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EVANGELIZAÇÃO

Missão e Discipulado

Pr. Welfany Nolasco


NOLASCO, Welfany.

Evangelização, Missão e Discipulado.


Varginha/MG: 2014.
54 f.

1. Missão. 2. Bíblia. 3. Igreja.

O conteúdo desta obra, inclusive revisão ortográfica, é de


responsabilidade exclusiva do autor.

Copyright © 2012 Author Name


All rights reserved.
ISBN: 978-85-918517-1-3
Aos evangelistas
anônimos
incansáveis!
Aos missionários
lutadores
no campo!
Aos discipuladores
cuidando
de vidas!
SUMÁRIO
O que é EVANGELHO
Quem é EVANGÉLICO
O que é EVANGELIZAR
Quem é EVANGELISTA
O que é Missão?
A Missão é de quem?
Quem pode ser missionário?
Tipos de missionários
Onde é o campo missionário?
Como fazer missão?
Evangelismo público:
Evangelismo pessoal:
Discipulado:
Atitudes antimissionárias dos homens:
Atitudes missionárias de Jesus:
Uma Igreja Missionária
O Plano de Salvação
O amor de Deus para a humanidade
O problema da humanidade
O remédio
A resposta do Ser humano
Evangelismo com o PLANO DE SALVAÇÃO
Como usar o Plano de Salvação?
Se a pessoa recusar?
Se a pessoa disser que aceita?
Faça o apelo
Oração de aceitação
Introdução na Igreja
Visitação: um tipo de evangelismo pessoal
Equipe para visitas
Na entrada do lar
Marque horário
Dentro do Lar
O motivo da sua visita
Jamais critique
Compartilhe o seu Testemunho
Faça o melhor que puder
Aproveite todas as oportunidades
Acompanhamento
O que é DISCIPULADO?
Indo
Pregando
Ensinando
Batizando
Os grupos pequenos
Vale a pena fazer Discípulos
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
SITES
Sobre o autor
Introdução
Tenho boas e más notícias:
BOA NOTICIA: Deus ama a sua vida e a todos que você
conhece!
MÁ NOTICIA: quando não amamos ao próximo, desprezamos
o amor de Deus.
O versículo áureo da Bíblia (João 3.16) diz que devemos
evangelizar "porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna". Aqui está a razão para a missão.
Será que ‘todo aquele’ já ouviu falar do amor de Jesus? Uma coisa
é certa, somente quem já ouviu pode falar a respeito. Se você
conhece a Jesus, então deve testemunhar para outras pessoas.
Precisamos anunciar todo o evangelho para todos os homens. A
evangelização tem como destinatário o homem na totalidade do seu
ser: espírito, alma e corpo. Salvar a humanidade no sentido histórico
e eterno (I Tessalonicenses 5.23).
O Objetivo deste livro é induzir a ação evangelizadora e não
somente apresentar novas teorias. Vamos tratar sobre a Missão de
forma geral e concluir com o Discipulado que é a forma mais
completa de evangelizar.
Mãos à obra!
Diferenças entre Missão, Evangelização e
Discipulado
Não existem grandes diferenças entre Missão e Evangelização. Na
verdade, estes dois conceitos se misturam e chegam a se confundir
sem contradizer. Quem faz um também realiza o outro.
Entretanto, quando falamos de evangelização estamos nos referindo
mais ao conteúdo da mensagem que é o evangelho. Ao tratar sobre
missão, tentamos ser mais abrangentes no sentido do desafio
missionário no mundo.
Na prática das igrejas locais, pode-se perceber que o evangelista é
quem divulga o evangelho através da pregação da palavra e o
missionário é quem vai para um campo específico enviado pela
igreja.
O discipulado, já é um conceito bem diferente dos outros, pois
muitas pessoas evangelizam e fazem missão, contudo não
discipulam vidas. Discipulado é cuidar de pessoas. Devemos
enfatizar a importância do Discipulado, como forma mais completa
de evangelizar e fazer missão.
Vamos abordar a Evangelização, como tarefa de todo crente. A
Missão como desafio para os dias atuais. Falaremos sobre a
mensagem de salvação e como transmitir. E por fim sobre o
Discipulado como forma bíblica de cuidar de vidas.
O modelo de Jesus
Jesus é nosso maior exemplo em tudo, e também nesta obra
de ganhar preciosas almas para o Reino de Deus. Ele escolheu
a seus discípulos um a um. Mas o plano de Jesus era pregar o
Evangelho a toda criatura.
Alguns exemplos de evangelismo pessoal na vida de Jesus:
Zaqueu, o publicano - Lucas 19.1-10.
A Mulher adúltera - João 8.3-11.
O jovem rico - Marcos 10.17-31.
Nicodemos - João 3.1-19.
Natanael - João 1.47-51.
A mulher samaritana – João 4.1-25.
O cego de nascença - João 9.1- 14.
Jesus estava preparado para o seu trabalho, pois tinha
conhecimento da Palavra de Deus. Mesmo assim, procurava
sempre estar em oração e jejum, se preparando antes de operar
maravilhas.
Jesus ensinou seus seguidores, que primeiro foram discípulos
(Marcos 3.14), que significa seguidor e depois se tornaram
apóstolos (Lucas 6.13), que significa enviado.

Os três imperativos de Jesus são:


-VINDE: Mateus 11.28-30
-FICAI: Lucas 24.49 e Atos 1.4
-IDE: Mateus 28.19,20
Primeiro devemos vir a Jesus, então ficar ou permanecer em sua
presença e depois somos enviados para ir e pregar o evangelho.
Como Jesus praticou o IDE que ordenou?
Leia Mateus 9.35-38 e encontre três simples atitudes missionárias
de Jesus (nos verbos) e medite em sua vida:
a) PERCORRER: Jesus não parava, era ativo. Qual é o
seu percurso diário? Qual o raio de espaço que anda?
Jesus nos mandou ficar na Igreja?
b) VER: é preciso ver o campo. Jesus tinha visão. O que
você vê todos os dias? Quantas pessoas você vê? Porque
às vezes não percebemos que são almas?
c) COMPADECER: Jesus sentia amor pelas pessoas, no
amor está a base do poder (Gálatas 5.6). Como Pedro e
João que olharam para o coxo e se compadeceram (Atos
3.1-8).
Quando começarmos a sair do nosso lugar, OLHAR pras pessoas e
sentir AMOR pelas vidas aí vamos ver o poder de Deus agindo em
nossas vidas. Peça a Jesus pra te mostrar onde é o seu campo!
Jesus pregava para multidões, como evangelista. Viajava pelas
cidades como um verdadeiro missionário. Mas o tempo todo estava
cuidando de vidas, como um Metre discipulador.
Jesus foi missionário porque foi enviado por Deus. Foi evangelista
porque pregou o evangelho e discipulador porque cuidou de vidas.
A evangelização
na Igreja Primitiva
Qual é o segredo para o crescimento da Igreja? A Igreja primitiva
crescia naturalmente. Se fizermos uma estatística de seu
crescimento veremos que o número de seguidores cristãos
aumentava a cada instante chegando a um acréscimo de mais de
mil por cento.
Veja alguns dados do crescimento da Igreja Primitiva:
-12 discípulos (Mateus 10.1-4 / Lucas 9.1).
-70 discípulos (Lucas 10.1).
-120 discípulos (Atos 1.15).
-3.000 batizados (Atos 2.41).
-5.000 convertidos (Atos 4.4).
-O número continua crescendo ao ponto de perder a conta
(Atos 5.14).
-Mais crescimento inclusive conversão de sacerdotes (Atos 6.1
e 7).
-Cristãos se espalham devido à perseguição (Atos 8.1 e 4).
-Muitas Igrejas fundadas (Atos 9.31).
-Aldeias inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35).
-Gentios se convertem a Cristo (Atos 13.48,49).
-Igrejas erguidas na Ásia menor e Turquia (Atos 14.1-28).
-Igrejas fundadas na Europa (Atos 16.5 e 11,12; 17.4).
-Milhares de judeus tornam-se cristãos (Atos 21.20).
Além do crescimento numérico podemos observar a expansão
territorial do cristianismo. Devido à dispersão dos cristãos
perseguidos, havia crentes em todos os lugares.
A qualidade e o comprometimento dos cristãos, também são
notáveis. A Evangelização era algo espontâneo para os cristãos
primitivos. Estavam dispostos a morrer por sua fé. Esta coragem foi
uma força para este movimento que, diante das dificuldades crescia
cada vez mais.
A prática dos cristãos primitivos era do discipulado pessoal. Cada
crente orientava os novos convertidos a uma nova vida através da
Palavra de Deus.
Conceitos sobre Evangelização
Você sabe qual é a sua identidade espiritual?
Qual seria o papel do Evangelista na Igreja?
Vejamos 4 coisas que já sabemos mas precisamos aprender a
cumprir:

