santo
para o justo e outro no fogo para o impenitente (cf. o trigo e a palha no
v. 12). (...) Há bons motivos, contudo, para falar de ‘fogo’, junto com o
Espirito Santo, como agente purificador. As pessoas a quem João se
dirige estão sendo batizadas por ele; elas, provavelmente,
arrependeram-se. Mais importante, a preposição em (‘com’) não é
repetida antes de fogo: uma preposição governa o ‘Espirito Santo’ e o
‘fogo’, e isso normalmente sugere um conceito unificado, Espirito-fogo,
ou algo semelhante (cf. M. J. Harris, DNTT, 3:1178; Dunn Baptism
[Batismo], p. 10-13). No Antigo Testamento, fogo, com frequência, tem
uma conotação purificadora, não destrutiva (e.g., Is 1.25; Zc 13.9; Ml
3.2,3). O batismo de água de João relaciona-se com arrependimento;
mas aquele de quem ele prepara o caminho administrara o batismo de

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Espirito-fogo que purifica e refina a pessoa” (O comentário de Mateus,


p. 135, Shedd Publicações)

P- HERNANDES DIAS LOPES


“Deus é fogo. Sua Palavra é fogo. Ele faz dos seus ministros
labaredas de fogo. Jesus batiza com fogo, e o Espírito desceu em
línguas como de fogo. O fogo ilumina, purifica, aquece e alastra. Jesus
veio para lançar fogo sobre a terra. Hoje, muitas vezes, a igreja está
fria. Parece mais uma geladeira a conservar intacto seu religiosismo do
que uma fogueira a inflamar corações. Muitos crentes parecem mais
uma barra de gelo do que uma labareda de fogo. Certa feita alguém
perguntou a Dwight Moody: ‘Como podemos experimentar um
reavivamento na igreja?’. O grande avivalista respondeu: ‘Acenda uma
fogueira no púlpito’. Quando gravetos secos pegam fogo, até lenha
verde começa a arder. (...) O Espírito, como o fogo, derrete o coração,
separa e queima a escória, e acende sentimentos santos e devotos na
alma. É na alma, como o fogo que está sobre o altar, que são
oferecidos os sacrifícios espirituais. Este é o fogo que Jesus veio lançar
na terra (Lc 12.49)” (Atos: a ação do Espírito Santo na vida da Igreja, p.
53,54, Hagnos)

Ainda outros expoentes de tradição teológica calvinistas criam no


“batismo com fogo” como uma benção para os crentes. Veja:

Q- ASHBEL GREEN SIMONTON

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R- JONATHAN EDWARDS
“Quando recebemos o Espírito Santo, dizem as Escrituras que
somos batizados ‘com o Espírito Santo e com fogo’ (Mt 3:11). Esse
‘fogo’ representa as santas emoções que o Espírito produz em nós, de
modo que “nos ardia o coração’ (Lc. 24:32). […] Mencionei somente
alguns textos, de um sem-número deles, que colocam a verdadeira
religião exatamente em nossas emoções. Se alguém quiser refutar meu
pensamento, deve então jogar fora a Bíblia e encontrar outro padrão
pelo qual julgue a natureza da verdadeira religião” - Jonathan Edwards,
Jonathan Edwards, A Treatise Concerning Religious Affections.

Feitas estas citações, concluo:


Os que quiserem criticar a hermenêutica pentecostal estão livre
para fazê-lo. Mas antes de criticar o posicionamento clássico do
Pentecostalismo que defende e prega o batismo com Espírito Santo e
fogo como uma dádiva de Cristo para a igreja (embora nem todos
exegetas pentecostais concordem - Stanley Horton é um deles),
lembrem-se que até João Calvino e Jonathan Edwards criam assim
também! Tiago Rosas Post atualizado em 29/08/2017

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DIALÓGO COM ISMAEL – BATISMO NO ESPÍRITO SANTO É


REVESTIMENTO DE PODER OU INTEIRA SANTIFICAÇÃO? (PARTE 1)

C
onfesso que se você chegou até aqui é muito corajoso. Já leu
sobre Inteira Santificação, Batismo no Espírito e agora resta
pergunta, o que o Lúcio está querendo dizer?
Vou responder essa pergunta nas palavras seguinte, o que você vai ver
a frente é uma busca dum dialogo que faço com as palavras do reverendo
Ismael que no capítulo três de seu livro escreve sobre Santificação. As
palavras em negrito e itálico são as de Ismael, citações que tiro do livro dele,
enquanto que após o traço, as palavras que estão na edição comum são as
minhas.
O autor apresenta uma defesa sobre a inteira santificação como
segunda obra da graça e enquanto vou ponderando buscando equilibrar ambas
doutrinas.

“Um dos aspectos mais importantes da experiência da inteira


santificação é que ela é apresentada na Bíblia como uma segunda obra da
graça” - como o autor pode provar isso?

“Muitas pessoas aceitam a santidade como uma obra divina, mas


não como uma segunda experiência reservada apenas para os crentes
regenerados pelo sangue de Jesus Cristo”.
“Alguns a aceitam como concedida ao pecador na experiência da
regeneração” – é bem provável que o autor esteja se referindo a Santificação
Posicional.
Algo que posso analisar diz respeito a uma questão levantada, pois
assumindo a doutrina da santificação posicional como posso adotar a
perspectiva holiness, também sendo pentecostal? O que quero deixar claro é:
1. Tradicionalmente cremos que existe uma Santidade Posicional
2. Assumo a doutrina da Perfeição Cristã
3. Assumo a doutrina do Batismo no Espírito Santo na perspectiva
pentecostal
Logo como reconciliar tudo isso?

