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Missão e Discipulado
O que é EVANGELHO
Evangelho é novidade ou a boa notícia de Deus para todos (Lucas
2.10,11).
O termo EVANGELHO não surgiu através dos cristãos, já era um
termo conhecido na época de Jesus. Quando CEZAR, o imperador
romano, era vitorioso em suas batalhas e ao publicar um decreto
enviava mensageiros que saíam por todas as suas províncias e
aonde chegavam gritavam: "Evangelho de César!", ou seja: "Boas
notícias de Cezar!"[1].
O termo foi assimilado pelo cristianismo primitivo. Jesus é o
verdadeiro Rei e de toda a terra (e não César) e a boa notícia é a
salvação da humanidade através da morte de Jesus na cruz, que
deu sua vida por amor.
Quando vivemos o “evangelho, porque é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16), tudo se faz novo
em nossa vida e sempre temos uma boa notícia de Deus.
Não podemos esquecer que o evangelho é algo simples e por
complicá-lo é que muitas vezes não o vivemos, pregamos e vidas
não se convertem (leia II Coríntios 11.3).
Quem é EVANGÉLICO
Evangélico é a pessoa que conhece e aceita essa Boa Nova
(Mateus 9.9).
Como Mateus fez, precisamos aceitar o chamado do Mestre
imediatamente deixando tudo se for preciso. Damos a nossa vida
pra Jesus não só quando nos convertemos, mas também quando
entregamos nosso viver para sua obra.
O mundo está cheio de más notícias de perdição, mas um
verdadeiro cristão deixa o mundo e assume a Boa Nova como parte
de sua vida. Ser evangélico é vestir a camisa do evangelho de
Jesus assumindo ser um verdadeiro cristão.
Apenas gostar de música gospel e participar de eventos ou shows
gospel não garante que a pessoa seja um evangélico. A forma de
viver do evangélico demonstra sua semelhança com Jesus.
O que é EVANGELIZAR
Evangelizar é contar essa boa notícia para aqueles que não a
conhecem (João 1.40-45).
João Batista anunciou para seus discípulos que Jesus era o
Cordeiro de Deus (João 1.29), então André foi seguir Jesus e
chamou Pedro, depois Felipe chamou Natanael para conhecer a
Jesus. Deste modo devemos falar de Jesus para todos que
conhecemos.
Um ditado popular diz que ‘notícia ruim anda rápido’. Quando
alguém fica sabendo de um 'furo' ou uma ‘bomba’, corre e conta
pros outros. Muitas pessoas têm uma cultura fofoqueira, talvez por
isso, o sucesso dos Realities shows e redes sociais.
A TV explora as notícias ruins de forma sensacionalista. Por isso,
estamos acostumados com más notícias.
Quem é EVANGELISTA
Evangelista é a pessoa que além de conhecer, divulga essa boa
nova (Mateus 10.5-8).
Jesus enviou primeiramente seus doze discípulos chamando-os de
apóstolos (enviados), mas “depois disto, o Senhor designou outros
setenta; e os enviou de dois em dois, para que o precedessem em
cada cidade e lugar onde ele estava para ir” (Lucas 10.1). Então o
grupo de evangelistas de Jesus cresceu de 12 para 70.
Interessante notar que somente os 4 escritores dos evangelhos
(Mateus, Marcos, Lucas e João) são chamados de EVANGELISTAS.
Entretanto, Marcos e Lucas não eram discípulos de Jesus
diretamente. Isso mostra que a evangelização é tarefa de todos.
O que é Missão?
A origem da palavra missão vem de Missil, que significa enviado.
Então missão é ser enviado para um propósito (alvo) específico.
Numa guerra, o míssil é mandado no lugar dos soldados, para
atingir um local. Desta forma, o missionário é uma ‘bomba’ enviada
ao campo de batalha.
A Missão é de quem?
A missão pertence a Deus (missio Dei). Deus é missionário porque
enviou seu Filho Jesus Cristo para salvar o mundo (João 3.16).
Deus é o dono da missão e Ele mesmo chama, capacita, envia e
sustenta seus missionários.
Tipos de missionários
Na Bíblia, podemos encontrar vários tipos de servos de Deus como
no texto de Êxodo 17.8-16 onde encontramos:
Josué, o guerreiro que vai ao campo de batalha.
Moisés, o intercessor, que fica orando.
Arão e Hur, os apoiadores, que sustentavam os braços de
Moisés.