O que é EVANGELHO
Evangelho é novidade ou a boa notícia de Deus para todos (Lucas
2.10,11).
O termo EVANGELHO não surgiu através dos cristãos, já era um
termo conhecido na época de Jesus. Quando CEZAR, o imperador
romano, era vitorioso em suas batalhas e ao publicar um decreto
enviava mensageiros que saíam por todas as suas províncias e
aonde chegavam gritavam: "Evangelho de César!", ou seja: "Boas
notícias de Cezar!"[1].
O termo foi assimilado pelo cristianismo primitivo. Jesus é o
verdadeiro Rei e de toda a terra (e não César) e a boa notícia é a
salvação da humanidade através da morte de Jesus na cruz, que
deu sua vida por amor.
Quando vivemos o “evangelho, porque é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16), tudo se faz novo
em nossa vida e sempre temos uma boa notícia de Deus.
Não podemos esquecer que o evangelho é algo simples e por
complicá-lo é que muitas vezes não o vivemos, pregamos e vidas
não se convertem (leia II Coríntios 11.3).

Quem é EVANGÉLICO
Evangélico é a pessoa que conhece e aceita essa Boa Nova
(Mateus 9.9).
Como Mateus fez, precisamos aceitar o chamado do Mestre
imediatamente deixando tudo se for preciso. Damos a nossa vida
pra Jesus não só quando nos convertemos, mas também quando
entregamos nosso viver para sua obra.
O mundo está cheio de más notícias de perdição, mas um
verdadeiro cristão deixa o mundo e assume a Boa Nova como parte
de sua vida. Ser evangélico é vestir a camisa do evangelho de
Jesus assumindo ser um verdadeiro cristão.
Apenas gostar de música gospel e participar de eventos ou shows
gospel não garante que a pessoa seja um evangélico. A forma de
viver do evangélico demonstra sua semelhança com Jesus.

O que é EVANGELIZAR
Evangelizar é contar essa boa notícia para aqueles que não a
conhecem (João 1.40-45).
João Batista anunciou para seus discípulos que Jesus era o
Cordeiro de Deus (João 1.29), então André foi seguir Jesus e
chamou Pedro, depois Felipe chamou Natanael para conhecer a
Jesus. Deste modo devemos falar de Jesus para todos que
conhecemos.
Um ditado popular diz que ‘notícia ruim anda rápido’. Quando
alguém fica sabendo de um 'furo' ou uma ‘bomba’, corre e conta
pros outros. Muitas pessoas têm uma cultura fofoqueira, talvez por
isso, o sucesso dos Realities shows e redes sociais.
A TV explora as notícias ruins de forma sensacionalista. Por isso,
estamos acostumados com más notícias.

Como evangélicos, não podemos nos conformar


a isso. Precisamos contar para as pessoas aquilo que sabemos
sobre Jesus.
Porque a melhor notícia do mundo demora tanto para sair de nossos
lábios? Porque muitas vezes estamos ocupados divulgando as más
notícias do mundo.

Quem é EVANGELISTA
Evangelista é a pessoa que além de conhecer, divulga essa boa
nova (Mateus 10.5-8).
Jesus enviou primeiramente seus doze discípulos chamando-os de
apóstolos (enviados), mas “depois disto, o Senhor designou outros
setenta; e os enviou de dois em dois, para que o precedessem em
cada cidade e lugar onde ele estava para ir” (Lucas 10.1). Então o
grupo de evangelistas de Jesus cresceu de 12 para 70.
Interessante notar que somente os 4 escritores dos evangelhos
(Mateus, Marcos, Lucas e João) são chamados de EVANGELISTAS.
Entretanto, Marcos e Lucas não eram discípulos de Jesus
diretamente. Isso mostra que a evangelização é tarefa de todos.

Cada cristão é um evangelista! A Igreja


alcançou o mundo não através de iniciativas da instituição ‘igreja’ e
sim de pessoas leigas que para onde iam levavam a sua fé.
Temos a terrível mania que querer que tudo seja
INSTITUCIONALIZADO. Mas não podemos deixar de fazer
naturalmente a nossa tarefa cristã esperando decisões de uma
organização eclesiástica. Um evangelista nato, não necessita de
cargos ou títulos para realizar sua tarefa.
Uma pessoa pode ouvir o Evangelho e não se tornar Evangélico.
Mesmo uma pessoa que se diz Evangélica, se não cumprir sua
tarefa de Evangelizar não será um Evangelista.
Falar sobre evangelização na igreja virou rotina, mas a 'moda' de
evangelizar ainda não pegou. Certa vez ouvi uma frase que dizia
‘um coração que aceitou a Jesus é um coração missionário e um
coração que ainda não aceitou a Jesus é um campo missionário’.
Da mesma forma que um dia aceitamos o evangelho devemos
também aceitar a tarefa da evangelização.

A evangelização exige um alto preço. Uma


evangelização verdadeira custará grandes renúncias, mudanças
dolorosas e opções radicais.
Se a igreja buscar facilidades, fica fora dos limites da ação de Deus.
Jesus Cristo, o Missionário, jamais teve facilidades em sua
caminhada. Uma igreja que se acomoda, tornar-se-á inexpressiva.
Não há evangelização sem cruz. Deve-se pagar alto preço por
aquilo tem alto valor.
Conceitos missionários
Quando vemos as estatísticas de que no mundo, morrem 234
pessoas por minuto, o que você pensa?
Como posso saber se estou preparado para evangelizar?
Com saber se tenho ou não um chamado missionário?
Já se fez estas perguntas?
Você está preparado?
Se começar a surgir pessoas problemáticas para você cuidar, o que
faria?

Muitos homens e mulheres pensaram que não


estavam prontos, como Sara, Moisés, os espias, Gideão, Isaías,
Jeremias... Mas DEUS CAPACITA OS CHAMADOS. O tempo todo
Deus está nos preparando.
Atos 1.8 ensina que:
Para testemunhar é preciso poder.
Para ter poder é preciso do Espírito Santo.
Sem o Espírito Santo não há poder e sem poder não
conseguimos testemunhar.
Vejamos alguns conceitos sobre Missão.

O que é Missão?
A origem da palavra missão vem de Missil, que significa enviado.
Então missão é ser enviado para um propósito (alvo) específico.
Numa guerra, o míssil é mandado no lugar dos soldados, para
atingir um local. Desta forma, o missionário é uma ‘bomba’ enviada
ao campo de batalha.
A Missão é de quem?
A missão pertence a Deus (missio Dei). Deus é missionário porque
enviou seu Filho Jesus Cristo para salvar o mundo (João 3.16).
Deus é o dono da missão e Ele mesmo chama, capacita, envia e
sustenta seus missionários.

Quem pode ser missionário?


Leia Romanos 10.9-15
Quando você aceitou a Jesus alguém foi ENVIADO, PREGOU para
você, que OUVIU, CREU, INVOCOU e foi SALVO. Agora faça o
caminho inverso: Como alguém pode ser SALVO se não
INVOCOU? Como CRER se não OUVIR? Como PREGAR se não
for ENVIADO?
A melhor coisa que já fizemos é entregar a vida a Jesus, mas depois
é preciso entregar a vida para a obra de Jesus.
Depois de receber a Jesus, não pare por aí, prepare-se e receba
capacidade para a missão.

Tipos de missionários
Na Bíblia, podemos encontrar vários tipos de servos de Deus como
no texto de Êxodo 17.8-16 onde encontramos:
Josué, o guerreiro que vai ao campo de batalha.
Moisés, o intercessor, que fica orando.
Arão e Hur, os apoiadores, que sustentavam os braços de
Moisés.
Então você pode ser:
-Um missionário no campo onde mora, pregando o evangelho por
onde for.
-Um ‘fazedor de tendas’, como Paulo (Atos 18.3). Este é um tipo de
pessoa que trabalha e faz missão onde está ou vai para um campo,
mas se sustenta com seu próprio trabalho.
-Um intercessor por missões e missionários.
-Um agente missionário: que trabalha em busca de recursos para
sustentar a missão, contribuindo para missionários que estão em
campo.