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“Isso não é possível por vários motivos: Em primeiro lugar, a


necessidade de uma segunda obra da graça deriva da natureza do próprio
pecado. O pecado é duplo, consistindo de (1) atos volitivos (pecados) do
indivíduo (pelos quais ele é pessoalmente responsável)” – ou seja, o que
consideramos hoje como pecados reais, tendo a ver com a volição do homem.
Suas vontades.
“e (2) a poluição interna (pecado) ou o princípio do pecado (que ele
herdou e para o qual ele não é pessoalmente responsável).
Para o primeiro, o homem deve buscar perdão (o primeiro
trabalho); mas para o segundo, ele precisa de limpeza (o segundo
trabalho). Além disso, um coração não perdoado não é um candidato para
a limpeza” – essa argumentação sobre santidade que Ismael E. Amaya
aborda no capítulo 3 de seu livro, é comumente aceita nos movimentos de
santidade, Chedwick, Metodistas, Nazarenos e até mesmo o Perfeccionismo de
Oberlin com algumas leves mudanças. Para que se assuma uma santificação,
não apenas Ismael como também Adam Clarke e Amos Binney tomam a linha
doutrinária da transmissão de pecado, diferente da doutrina da imputação.

O autor incentivado que esse ensino da segunda obra da graça deve ser
ensinado e incentivo a busca:
Deve-se notar, também, que quando o pecador chega a
Cristo, ele fica sobrecarregado por seus próprios pecados; vem em
arrependimento e sob profunda convicção pelos pecados que
cometeu. Ele pode e deve derramar lágrimas amargas de
arrependimento. Seu coração e sua mente estão preocupados com
apenas uma coisa: ter os pecados do passado perdoados, ter sua
carga de culpa removida. A experiência da santidade não é sua
preocupação imediata. Se ele não foi ensinado sobre a "segunda
bênção", a gloriosa experiência que ele agora desfruta, o alívio do
peso de seus pecados, juntamente com a emoção produzida por
esse evento tão sublime, é completamente satisfatória. Ele não
pode imaginar que há algo melhor que a experiência de
conversão. A primeira obra da graça é, de fato, uma obra completa.

62 | P á g i n a
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No entanto, essa experiência só iniciada a busca de fato quando o


crente é ensinado e tem por própria experiência a vontade por tal santificação.

O senso de necessidade de uma segunda obra da graça


pode chegar a uma pessoa muito em breve, ou mais lentamente,
dependendo de sua experiência, ensino e experiência. Ele pode já
ser instruído no caminho. Ele pode ser levado a buscar a
experiência através do estudo das Escrituras, ou através dos
testemunhos das pessoas que já foram santificadas. Ao mesmo
tempo, um senso de necessidade pessoal começará a se
desenvolver - um desejo de uma experiência que o ajudará a viver
uma vida cristã vitoriosa. Quando essa necessidade aumenta à
medida que chega a ser uma petição a Deus, então o indivíduo
começa a buscar a experiência da inteira santificação.

Quanto à doutrina sobre o Batismo no Espírito Santo na linha


pentecostal, o que temos visto dos tradicionais é que eles negam o que os
pentecostais têm ensinado sobre essa doutrina. Eles dizem: “o batismo no
Espírito Santo” é sem dúvida alguma uma imersão no momento que sou salvo
no corpo de Cristo (1Co 12:13)”. No entanto, isso não passa de uma mistura de
termos. O que os tradicionais tem ensinado é sobre “O Batismo pelo Espírito
No Corpo de Cristo”, coisa que os pentecostais concordam veemência. A
questão é que a Bíblia ensina mais de uma batismo, Cristo disse: Porque, na
verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito
Santo, não muito depois destes dias (At 1:5). Quando Jesus falou sobre esse
tal batismo os apóstolos já eram salvos, já faziam parte do Corpo Espiritual de
Cristo, a Eclésia. Logo, só posso concluir que Cristo se refere ao poder do alto,
que corresponde a um revestimento de poder.
Charles G Finney (1792-1875) numa linha mais perfeccionista em sua
obra “Poder do Alto” falando sobre a experiência de Atos 2 diz da seguinte
forma:
Regeneração é um nascimento. "Jesus respondeu, e disse-lhe:
Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus" (João 3: 3). "Portanto, se alguém está

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em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas já passaram; eis que todas


as coisas tornam-se novas" (II Coríntios 5:17). De acordo com essas
passagens, a pessoa que é salva nasce de novo espiritualmente e
começa uma nova vida em Cristo. Ele é um novo filho de Deus por
adoção e se torna parte da grande família dos remidos pelo sangue de
Jesus Cristo.
Por outro lado, a experiência da inteira santificação é, em certo
sentido, uma morte. "Sabendo isto, que o nosso homem velho está
crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, para
que não mais sirvamos ao pecado" (Rm 6: 6). "Estou crucificado com
Cristo; todavia vivo; todavia não eu, mas Cristo vive em mim; ea vida
que agora vivo na carne vivo pela fé do Filho de Deus, que me amou e
se entregou por mim mesmo" eu "(Gálatas 2:20).
Portanto, na regeneração o homem nasce, enquanto na
santificação ele morre; na regeneração ele se torna espiritualmente
vivo, enquanto na santificação ele é crucificado; na regeneração ele é
libertado, enquanto na santificação ele é enterrado.