Então você pode ser:
-Um missionário no campo onde mora, pregando o evangelho por
onde for.
-Um ‘fazedor de tendas’, como Paulo (Atos 18.3). Este é um tipo de
pessoa que trabalha e faz missão onde está ou vai para um campo,
mas se sustenta com seu próprio trabalho.
-Um intercessor por missões e missionários.
-Um agente missionário: que trabalha em busca de recursos para
sustentar a missão, contribuindo para missionários que estão em
campo.
Evangelismo público:
Leia II Timóteo 2.2
Encontre uma forma de participar na comunidade e pregar
publicamente nas praças, distribua folhetos, divulgue e seja criativo
para a missão. Promova eventos evangelísticos como Deus falou
com Habacuque para todo lerem “até quem passar correndo”
(Habacuque 2.2).
Evangelismo pessoal:
Leia João 1.40-45
Perceba no texto esta sequência de evangelismo pessoal, onde um
foi apresentando Jesus para o seu próximo:
João > André > Pedro
Felipe > Natanael
Apesar de toda a tecnologia atual (rádio, jornais e TV) o
evangelismo pessoal é a estratégia deixada por Jesus porque nele
você sente vida, calor e TESTEMUNHO.
Podemos fazer uma PESCARIA com rede ou com anzol. Com a
rede é o evangelismo público e com o anzol é o discipulado.
Discipulado:
Leia II Timóteo 4.2
Das pessoas que pregar haverá alguém que você deverá
acompanhar de perto. É a parte mais difícil do IDE, porque ir, pregar
e batizar é fácil, mas ensinar “todas as coisas” (Mateus 28.20) exige
dedicação.
Ananias discipulou Saulo e ele se tornou um grande missionário.
Talvez você não seja um grande evangelista como Paulo, mas pode
ser um Ananias, discipulador de grandes evangelistas (Atos 9.10-
17).
Atitudes de um Missionário
Em cada situação, uma mesma pessoa pode ter diferentes atitudes
diante da missão. Olharemos para a atitude de Jesus como Mestre
e Missionário por excelência para saber qual é a atitude de um
verdadeiro missionário.
Reflita no texto de Lucas 9.51-62:
O problema da humanidade
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus"
(Romanos 3.23).
"Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso
Deus: e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que
vos não ouça"
(Isaías 59.2).
O pecado separa o ser humano de Deus. A humanidade decidiu
desobedecer a Deus e seguir suas próprias escolhas tendo caído e
se separado de Deus.
Muitas pessoas têm procurado se aproximar de Deus através de
suas próprias obras. Isso é como construir uma ponte sobre um
abismo e voltar a cair sempre no mesmo erro sem êxito algum.
O remédio
"Levando ele mesmo, em seu corpo, os nossos pecados sobre o
madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para
a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados"
(I Pedro 2.24).
Na cruz, Jesus ofereceu o perdão dos pecados. Através do sangue
de Jesus recebemos o perdão de Deus que nos cura do pecado.
PLANO DE SALVAÇÃO:
1- O amor de Deus para a
humanidade:
João 3.16 e 10.10
2- O problema do homem: o
pecado:
Romanos 3.23 e Isaías 59.2
3- O remédio de Deus: a Cruz: I
Pedro 2.24
4- A resposta do ser humano:
João 1.1 e 12; Romanos 10.9,10
CERTEZA DE VIDA ETERNA: João
6.47
Se a pessoa recusar?
Caso a pessoa se recuse em tomar a decisão não seja insistente
demais. Pergunte se aceita uma oração e abençoe para que se
sinta bem. Não se preocupe porque a semente foi lançada e Deus
pode fazê-la germinar na hora certa (Isaías 55.11).
Trate a pessoa com amor e respeito. A obra só acontece sob a
direção do Espírito Santo no momento de Deus. Conclua dizendo
que Jesus está esperando de braços abertos para que venha a Ele.
Não desanime nunca. Quando houver pessoas que não aceitam a
Jesus, mesmo assim devemos falar a todos porque não sabemos,
com antecedência, quem vai aceitar ou quem vai recusar.
Você também precisa saber que certas pessoas não se decidem
logo, mas necessitam de mais tempo para que o Espírito Santo
possa convencê-las (João 16.8-11).