Onde é o campo missionário?


Nos tempos de mídia gospel, qual seria o melhor modelo para um
futuro missionário? O melhor modelo é Jesus Cristo, o missionário
que foi enviado do céu. Ele nos mostra onde e como fazer missão.

Quando saímos nas ruas encontramos muitas


pessoas em bares, ônibus, escolas... sempre cheios e muitas igrejas
vazias por quê?
Seu campo missionário começa aí na sua Jerusalém, onde está.
Depois você pode ir para sua Judéia, que são as redondezas. Então
deve partir para Samaria, lugares mais desprezados. Contudo o
limite de seu campo é “até os confins da terra” (Atos 1.8).
Como fazer missão?
Jesus chamou seus discípulos para serem pescadores de homens.
Naquele momento os discípulos estavam frustrados porque não
conseguiam pescar. Mas Jesus os chamou operando o milagre da
pesca maravilhosa (Lucas 5.10).
Podemos fazer uma comparação da missão com uma pescaria, que
pode ser feita ser feita com:
REDE: evangelismo público.
ANZOL: discipulado e evangelismo pessoal.
Dependendo do peixe e também do pescador, pode-se usar
qualquer destas formas. O importante é pescar.

Sugerimos três maneiras de começar a fazer missão:

Evangelismo público:
Leia II Timóteo 2.2
Encontre uma forma de participar na comunidade e pregar
publicamente nas praças, distribua folhetos, divulgue e seja criativo
para a missão. Promova eventos evangelísticos como Deus falou
com Habacuque para todo lerem “até quem passar correndo”
(Habacuque 2.2).

Evangelismo pessoal:
Leia João 1.40-45
Perceba no texto esta sequência de evangelismo pessoal, onde um
foi apresentando Jesus para o seu próximo:
João > André > Pedro
Felipe > Natanael
Apesar de toda a tecnologia atual (rádio, jornais e TV) o
evangelismo pessoal é a estratégia deixada por Jesus porque nele
você sente vida, calor e TESTEMUNHO.
Podemos fazer uma PESCARIA com rede ou com anzol. Com a
rede é o evangelismo público e com o anzol é o discipulado.

Discipulado:
Leia II Timóteo 4.2
Das pessoas que pregar haverá alguém que você deverá
acompanhar de perto. É a parte mais difícil do IDE, porque ir, pregar
e batizar é fácil, mas ensinar “todas as coisas” (Mateus 28.20) exige
dedicação.
Ananias discipulou Saulo e ele se tornou um grande missionário.
Talvez você não seja um grande evangelista como Paulo, mas pode
ser um Ananias, discipulador de grandes evangelistas (Atos 9.10-
17).
Atitudes de um Missionário
Em cada situação, uma mesma pessoa pode ter diferentes atitudes
diante da missão. Olharemos para a atitude de Jesus como Mestre
e Missionário por excelência para saber qual é a atitude de um
verdadeiro missionário.
Reflita no texto de Lucas 9.51-62:

Atitudes antimissionárias dos homens:


a) Não receber Jesus: v. 53 – eles não receberam Jesus. Quem
não recebe Jesus não pode ser missionário.
b) Desejar o mal: v. 54 – achavam que eram melhores do que
os outros por isso desejaram o mal.
c) Precipitação: v. 57 – às vezes até aceita mas não firma. É só
da boca pra fora.
d) Procrastinação: v. 59 – deixar as coisas para depois.
Amanhã pode ser muito tarde.
e) Apego Terreno: v. 61 – devemos colocar Cristo como
prioridade em nossas vidas.

Atitudes missionárias de Jesus:


a) Decisão: v. 51 – Jesus sabe o que quer tem firmeza de
propósito. Não desanima!
b) Enviar: v. 52 – Jesus sempre envia alguém antes dele. (conf.
Lucas 10.1)
c) Compaixão: v. 56 – Ele perdoa a ignorância das pessoas
porque seu propósito é salvar e não condenar (Lucas 19.10).
Eles mereciam ‘fogo’? Sim. Jesus tinha poder para consumi-los?
Sim. Mas prevaleceu o amor.
d) Intinerância: v. 58 – Jesus foi ativo, pois andava o tempo
todo. Jesus está em toda parte e em toda parte manda alguém
para agir em seu nome.
e) Desprendimento: v. 60 – não está apegado a nada nem
ninguém que não seja sua Missão.
f) Perseverança: v. 62 – ele não olha para traz, nem aceita as
desculpas das pessoas.

Para pregar o evangelho é preciso viver o evangelho e viver


integralmente em conversão pessoal e coletiva.
O missionário precisa fazer como Jesus, que encarnou sua missão.
Deve viver inteiramente o que acredita e prega. Além de se entregar
e renunciar muitas coisas por amor.
Uma Igreja Missionária
Leia Atos 11.19-26
A Igreja de Jerusalém havia recebido o Espírito Santo que os
impulsionou a pregar o evangelho para muitas nações em outras
línguas no dia de Pentecostes. Mas depois disso, se fecharam para
a evangelização dos gentios [povos descrentes] ficando só em torno
de si mesma.
Quando aconteceu a perseguição, a partir do martírio de Estêvão,
eles foram dispersos e tiveram que sair de seu lugar (v.19).
Somente assim, anunciaram o evangelho para outros povos.
Posteriormente os cristãos de Jerusalém voltaram a evangelizar,
então descobriram que Deus já estava trabalhando entre os gentios
e descobriram a Igreja de Antioquia que já era uma Igreja
Missionária (v.20). Mandaram Barnabé para ir verificar se era uma
igreja verdadeira e chegando ali descobriu uma igreja missionária
abençoada (v.22).
A Igreja de Antioquia se tornou um centro missionário, como ponto
estratégico para formar e enviar líderes. O próprio Barnabé e Saulo
foram enviados como obreiros pela Igreja de Antioquia (Atos 13.1-
3).

Existem basicamente dois tipos de igrejas: a de programa e a


missionária.
Algumas características destes dois tipos de igreja:
Igreja de Igreja
eventos Missionária
-mantém tudo -distribui seus
centralizado em obreiros para
torno de seus trabalhos
interesses evangelísticos e
realizando sociais de
grandes acordo com os
atividades. desafios.
-Quando termina -Nem sempre
um programa, podem fazer
logo se iniciam grandes eventos
os preparativos porque estão
para o próximo. muito ocupados
A igreja de visitando
evento, ‘é vento’, pessoas,
ou seja, tudo é evangelizando,
passageiro. discipulando
novos
convertidos e
outras
atividades.
-Os missionários
-As pessoas desta igreja não
desta igreja têm precisam de
cargos fixos e cargos ou títulos
títulos honorários para trabalhar
por seus feitos e como
nunca pensam formiguinhas
em sair dali. que nunca
param.
-Todos estão -Todos estão
bem sempre
acomodados e incomodados ao
satisfeitos com o ver vidas sem
que acontece. Jesus.
-Ajunta muitas - Quando
pessoas, mas acontece um
não une o povo e problema, mais
quando vem um ainda se unem
buscando
problema se fortalecer um ao
dispersam. outro em
comunhão.
-Sempre
-Todos estão
sensível aos
reunidos num
desafios do
ativismo
povo, estão
constante
sempre prontos
procurando fazer
a servir sem
melhor que o
precisar
outro.
aparecer.
-A força da igreja -A força da
de eventos é a Igreja
centrípeta, que Missionária é a
puxa para centrífuga, que
dentro. lança para fora.
-Baseia-se na
-Baseia-se na
espiritualidade
religiosidade.
prática.
-Valoriza coisas -Valoriza vidas
e fatos. antes de tudo.