E antes disso ele falou a respeito das características de tal poder:


Charles defini esse poder do alto como Batismo No Espírito Santo:
Os apóstolos e irmãos, no dia de Pentecostes, receberam-no. O
que eles receberam? Qual poder eles exercitaram depois daquele
evento? Eles receberam um poderoso batismo do Espírito Santo, um
grande aumento de iluminação divina17. Este batismo transmitiu uma
grande diversidade de dons que foram usados para a realização de seu
trabalho. Incluiu manifestamente as seguintes coisas: O poder de uma
vida santa. O poder de uma vida auto-sacrificada. (A manifestação
destes deve ter tido grande influência naqueles a quem eles
proclamaram o evangelho.) O poder de uma cruz levando vida. O poder
da grande mansidão, que este batismo lhes permitiu expor em todos os
lugares. O poder de um entusiasmo amoroso na proclamação do
evangelho. O poder do ensino O poder de uma fé amorosa e viva. O
dom de línguas. Um aumento de poder para fazer milagres. O dom da
inspiração, ou a revelação de muitas verdades antes não reconhecidas

17 Charles Finney coloca a definição de Poder do Alto como: Batismo do Espírito Santo.

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por eles. O poder da coragem moral de proclamar o evangelho e fazer a


vontade de Cristo, seja lá o que custar18.
Em suas circunstâncias, todas essas doações eram essenciais
para o sucesso delas; mas nem separadamente nem todos juntos
constituíram aquele poder do alto que Cristo prometeu, e que eles
manifestamente receberam. Aquilo que eles manifestamente receberam
como o supremo, coroador e importantíssimo meio de sucesso foi o
poder de prevalecer tanto com Deus quanto com o homem, o poder de
fixar impressões salvadoras nas mentes dos homens. Esta última foi,
sem dúvida, a coisa que eles entenderam que Cristo prometeria. Ele
havia encomendado a Igreja para converter o mundo a ele.19 Tudo o
que chamei acima eram apenas meios, que nunca poderiam assegurar
o fim, a menos que fossem vitalizados e tornados efetivos pelo poder de
Deus. Os apóstolos, sem dúvida, entenderam isso; e, colocando-se e
tudo sobre o altar,
Eles, de fato, receberam os presentes antes mencionados; mas
suprema e principalmente esse poder de impressionar os homens de
forma salvífica. Foi manifestado logo no local. Eles começaram a se
dirigir à multidão; e, maravilhoso dizer, três mil foram convertidos na
mesma hora.

Os pentecostais com o decorrer do tempo se desvencilharam da


doutrina de santidade como tem ensinado os holiness, como uma segunda
obra. Eles mantiveram o conceito de batismo no Espírito Santo como segunda
obra, porém declararam o mesmo como revestimento de poder, não
especificando muito o quesito de santificação. Um dom não para igreja como
relatado em 1Coríntios 12-14, mas como um dom externo, que a igreja utiliza
em correspondência ao evangelismo! (At 1:8).

18 Em azul claro temos algumas características deste poder do alto.


19 O foco de Finney era enxergar o Poder do Alto (Batismo com o Espírito Santo) como
um meio, uma ferramenta, não um fim e si mesmo nesta experiência, mas como uma ponte
que liga a igreja e Deus no sentido de alcançar a mente do homem iníquo, ou seja, que
necessita ser salvo. “mas suprema e principalmente esse poder de impressionar os homens de
forma salvífica”.

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Regeneração é um nascimento. "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na


verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não
pode ver o reino de Deus" (João 3: 3). "Portanto, se alguém está em
Cristo, é nova criatura; as coisas velhas já passaram; eis que todas as
coisas tornam-se novas" (II Coríntios 5:17). De acordo com essas
passagens, a pessoa que é salva nasce de novo espiritualmente e começa
uma nova vida em Cristo. Ele é um novo filho de Deus por adoção e se
torna parte da grande família dos remidos pelo sangue de Jesus Cristo.
Por outro lado, a experiência da inteira santificação é, em certo
sentido, uma morte. "Sabendo isto, que o nosso homem velho está
crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, para que
não mais sirvamos ao pecado" (Rm 6: 6). "Estou crucificado com Cristo;
todavia vivo; todavia não eu, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora
vivo na carne vivo pela fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou
por mim mesmo" eu "(Gálatas 2:20).
Portanto, na regeneração o homem nasce, enquanto na santificação
ele morre; na regeneração ele se torna espiritualmente vivo, enquanto na
santificação ele é crucificado; na regeneração ele é libertado, enquanto na
santificação ele é enterrado.
O registro da Igreja do Novo Testamento confirma que a inteira
santificação é uma segunda obra da graça. – o autor enfatiza bem a questão
da segunda obra da graça.

Todos os cristãos de todas as gerações concordaram que algo


tremendo e milagroso aconteceu aos discípulos entre a época em que
Jesus foi crucificado e o tempo em que Pedro falou com grande coragem
à multidão no Dia de Pentecostes – o autor está certo quanto a isso, pois
presbiterianos, batistas, pentecostais, metodistas, holiness, anglicanos,
luteranos seja quem for, qual for a linha teológica, o fato é: Algo diferente,
sobrenatural aconteceu em Atos 2”. O problema gira em torno da seguinte
questão: O que é tal experiência? Ismael vai dizer:

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Essa mudança notável pode ser creditada apenas ao coração.


transformando o enchimento com o Espírito Santo no dia de Pentecostes
- uma experiência espiritual definida.

Após as argumentações que ele utiliza (algumas citadas aqui) ele


termina dizendo:
Essas são razões, lógicas, bíblicas e experienciais, que sustentam
nossa posição de que há uma segunda obra definida de graça que todos
os cristãos podem desfrutar.

