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MANUAL DE QUALIFICAÇÃO

Escola de Capacitação Bíblica


Cursos bíblicos para os obreiros da Seara de Cristo

PASTORAL

Ferramentas para a Instrução de


Pastores e Obreiros Evangélicos
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Escola de Capacitação Bíblica

MANUAL DE QUALIFICAÇÃO
PASTORAL

Ferramentas para a Instrução de


Pastores e Obreiros Evangélicos

2ª Edição: maio de 2021

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Escola de Capacitação Bíblica


Editor: Ev. Jair Alves

2ª Edição 2021
ECB – Escola de Capacitação Bíblica
Site: www.escolabiblicaecb.com
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Sumário
Introdução..................................................................................................................... 4
Bons obreiros ................................................................................................................ 5
O preparo do obreiro .................................................................................................... 7
O obreiro e o preparo teológico ................................................................................... 9
Introdução da Homilética e Hermenêutica para o obreiro ........................................ 13
O ministério do Obreiro .............................................................................................. 27
Vocação ministerial ..................................................................................................... 32
Como saber se você é vocacionado ou não para o pastorado ................................... 40
Qualificações morais do pastor .................................................................................. 43
O ofício Pastoral .......................................................................................................... 46
O Objetivo Primário do Pastorado .............................................................................. 52
Habilidades Ministeriais .............................................................................................. 55
Os pastores em Relação às bebidas Alcoólicas........................................................... 59
A credibilidade da mensagem..................................................................................... 63
O obreiro e o ensino doutrinário ................................................................................ 68
O obreiro e a verdadeira adoração ............................................................................. 71
Músicas sacras dão espaços ao profano ..................................................................... 77
O salário do obreiro .................................................................................................... 80
O obreiro e sua família................................................................................................ 85
O obreiro e a congregação que pastoreia .................................................................. 90
A ética cristã à luz da bíblia ....................................................................................... 101
A ética no culto a Deus no templo ............................................................................ 105
O pastor e a Ovelha .................................................................................................. 109
Conclusão .................................................................................................................. 112
Bibliografia ................................................................................................................ 113

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Introdução

Estamos vivendo os dias trabalhosos preditos pala Santa Palavra de Deus.


“SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”
(2 Timóteo 3.1).

Sendo assim, os obreiros de Cristo precisam de maior preparo para conduzir a


sua vida e a congregação sob sua responsabilidade com prudência e
simplicidade diante do Senhor. E, de maneira irrepreensível diante de Deus.

Através desta obra teremos uma visão abrangente sobre o preparo do obreiro,
o culto cristão e o verdadeiro louvor em nossas igrejas. A fim de que, mesmo
vivendo nesta época de grande apostasia, possamos conduzir a nossa vida e o
trabalho do Senhor com ordem e decência.

“Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Coríntios 14.40).


“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15).

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Capítulo 1
Bons obreiros

I. O SEROVO BOM
Em 1 Timóteo 4.6, Paulo fala ao jovem obreiro Timóteo para ser fiel e
diligente no ministério, pois, assim, ele seria “um bom ministro de Jesus
Cristo.

"Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado
com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido” (1 Timóteo 4.6).
Ainda destacando o expecto da bondade do como caraterística do servo de
Cristo, em Mateus 25.21,23, na parábola dos dez servos que investiram nos
talentos que lhes foram deixados para administrar, receberam de seu senhor o
reconhecimento como servos bons e fiéis.

“E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste
fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor (Mt 25.21).

1. Definições práticas para um servo bom.

Bom, segundo os textos bíblicos de Timóteo e Mateus, é ser:


1) Sadio na fé,
2) Sadio no viver e na doutrina bíblica,
3) Equilibrado em tudo,
4) Capaz,
5) Aprovado (2Tm 2.15),
6) Limpo quanto ao bom combate espiritual (2Tm 4.8),
7) Desembaraçado quanto aos negócios desta vida (2Tm 2.4), etc.

2. Definições para obreiro

1) Trabalhador; operário (1Cr 4.21; 2Tm 2.15).


2) Pessoa que pratica ou planeja (Sl 14.4).
O obreiro cristão refere-se à pessoa que se dedica a realizar alguma atividade
eclesiástica dentro da Igreja.

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Considera-se “obreiro" aquele que dedica boa parte de seu tempo a Obra do
Senhor, exercendo um cargo eclesiástico ou em vista de ser reconhecido como
tal.

II. CARACTERÍSTICAS DE BONS OBREIROS

As características de um bom obreiro são nítidas.


1) Ele é fiel;
2) Leal à toda prova;
3) Ele espiritual e consagrado;
4) Ele é dócil;
5) Ele é humilde. O humilde aprende mais, resiste mais, aparece pouco,
mas faz muito. Um exemplo disso está em Lucas, Aristarco e Epafras (Cl 4.10;
Fm 23).
6) Ele é diligente, esforçado;
7) Ele é discreto e controla seus impulsos e sua língua ao falar;
8) Ele é sociável com seus pares de ministério, com sua congregação e
com sua família. A sociabilidade é um sinal de um bom obreiro.
3. Exemplos bíblicos de bons obreiros
Na bíblia encontramos muitos exemplos de bons obreiros.
1) Zadoque, o sacerdote, descendente de Arão por seu filho Eleazer, é um
deles (1 Cr 24.3). Ele foi fiel e leal a Davi em todo o seu reinado, do princípio
ao fim (1 Cr 12.23,28; 2 Sm 19.11;20.25;1 Rs 1.8;2.25).
2) Itaí, o giteu (2 Sm 15.17-22; 18.2). Itaí era estrangeiro, de um país
inimigo, mas foi fiel.
3) Husai, o arquita (2 Sm 16.6;17.15-22).
4) Demétrio (3 Jo 12).
5) Barnabé (At 11.22-24). Temos ainda os obreiros que trabalharam com
Paulo e que são citados nominalmente por ele (Cl 4.7-14).

Questionário
1) Defina o termo obreiro.
2) Der três exemplos de um bom obreiro
3) Cite três características de um bom obreiro
4) Der três definições práticas de bom, segundo os textos bíblicos de Timóteo
e Mateus.