Faça o apelo
Estando certo que a pessoa ouviu e entendeu o Evangelho,
aproveite o momento e lhe ofereça oportunidade, pedindo-lhe que
aceite Jesus em seu coração. Se não entender, explique-lhe que
“aceitar Jesus” quer dizer reconhecer que é um pecador, que
não pode encontrar-se com Deus nessa situação.
Pergunte a pessoa se deseja ser salva, se acredita que Jesus
morreu na cruz em seu lugar, se crê que Jesus pode perdoar todos
os seus pecados e se deseja seguir a Jesus por toda a sua vida.
Oração de aceitação
A partir de uma resposta positiva, quando a pessoa confessar que
aceita a Jesus, conduza-a numa oração, pedindo-lhe para repetir
suas palavras. Por exemplo:
“Senhor Jesus, neste momento, eu te aceito como meu único e
suficiente Salvador. Reconheço que sou pecador/a e peço perdão
por meus pecados. Peço que escreva o meu nome no Livro da Vida.
Ajuda-me cumprir a tua Palavra e seja meu Senhor por todos os
dias da minha vida. Amém”.
Introdução na Igreja
Informe ao novo convertido os dias e horários dos cultos e o
endereço da sua igreja ou da igreja mais próxima. Se possível,
vá com ele ao primeiro culto e o apresente ao pastor, o qual,
com certeza, cuidará da sua introdução no corpo de membros
através de um grupo de discipulado.
Os novos crentes devem ser introduzidos no seio da igreja através
de uma classe de doutrina onde poderão fazer perguntas, tirar suas
dúvidas e ter a chance de se expressarem. Mas cuidado, não
coloque qualquer pessoa para este cargo, prefira pessoas que
conheçam bem a Bíblia e que sejam sábias no tratamento com tais
indivíduos.
Geralmente, os novos convertidos veem cheios de feridas,
com traumas, preconceitos, complexos, etc... A pessoa nova
convertida precisa ser cuidada como um recém-nascido.
Apresente o novo convertido para o maior número de irmãos que
puder e incentive-o a participar das atividades da igreja.
A pessoa precisa saber que há um espaço reservado par ela na
Igreja. Por isso é muito importante a participação em um pequeno
grupo ou célula, onde sinta-se parte do corpo de Cristo (I Coríntios
12.27).
Respostas Bíblicas para desculpas na
evangelização
Quando vamos evangelizar e fazemos apelo para aceitar Jesus,
ouvimos muitas desculpas. Por isso, o evangelista precisa estar
preparado para responder com autoridade a amor.
Confira algumas desculpas e referências bíblicas que podem ajudar
nas respostas:
Hoje não...
“Escolham hoje” (Js 24.15).
“Até quando vocês vão oscilar para um lado e para o outro?”(
1Rs 18.21).
“procure enquanto é possível achá-lo” (Is 55.6).
“Que está esperando?” (At 22.16).
“Agora é o tempo favorável” (2 Co 6.2).
Já é tarde demais...
“Se um ímpio [...] fizer o que é justo e certo, viverá” (Ez 33.19).
“Por que vocês estiveram aqui desocupados?” (Mt 20.6).
“Quem vier a mim...” (Jo 6.37).
“Todo aquele que invocar o nome do Senhor” (Rm 10.13).
Serei perseguido...
Há bênção na perseguição (Mt 5.11).
A perseguição nos eleva ao nível dos profetas (Mt 5.12).
Todos os piedosos esperam ser perseguidos (2Tm 3.12).
A perseguição resultará em uma coroa (Ap 2.10).
Atenção: nunca caia na armadilha de pensar que vai conseguir
mudar a mente da pessoa discutindo com ela. A verdade deve ser
anunciada em amor (Efésios 4.15) evitando discussões calorosas.
Sua tarefa como evangelista é pregar. Quem convence é o Espírito
Santo (João 16.8-11).
Visitação: um tipo de evangelismo pessoal
Na tarefa de evangelização pessoal, na maioria das vezes,
você deverá ir ao lugar onde as pessoas se encontram. Assim como
Jesus disse e fez: buscar e salvar o perdido. Na direção do Espírito
Santo, você poderá visitar prisões, hospitais, locais de trabalho e
lares.
Em cada lugar você deverá respeitar os seus costumes e normas. E
também precisa manter uma atitude que faça você agradável para a
pessoa visitada, de modo que não haja nenhum impedimento para
ela ouvir o Evangelho.
Tomando como exemplo o lar, provavelmente o lugar onde se
realiza mais visitas para evangelização, seguem algumas
recomendações.