Se existe uma segunda obra, isso é inegável, o ponto em questão


sobrevoa no que tange, a saber, se essa segunda obra da graça é Plena
Santificação ou Revestimento de Poder.
Algo claro é que no Batismo com o Espírito Santo nos moldes
pentecostais teria a ver com um revestimento de poder, pois não haveria uma
santificação estática, rápida ou que iniciaria a partir dum momento determinado
por Deus na vida do crente quando o mesmo recebesse tal dom do Espírito
Santo. Mas não nos impede que essa questão do batismo não tenha como
propósito a santificação (a plena santificação), mas que de maneira indireta
influencia o cristão a buscá-la, quando atingido por esse dunamis, essa
descarga sobrenatural de poder. Apesar que quando batizado é porque o
buscou primeiramente. O dom do Batismo no Espírito Santo não é dado
simplesmente porque Deus “acordou num lindo dia e disse: vou batizar alguém
hoje”, nada disso, porém tem uma igreja buscando, clamando, suplicando
inclusive, esta mesma se santifica, consagra e se purifica pela Palavra e
Oração. Ou seja, a santificação está sendo buscada, no entanto, a experiência
resulta em poder para evangelizar. Primeiro, temos que “ficar em Jerusalém”
para só assim receber o poder do Alto. Este “ficar” implica em oração, busca
frequente e constante, profunda, que nos termos de Finney podem ser
colocados como a: oração prevalente.
No entanto, o que nos resta? O cristão tem lido as Escrituras, observado
os ensinos do movimento holiness, seja Chedwick, ou Wesleyano, como
realçar isso, ou melhor, como nivelar a concepção de segunda obra da graça

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(Santificação) desta ala, com a concepção de segunda obra da graça


pentecostal (revestimento de poder)?
Interessante notar que podemos encontrar ainda escritos pentecostais
que também crêem em uma santificação subsequente a conversão e
momentânea. Importante destacar isso, pois no meio pentecostal dificilmente
encontramos um ensino assim, mas na Bíblia de Estudo Pentecostal na página
1937, na Epístola de 1 Pedro 1:2, no tópico (7) e (8) nos diz o seguinte:

Figura 1 - Donald C Stamps - autor das notas de rodapés da Bíblia de Estudo Pentecostal.

Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo


lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é
apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela
graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o
pecado a fim de viver para Deus (Rm 6:18; 2Co 5:17; Ef 2:4,6; Cl 3:1-3).
Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um
processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os desejos
pecaminosos da carne (Rm 8:1-17), somos progressivamente
transformados pelo Espírito à semelhança de Cristo (2Co 3:18)
crescemos na graça (2Pe 3:18), e devotamos maior amor a Deus e ao
próximo (Mt 22:37-39; 1Jo 4:10-12, 17-21).
A santificação pode significar uma outra experiência específica e
decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de Deus
uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que
Deus o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do
mundo e andar ainda mais perto dEle (2Co 6:16-18). Com essa certeza,
o crente se apresenta a Deus como sacrifício vivo e santo e recebe da

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parte do Espírito Santo graça, pureza, poder e vitória para viver uma
vida santa e agradável a Deus (Rm 12:1-2; 6:19-22).

O que acontece aqui? Perceba que o mesmo na página 1627 diz sobre o
Batismo no Espírito Santo:
“Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis
batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” At
1.5 Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no Espírito
Santo. A respeito do batismo no Espírito Santo, a Palavra de Deus
ensina o seguinte:
1. O batismo no Espírito é para todos que professam sua fé em
Cristo; que nasceram de novo, e, assim, receberam o Espírito Santo
para neles habitar.
2. Um dos alvos principais de Cristo na sua missão terrena foi
batizar seu povo no Espírito (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Ele
ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem
batizados no Espírito Santo e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At
1.4,5,8).
3. O batismo no Espírito Santo é uma obra distinta e à parte da
regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra
santificadora do Espírito é distinta e completiva em relação à obra
regeneradora do mesmo Espírito, assim também o batismo no Espírito
complementa a obra regeneradora e santificadora do Espírito. No
mesmo dia em que Jesus ressuscitou, Ele assoprou sobre seus
discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22), indicando que
a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois,
Ele lhes disse que também deviam ser “revestidos de poder” pelo
Espírito Santo (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma
experiência subseqüente à regeneração.
4. Ser batizado no Espírito significa experimentar a plenitude do
Espírito, (cf. 1.5; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia
de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do Espírito Santo antes do
dia de Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão
“batizados no Espírito Santo”. Este evento só ocorreria depois da
ascensão de Cristo (1.2-5; Lc 24.49-51, Jo 16.7-14).

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5. O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal


inicial do batismo no Espírito Santo (2.4; 10.45,46; 19.6).
6. O batismo no Espírito Santo outorgará ao crente ousadia e
poder celestial para este realizar grandes obras em nome de Cristo e ter
eficácia no seu testemunho e pregação (cf. 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm
15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal,
mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a
glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-
18; 16.14; 1Co 12.7).
7. Outros resultados do genuíno batismo no Espírito Santo são:
a. mensagens proféticas e louvores (2.4, 17; 10.46; 1Co
14.2,15);
b. maior sensibilidade contra o pecado que entristece o Espírito
Santo, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do
juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8; At 1.8);
c. uma vida que glorifica a Jesus Cristo (Jo 16.13,14; At 4.33);
d. visões da parte do Espírito (2.17);
e. manifestação dos vários dons do Espírito Santo (1Co 12.4-
10);
f. maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4;
10.9; Rm 8.26);
g. maior amor à Palavra de Deus e melhor compreensão dela
(Jo 16.13; At 2.42); e
h. uma convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai (At
1.4; Rm 8.15; Gl 4.6).
8. A Palavra de Deus cita várias condições prévias para o
batismo no Espírito Santo.
a. Devemos aceitar pela fé a Jesus Cristo como Senhor e
Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto
importa em submeter a Deus a nossa vontade (“àqueles que lhe
obedecem”, 5.32). Devemos abandonar tudo o que ofende a Deus, para
então podermos ser “vaso para honra, santificado e idôneo para o uso
do Senhor” (2Tm 2.21).
b. É preciso querer o batismo. O crente deve ter grande fome e
sede pelo batismo no Espírito Santo (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3; Mt 5.6;
6.33).