Você prefere uma igreja de eventos


ou uma Igreja Missionária?
Vamos refletir com o exemplo da Igreja de Antioquia para aprender
como ser uma igreja missionária:
A Igreja de Antioquia tinha êxito em tudo que fazia por que Deus era
com eles (Atos 11.21).
A Igreja Missionária depende sempre das mãos de Deus. Vive em
oração pedindo ao Senhor e crendo que ele é quem proporciona
todas as coisas.
Já a Igreja de eventos, sempre busca méritos e procuram mostrar
seus próprios feitos.
Quando carregamos algo que achamos pesado e ganhamos uma
mãozinha, logo se torna mais leve. Assim, com ajuda da mão de
Deus, tudo na igreja flui levemente. Mas quando é forçado pela
vontade do homem, tudo acontece com dificuldade sendo pesado
demais.
Como será que Barnabé viu a Graça invisível de Deus? Certamente
foi pela alegria daquele povo que chegou a contagiar ele mesmo.
A Igreja de Antioquia vivia na dependência da Graça Divina e por
isso estavam sempre alegres (Atos 11.23).
A Igreja Missionária vê em tudo a graça de Deus e sempre está
cheia de alegria. Mesmo quando surgem problemas, percebem que
são oportunidades da graça de Deus para vermos milagres e se
alegra por isso.
A igreja de eventos, entretanto, primeiro avalia os custos e
dificuldades e com pesar enfrenta os desafios.
A Graça de Deus nos faz ver um ao outro sem preconceitos ou
julgamentos, por isso o ambiente da igreja se torna mais leve e
acolhedor. Todos podem sorrir e se abraçar sem ressentimento
qualquer.
A Igreja de Antioquia era uma comunidade lutadora. A cada crise,
mais firmes e unidos se tornavam.
A primeira pregação de Barnabé para os irmãos de Antioquia foi
sobre a necessidade de perseverança. Ele ficou tão impressionado
que não queria que aquele momento acabasse (Atos 11.23).
A Igreja Missionária é guerreira por natureza e não desiste fácil.
Nada pode fazer essa igreja parar. São como um exército onde cada
soldado sabe o seu posto e defende seu companheiro sabendo que
disso depende a vitória de todos.
Numa igreja de eventos, tudo é passageiro e após uma atividade
vem outra sem perceber o propósito do que está sendo feito.
Qualquer obstáculo é motivo de parar.
Um grande desafio para os dias atuais é a perseverança porque as
pessoas têm “ânimo dobre” (Tiago 1.8 e 4.8) e são inconstantes. Um
dia querem uma coisa e depois outra. Por isso, cada convertido
deve pedir a Deus que firme o seu coração (Salmos 108.1) porque o
Senhor “conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme;
porque ele confia em ti” (Isaías 26.3).
O texto enfatiza o testemunho de Barnabé como “homem bom”, mas
toda aquela igreja tinha um bom testemunho na comunidade (Atos
11.24).
A Igreja de Antioquia tinha um bom testemunho de pessoas que se
convertiam e suas vidas eram transformadas pelo poder de Deus.
Pediram orientação dos apóstolos sobre as questões da lei para não
dar mal testemunho e por isso foi feito o concílio de Jerusalém (Atos
15.22-29).
Uma Igreja Missionária mantém bom testemunho na sociedade. A
liderança é exemplo para os novos convertidos. O pastor ou pastora
sempre exorta suas ovelhas e disciplina quem precisa de correção
para preservar o bom testemunho. A beleza dessa igreja não é o
templo ou festas e sim a vida de seu povo.
Já na igreja de eventos, desde que a pessoa contribua ou tenha
talento para fazer algo bonito, não importa sua conduta lá fora. Essa
igreja se interessa em mostrar coisas belas e grandes.
Para dar bom testemunho a Igreja precisa ser obediente a suas
lideranças e sempre vigiar porque o mundo está de olho procurando
um motivo para nos acusar. Para isso é necessários sempre pregar
sobre moral e conduta ensinando o povo de Deus a testemunhar
cada dia melhor.
Barnabé era um homem cheio do Espírito Santo e de fé (Atos
11.24). Também ali em Antioquia havia muitos irmãos e irmãs
fervorosos.
A Igreja Missionária é fervorosa ou cheia de fé. Sempre busca o
Espírito Santo como funde de energia (dynamus) que fortalece os
irmãos. Para ser cheia do Espírito Santo é preciso esvaziar de si
mesmo. Por isso a Igreja missionária é composta de um povo
humilde e fiel.
Na igreja de eventos, as pessoas são cheias de opiniões e
vontades. Cada um quer fazer uma coisa que gosta mais. Um irmão
mostra que sabe mais que o outro e quer fazer melhor.
A Igreja de Antioquia era cheia de fé porque pregava a Palavra de
Deus que ensina a crer na verdade (João 8.32 e Romanos 10.17).
Sua emoção maior era sentir o poder de Deus através de suas
vidas.
Quanto mais poderosa uma igreja, no sentido humano e terreno,
mais carnal e sem o Espírito Santo esta igreja fica. Mas quando não
tem nada e se coloca na dependência e direção do Espírito Santo,
faz tudo pela fé sem temer.
Assim que conheceu a Igreja de Antioquia, Barnabé correu para
encontrar Saulo e convidá-lo para ir doutrinar aquela comunidade na
Palavra de Deus. Os irmãos de Antioquia estavam famintos por
aprender mais das Escrituras.
Uma Igreja Missionária ama ouvir e aprender a Palavra de Deus. Os
cristãos estudam a Bíblia e ninguém se julga mais sábio do que o
outro porque todos estão aprendendo juntos.
A igreja de eventos sempre está ocupada demais para ter tempo de
estudar a Bíblia. São tantas atividades que a pregação e ensino
acabam ficando por último, mesmo que não percebam.
Para a Igreja de Antioquia, aquele ano foi de muito aprendizado
(Atos 11.25). Aproveitaram a presença do Apóstolo Paulo para
aprender o máximo possível. Muitas pessoas vinham aprender do
Evangelho com eles.
O estudo bíblico é um desafio para os dias atuais, porque as
pessoas são exigentes e vêm na igreja como um lugar de
apresentações. Como se a religião fosse mais um setor de
entretenimento como a TV, cinema, estádios, teatros e outros.
Infelizmente, a Escola Dominical e cultos de Estudo Bíblico estão
sendo desvalorizados em muitas igrejas.
Os membros da Igreja de Antioquia falavam tanto de Jesus Cristo e
se pareciam tanto com Ele, que as pessoas começaram a chama-
los de ‘cristãos’ com significado de pessoas de Cristo Atos 11.26.
A Igreja Missionária é verdadeiramente cristã. Uma comunidade
Cristocêntrica, onde Jesus é o centro de tudo o que acontece. O
único nome em evidência sempre é o nome de Jesus Cristo. A
Igreja não é conhecida pelo templo bonito ou grandes eventos e sim
porque as pessoas se parecem com Jesus.
Na igreja de eventos o homem é o centro de tudo. Seus feitos e
realizações estão sempre em evidência.
O nome de Jesus começou a ser tão divulgado em Antioquia, que
todos chamavam os irmãos da igreja de Cristãos. Foi a partir dali
que o nome cristão se difundiu (Atos 11.26).
A Palavra de Deus nos ensina que “tudo o que fizerdes, seja em
palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando
por ele graças a Deus Pai” (Colossenses 3.17). Fazer algo em
nome de uma pessoa significa que pertence a tal pessoa e é de
acordo com sua vontade. Contudo, vemos a cada dia igrejas que
passam a ser propriedade do fundador e ministérios ganham o
nome do líder. Comunidades inteiras se fecham dentro de um
círculo social ou familiar e não saem para pregar o evangelho de
Jesus.
A Igreja precisa ser mais cristã, agindo e fazendo tudo baseado no
nome de Jesus.
Leia Atos 13.1-3
A Igreja de Jerusalém desprezou sua vocação missionária e se
fechou dentro de si. Já a Igreja de Antioquia, vivenciava a cada dia a
missão anunciando o evangelho, enviando missionários e aceitando
desafios como oportunidades de fazer a vontade de Deus.
Embora a Igreja de Jerusalém tivesse se fechado “não anunciando a
ninguém a Palavra” (v.19), Deus levantou “alguns ... anunciando-
lhes o evangelho” (v.20), porque Deus usa quem se dispõe
independente das condições.
Aprendemos a diferença entre ser uma igreja de eventos e uma
Igreja Missionária. O que é mais fácil? Certamente seria uma igreja
de eventos onde nossas vontades serão satisfeitas.
Para ser uma Igreja Missionária é preciso sair da zona de conforto e
incomodar o povo para cumprir sua vocação missionária. Isso não é
fácil.
Deus quer que sua Igreja faça Missão!
O Plano de Salvação
É muito importante entender o Plano da Salvação para firmar sua fé
em Cristo, bem como explicar para outros sobre o propósito de
Deus em suas vidas (I Pedro 3.15).
O modelo abaixo é uma forma simples de apresentar o Plano de
Salvação. Seguindo estes passos você pode começar a discipular
uma vida.
Vamos citar alguns versículos indispensáveis para memorização de
quem deseja evangelizar.