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Capítulo 2
O preparo do obreiro
Devemos estar conscientes de que precisamos estar preparados para a batalha,
e isso significa que temos de ir à luta com o melhor que temos. Fomos
alistados e precisamos agradar aquele que nos alistou (2Timóteo 2.4).
Uma das caraterísticas do obreiro bem sucedido é o preparo. Sem preparo não
há êxito consistente. Os obreiros além de estar preparados precisam também
das armas adequadas.
Sem as armas corretas, o obreiro não desempenhará bem a sua função,
perdendo a batalha contra as trevas.

As armas dos obreiros


1) A virtude do Espírito Santo.
O obreiro do Senhor precisa da virtude do Espírito Santo em sua vida, sem a
qual é impossível fazer a obra de Deus (Zc 4.6; Lc 24.49; At 1.8).
2) Fé e coragem.
É necessário te fé e coragem. O obreiro deve ser corajoso e cheio de fé como
Estevão, que resistiu à morte pelo Senhor (At 6.5).
“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que
vence o mundo, a nossa fé (João 5.4)”.
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”
(Hebreus 11.6).
“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições,
mas tende bom ânimo (coragem), eu venci o mundo” (João 16.33).
3) Discernimento espiritual (1 Coríntios 12.10).
Estamos vivendo os minutos finais da Igreja de Cristo aqui na terra e por isto
o Diabo fará de tudo para tentar enganar os obreiros e com isto semear
impurezas no seio da Igreja. O obreiro deve buscar o dor de discernimento se
não quer ser mais um enganado por Satanás.

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“E apiedai-vos de alguns, usando de discernimento” (Judas 22).
O cristão precisa ter a mente de Cristo para discernir sobre o que é de Deus e
o que é do maligno (I Coríntios 2.16).
4) Todas as peças da armadura de Deus (Efésios 6.14-18).
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia
mau e, havendo feito tudo, ficar firmes (Ef 6.13)”.
5) A palavra de Deus e a oração (Ef 6.17,18).
Se o obreiro ou qualquer crente quer crescer espiritualmente, precisa cultivar
uma vida de oração e ler e estudar constantemente as Sagradas Escrituras.
É principalmente na oração e na Palavra de Deus que o crente fiel encontrará
recursos e forças para enfrentar as ciladas do Diabo.
O obreiro deve estudar a Palavra de Deus para que seu ministério cresça.
Paulo sempre incentivou o obreiro Timóteo a estudar a Palavra de Deus (1
Tm 4.16; 2 Tm 3.14-17; 4.1-3).
É a vontade do Senhor cresçamos em graça e conhecimento.
“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus
Cristo...” (2 Pedro 3.18).
Os ensinamentos de Jesus é um fundamento inabalável para seus seguidores.
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-
lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a
chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não
caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas
palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a
sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos,
e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda (Mateus 7.24-27).

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Capítulo 3
O obreiro e o preparo
teológico
Ao iniciarmos o estudo teológico, a primeira coisa que devemos considerar
são os fundamentos da Teologia. O termo Teologia deriva do grego theós
(Deus) e logia (estudo, tratado). Esse termo pode ser compreendido tanto no
sentido denotativo quanto no conotativo.

Denotação é o sentido principal de uma palavra. Conotação é o sentido


secundário da palavra.

"Teologia, no sentido denotativo, refere-se ao estudo da pessoa de Deus; isto


é, seu caráter, seus atributos, suas operações etc. É a Teologia propriamente
dita.

Já Teologia no sentido conotativo refere-se ao estudo das doutrinas da Bíblia


em gerai. Doutrina bíblica é um ensino normativo, terminante e final derivado
das Sagradas Escrituras, como regra de fé em Deus e de prática de vida cristã.

I. PRINCIPAIS RAMOS DA TEOLOGIA


Quando falamos de ramos da Teologia, referimo-nos à Teologia no seu
sentido conotativo. São eles:

1) Teologia Exegética: É o estudo da Bíblia através de suas línguas originais,


procurando-se descobrir o sentido original textual das Sagradas Escrituras. A
Teologia Exegética é associada e dependente da Hermenêutica Sagrada.

2) Teologia Histórica: Traia do desenvolvimento do estudo da doutrina


através dos séculos, envolvendo assim a Eclesiologia.

3) Teologia Dogmática: Ocupa-se das doutrinas fundamentais da fé cristã,


abrangendo também a Eclesiologia. Dogma é uma declaração permanente da
igreja sobre a fé; isto é, uma declaração - em forma de credo sobre uma

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doutrina bíblica ou um grupo de doutrinas. Em suma, dogma é um credo da
Igreja.

4) Teologia Bíblica: Trata da revelação divina progressiva, através somente


da Bíblia, livro por livro, destacando o modo peculiar de cada escritor sacro
apresentar determinada doutrina.

Devemos sempre estudar primeiro a Bíblia e, depois, quaisquer outros livros


sobre a Bíblia. É o principio da Teologia Bíblica.

Por que, então, não se ficar apenas com a Teologia Bíblica?


a) Porque na Bíblia, em se tratando de ensino, nada é dito de uma vez, e nem
uma vez por todas. Uma verdade, princípio ou doutrina começa aqui e
prossegue ali, através dos livros da Bíblia, até o seu corolário.

b) Não há uma só doutrina bíblica que apareça já esboçada e desdobrada em


seu todo num determinado livro da Bíblia.

c) Daí, é trabalho dos mestres bíblicos, estudiosos da Bíblia, eruditos em


Bíblia, compendiar as doutrinas bíblicas, organizá-las, desdobrá-las e
apresentá-las explanadas, mas saiba-se que isto é um trabalho humano.

d) Para o estudo sistemático e didático das doutrinas bíblicas, teremos que


adotar uma forma ou sistema de agrupá-las, desdobrá-las e explaná-las. A
Teologia Sistemática serve muito bem para isso, mas, quanto ao
conhecimento em geral da revelação divina, deve-se primeiro estudar a
Teologia Bíblica, seguida da Teologia Sistemática.

e) Hoje, a igreja vera se enchendo de crentes conhecedores de Teologia


Sistemática através de cursos, estudos e livros, mas sem conhecerem a
Teologia Bíblica por experiência, por vivenciamento, e o resultado disso é
dúvidas, questionamentos, confusão.