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c. Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste


sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17).
d. Devemos esperar convictos que Deus nos batizará no Espírito
Santo (Mc 11.24; At 1.4,5).
9. O batismo no Espírito Santo permanece na vida do crente
mediante a oração (4.31), o testemunho (4.31, 33), a adoração no
Espírito (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18 notas). Por mais
poderosa que seja a experiência inicial do batismo no Espírito Santo
sobre o crente, se ela não for expressa numa vida de oração, de
testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.
10. O batismo no Espírito Santo ocorre uma só vez na vida do
crente e move-o à consagração à obra de Deus, para, assim,
testemunhar com poder e retidão. A Bíblia fala de renovações
posteriores ao batismo inicial do Espírito Santo (ver 4.31 nota; cf. 2.4;
4.8, 31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no Espírito, portanto, conduz o crente
a um relacionamento com o Espírito, que deve ser renovado (4.31) e
conservado (Ef 5.18).
Autor: Donald Stamps foi missionário no Brasil, autor da Bíblia
de Estudo Pentecostal e Mestre em Teologia.20

Donald Stamps não elimina a doutrina de uma santificação que pode ser
alcançada de imediato, nas próprias palavras dele: “ato definitivo mediante o
qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe
totalmente com o pecado a fim de viver para Deus (Rm 6:18; 2Co 5:17; Ef
2:4,6; Cl 3:1-3)”. Como também não descarta o que chamamos de Santificação
Progressiva Experimental “Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é
descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar
os desejos pecaminosos da carne (Rm 8:1-17), somos progressivamente
transformados pelo Espírito à semelhança de Cristo (2Co 3:18) crescemos na
graça (2Pe 3:18), e devotamos maior amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39;
1Jo 4:10-12, 17-21)”.
Ou seja, a junção da Santificação Progressiva mais a Santificação
Imediata como uma experiência são abraçadas pelo o autor e defendidas pelo
mesmo. E também como se não bastasse, consegue harmonizar:

20 https://pentecostalismo.wordpress.com/2007/11/29/o-batismo-no-espirito-santo/

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Batismo no Espírito Santo + Santificação Progressiva Experimental +


Inteira Santificação

No entanto, alguém pode indagar: “a isso é fácil e lógico”. Mas como já


vimos, o pentecostalismo abdicou da crença holiness no tema Hagiologia.
Tanto que isso explica o embate de Durham contra os pentecostais holiness.
Isso é tão verdade que observemos a seguinte declaração de fé assembleiana:
Santificação é o ato de separar-se do pecado e dedicar-se a
Deus. Ele exige santidade de seus filhos [...]21

Não existe sequer, uma indicação holiness sobre os pentecostais hoje


abraçarem a doutrina da inteira santificação. No entanto, o pentecostal Stamps
faz, e realiza com muita solidez e firmeza escriturística, permitindo que o texto
fale e demonstrando que não há contradições. No entanto, temos que
reconhecer que o problema não está mais se a doutrina da santificação
imediata está de acordo com a progressiva experimental ou como o batismo no
Espírito Santo, mas em redefinir os termos. Pois, o termo “batismo no Espírito
Santo” é utilizado pelos presbiterianos, batistas, metodista, pentecostais e
outros. Mas em especifico ao pentecostal e holiness por estarmos buscando
fazer uma união destas doutrinas, confessar como sendo verdades, teremos
então a incumbência e dificuldade de admitir novos termos para essas
doutrinas.
O que Stamps nos mostra é que sim! É possível harmonizá-las tanto a
perspectiva holiness como a pentecostal, mas teremos que agora lidar com os
termos técnicos dessas doutrinas que acaba sendo o mesmo nome para um e
para outro.
Em suma podemos definir perfeição cristã como: uma obra da graça que
transforma o coração do crente de tal forma, que o cristão só vai pecar
voluntariamente, ou seja, quando ele quiser. No entanto, tamanha obra é, a
que o Espírito Santo realiza no coração do cristão, que o mesmo não vai querer
pecar voluntariamente, não vai querer continuar pecando direta e
voluntariamente, por isso o termo perfeição cristã.

21 Declaração de Fé das Assembléias de Deus,p.112

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Essa obra da graça, que pode ser alcançada por todo cristão é mais
uma das grandiosas bênçãos de Deus concedido a Igreja, capacitando-a para
fazer a obra com fervor, amor, santidade e verdade. Essa obra é ampla, pois
em relação ao homem transforma os pensamentos, atitudes e palavras, e do
homem em relação a Deus o torna mais devoto ao Senhor e mais piedoso para
com o próximo. Oremos para que Deus possa derramar sobre nossos corações
essa graça.

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BATISMO NO ESPÍRITO SANTO É REVESTIMENTO DE PODER OU


INTEIRA SANTIFICAÇÃO? (PARTE 2)

N
esse tema vamos abordar Inteira Santificação e batismo no
Espírito Santo. Vamos explicar com maior cautela a respeito do
movimento de santidade, o pentecostalismo de Charles Fox
Parham e uma análise do assunto.
Ambas as doutrinas, a Inteira Santificação do movimento Holiness como
o Batismo no Espírito Santo na perspectiva pentecostal tem tomado rumos
ultimamente de obscuridade. O que quero dizer é que não vemos esses
ensinos sendo tratados de maneira bíblica, os reformados calvinistas e
assembleianos pentecostais têm rejeitado a doutrina da santidade instantânea,
sendo que ela é bíblica, e também os reformados calvinistas têm rejeitado por
assim dizer, uma segunda obra com poder.
Quando nos tira estas experiências sagradas e bíblicas da vida da igreja
o que nos resta? Um cristianismo árido, morno e sem expectativa de mudança
real e poder.
Os calvinistas dão uma super ênfase a doutrina do pecado original e aos
efeitos da Queda, no entanto, o que fez o movimento wesleyano foi justamente
John Wesley reconhecer tais efeitos, porém, admitiu que a graça é bem maior
(1Jo 3:8). Não negamos o quão profundo seja a depravação do homem, nisto
fazemos coro com os calvinistas, porém, acreditamos que age com eficácia e
graça na restauração e libertação do pecado original.
O pecado nos faz andar cabisbaixos, miseráveis pecadores, derrotados
diante o inimigo, a vergonha que caiu sobre Israel ao serem totalmente
massacrados em Ai (Js 7:3-5) o “coração do povo se tornou como água”, é isso
que acontece conosco quando temos uma vida escravizada pelo pecado.
Randolph Sinks Foster:
A igreja agora mal consegue manter seu terreno contra as forças
opostas do pecado e do erro, ou avançar um passo para futuros
triunfos.