Na entrada do lar
Caso quem atenda a porta não seja conhecido, você deverá se
apresentar, dizendo seu nome, a sua igreja e a sua função. Se
estiver acompanhado, faça a mesma apresentação das pessoas
que estiverem com você. Espere o visitado lhe convidar para entrar.
Ao entrar, agradeça-o com palavras como “obrigado” ou “com
licença”.
Marque horário
Sempre que possível, antes de visitar o lar, marque o dia e a hora,
para que a pessoa se prepare com antecedência. Se a visita
não tiver sido marcada, tome cuidado para que você não se torne
um incômodo. Se a visitasse tornar desagradável, com certeza
bloqueará a pessoa para receber a Palavra de Deus.
Caso a pessoa visitada tenha outro compromisso naquele momento,
como visita de parentes, alguma tarefa importante no lar ou um lazer
que ela gosta muito, peça-lhe desculpas e marque outro dia e hora.
Dentro do Lar
Não se mostre curioso em observar os móveis e as condições do
lar. Nunca altere as atividades no lar, como: desligar tv/rádio, baixar
volume, fechar cortinas e janelas, juntar cadeiras. Quando
uma dessas coisas for realmente necessária, peça com educação
para que a pessoa visitada o faça ou te autorize fazer.
Procure sentar-se perto da pessoa a ser evangelizada. Assim você
poderá mostrar-lhe na Bíblia o texto que está lendo para que
acompanhe.
Jamais critique
A religião de cada pessoa é um valor que tem sido preservado há
gerações. Um comentário descuidado poderá ferir e fechar a porta
para o evangelismo. Apenas apresente a verdade, e o erro
naturalmente sairá.
Jesus não saía atacando a religião das pessoas. Paulo, quando viu
toda a idolatria de Atenas, foi sábio ao referir-se a ela e até usou
aquilo para introduzir o evangelho (Atos 17.22-23).
O objetivo do evangelismo, seja de que tipo for, não é levar mais
uma pessoa para a sua igreja ou fazer com que as pessoas mudem
de religião, e sim, levá-las a Cristo e à conversão.
Acompanhamento
Depois de ganhar almas para Cristo, não as deixe à mercê da sorte.
Se fizer isto, elas certamente se perderão. Alguns cuidados devem
ser tomados:
É indispensável que os novos convertidos tenham um bom
acompanhamento. Isso acontece através do Discipulado. Se forem
deixados sós, voltarão atrás na decisão que tomaram ao lado de
Cristo.
As tentações e outros inimigos do evangelho são muitos. Se o novo
crente não tiver apoio, pode não resistir. Ele deve ser visitado,
sempre que possível. Manter contato com novos convertidos é vital.
Marque presença na vida da pessoa que visitou. Quem sabe uma
carta, um telefonema, uma mensagem de celular, e-mail ou rede
social. Depois pode fazer um convite para um lanche, para que os
laços sejam fortalecidos, etc.
Os visitantes precisam saber que a igreja está orando por eles.
Precisam sentir-se amados pelo rebanho do qual fará parte (Atos
15.40-41; 18.22-23).
Experimente procurar um visitante da igreja e sentar juntos para
estudar sobre a salvação. Você verá como é bom ver vidas se
rendendo aos pés do Senhor Jesus.
Convide o visitante para fazer um discipulado pessoal ou estudo
bíblico e participar do pequeno grupo junto com você.
O que é DISCIPULADO?
O Discipulado é o complemento da Evangelização e da Missão,
porque somente através do discipulado a pessoa evangelizada pode
ser cuidada e orientada na Palavra de Deus.
Durante todo este livro incentivamos o discipulado. Principalmente
através do evangelismo pessoal, quando cada cristão cumpre sua
missão evangelizando alguém que irá discipular.
Indo
Através de ações evangelísticas por onde passar, você pode fazer
discípulos. Quem não sai de seu conforto não consegue fazer
discípulos. A Igreja não pode ficar parada, por isso é imprescindível
sair.
Um verdadeiro discipulador tem o faro para escolher seguidores. É
um tipo de pessoa que nunca está sozinho, pois sempre estará
seguindo alguém e chamando outros para serem seus discípulos.
Pregando
A pregação é uma das maiores paixões de um verdadeiro discípulo
e vive anunciando o evangelho em todas as oportunidades que tiver.