5) Teologia Sistemática: E o estudo das doutrinas da Bíblia, tendo cada uma


delas seus pontos agrupados sob tópicos devidamente desdobrados, e com a
devida referenciação bíblica.

A Teologia Sistemática obedece a uma sequência adequada e lógica de


doutrinas bíblicas, em que cada uma pressupõe o conhecimento prévio de
uma outra, para a sua devida compreensão. Por exemplo: a Doutrina do
Pecado requer o conhecimento prévio da Doutrina do Homem, e esta, por

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sua vez, requer o conhecimento prévio da Doutrina de Deus, e assim por
diante.

6) Teologia Contemporânea: É a exposição da Teologia destacando os


pontos de vista dos seus expositores contextualizados em relação aos nossos
tempos. É praticamente o inverso da ortodoxia doutrinária. A Teologia
Contemporânea é liberal, modernista e falsamente filosófica, mas precisamos
estuda-la! (Cl 2.8).

7) Teologia Natural: É o conhecimento que se obtém das coisas de Deus


pelo estudo da Criação, da natureza e de seus fenómenos como obras de
Deus, o Criador e Sustentador do universo (Rm 1.20; Jó 12.7-9; SI 19.1-3; Jo
1.3 e At 19.24-29).

8) Teologia Prática: É o nosso conhecimento experimental de Deus,


mediante a nossa fé e comunhão com Ele (Hb 11.6). Teologia Prática é a
doutrina viva, demonstrada em nossa vida, num santo viver, em comunhão
com Deus e com seus santos. É a vida de oração do crente, de adoração a
Deus, de culto consciente e fervente ao Senhor, de comunhão com a sua
Palavra, de serviço cristão, de santidade na presença do Senhor, e de justiça
diante dos homens (Ef 4.24 e Tt 2.10).

II. A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA

A Bíblia apresenta três formas gerais de doutrinas:


(a) a Doutrina de Deus, pois é vinda de Deus e provida por Ele (At 13.12);
(b) a doutrina de homens, pois vem de homens e seu ensino é puramente
humano, do espírito deles, da cabeça deles, forjado por eles (Mt 15.9);
(c) a doutrina de demónios, pois é vinda de demónios, inspirada, produzida e
disseminada por eles (1 Tm 4.1).
Ao lermos referências bíblicas como as de l Timóteo 2.16, Tito 2.7 e Hebreus
13.9, vemos claramente que a doutrina bíblica é de capital importância para o
crente e a Igreja.

O crente que desprezar a doutrina bíblica, vivendo e agindo como bem


entender, entristece o Espírito Santo, retraía mal a sua igreja, torna-se
infrutífero, individualista, confuso, sempre inconformado, maldizente,
reclamador crónico, marginalizado na fé e, por fim, fora da Videira
Verdadeira.
O crente "deve, portanto, procurar as doutrinas bíblicas, que
são:

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Doutrina das Sagradas Escrituras), Teologia (Doutrina do Deus Triuno),
Angelologia (Doutrina dos Anjos), Antropologia (Doutrina do Homem),
Hamartiologia (Doutrina do Pecado), Cristologia (Doutrina do Senhor Jesus
Cristo), Soteriologia (Doutrina da Salvação), Pneumatologia (Doutrina do
Espírito Santo), Eclesiologia (Doutrina da Igreja), Hilasmologia (Doutrina da
Expiação do Pecado) e Escatologia (Doutrina das Ultimas Coisas).

Conhecendo-as, o crente crescerá no


conhecimento do Senhor e se desenvolverá
espiritualmente.

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Capítulo 4
Introdução: Homilética e
Hermenêutica para o obreiro
I. DEFININDO A HOMILÉTICA
1. Definições.
O Dicionário Teológico - CPAD define Homilética como arte de elaborar e
apresentar sermões; é a disciplina que nos leva a falar com elegância,
desenvoltura e propriedade bíblica e evangélica.

Os teólogos Grenz, Guretzki e Nordling também resumem: "disciplina que


busca compreender o propósito e o processo da preparação e apresentação de
sermões". Acrescentam que a mesma visa entender e integrar os papéis do
pregador, da mensagem e do público.

O termo "homilética" deriva do substantivo grego homilia, que significa


literalmente "associação", "companhia", e do verbo homileo, que significa
"falar", "conversar". O Novo Testamento emprega o substantivo em 1
Coríntios 15.33.
A Homilética veio a ser definitivamente entendida como “a arte de pregar o
evangelho”.

Na prática a HOMILÉTICA é utilizada para produzir discursos para o enlevo


ou divulgação da fé.

"A homilética é ciência, quando considerada sob o ponto de vista de seus


fundamentos teóricos (históricos, psicológicos e sociais); é arte, quando
considerada em seus aspectos estéticos (a beleza do conteúdo e da forma); e é
técnica, quando considerada pelo modo específico de sua execução ou
ensino."
O termo "homilética" tem suas raízes etimológicas em três palavras da cultura
grega:

1. Homilos, que significa "multidão", "turma", "assembleia do povo" (At


18.17);

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2. Homilia, que significa "associação", "companhia" (1 Co 15.33); e
3. Homileo, que significa "falar", "conversar" (Lc 24.14s.; At 20.11,24. 26).

2. As divisões da homilética.
A fim de termos uma compreensão abrangente da homilética podemos dividi-
la nas seguintes partes:

a) homilética fundamental
A homilética fundamental trata das questões introdutórias da matéria, visando
uma compreensão objetiva de seus aspectos, tais como: origem, significado,
tarefa, desenvolvimento histórico, problemas, características, conteúdo,
importância e alvo da prédica evangélica.

b) homilética material
A homilética material refere-se ao material básico para se fazer homilética. O
aluno aprende a lidar com as versões em português da Bíblia, chaves bíblicas,
concordâncias, dicionários, léxicos, comentários, harmonias e panoramas
bíblicos.

c) homilética formal
A homilética formal estuda a estrutura do sermão, as três formas principais de
sermões, as maneiras de apresentar o sermão, as formas alternativas de
pregação e a avaliação do sermão.