William Edwin Boardman:

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E muitos vivem uma vida de altos e baixos, e suponham que isso


seja o melhor que Deus tem guardado para eles enquanto estiver no
corpo. Ocasionalmente, eles observam o monte, e então, através dos
galhos ondulantes das árvores da vida movidos pelo sopro do céu,
vislumbram o rio das águas da vida, brilhando nos raios do sol da
justiça, e então cheios de alegria. Mas, novamente, logo eles se
encontram nos baixos terrenos da incredulidade, envoltos em nevoeiros
de dúvida, e gelados, e envenenados, pela névoa e malária dos
cuidados mundanos e da compainha mundana.22

22 A vida cristã mais alta

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A DOUTRINA DA INTEIRA SANTIFICAÇÃO NOS PAIS DA IGREJA

A
argumentação é que a doutrina sistematizada por John Wesley
é puramente moderna em comparação a tradição cristã. No
entanto, essas implicações são corretamente respondidas pelos
próprios pais da igreja.
Clemente de Roma é o elo de ligação entre os dias dos apóstolos e da
grande corrente de escritores cristãos que continuou ininterrupta a partir do
segundo século. Ele foi identificado tanto com o Clemente mencionado por
Paulo em Filipenses 4: 3, como Flavius Clemens, um parente de Domiciano,
que foi morto por este último por se tornar um cristão. O antigo escritor da
Epístola de Clemente pode ser a pessoa a quem Paulo se referiu; para
Eusébio, o pai da história da igreja, coloca sua morte em 95 dC, cerca de trinta
anos após a época em que Filipenses foi escrito. Na epístola, São Paulo e São
Pedro são mencionados juntos como homens "da nossa geração". A história da
igreja registra que Clemente foi o terceiro bispo de Roma. Ele pode ser o
escritor desta epístola. É evidente que Clemente foi um homem muito
importante na estimativa da Igreja. O fato de que o nome de São Clemente foi
usado em conexão com as muitas lendas que se reuniram em torno de sua
vida é uma prova da grande estimativa em que ele foi realizado. O bispo
Lightfoot, estudando sua epístola, chegou à conclusão de que ele era um
cristão judeu.
Duas epístolas são atribuídas a ele. O primeiro é universalmente
recebido como genuíno, mas parece certo que o segundo não é dele. O Pastor
de Hermas o chama de autor e Hermas menciona que ele o conhecia
pessoalmente. A epístola de Clemente foi escrita em Roma e levada por três
membros da igreja em Roma para a igreja em Corinto. Seu objetivo era exortar
a igreja em Corinto à unidade. Uma ou duas pessoas começaram um cisma e
expulsaram os presbíteros. O problema parece ter começado com a questão
de restabelecer as velhas formas que estavam desaparecendo do ministério.

Clemente De Roma Em Santidade


Nos dias de João a Igreja já estava deixando seu primeiro amor. Sem
dúvida muitos, se não a maioria, daqueles da igreja em Corinto estavam

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vivendo vidas santas, mas ele teria todos unidos nisso. Ele começa sua
epístola da seguinte forma:
A Igreja de Deus que está em Roma para a Igreja de Deus que está em
Corinto, eleita, santificada, pela vontade de Deus, por Jesus Cristo nosso
Senhor: graça e paz do Deus Todo-Poderoso, por Jesus Cristo seja
multiplicado para você.

Efusão do Espírito Santo


No capítulo dois da Epístola de Clemente de Roma ele fala do Espírito
Santo vindo sobre eles.
Assim, uma paz firme, abençoada e proveitosa foi dada a você; e um
desejo insaciável de fazer o bem e uma abundante efusão do Espírito Santo.

Vida de santidade
Nos capítulos 29 e 30, ele exorta os coríntios a uma vida de santidade:
Vamos, pois, a Ele com santidade de coração, levantando para si as
mãos castas e incontaminas; amando nosso Pai gracioso e misericordioso, que
nos fez participar de Sua eleição Portanto, sendo nós a porção do Santo,
façamos todas estas coisas que pertencem à santidade; fugindo de todos os
que falam mal um contra o outro.

Wesley estudava muito a patrística, logo ele percebeu a existência e


necessidade de rever a doutrina que mais a frente recebeu o nome de Inteira
Santificação.
No século XVIII na Inglaterra, um homem por nome de John Wesley
sente no dia 24 de Maio de 1738, na Rua Aldersgate, em Londres, o “seu
coração abrasado”.
Em seu diário narra o seguinte:
Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição
que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através
da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha.
Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação
e que uma certeza me foi dada de que Ele Haia tirado meus pecados,
em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte.