O amor de Deus para a humanidade


"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna"
(João 3.16).
"O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir: eu vim para
que tenham vida, e a tenham com abundância"
(João 10.10).
O plano de Salvação é um projeto de vida e paz. Deus criou homem
e mulher para viver feliz. Isso significa viver em comunhão com Ele.
Saiba que Deus sempre tem um plano para salvar você porque Ele
te ama muito.

O problema da humanidade
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus"
(Romanos 3.23).
"Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso
Deus: e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que
vos não ouça"
(Isaías 59.2).
O pecado separa o ser humano de Deus. A humanidade decidiu
desobedecer a Deus e seguir suas próprias escolhas tendo caído e
se separado de Deus.
Muitas pessoas têm procurado se aproximar de Deus através de
suas próprias obras. Isso é como construir uma ponte sobre um
abismo e voltar a cair sempre no mesmo erro sem êxito algum.

O remédio
"Levando ele mesmo, em seu corpo, os nossos pecados sobre o
madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para
a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados"
(I Pedro 2.24).
Na cruz, Jesus ofereceu o perdão dos pecados. Através do sangue
de Jesus recebemos o perdão de Deus que nos cura do pecado.

Somente através de Jesus Cristo podemos romper esta barreira de


separação entre nós e Deus transpondo o abismo do pecado. Jesus
veio para nos levar até Deus e somente através Dele podemos
alcançar salvação.
A resposta do Ser humano
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome"
(João 1.12).
"Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Pois com o
coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a
salvação"
(Romanos 10.9-10).
Receber a Jesus deve ser a resposta humana. O Senhor nos aceita
como estamos e devemos receber a Cristo como Senhor em nossas
vidas.
Jesus nos aceitou mesmo apesar de nossos pecados e nos
perdoou. Ele morreu de braços abertos para mostrar que deseja nos
receber em seu coração. Por isso, nossa reação deve ser aceitar a
Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas.
O Plano de Salvação é simples como o Evangelho é simples.
Quanto mais simples mais próximo da pureza da Palavra de Deus (II
Coríntios 11.3). Então não tente ajudar Deus e complicar as coisas.
Para falar de Jesus não é preciso de muito mais do que o
testemunho de vida e a Palavra de Deus.
Para evangelizar, sempre se lembre de falar do amor de Deus e que
a humanidade se distanciou do Senhor, mas através de Jesus
somos reconciliados com Deus bastando somente aceitá-lo em
nossos corações.

O conteúdo da mensagem evangelística deve ser bem conhecido


pelo evangelista, por isso apresentamos um modelo simples. Mas o
Espírito Santo é quem ensina evangelizar e ministra com poder para
conversão.
Seu testemunho de vida deve acrescentar à mensagem como
experiência de que conhece o que está falando.
Agostinho certa vez disse: “pregue o evangelho e se necessário use
palavras”. Este grande homem de Deus sabia que a prática do
evangelho traz autoridade para a evangelização.
Evangelismo com o PLANO DE SALVAÇÃO
Como Evangelizar pessoalmente? O principal modelo de
evangelização que Jesus utilizou foi o pessoal Ou seja, você
conversa pessoalmente com a pessoa sobre Jesus conduzindo-a a
Cristo.
O objetivo de incentivar o evangelismo pessoal é ensinar a prática
do discipulado. Se os membros da igreja ganharem vidas, logo irão
cuidar destas pessoas, discipulando.
Muitas igrejas têm trabalhado este modelo de discipulado ‘um a um’.
Mas como começar? Primeiro é preciso ser salvo e conhecer o
Plano de Salvação. A partir de então, podemos usar ferramentas
para treinar cada cristão para transmitir o Plano de Salvação.
O modelo abaixo é uma ferramenta para ajudar no evangelismo
pessoal. Com este pequeno estudo você pode ajudar um visitante
da Igreja a conhecer o Plano de Salvação e tomar uma decisão por
Jesus.
Ore pela pessoa que deseja evangelizar e depois marque um
encontro para estudarem a Bíblia juntos. Utilize o modelo do Plano
de Salvação tendo um folheto em mãos para dar à pessoa. Estude-o
bem antes!
Vejamos um modelo de apresentação do evangelho chamado
PLANO SIMPLES da Salvação que pode ajudar a numa explicação
clara do Evangelho:

PLANO DE SALVAÇÃO:
1- O amor de Deus para a
humanidade:
João 3.16 e 10.10
2- O problema do homem: o
pecado:
Romanos 3.23 e Isaías 59.2
3- O remédio de Deus: a Cruz: I
Pedro 2.24
4- A resposta do ser humano:
João 1.1 e 12; Romanos 10.9,10
CERTEZA DE VIDA ETERNA: João
6.47

Como usar o Plano de Salvação?


Comece perguntando se gostaria de conhecer o plano de Deus para
sua vida, pegue uma bíblia, mostre o folheto e marque a data em
que está sendo feito o estudo. Afirme que a partir daquele dia a vida
da pessoa não será a mesma.
Você deve ler tópico por tópico para a pessoa em voz alta, ajudando
a abrir a Bíblia e se possível, peça a pessoa para ler com a própria
voz o texto da Palavra de Deus.
Faça breves comentários sobre o significado dos textos e tópicos
sempre perguntando se a pessoa entendeu para então passar
adiante.
Cuidado: não mude de assunto com histórias, seja educado e volte
sempre para o tema em questão.
Quando chegar na conclusão CERTEZA DE VIDA ETERNA, leia
para a pessoa e pergunte se entendeu e gostaria de aceitar a Jesus
como seu Senhor e Salvador pessoal.

Se a pessoa recusar?
Caso a pessoa se recuse em tomar a decisão não seja insistente
demais. Pergunte se aceita uma oração e abençoe para que se
sinta bem. Não se preocupe porque a semente foi lançada e Deus
pode fazê-la germinar na hora certa (Isaías 55.11).
Trate a pessoa com amor e respeito. A obra só acontece sob a
direção do Espírito Santo no momento de Deus. Conclua dizendo
que Jesus está esperando de braços abertos para que venha a Ele.
Não desanime nunca. Quando houver pessoas que não aceitam a
Jesus, mesmo assim devemos falar a todos porque não sabemos,
com antecedência, quem vai aceitar ou quem vai recusar.
Você também precisa saber que certas pessoas não se decidem
logo, mas necessitam de mais tempo para que o Espírito Santo
possa convencê-las (João 16.8-11).

Se a pessoa disser que aceita?


Se a pessoa disser que aceita o Plano de Deus, ensine a pessoa a
fazer isso como orienta a Palavra de Deus (Romanos 10.9,10). Ore
pela pessoa e então a ajude a orar ditando as palavras.
Ao encerrar parabenize a pessoa por sua decisão, dê-lhe um
abraço, a paz do Senhor e diga que agora são irmãos em Cristo.
Depois vire o folheto e preencha os campos com o nome da pessoa
para que saiba que o amor de Deus é pessoal para sua vida.

"Porque Deus amou


_____________
de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito
para que _______________
creia nele e não pereça mas
tenha a vida eterna".
João 3.16

É necessária uma explicação clara e detalhada do Plano de


Salvação para que a pessoa entenda o que Jesus quer de sua vida.
Apenas dizer um “Jesus te ama" não é o suficiente para evangelizar
uma pessoa. A pessoa precisa entender e reconhecer que precisa
de salvação.
O Apelo para receber a Jesus
É muito importante no trabalho do evangelístico, dar oportunidade à
pessoa que ouviu para receber a Jesus como Senhor e Salvador de
sua vida.

Faça o apelo
Estando certo que a pessoa ouviu e entendeu o Evangelho,
aproveite o momento e lhe ofereça oportunidade, pedindo-lhe que
aceite Jesus em seu coração. Se não entender, explique-lhe que
“aceitar Jesus” quer dizer reconhecer que é um pecador, que
não pode encontrar-se com Deus nessa situação.
Pergunte a pessoa se deseja ser salva, se acredita que Jesus
morreu na cruz em seu lugar, se crê que Jesus pode perdoar todos
os seus pecados e se deseja seguir a Jesus por toda a sua vida.

Oração de aceitação
A partir de uma resposta positiva, quando a pessoa confessar que
aceita a Jesus, conduza-a numa oração, pedindo-lhe para repetir
suas palavras. Por exemplo:
“Senhor Jesus, neste momento, eu te aceito como meu único e
suficiente Salvador. Reconheço que sou pecador/a e peço perdão
por meus pecados. Peço que escreva o meu nome no Livro da Vida.
Ajuda-me cumprir a tua Palavra e seja meu Senhor por todos os
dias da minha vida. Amém”.