3. O conteúdo da homilética.
Com a Palavra de Deus, é nos dado o conteúdo da pregação. Pregamos esta
Palavra, e não meras palavras humanas. Na comunicação da Palavra de Deus,
lembramo-nos de que nossa pregação deve consistir nessa mesma Palavra: "Se
alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus..." (1 Pe 4.11).

Este falar não é o nosso falar, sendo antes um dom de Deus, um charisma.
No poder de Deus, nosso falar torna-se o falar de Deus: "... tendo vós
recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como
palavra de homem, e, sim, como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual,
com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes" (1 Ts 2.13; 1
Co 2.4; 2 Co 5.20; Ef 1.13).

Concluímos, pois, que o conteúdo da homilética evangélica é a Palavra de


Deus. Com ela, é-nos confiado um "tesouro em vasos de barro" (2 Co 4.7). É
a responsabilidade dos "ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de
Deus" (1 Co 4.1), que anunciam "todo o desígnio de Deus" (At 20.27).

II. A HOMILÉTICA E SUA IMPORTÂNCIA.

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1. A origem da homilética.
A homilética propriamente dita nasceu muito cedo na história humana,
embora não como termo designativo homiletikos (arte de pregar sermão) e
homilia (arte de falar elegantemente na oratória eclesiástica), mas como
oratória pictográfica (sistema primitivo de escrita no qual as ideias são
expressas por meio de desenhos das coisas ou figuras simbólicas).

Ela surgiu na Mesopotâmia há mais de 3000 anos a.C., para auxiliar a


necessidade que os sacerdotes tinham de prestar contas dos recebimentos e
gastos às corporações a que pertenciam e faziam suas prédicas em defesa da
existência miraculosa dos deuses do paganismo.
O sistema sumeriano viria a ser o protótipo (primeiro tipo ou exemplo) de
outros importantes sistemas de escrita, como o egípcio, por exemplo.

As primeiras teorias homiléticas encontram-se nos escritos de Crisóstomo


(345-407 A. D.), o mais famoso pregador da igreja primitiva. A primeira
homilética foi escrita por Agostinho, em De Doctrina Christiana. Agostinho
dividiu-a em de inveniende (como chegar ao assunto) e de proferendo (como
explicar o assunto). Na prática, esta divisão sistemática corresponde hoje às
homiléticas material e formal.

a) Como termo designativo


Entretanto, homilética como termo designativo com suas técnicas,
sistematização e adaptação às habilidades humanas, nasceu entre os gregos
com o nome de retórica. Depois foi adaptada no mundo romano com o nome
de oratória, e, finalmente, para o mundo religioso com o nome de homilética.
• A retórica e a oratória tomaram-se sinônimos para identificar o discurso
persuasivo (profano).
• A homilética, entretanto, passou a identificar o discurso sacro
(religioso).

b) A partir do IV Século d.C.


A partir desta época os pregadores cristãos começaram a estruturar suas
mensagens, seguindo as técnicas da retórica grega e da oratória romana. Com
efeito, porém, desde o primeiro século da Era Cristã, esta influência estrutural
da homilética já começava a ser sentida no seio do Cristianismo. Não é de se
surpreender, portanto, que a maioria dos teólogos cristãos primitivos
compunha- se dos que aceitavam as teorias gregas e romanas, pois muitos
deles eram filósofos neoplatônicos convertidos ao Cristianismo ou estavam
sob a influência dessas ideias (conforme foi o caso de Justino Mártir, de
Clemente de Alexandria, de Orígenes, de Agostinho, de Ambrósio e muitos
outros).

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2. O objetivo da homilética.
Persuadir o ouvinte a concordar com o orador ou pregador.
A Homilética orienta os pregadores na dissertação de suas prédicas e, ao
mesmo tempo, fazer que os mesmos adquiram princípios gerais corretos e
despertá-los a terem ideia dos erros e falhas que os mesmos em geral
cometem.

A Homilética, contrariando o que muitos pensam não se restringe apenas à


comunicação verbal. O homem (ou mulher) de Deus é um instrumento que o
Senhor usa para transmitir Sua vontade, por isso temos que aprender a nos
comunicar muito bem com o povo, para que seja garantida a recepção dessa
mensagem, isto é, que todos venham entender a mensagem claramente.

3. A importância da homilética.
A missão principal da homilética é conservar o pregador (pregador aqui tem
sentido abrangente - inclui pessoas de ambos os sexos) na rota traçada pelo
Espírito Santo. Ela ensina, onde (e como) se deve começar e terminar o
sermão.

A homilética é importante devido a seu conteúdo (a proclamação do


evangelho como característica fundamental do cristianismo autêntico), seu
lugar central na preparação do ministro evangélico e seu objeto (o bem-estar
do homem, criado por Deus).

4. homilética e a eloquência.
O sermão tem por finalidade convencer os ouvintes, seja no campo político,
forense, social ou religioso. Por esta razão a homilética encontra-se ligada
diretamente à eloquência.
A eloquência é a capacidade intelectual de convencer pelas palavras. As
palavras esclarecem, orientam e movem as pessoas. O orador que consegue
mover as pessoas, persuadindo-as a aceitar suas ideias, é eloquente, pois a
eloquência é a capacidade de persuadir pela palavra. Fala-se de Apolo, um
judeu, natural de Alexandria, que era “... eloquente e poderoso nas Escrituras"
(At 18.24b).

a) Algumas regras de eloquência


- Procurar ler o mais que puder sobre o assunto a ser exposto.
- Conhecimento do público ouvinte.
- Procurar saber o tipo de reunião e o nível dos ouvintes.
- Seriedade, pois o orador não é um animador de plateia.
- Ser objetivo, claro para não causar nos ouvintes o desinteresse.
- Utilizar uma linguagem bíblica.
- Evitar usar o pronome EU e sim o pronome NÓS.