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Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira
especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de
todos os presentes o que, pela primeira vez sentia em meu coração. 23

No século XVIII a Inglaterra passava por mudanças drásticas, devido a


revolução industrial. O contexto social, moral, econômico, político e religioso
não era dos melhores, principalmente com a igreja Anglicana a qual havia sido
corrompida profundamente.
Nessa imoralidade que tomava todo país, Wesley passa por uma
experiência que muda todo o rumo da história inglesa.
1- Condições sociais:
A população da Inglaterra no reinado da rainha Elizabeth não excedia de
três milhões de pessoas. Mas no século dezessete devido ao desenvolvimento
da lavoura e, no século dezoito, devido ao desenvolvimento da lavoura e
indústria, a população chegou a mais de sete milhões.
Não havia facilidade de contato entre os habitantes das várias cidades,
vilas e arraiais. As estradas eram muito ruins. Até o ano de 1753 não havia
diligencia que corresse entre Londres e Liverpool. Só em 1774 é que se criou
tal meio de transporte.
Assim por um período de cinco séculos pouca mudança se deu na vida
rural do povo inglês. Não é, pois, de admirar que John Wesley nas suas
viagens entre o povo, nota-se com admiração a curiosidade com que os
habitantes das vilas o recebiam, como se fosse homem de outro mundo.
Não era fácil para Wesley e seus ajudantes visitar o povo. As viagens
eram penosas, especialmente no tempo frio. Ele menciona no seu diário os
perigos que correu em percorrer todo o país.
a. Pobres: Abastados e ricos não se importavam com os
operários e negociantes. Os pobres eram muitos, o governo
não deixava de atende-los no entanto, havia muita fraude na
administração da caridade.
b. Código civil: Era muito severo, pois as classes superiores
não se importavam com as inferiores. Havia no código penal
enumeração de cento e sessenta crimes sujeitos a pena de

23 Fonte: Igreja Metodista em Edson Passo – WWW.imwedsonpassos.com.br

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morte. Na primeira parte do século dezoito, setenta e sete


criminosos sofreram a pena de morte e só dezoito deles era
homicida. Não era coisa estranha ou extraordinária
testemunhar a execução da sentença de morte de dez ou
doze pessoas numa só ocasião. A forca era um dos
instrumentos de morte, mas se usavam outros meios mais
cruéis ainda: pesos de ferro ou de pedras no peito do réu
deitado de costas. Algumas pessoas, incluindo mulheres
foram queimadas. O povo não somente fazia isso para
castigar os criminosos, mas porque tinham prazer em ver a
pessoa sofrer. Por ocasião de um enforcamento, o povo
juntava-se em grande número para apreciá-lo. Era um
divertimento da época. Só no século dezenove se ouve uma
voz de protesto contra tais leis de brutalidade. Se os réus
eram tratados com tanta brutalidade, que se podia esperar do
tratamento dos presos? É impossível exagerar a maneira cruel
porque os presos eram tratados. As prisões eram focos de
imundícies e covis de vícios. Os presos tinham de conseguir
camas, senão dormiriam no chão. O frio e a fome eram
companheiros de muitos presos. Havia homens corretos, mas
que por terem faltado com o pagamento de suas dívidas, eram
lançados na prisão até que pagassem o “último cétil”. Um dos
raios de luz que se vê no meio dessas trevas é o interesse que
o general Oglethorpe manifestou para com os presos. Ele
conseguiu permissão do governo de levá-los a América, para
começaram de novo a vida na colônia da Geórgia, os presos
que eram levados eram aqueles cuja culpa era de não terem
conseguido pagar as suas dívidas. Haviam pessoas como
João Howard, que se interessaram no melhoramento das
prisões da Inglaterra, porém foram precisos muitos anos para
corrigir esse grande mal na vida social do povo inglês. Além
do general Ohlethorpe e João Howard, como houve outras
pessoas como João Wesley e Carlos Wesley, George
Whitefield e Elizabeth Fry que visitaram os presos, procurando

79 | P á g i n a
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aliviar os seus grandes sofrimentos, e interessar o governo na


solução desse grande problema social. Foi o senso de
irmandade e simpatia cristã que abriu os olhos dos ingleses
para a necessidade de se auxiliarem mutuamente uns aos
outros e que salvou a Inglaterra de uma catástrofe ainda
maior.
c. Condições morais: O caráter de um povo pode é medido
pelos seus divertimentos. Teatro – peças representavam o
lado fraco da humanidade; imoralidade “ensinada” através das
peças; tantos as pessoas que frequentavam, como as peças
revelavam o estado moral do povo. As pessoas tinham perdido
toda a compostura moral. John Wesley chamou os teatros de
sua época de “poço de toda a profanação e corrupção”.
Ficaram tão misturada as coisas que era impossível de fazer
distinção entre as mulheres sérias das mulheres de vida livre
(meretrizes). As mulheres entretiam as suas mentes com a
leitura do romance pernicioso; os homens se entregavam aos
jogos de azar; tinham o costume de judiar dos animais; os
sentimentos do povo estava tão embrutecidos que não foi
difícil desenvolve-ser nele o espírito motineiro. A embriaguez
era um dos males que revelavam a condição moral do povo.
Foi vício que afetou todas as camadas da sociedade.
d. Condição religiosa: a igreja nessa época perdeu sua visão
celestial e ficou paralisada na sua vida íntima. Não havia
dúvida de que o deísmo concorreu para prejudicar a igreja,
porém a igreja não tinha mais força espiritual para repelir as
forças do mal. A falta de visão e a degradação espiritual são
coisas que caracterizaram a condição religiosa do povo inglês.
A batalha espiritual contra o deísmo foi ganha, mas a igreja
perdeu a sua experiência evangélica. A vitória intelectual não
foi suficiente. Era necessário conservar os ideais do Novo
Testamento e gozar de saúde espiritual. A causa principal da
fraqueza da igreja no século dezoito era o clero. Os clérigos

80 | P á g i n a
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da igreja Anglicana se envolviam com política e gozavam de


prestígios do governo, em vez de focar na vida espiritual.