Introdução na Igreja
Informe ao novo convertido os dias e horários dos cultos e o
endereço da sua igreja ou da igreja mais próxima. Se possível,
vá com ele ao primeiro culto e o apresente ao pastor, o qual,
com certeza, cuidará da sua introdução no corpo de membros
através de um grupo de discipulado.
Os novos crentes devem ser introduzidos no seio da igreja através
de uma classe de doutrina onde poderão fazer perguntas, tirar suas
dúvidas e ter a chance de se expressarem. Mas cuidado, não
coloque qualquer pessoa para este cargo, prefira pessoas que
conheçam bem a Bíblia e que sejam sábias no tratamento com tais
indivíduos.
Geralmente, os novos convertidos veem cheios de feridas,
com traumas, preconceitos, complexos, etc... A pessoa nova
convertida precisa ser cuidada como um recém-nascido.
Apresente o novo convertido para o maior número de irmãos que
puder e incentive-o a participar das atividades da igreja.
A pessoa precisa saber que há um espaço reservado par ela na
Igreja. Por isso é muito importante a participação em um pequeno
grupo ou célula, onde sinta-se parte do corpo de Cristo (I Coríntios
12.27).
Respostas Bíblicas para desculpas na
evangelização
Quando vamos evangelizar e fazemos apelo para aceitar Jesus,
ouvimos muitas desculpas. Por isso, o evangelista precisa estar
preparado para responder com autoridade a amor.
Confira algumas desculpas e referências bíblicas que podem ajudar
nas respostas:

Hoje não...
“Escolham hoje” (Js 24.15).
“Até quando vocês vão oscilar para um lado e para o outro?”(
1Rs 18.21).
“procure enquanto é possível achá-lo” (Is 55.6).
“Que está esperando?” (At 22.16).
“Agora é o tempo favorável” (2 Co 6.2).

Já é tarde demais...
“Se um ímpio [...] fizer o que é justo e certo, viverá” (Ez 33.19).
“Por que vocês estiveram aqui desocupados?” (Mt 20.6).
“Quem vier a mim...” (Jo 6.37).
“Todo aquele que invocar o nome do Senhor” (Rm 10.13).

A Bíblia tem muitos mistérios e coisas que não entendo...


As coisas ocultas pertencem a Deus (Dt 29.29).
Entenderemos depois (Jo 13.7).
Não nos compete saber (At 1.7).
Agora vemos de forma obscura (1Co 13.12).

Não necessito de Salvador...


“Quem nele crê não é condenado” (Jo 3.18).
“Quem rejeita o Filho [...] a ira de Deus permanece sobre ele”
(Jo 3.36).
“Todos pecaram” “O salário de pecado é a morte” (Rm 3.23 e
6.23).

Deus é amor. não há perigo...


“Lancem-no para fora, nas trevas” (Mt 22.13).
“Se não se arrependerem, todos vocês também perecerão” (Lc
13.3).
“Deus não poupou os anjos que pecaram” (2Pe 2.4).

Tem muitos hipócritas na igreja...


“Assim perece a esperança dos ímpios” (Jó 8.13).
“Não julguem, para que vocês não sejam julgados” (Mt 7.1).
“Cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Rm
14.12).

Será custoso para mim...


“Como posso retribuir ao Senhor?” (Sl 116.12).
“Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro?” (Mc 8.36).
“Ninguém que tenha deixado [...] deixará de receber [...] muitas
vezes mais” (Lc 18.29,30).

Não posso deixar meus velhos amigos...


“Não acompanhe a maioria para fazer o mal” (Êx 23.2).
“Não se deixem enganar. As más companhias corrompem os
bons costumes” (1Co 15.33).
“Não se ponham em jugo desigual com descrentes” (2Co
6.14).

Serei perseguido...
Há bênção na perseguição (Mt 5.11).
A perseguição nos eleva ao nível dos profetas (Mt 5.12).
Todos os piedosos esperam ser perseguidos (2Tm 3.12).
A perseguição resultará em uma coroa (Ap 2.10).
Atenção: nunca caia na armadilha de pensar que vai conseguir
mudar a mente da pessoa discutindo com ela. A verdade deve ser
anunciada em amor (Efésios 4.15) evitando discussões calorosas.
Sua tarefa como evangelista é pregar. Quem convence é o Espírito
Santo (João 16.8-11).
Visitação: um tipo de evangelismo pessoal
Na tarefa de evangelização pessoal, na maioria das vezes,
você deverá ir ao lugar onde as pessoas se encontram. Assim como
Jesus disse e fez: buscar e salvar o perdido. Na direção do Espírito
Santo, você poderá visitar prisões, hospitais, locais de trabalho e
lares.
Em cada lugar você deverá respeitar os seus costumes e normas. E
também precisa manter uma atitude que faça você agradável para a
pessoa visitada, de modo que não haja nenhum impedimento para
ela ouvir o Evangelho.
Tomando como exemplo o lar, provavelmente o lugar onde se
realiza mais visitas para evangelização, seguem algumas
recomendações.

Equipe para visitas


Duas pessoas são suficientes para a visita num lar, pois Jesus
enviou seus discípulos de “dois em dois” (Lucas 10.1). Para evitar
constrangimentos, o evangelizador somente irá sozinho se no lar
houver pessoas do mesmo sexo. Por exemplo, o homem somente
irá sozinho visitar o lar de uma mulher, se lá também estiver o seu
esposo, irmão ou pai. Para visitar pessoas que vivem
sozinhas recomenda-se que a equipe tenha evangelizadores dos
dois sexos.

Na entrada do lar
Caso quem atenda a porta não seja conhecido, você deverá se
apresentar, dizendo seu nome, a sua igreja e a sua função. Se
estiver acompanhado, faça a mesma apresentação das pessoas
que estiverem com você. Espere o visitado lhe convidar para entrar.
Ao entrar, agradeça-o com palavras como “obrigado” ou “com
licença”.

Marque horário
Sempre que possível, antes de visitar o lar, marque o dia e a hora,
para que a pessoa se prepare com antecedência. Se a visita
não tiver sido marcada, tome cuidado para que você não se torne
um incômodo. Se a visitasse tornar desagradável, com certeza
bloqueará a pessoa para receber a Palavra de Deus.
Caso a pessoa visitada tenha outro compromisso naquele momento,
como visita de parentes, alguma tarefa importante no lar ou um lazer
que ela gosta muito, peça-lhe desculpas e marque outro dia e hora.

Dentro do Lar
Não se mostre curioso em observar os móveis e as condições do
lar. Nunca altere as atividades no lar, como: desligar tv/rádio, baixar
volume, fechar cortinas e janelas, juntar cadeiras. Quando
uma dessas coisas for realmente necessária, peça com educação
para que a pessoa visitada o faça ou te autorize fazer.
Procure sentar-se perto da pessoa a ser evangelizada. Assim você
poderá mostrar-lhe na Bíblia o texto que está lendo para que
acompanhe.