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As disciplinas que mais se aproximam da homilética são a hermenêutica e a
exegese. Enquanto a hermenêutica é a ciência, arte e técnica de interpretar
corretamente a Palavra de Deus, e a exegese a ciência, arte e técnica de expor
as ideias bíblicas, a homilética é a ciência, arte e técnica de comunicar o
evangelho. A hermenêutica interpreta um texto bíblico à luz de seu contexto;
a exegese expõe um texto bíblico à luz da teologia bíblica; e a homilética
comunica um texto bíblico à luz da pregação bíblica.

III. INTRODUÇÃO A HERMENÊUTICA

A palavra se origina do termo grego hermeneuein, que significa "explicar" ou


"interpretar".

Na Bíblia, é usado em João 1.42 e 9.7, Hebreus 7.2 e Lucas 24.27.


Na versão ARC, o último texto traz o seguinte: "E, começando por Moisés e
por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as
Escrituras".

Na versão ARA, encontramos: "E, começando por Moisés, discorrendo por


todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as
Escrituras".

A palavra traduzida em uma versão por "explicar" e em outra por "expor" é


[di] hermeneuein, substantivo formado por esse verbo, Hermes, é o nome dado
ao deus grego considerado o porta-voz ou intérprete dos outros deuses, lemos
em Atos 14.12, que após Paulo haver ministrado a cura de um paralítico em
Listra, as pessoas tomaram esse fato como se os deuses tivessem ido visitá-las,
identificando o apóstolo com o porta-voz do panteão1 helénico por ser o que
falava.

A NVI traduz assim: "A Barnabé chamavam Zeus e a Paulo Hermes, porque
era ele quem trazia a palavra".

O termo grego hermeios remete-nos ao deus Hermes, que, segundo a mitologia


grega, foi o descobridor da linguagem e da escrita. Assim, Hermes era tido
como aquele que descobriu o objeto utilizado pela compreensão humana para
alcançar o significado das coisas e transmiti-lo às outras pessoas.

A palavra “hermenêutica” é um legado da língua grega (hermeneutike),


emprestado à nossa língua do latim hermenêutica. E, hodiernamente, tida
como uma teoria ou filosofia da interpretação — capaz de tornar
compreensível o objeto de estudo mais do que sua simples aparência ou
superficialidade.

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Berkhof define a hermenêutica como a ciência que ensina os princípios, as leis
e os métodos de interpretação; enquanto Virkler, a define tecnicamente, como
a ciência e a arte da interpretação bíblica. Ela é considerada ciência porque
tem normas, regras e estas podem ser classificadas num sistema ordenado.

Também é considerada como arte porque a comunicação é flexível e,


portanto, uma aplicação mecânica e rígida apenas, pode distorcer o verdadeiro
sentido de uma comunicação. Por isso há necessidade de aprender as regras da
hermenêutica, assim como, a arte de aplicá-las.

As duas subcategorias:
A Hermenêutica está dividida em duas subcategorias:
1) Hermenêutica geral
É o estudo das regras que regem a interpretação do texto bíblico inteiro.
2) Hermenêutica especial
É o estudo das regras que se aplicam a gêneros específicos como: parábolas,
alegorias, tipos e profecias.

A RELAÇÃO DA HERMENÊUTICA COM OUTROS CAMPOS DE


ESTUDO BÍBLICO.

➢ Estudo do Cânon: Diferenciação entre os livros que trazem o selo da


inspiração divina e os que não trazem.
Crítica Textual: Tenta averiguar o fraseado primitivo de um texto. Torna-se
necessário, pois não temos os originais dos manuscritos, temos apenas cópias
e essas variam entre si.

➢ Crítica Histórica: Estuda a autoria de um livro, a data da composição,


as circunstâncias históricas que cercam sua composição, a autenticidade
do seu conteúdo e sua unidade literária.

➢ Exegese: É a aplicação dos princípios da hermenêutica para chegar-se


a um entendimento correto do texto.

➢ Teologia Bíblica: É o estudo da revelação divina no AT, e no NT. Ela


indaga como essa revelação especifica contribuiu para o conhecimento
que os crentes já possuíam naquele tempo. Tenta mostrar o
conhecimento Teológico através dos tempos.

Teologia Sistemática: Organiza os dados bíblicos de uma maneira lógica, tenta


reunir todas informações sobre determinados tópico. Ex.: (Deus, Jesus,
Igreja).

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IV. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA
HERMENÊUTICA
O estudo da hermenêutica é imprescindível ao cristão em todas as eras, pois a
sua falta nos púlpitos e nos devocionais tem gerado uma infinidade de
interpretações, heresias e confusão no seio da igreja.

Soa em nossos ouvidos a mesma exortação feita aos escribas pelo Senhor:
“Errais por não conhecer as Escrituras...” (Mt 22.29). Podemos ler a Bíblia,
porém não conhecer a mente de Deus Expressa na Bíblia.

O estudo da Hermenêutica é fundamental para o cristão que deseja se tornar


um obreiro aprovado (2Tm 2.15), pois a interpretação bíblica é essencial para
a compreensão e para o ensino correto da Bíblia.

Certas pessoas "adulteram a palavra de Deus" intencionalmente. Por isso é


necessário observar e entender o significado, compreender o sentido para a
época, depois entender o que a mensagem bíblica quer dizer para os dias de
hoje e aplicá-la.

O estudo da hermenêutica tem o propósito de interpretar as produções


literárias do passado. Sua tarefa especial é indicar o meio pelo qual possam ser
removidas as diferenças entre o autor e os seus leitores, em qualquer época.

V. O CONHECIMENTO BÁSICO DA ESTRUTURA DE


UM BOM SERMÃO

Nesta oportunidade conheceremos as principais classificações dos sermões e


conheceremos a estrutura (as partes que compõem o sermão) do sermão.
Serão abordadas também, as diferentes formas de se apresentar um sermão.

A CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES


1. Definição geral.
Há muitos tipos de sermões e vários meios de classificá-los. Alguns mestres
de oratória classificam os sermões de acordo com o conteúdo ou assunto;
outros, segundo a estrutura, e ainda outros quanto ao método usado na
dissertação da mensagem.