81 | P á g i n a
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INTEIRA SANTIFICAÇÃO E BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

ssa resposta já foi dada no tema “A triste doutrina sobre o

E pecado, a terrível doutrina sobre o inferno e a graciosa e


esperançosa doutrina acerca da salvação”.
Aqui será abordada a relação da Inteira Santificação com a Depravação
Total e pecado Original.
Já havíamos definido o seguinte esquema:
PECADO ORIGINAL
DEPRAVAÇÃO TOTAL (HERDADA)
PECADO REAL
PECADO INTENCIONAL

Agora vejamos com base em Romano 6:6,11 a interação da Santificação


e o pecado.
O ímpio está debaixo da depravação cometendo todos os dias pecados
reais. Por causa do pecado Original (Adão, Gn 3). No entanto, quando o ímpio
se converte, ele é lavado pelo sangue do cordeiro, e ao ser lavado ele é
regenerado, nascido de novo. Mas o que acontece após isso?
1- A culpa do pecado original é desfeita: Justificação
2- Os pecados reais são só cometidos pelos ímpios. O cristão não os
comete mais.
Logo, nos resta apenas a depravação total (herdada) e o pecado
intencional.

Nos ímpios:
PECADO ORIGINAL
DEPRAVAÇÃO TOTAL (HERDADA)
PECADO REAL
PECADO INTENCIONAL

Nos crentes antes do Batismo com Fogo


PECADO ORIGINAL
DEPRAVAÇÃO TOTAL (HERDADA)

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PECADO REAL
PECADO INTENCIONAL

Nos crentes depois do Batismo com Fogo


PECADO ORIGINAL
DEPRAVAÇÃO TOTAL (HERDADA)
PECADO REAL
PECADO INTENCIONAL

Nos crentes no momento da glorificação


PECADO ORIGINAL
DEPRAVAÇÃO TOTAL (HERDADA)
PECADO REAL
PECADO INTENCIONAL

De acordo com a Palavra de Deus, João Batista cita duas experiências:


(1) Batismo com o Espírito Santo e (2) batismo com fogo.
Fogo é purificação, renovo, libertação. Quando o cristão recebe o
batismo com fogo que é diferente do batismo no Espírito Santo, que também
difere do batismo em águas, do batismo de João e do batismo pelo Espírito
Santo no Corpo de Cristo (1Co 12:13), o batismo com fogo é uma experiência,
também pós conversão, mas difere do batismo no Espírito Santo, sendo que
este aqui se refere a uma experiência de revestimento de poder. Enquanto que
o de fogo se refere à purificação.

Após essa experiência divina de purificação total, a depravação total é


retirada, o cristão é liberto dessa escravidão (Rm 6:6). A graça de Deus não
nos deixa PERMANECER no pecado; antes, nos LIVRA DO PODER do
pecado. Depravação total mais o pecado original geravam os pecados reais no
ímpio, agora, após a regeneração e o batismo de fogo, só resta na vida do
crente os pecados intencionais que significa aquilo que cometemos
intencionalmente (Rm 6:11) de acordo com o Apóstolo Tiago (Tg 1:15).

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Referências: Nm 32:12; 2Rs 23:3,25; 2Cr 15:15; Sl 119:69; Fp 3:7-8; 1Ts


5:23; Sl 1:2; Dn 2:22; Lc 6:48; 10:39; 1Co 2:10; Ef 3:18-19; Fp 4:9; Cl 3:3;

Não se trata de uma supressão, mas erradicação ( (1) gradual; (2)


instantânea; (3) total).
Assim, como a Santificação.
SANTIFICAÇÃO INCIAL
SANTIFICAÇÃO CONTÍNUA
INTEIRA SANTIFICAÇÃO
SANTIFICAÇÃO FINAL

As Escrituras não deixam dúvidas quanto ao que Deus espera do


homem. Deus não ordena nada que não possa ser cumprido. A ordem de Deus
é “sede santos”, é para o presente: o Senhor capacitará o crente para tal.

Cristo exigiu que eles fizessem missões e os revestiu com poder para tal
(Batismo com Espírito Santo At 1:5;8)
Deus nos exige que sejamos perfeitos, logo ele derramará o teu fogo
sobre o nós.

O objetivo da santidade de Deus é:


• Reparar
• Libertar completamente o crente do pecado.
Em Cristo, pelo seu sangue, foi recuperado a possibilidade de
semelhança com Deus, com Cristo.

Batismo com Espírito Santo


JUSTIFICAÇÃO
REGENERAÇÃO
SANTIDADE
BATISMO COM FOGO
REVESTIMENTO DE PODER / BATISMO COM FOGO
BATISMO COM FOGO

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O batismo com fogo em relação ao revestimento de poder pode


acontecer, antes, depois ou no mesmo tempo, como no caso de Atos 2:1-4.
O batismo com fogo é o Primeiro Amor reacendido de maneira poderosa
e fervorosa. O primeiro amor é reanimado, é tocado pelo Espírito Santo,
levando o cristão ao um novo patamar de Amor por Deus! (Ap 2:4-5).
Leonard Ravenhill, considerado um dos maiores pregadores do século
XX, influenciou Ravi Zacharias, Paul Washer entre outros. Um dos focos do
Ravenhill era doutrina da Inteira Santificação, isso estava enraizado em seu
coração.
William B. Godbey foi um dos evangelistas mais influentes do movimento
de santidade wesleyana em seu período formativo (1880-1920). Milhares de
pessoas experimentaram a conversão ou a inteira santificação sob seu
ministério, e Godbey ganhou a reputação de ter reavivamentos em todos os
lugares que passou.

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A IMPORTÂNCIA DO PENTECOSTALISMO
1- Evidenciar a ressurreição de Cristo
2- Edificação e evangelismo com dons espirituais
3- Espírito Santo como guia da igreja

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O SENTIMENTALISMO DOS QUE INTERPRETAM MATEUS 3:11


COMO FOGO DE CONDENAÇÃO

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LÍNGUAS ESTRANHAS

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