O motivo da sua visita


Mantenha-se alerta para não se desviar dos motivos da visita. Você
está ali para falar do Salvador Jesus, para anunciar as boas novas
de uma vida eterna na presença de Deus. Evite assuntos
desnecessários, a não ser que, quando falar deles, possa
descontrair a pessoa visitada e assim torná-la mais disposta para
ouvir o Evangelho.
Não esqueça:
• Seja breve no lar visitado.
• Mas, também, não se mostre apressado.
• Deixe alguma literatura (por exemplo: folhetos, livretos,
outros).
• Convide a pessoa para visitar a igreja.
• Forneça o endereço da igreja e o horário dos cultos.
• Agradeça, gentilmente, a oportunidade de ter sido recebido
no lar, e...
• Procure marcar outro dia e hora para retornar.
Algumas instruções de como evangelizar ou fazer visita:
Cuidados com a aparência
Você já parou para analisar como os mórmons se apresentam
diante das pessoas? Nunca vi um mórmon com o cabelo
despenteado, ou com roupa desalinhada. E as Testemunhas de
Jeová? Fazem questão de se apresentarem bem vestidas! Sabe por
quê? Por que as seitas sabem que a primeira impressão é a que
fica.
Como servos de Deus, precisamos dar bom exemplo, oque significa
modéstia e bom senso. Pense nisso: “EU E VOCÊ SOMOS OS
CARTÕES POSTAIS DE NOSSAS IGREJAS”, e as pessoas sabem
disso! Não podemos descuidar de nossa aparência pessoal.
Algumas igrejas usam uniformes ou algum tipo de identificação para
os evangelistas.
Cuide de suas ferramentas
Quais são as ferramentas de trabalho de um evangelista?
Basicamente são duas: Bíblia e folhetos (livretos).
A Bíblia
Dependendo da situação, alguns líderes de evangelismo não
recomendam seu grupo a sair com a Bíblia na mão, pois isso pode
causar impacto negativo para pessoas que não são simpatizantes
do evangelho.
As palavras da Escritura devem estar no coração do evangelista,
mas também nos seus lábios e principalmente em sua vida através
do testemunho (Tiago 1.22). Mesmo quando não usar a Bíblia na
mão, procure transmitir a sua mensagem.
Num momento de discipulado pessoal, a principal ferramenta de um
evangelista ou discipulador tem que estar em condições de uso, não
caindo aos pedaços ou tão cheia de papéis, que mal consegue
fechá-la. Bíblia não é arquivo.
Se possível, sublinhe os principais versículos que tratam sobre a
salvação, fé, pecado, amor de Deus etc... Ninguém consegue
guardar todos os versículos na mente por isso uma Bíblia
sublinhada seria muito útil no evangelismo.
Os folhetos: A literatura impressa é uma arma poderosa no
evangelismo pessoal. Algumas pessoas não lhe darão abertura para
conversar com ela sobre a Palavra de Deus, mas aceitará um
folheto para ler, ainda que não o faça no mento. Pode acontecer
também que alguém queira discutir com você, mas com um folheto
ninguém discutirá.
Entretanto precisamos tomar alguns cuidados com os folhetos:
Ao sair para o evangelismo não amasse os folhetos. Carregue-os de
modo que eles fiquem sempre em perfeito estado. Ninguém gosta
de ler um folheto todo amassado. Não os deixe ficar molhados com
o suor de suas mãos. Sempre os entregue em perfeito estado.
Prefira folhetos coloridos, que chamam a atenção. Às vezes
é melhor pagar um pouco mais em um folheto atraente, do que usar
outro mais barato, mas que ninguém irá se interessar. É importante,
também, que o folheto tenha uma letra fácil de ser lida. Letras muito
pequenas dificultam a leitura.
Entregue o folheto apropriado para cada pessoa e para cada
ocasião. Por exemplo: a um jovem não entregue um folheto que
serviria para uma criança e vice-versa.
Os folhetos são como remédios: para cada tipo de problema, um
medicamento específico. Assim também, as mensagens devem ser
direcionadas a um público específico. No caso de uma pessoa
enferma, leve um folheto que fale sobre cura; a uma pessoa
aflita, um folheto que fale sobre esperança. Para quem está
enlutada, uma mensagem que lhe traga consolo e conforto.
O evangelista deve sempre ter em mãos vários tipos de folhetos
para usar em diversas ocasiões. É muito importante ler o texto de
cada folheto de entrega-los a alguém. Você precisa saber do que se
trata para falar ao pecador.
Identifique sua igreja no verso do folheto. Caso a pessoa se
interesse pela mensagem do folheto, e deseje participar de um culto
ou frequentar a igreja, como fará isto se tais orientações não
estiverem no folheto? O folheto deve ter sempre o carimbo da igreja
com o endereço e dias de culto de modo legível.

Jamais critique
A religião de cada pessoa é um valor que tem sido preservado há
gerações. Um comentário descuidado poderá ferir e fechar a porta
para o evangelismo. Apenas apresente a verdade, e o erro
naturalmente sairá.
Jesus não saía atacando a religião das pessoas. Paulo, quando viu
toda a idolatria de Atenas, foi sábio ao referir-se a ela e até usou
aquilo para introduzir o evangelho (Atos 17.22-23).
O objetivo do evangelismo, seja de que tipo for, não é levar mais
uma pessoa para a sua igreja ou fazer com que as pessoas mudem
de religião, e sim, levá-las a Cristo e à conversão.

Compartilhe o seu Testemunho


Geralmente um testemunho deve conter os seguintes elementos:
Como era a sua vida antes de conhecer a Jesus Cristo? Não precisa
falar de muitos detalhes sobre o seu passado. Há fatos que não
precisam Enem dever ser revelados.
Como é a sua vida desde que se entregou a Jesus? O que mudou?
O que ainda está mudando? Como é a sua vida em família? Como
enfrenta e resolve os problemas no dia a dia?
Deixe claro que agora você tem certeza de salvação, de vida eterna
(João 6.46). As pessoas têm certa resistência em acreditar que
alguém possa ter certeza de vida eterna. Acham que é presunção,
arrogância ou soberba afirmar tal coisa. Então você pode usar
alguns textos dos evangelhos nos quais JESUS afirma a salvação
dos que nele creem.

Faça o melhor que puder


Se puder falar, fale. Se puder dar seu testemunho de conversão e
nova vida, dê. Se puder ler trechos da Bíblia, leia. Se puder apenas
entregar um folheto, faça-o. Analise cada situação e faça o
máximo de acordo com a necessidade.

Aproveite todas as oportunidades


Às vezes as situações mais simples e corriqueiras do nosso
cotidiano podem ser as oportunidades que Deus nos está
concedendo para o evangelismo pessoal. O seu contato com
o frentista do posto de gasolina, o caixa da padaria ou do
supermercado, o zelador de seu prédio, o amigo ou colega enfermo,
a pessoa que compartilha um problema com você, alguém com
quem conversa pelo telefone etc.
As oportunidades surgem naturalmente e com sabedoria podem ser
criadas (II Coríntios 2.2). Fique atento às pessoas que estão
passando por situações difíceis, como enfermidade, luto e leve uma
palavra de conforto. Parabenize por um aniversário ou data especial
com uma palavra de bênção.

Acompanhamento
Depois de ganhar almas para Cristo, não as deixe à mercê da sorte.
Se fizer isto, elas certamente se perderão. Alguns cuidados devem
ser tomados:
É indispensável que os novos convertidos tenham um bom
acompanhamento. Isso acontece através do Discipulado. Se forem
deixados sós, voltarão atrás na decisão que tomaram ao lado de
Cristo.
As tentações e outros inimigos do evangelho são muitos. Se o novo
crente não tiver apoio, pode não resistir. Ele deve ser visitado,
sempre que possível. Manter contato com novos convertidos é vital.
Marque presença na vida da pessoa que visitou. Quem sabe uma
carta, um telefonema, uma mensagem de celular, e-mail ou rede
social. Depois pode fazer um convite para um lanche, para que os
laços sejam fortalecidos, etc.
Os visitantes precisam saber que a igreja está orando por eles.
Precisam sentir-se amados pelo rebanho do qual fará parte (Atos
15.40-41; 18.22-23).
Experimente procurar um visitante da igreja e sentar juntos para
estudar sobre a salvação. Você verá como é bom ver vidas se
rendendo aos pés do Senhor Jesus.
Convide o visitante para fazer um discipulado pessoal ou estudo
bíblico e participar do pequeno grupo junto com você.
O que é DISCIPULADO?
O Discipulado é o complemento da Evangelização e da Missão,
porque somente através do discipulado a pessoa evangelizada pode
ser cuidada e orientada na Palavra de Deus.
Durante todo este livro incentivamos o discipulado. Principalmente
através do evangelismo pessoal, quando cada cristão cumpre sua
missão evangelizando alguém que irá discipular.

Em Mateus 28.19-20 Jesus deixou a ordem do Discipulado. Para


Jesus , o discipulado não é uma opção e sim uma obrigação de
cada cristão.
Você tem sido um Discípulo? Quem você está Discipulando?
Discípulo significa ser aluno, aprendiz. Quando Jesus chamou seus
discípulos foi “para ESTAREM com ele e para os ENVIAR a pregar”
(Marcos 3.14). Primeiro deveriam andar com Jesus para aprender e
depois testemunhar sua Palavra.
O novo convertido deve tornar-se um discípulo. Jesus mesmo disse:
“Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois
meus discípulos” (João 8.31). Discípulo de Cristo é aquele que
permanece na palavra. Através do discipulado o novo convertido
aprenderá a guardar os ensinamentos de Cristo.
Como a Igreja faz discipulado? Primeiramente, a Igreja deve
proporcionar a união dos cristãos para que andem juntos. Em
segundo lugar, deve promover ações práticas para que todos vivam
juntos aquilo que aprendem.
Veja como a Igreja cumpre o DISCIPULADO segundo Mateus
28.18-20:

Indo
Através de ações evangelísticas por onde passar, você pode fazer
discípulos. Quem não sai de seu conforto não consegue fazer
discípulos. A Igreja não pode ficar parada, por isso é imprescindível
sair.
Um verdadeiro discipulador tem o faro para escolher seguidores. É
um tipo de pessoa que nunca está sozinho, pois sempre estará
seguindo alguém e chamando outros para serem seus discípulos.