Então, os sermões encontram-se classificados assim:


• Sermões de natureza homiliasta

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- Temático ou tópico
- Textual
- Expositivo
• Sermão inferencial
- Ilativo
• Sermão extemporâneo
- Improvisado
• Sermões especiais
- Casamentos
- Aniversários, bodas, etc.
- Acadêmico, formatura, etc.
- Funeral
- Crianças
- Palestras para outros eventos especiais.

AS PARTES QUE COMPÕEM O SERMÃO


1. Os elementos gerais do sermão.
Os elementos gerais (ou funcionais) que compõem o sermão, conforme as
divisões corretas são:
• O título
• O tema
• O texto
• A introdução
• O corpo do sermão
- Divisões, subdivisões e transições
• A aplicação do sermão
• A conclusão do sermão
• Apelo

B. O TÍTULO
1. Definição.
O título, como sabemos, é a primeira parte do sermão.

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A função do título é chamar a atenção, interessar e atrair as pessoas. Ele dá
nome ao sermão, como uma peça literária completa. Não devemos confundir
o título com o tema.

O título dá nome ao conteúdo.

O tema dá nome ao assunto em discussão.

O título deve ser bem sugestivo para que possa despertar atenção ou
curiosidade. Tem de ser atraente, não pelo uso de mera novidade, mas por ser
de vital interesse às pessoas.

Exemplo de título + tema:

Você prepara uma mensagem baseada em João 15.1-8. O assunto é a videira


verdadeira, mas o título da mensagem será mais específico, "a vida frutífera do
cristão" ou "como o cristão pode ter uma vida frutífera".

2. A natureza do título.
A natureza do título pode ser declarativa, interrogativa, afirmativa ou
exclamativa.

Biblicamente falando, pode ser apresentado este gráfico assim:


• Declarativa
"O que Deus não pode fazer" (curiosidade) - Tito 1.2.
• Interrogativa
"Onde está Jesus?" (vontade de conhecer) - Mateus 2.2.
• Afirmativa
"Jesus foi e voltará" (a evidência e a certeza) - João 14.3.
• Exclamativa
"Para mim o viver é Cristo!" (determinação) – Filipenses 1.21.

A definição do título é um dos últimos itens a serem elaborados na


mensagem.

C. O TEMA
1. A síntese do assunto.
O tema é a segunda parte do sermão e vem depois do título, pela ordem
correta. É a síntese do assunto em discussão. Vem de uma raiz grega "théma"

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que significa ponho, coloco, guardo, deposito, trazendo assim a ideia de algo
que está dentro, ou no meio de alguma coisa. Dentro do sermão (em síntese) é
exatamente esta aposição do tema. Sua posição técnica no sermão encontra-se
entre o título e o texto.

2. O tema e sua função.


A função do tema é sintetizar o assunto e personificá-lo. Por isso, tema é o
nome do assunto que vamos tratar ou a síntese do conjunto deles, enquanto
que o assunto (corpo do sermão propriamente dito) vai ser a argumentação
(ou conteúdo do tema).

Em razão do tema gravitar bem perto do título, alguns mestres da oratória


chegaram até sugerir que o tema devia vir antes do título, e não depois. É
verdade que em algumas passagens ou assuntos da Bíblia, isso parece lógico;
mas em outras não. Portanto, o tema deve vir depois do título e não antes.
Quando o tema é geral, pode servir de título. Em alguns casos, isso é natural.
Exemplo: numa dissertação sobre a morte de Cristo, o tema geral seria A
morte de Cristo, enquanto que, nesse caso, o título viria depois com a seguinte
frase: Os sofrimentos de Cristo. Com efeito, portanto, o tema viria primeiro e
o título depois, sem que alterasse as regras do procedimento. Mas, no
contexto prático, o título deve vir mesmo, em primeiro lugar.

D. O TEXTO
1. Definição do texto
O texto, ou a porção, refere-se à passagem bíblica em síntese ou no seu todo,
usado pelo pregador para fundamentação do sermão.
2. Dependendo da natureza do sermão
Dependendo da natureza do sermão, o texto pode sofrer alterações no uso da
pronúncia.
a) Sermão textual (o texto)
b) Sermão expositivo (a porção)
c) Sermão temático (a passagem)
d) Sermão ilativo (uma inferência)
e) Sermão extemporâneo (uma palavra)
f) Sermão para ocasiões especiais (uma frase)

E. A INTRODUÇÃO
A introdução é a parte inicial do corpo do sermão. É o vestíbulo, ou a
plataforma de acesso ao ponto central da argumentação. O propósito da

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introdução é despertar a atenção do povo e desadiar-lhe o pensamento de tal
modo que se interesse ativamente pelo assunto.

F. O CORPO DO SERMÃO

1. Definição.
O corpo do sermão, conforme soa melhor em termos prático, entre os
pregadores cristãos, é o conjunto de fatos, de ideias, de provas ou de
argumentos arrolados pelo pregador.

3. As divisões do sermão.
As divisões do sermão variam em número, dependendo do conteúdo e da
capacidade do pregador. Aconselha se a limitação de pontos a um máximo de
cinco numa série. A memória tende a falhar, quando há mais de cinco pontos
num sermão. Testes psicológicos no campo da educação revelaram que,
quando há mais de cinco pontos dentre os quais escolher, o discernimento
fica mais ou menos nebuloso e, por conseguinte, as escolhas são menos
confiáveis.

Sugere-se, portanto, para melhor compreensão do significado do pensamento,


nos sermões temáticos e textuais, três divisões, e cinco para um sermão
expositivo. Também as divisões não devem ser páreas e, sim, ímpares. É
muito fácil para os ouvintes acompanhar uma mensagem falada, quando as
ideias principais estão organizadas corretamente e proferidas com clareza, do
que quando elas não têm organização ou não se relacionam.

À medida que o pregador anuncia as divisões e passa de um ponto principal a


outro, os ouvintes conseguem identificar as divisões das partes entre si e
discernir a progressão da mensagem.