Para pregar não é preciso púlpito nem microfone e sim um ouvinte
ao menos. O tema da mensagem é a Palavra de Deus, contudo
baseada na experiência de vida com testemunhos pessoais.
Ensinando
O Ensino é a continuação da pregação. Além de ouvir a mensagem,
o discípulo precisa aprender como seguir a Jesus segundo a sua
Palavra.
Muitas pessoas deixam de ser discípulos por não serem ensináveis.
Um discípulo é um aprendiz e nunca acha que sabe tudo, por isso
está sempre procurando aprender mais. Da mesma maneira, o
discipulador procura sempre transmitir tudo que aprendeu.
Batizando
O maior objetivo do discipulado é levar vidas a um compromisso
com Deus. O batismo é um ato de comprometimento, contudo o
discipulado não termina quando a pessoa batiza. Esta tarefa é
infindável. Devemos fazer discípulos continuamente, levando outros
a se batizar também.
Cada irmão na Igreja deve acompanhar um novo convertido ao
batismo e ajudar em seu crescimento espiritual. A prova de que já
se tornou um discípulo é confirmada quando estiver discipulando
outras vidas.
Os grupos pequenos
Os grupos fazem parte da vida. Sem perceber, você tem pessoas
com quem se identifica mais. O próprio Senhor Jesus andava no
meio de uma multidão (Marcos 2.13), mas tinha doze discípulos e
entre eles três que se achegava mais: Pedro, Tiago e João (Marcos
9.2).
A Igreja é formada por grupos de faixa etária [crianças, jovens,
adultos e idosos] e gênero [homens e mulheres]. Estes grupos
devem ser melhor aproveitados para desenvolver a comunhão e
discipulado.
Organizar pequenos grupos na igreja é uma estratégia de dar um
lugar especial para os novos convertidos estarem inseridos e
cuidados. Quando a pessoa sabe que tem um espaço para ela,
sente-se muito mais valorizada e comprometida a participar.
A visão das células é promover acolhimento das pessoas na igreja
incluindo visitantes nos grupos. O trabalho acontece de maneira
informal, nas casas dos irmãos. Assim a Igreja vai até o lugar onde
as pessoas vivem. Por isso, o tema das reuniões são coisas práticas
da vida cristã.
As atividades nos grupos podem fazer tudo que se faz na igreja de
uma forma muito mais simples. Não é um culto comum, mas um
momento de comunhão e compartilhamento.
A reunião deve ter oração, louvor, meditação na palavra com a
participação de todos em cada um destes momentos. O tema deve
ser estudado em forma de devocional e não como pregação
tradicional. É importante deixar que todos falem o que pensam
sobre o assunto, refletindo versículos bíblicos sobre o mesmo.
O líder ou dirigente de grupos pequenos deve ser um facilitador,
mobilizando as pessoas a se envolverem.
Os grupos formam uma rede de relacionamentos que envolve todas
as pessoas. O pastor discipula seus líderes e os envia para formar
células.
Desta forma, o discipulado alcança todos os membros da igreja.
Começando com o pastor da igreja local, até os novos convertidos.
Vale a pena fazer Discípulos
O autor Keith Phillips[2] fez um estudo interessante comparando o
evangelista com o discipulador. Se o evangelista falar de Jesus para
365 pessoas por ano, ou seja, todos os dias, ao fim de 30 anos
poderá ter ganho 10.950 pessoas, se todas aceitarem Jesus. Já o
discipulador, cuidando de apenas 2 pessoas por ano, se estas
continuarem discipulando outras 2 por ano, ao fim de 30 anos terá
ganhado 1.073.741.824
Como as igrejas sempre avaliam o trabalho com números, Philips
levantou estes dados, concluindo que a evangelização sem
discipulado não alcança os resultados tão favoráveis como um
discipulador.
Uma grande diferença está no fator tempo. O evangelista promove
um grande evento evangelístico, mas depois vai embora e as vidas
precisam procurar uma igreja ou então ficam sem alguém que os
cuide.
O discipulador dedica seu tempo a uma pessoa de cada vez “até ser
Cristo formado em vós” (Gálatas 4.19). Com certeza, a qualidade de
vida cristã é muito maior, para quem se torna discípulo de alguém
mais experiente.
[1] VINE, W.E., Merril F. Unger e William White Jr. Dicionário Vine. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006 - 7ª edição. Página 629.
[2] Phillips, Keith. A Formação de um Discípulo. São Paulo: Editora
Vida, 2011.