Pregando
A pregação é uma das maiores paixões de um verdadeiro discípulo
e vive anunciando o evangelho em todas as oportunidades que tiver.
Para pregar não é preciso púlpito nem microfone e sim um ouvinte
ao menos. O tema da mensagem é a Palavra de Deus, contudo
baseada na experiência de vida com testemunhos pessoais.

Ensinando
O Ensino é a continuação da pregação. Além de ouvir a mensagem,
o discípulo precisa aprender como seguir a Jesus segundo a sua
Palavra.
Muitas pessoas deixam de ser discípulos por não serem ensináveis.
Um discípulo é um aprendiz e nunca acha que sabe tudo, por isso
está sempre procurando aprender mais. Da mesma maneira, o
discipulador procura sempre transmitir tudo que aprendeu.

Batizando
O maior objetivo do discipulado é levar vidas a um compromisso
com Deus. O batismo é um ato de comprometimento, contudo o
discipulado não termina quando a pessoa batiza. Esta tarefa é
infindável. Devemos fazer discípulos continuamente, levando outros
a se batizar também.
Cada irmão na Igreja deve acompanhar um novo convertido ao
batismo e ajudar em seu crescimento espiritual. A prova de que já
se tornou um discípulo é confirmada quando estiver discipulando
outras vidas.
Os grupos pequenos
Os grupos fazem parte da vida. Sem perceber, você tem pessoas
com quem se identifica mais. O próprio Senhor Jesus andava no
meio de uma multidão (Marcos 2.13), mas tinha doze discípulos e
entre eles três que se achegava mais: Pedro, Tiago e João (Marcos
9.2).
A Igreja é formada por grupos de faixa etária [crianças, jovens,
adultos e idosos] e gênero [homens e mulheres]. Estes grupos
devem ser melhor aproveitados para desenvolver a comunhão e
discipulado.
Organizar pequenos grupos na igreja é uma estratégia de dar um
lugar especial para os novos convertidos estarem inseridos e
cuidados. Quando a pessoa sabe que tem um espaço para ela,
sente-se muito mais valorizada e comprometida a participar.
A visão das células é promover acolhimento das pessoas na igreja
incluindo visitantes nos grupos. O trabalho acontece de maneira
informal, nas casas dos irmãos. Assim a Igreja vai até o lugar onde
as pessoas vivem. Por isso, o tema das reuniões são coisas práticas
da vida cristã.
As atividades nos grupos podem fazer tudo que se faz na igreja de
uma forma muito mais simples. Não é um culto comum, mas um
momento de comunhão e compartilhamento.
A reunião deve ter oração, louvor, meditação na palavra com a
participação de todos em cada um destes momentos. O tema deve
ser estudado em forma de devocional e não como pregação
tradicional. É importante deixar que todos falem o que pensam
sobre o assunto, refletindo versículos bíblicos sobre o mesmo.
O líder ou dirigente de grupos pequenos deve ser um facilitador,
mobilizando as pessoas a se envolverem.
Os grupos formam uma rede de relacionamentos que envolve todas
as pessoas. O pastor discipula seus líderes e os envia para formar
células.
Desta forma, o discipulado alcança todos os membros da igreja.
Começando com o pastor da igreja local, até os novos convertidos.
Vale a pena fazer Discípulos
O autor Keith Phillips[2] fez um estudo interessante comparando o
evangelista com o discipulador. Se o evangelista falar de Jesus para
365 pessoas por ano, ou seja, todos os dias, ao fim de 30 anos
poderá ter ganho 10.950 pessoas, se todas aceitarem Jesus. Já o
discipulador, cuidando de apenas 2 pessoas por ano, se estas
continuarem discipulando outras 2 por ano, ao fim de 30 anos terá
ganhado 1.073.741.824
Como as igrejas sempre avaliam o trabalho com números, Philips
levantou estes dados, concluindo que a evangelização sem
discipulado não alcança os resultados tão favoráveis como um
discipulador.
Uma grande diferença está no fator tempo. O evangelista promove
um grande evento evangelístico, mas depois vai embora e as vidas
precisam procurar uma igreja ou então ficam sem alguém que os
cuide.
O discipulador dedica seu tempo a uma pessoa de cada vez “até ser
Cristo formado em vós” (Gálatas 4.19). Com certeza, a qualidade de
vida cristã é muito maior, para quem se torna discípulo de alguém
mais experiente.

O evangelho não pode ser reduzido a uma só


dimensão. Não se pode fragmentar o homem “criado à semelhança
de Deus” (Gênesis 1.27).
Não podemos aceitar o conceito de evangelizar como somente
“salvar as almas” e buscar exclusivamente uma mudança de “status”
do indivíduo. Tampouco se pode reduzir o evangelho a um simples
programa ou serviço social.
As almas evangelizadas precisam ser cuidadas e a estratégia para
isso é o discipulado.
CONCLUSÃO
“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois
me é imposta essa obrigação; e, ai de mim se não anunciar o
evangelho”
(I Coríntios 9.16).
Essas palavras fazem sentido para sua vida?
Se você sente que deve fazer algo, certamente está sendo chamado
para uma Missão de Evangelizar e então Discipular vidas para
Deus.
Sempre fui apaixonado pela obra missionária. Durante vários anos,
participei de grandes trabalhos evangelísticos. Minha conclusão é
que somente através do discipulado podemos fazer tudo isso.
Qualquer esforço, sem o cuidado oferecido pelo discipulado, pode
resultar em grandes decepções.
Existem milhares de pessoas que visitam igrejas e nunca foram
discipuladas por alguém. O evangelho deve ser anunciado na sua
totalidade para que a pessoa compreenda.
O evangelista é como um vendedor que explica claramente sobre o
produto antes de a pessoa comprar. Já o discipulador é quem
ensina a pessoa como usar o produto.
Sua Missão é Evangelizar e Discipular vidas!
BIBLIOGRAFIA
ABS Vida - Agência Evangélica de Busca e Salvação. Manual de
Evangelismo Pessoal -Alcançando Adultos e Crianças.
SMITH, Oswald. Paixão Pelas Almas, Editora Vida
ENSLEY, Francis Gerald. João Wesley, o Evangelista. Editora
Metodista.
BONNKE, Reinhard. Evangelismo por fogo.
VINE, W.E., Merril F. Unger e William White Jr. Dicionário Vine,
tradução Luís Aron de Macedo, Rio de Janeiro: Casa Publicadora
das Assembleias de Deus, 2006 – 7ª edição.
SMITH, Oswald. Paixão pelas almas. São Paulo: Editora vida, 2009.
CASIMIRO, Arival Dias. O plantador de Igrejas: reflexões bíblicas
sobre o plantador e a plantação de Igrejas. Santa Bárbara d’Oeste,
SP: Z3 Editora e Livrarias, 2012.
PHILLIPS, Keith. A Formação de um Discípulo. São Paulo: Editora
Vida, 2011.
SITES
EVANGELIZAÇÃO: www.evangelizacao.blog.br
SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL: www.sbb.org.br
PREGAÇÕES PR. WELFANY: www.esbocosermao.com
REINHARD BONKE: www.bonnke.com.br
Sobre o autor

Pastor Metodista, nascido em 13 de junho de


1979 em Muriaé/MG, casado com Ássima Clemente
Rodrigues e pai do Heitor.
Bacharel em Teologia Pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Autor do site Esboços de Pregações
(www.esbocosermao.com) onde publica suas mensagens.

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Site do Pr. Welfany Nolasco:


www.esbocosermao.com/p/livros
Evangelização, missão e discipulado
de Welfany Nolasco Rodrigues está licenciado com uma Licença Creative Commons -
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[1] VINE, W.E., Merril F. Unger e William White Jr. Dicionário Vine. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006 - 7ª edição. Página 629.
[2] Phillips, Keith. A Formação de um Discípulo. São Paulo: Editora
Vida, 2011.

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