G. A APLICAÇÃO DO SERMÃO
A aplicação do sermão deve ser de acordo com o tipo de mensagem que
pregamos. Definimos a aplicação como sendo o apelo, ou melhor, posição
correta, o convite oferecido aos ouvintes. Esta parte é a penúltima peça do
sermão. Antecedendo assim a conclusão do discurso.

1. O objetivo da aplicação.
O objetivo da aplicação no sermão visa o resultado positivo daquilo que
ministramos. Por exemplo: quando pregamos a palavra da salvação aos
pecadores, a aplicação deve ser o convite (o apelo).

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H. A CONCLUSÃO DO SERMÃO
A conclusão, como o próprio termo sugere, no sentido técnico, é a última
parte do sermão; no sentido homiliasta, é uma síntese de todas as verdades que
foram ditas no sermão. É o momento quando o pregador se obriga a fazer
uma síntese de tudo o que disse, não só para destacar e fazer lembrar as
verdades principais, mas para ajudar os ouvintes a se beneficiarem da
mensagem. Por essa razão, ela deve ser breve.

VI. O PREGADOR E O DECORO NO PÚLPITO


Ao ocupar o púlpito, conscientize-se o obreiro de que está num lugar santo;
que dali ele vai orientar a adoração e ministrar a santa Palavra de Deus; que
todos estão com a atenção voltada para ele. Por conseguinte, deve portar-se
com dignidade e reverência, para que receba de Deus as bênçãos, e contribua
para que outros sejam abençoados, e também seja exemplo a todos.

1. Apresentação pessoal.
O pregador deve apresentar-se bem vestido (sem exagerada preocupação com
a indumentária), barbeado, cabelos feitos, sapatos limpos.

2. Ao assentar-se.
Quando assentar-se atrás do púlpito, sempre após rápida oração individual ou
pessoal, seja discreto, a fim de dar exemplo a fiéis e infiéis.

3. Com relação aos companheiros.


Havendo no púlpito companheiros ou visitantes, deve o pregador evitar
distraí-los, conversando ou dando atenção demasiada à conversa deles, pois
além de parecer mal, tal procedimento prejudica grandemente os trabalhos e
tira a autoridade do obreiro para advertir aos infratores da ordem.

4. Evite:
• assentar-se de maneira deselegante: pernas abertas, braços estendidos para os
lados, curvado, pernas cruzadas com joelhos elevados;
• mexer-se ou coçar-se em demasia, como se estivesse em lugar privativo;
• pregar com as mãos nos bolsos, mesmo que seja uma só, bem como ficar
trocando de mão e de bolso, como se estivesse procurando alguma coisa;
• ajeitando as calças, como se estivessem caindo;
• com a mão no microfone, estando este no pedestal;
• gesticulando só com a mão esquerda;
• com a gravata ou colarinho em desarranjo;

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• gesticulando só com a mão esquerda;
• com a gravata ou colarinho em desarranjo:
• com o olhar voltado para o teto, para a Bíblia ou qualquer outro lugar que
não o auditório;
• tamborilando com os dedos;
• alheio ou distraído com relação ao que se passa ao redor;
• soltando piadas ou gracejos de mau gosto;
• mexer com o lenço demoradamente;
• abotoar e desabotoar o paletó inconscientemente;
• olhar para o relógio ou fazer outras coisas inconvenientes que diminuam a
eficácia dos trabalhos, especialmente do sermão;
• assoar o nariz indiscretamente;
• ficar com as mãos cruzadas às costas ou ao peito durante o tempo da
pregação;
• distração, mesmo por um momento durante o culto.

FATORES DE PERSONALIDADE DO PREGADOR

1. Perfeição Espiritual.
O pregador tem que ser uma pessoa de fé.

2. Perfil Moral.
O pregador deve ser um exemplo de nova vida. A sua vida fala mais alto do
que as suas palavras.

3. Perfil Intelectual.
A pessoa que abraça a carreira de pregador deve estar bem consciente de que
escolheu uma função intelectual. Ele irá trabalhar mais com o cérebro do que
com as mãos.

4. Perfil Psicológico.
O pregador tem que ser uma pessoa equilibrada mental e emocionalmente.

5. Perfil Físico.
A expressão física do pregador ajuda muito na entrega do sermão.

6. Perfil Sonoro.
A voz é essencial para o sucesso do pregador. Portanto pronuncie
corretamente as palavras, com firmeza e clareza.

O PREGADOR DIANTE DO AUDITÓRIO

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a) Suba à plataforma bem preparado, mas dependente do Espírito Santo.
b) Comece com calma.
c) Prossiga de modo modesto.
d) Não trema.
e) Fale com clareza, sem declamar.
f) Empregue frases curtas e bem claras.
g) Evite monotonia.
h) Seja sempre senhor da situação.
i) Não empregue sarcasmos, expressões maliciosas, nem provoque risos, pois
o pregador é representante de Deus e não de um circo.
j) Não ataque hostilmente.
k) Ande na plataforma com a devida dignidade.
l) Não ilustre com narrações longas.
m) Não se elogie a si mesmo.
n) Não se afaste do texto ou do tema.
o) Não canse os ouvintes com discursos extensos.
p) Procure suscitar interesse.
q) Fale com autoridade, mas não em tom de mando.
r) Fixe o olhar nos ouvintes.
s) Não crave os olhos nem no chão, nem no teto, nem tampouco em algum
ouvinte particular.
t) Quando for citar um texto bíblico, cite primeiro o livro, depois o capítulo e
por último verso.
u) Exalte a Cristo.

“As pessoas não vêm à igreja para ouvir um sermão. Vêm à igreja esperando
que o sermão chegue ao coração, satisfaça as suas necessidades e modifique a
sua vida. As pessoas querem ser mudadas. Estão cansadas, tão cansadas da
vida de fracassos que vivem. Não querem somente pregação, mas ajuda e se
alguém pode dar-lhes esta ajuda o povo vem”.

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Capítulo 5
O ministério do Obreiro
No conceito popular "obreiro" é o que executa a obra e o "ministério" é a
obra a ser executada.

1. Definindo o termo obreiro – definições:


A) Trabalhador; operário (1Cr 4.21; 2 Tm 2.15).
B) Pessoa que pratica ou planeja (Sl 14.4).
O obreiro cristão refere-se à pessoa que se dedica a realizar alguma atividade
eclesiástica dentro da Igreja.
Considera-se “obreiro" aquele que dedica boa parte de seu tempo a Obra do
Senhor, exercendo um cargo eclesiástico ou em vista de ser reconhecido como
tal.

2. Ministério - [do lat. ministerium] Ofício, cargo e função. A principal


característica do ministério cristão é o serviço. Nisto, segue as recomendações
de Cristo que veio para este mundo não para ser servido, mas para servir. Nas
Igrejas Assembleias de Deus há obreiros que são classificados da seguinte
forma.

A) DIÁCONOS - O dicionário da Bíblia de Almeida sobre o ‘Diácono’,


assim disserta: “Pessoa que ajudava nos trabalhos de administração da Igreja e
cuidava dos pobres, das viúvas e dos necessitados em geral”.
O diácono também pregava o evangelho e ensinava a doutrina cristã (At. 6,1-
8; 1 Tm. 3.8-13).

Um diácono é um servo. Um diácono é alguém que Deus mesmo capacitou


com dons espirituais para que sirva a igreja dentro da sua esfera de trabalho.
Às vezes ele se ocupa no dia a dia da igreja, servindo aos irmãos, visitando-os
e auxiliando-os nas suas necessidades.

B) PRESBÍTEROS (Tito 1.5- 5; 1 Pe 5.1 – 4) - “Aos presbíteros, que estão


entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha
das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar” (1 Pe. 5.1).
O termo presbítero no grego é ‘presbyteros’ que significa o ‘MAIS VELHO, o
ANCIÃO, não o mais idoso.

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Na igreja primitiva esse título era usado de modo intercambiável com outros
dois, ‘bispo’ e ‘pastor’. Presbítero é um título de dignidade dos indivíduos
experientes e de idade madura que forma o governo da igreja local.

É também um sinônimo de bispo (gr. episkopos, supervisor); e de pastor (gr.


poimén).

D) EVANGELISTAS - É uma pessoa dotada de capacidade especial para


pregar o evangelho. Alguns usam esse título apenas em relação aos escritores
dos quatro evangelhos. A Bíblia, no entanto, cita ainda Filipe e Timóteo
como evangelistas. (At 21.8; 2 Tm 4.5).
De acordo com a bíblia Dake o termo evangelista vem do original grego
“eungelistes”. Cujo significado é portador de boas novas.

E) PASTORES – O termo grego para pastor é poimén. Significa alguém que,


em geral, cuida dos rebanhos. Em referência aos dons ministeriais (Ef 4.11) o
pastor é um guia espiritual de uma igreja.
Os pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas
necessidades espirituais.

A tarefa do pastor é cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt 1.9-11), ensinar


a Palavra de Deus e exercer a direção da igreja local (1 Ts 5.12; 1Tm 3.1-5), ser
um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8), e esforçar-se no sentido de
que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb 12.15; 13.17; 1 Pe 5.2).

Deveres do obreiro em relação ao seu ministério pessoal.

Podemos destacar aqui três grandes deveres do obreiro que quer ser
diferenciado em seu ministério.

1) Procura presentar-se a Deus aprovado.


A palavra que Paulo emprega para dizer apresentar-se é a palavra grega
parastesai, que significa apresentar-se para o serviço.

A expressão "procura apresentar-te" (2 Tm 2.15) significa "sê diligente,


zeloso". É traduzida por "depressa" e "apressa-te", em 2 Timóteo 4.9, 21 e
Tito 3.12, respectivamente. A ênfase desse parágrafo é sobre o fato de que o
obreiro precisa ser diligente em seus trabalhos de modo a não ficar
envergonhado quando sua obra for inspecionada.

A palavra grega para aprovado é dokimos. Dokimos descreve a tudo o que


foi provado e purificado e que está preparado para o serviço. Por exemplo,
descreve o ouro ou a prata que foram purificados e limpos de toda liga no

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fogo. Portanto é usada para referir-se ao dinheiro que é genuíno. É a palavra
que se usa para referir-se a uma pedra que foi cortada, provada e está pronta
para ser localizada em seu lugar num edifício. Timóteo devia ser purificado e
provado para que pudesse ser um instrumento adequado para a tarefa de
Cristo, e, portanto, um trabalhador que não tivesse do que envergonhar-se.

CARACTERÍSTICAS DE UM OBREIRO APROVADO

(1) Um obreiro aprovado estuda a Palavra com diligência e procura aplicá-la à


própria vida.

(2) Um obreiro aprovado não desperdiça o tempo discutindo "palavras que


para nada aproveitam" (2 Tm 2.14), pois sabe que esse tipo de discussão serve
apenas para destruir a obra de Deus (ver 1 Tm 6.4; Tt 3.9).

(3) Um obreiro aprovado evita "falatórios inúteis" (2 Tm 2.16; 1 Tm 6.20),


pois sabe que só promovem mais impiedade.

(4) Um obreiro aprovado sabe que a falsa doutrina é perigosa e se opõe a ela.
Paulo compara-a a um câncer (2 Tm 2.1 7).

(5) O obreiro aprovado usa a Palavra corretamente.


Ao usar a Palavra corretamente, superamos as tribulações e somos
aprovados por Deus. Martinho Lutero disse, certa vez, que um pastor é feito
de oração, estudo e sofrimento. Não é possível ser aprovado sem ser testado.

2) Não ter do que se envergonhar.


Um obreiro envergonhado desperdiça o tempo com outros "deveres
religiosos" e tem pouco ou não tem nada a oferecer para sua classe ou
congregação.
Como obreiros de Deus, cada um de nós será aprovado ou envergonhado.

O que significa "se envergonhar"? Sem dúvida, quer dizer que o trabalho
desse obreiro ficou abaixo dos padrões e não pode ser aceito. Significa que
perderá a recompensa.

No tempo de Paulo, um construtor que não seguia as especificações era


multado.
Quando o Senhor julgar nossas obras, será revelado se, como obreiros,
manejamos a Palavra de Deus com honestidade e cuidado. Alguns que hoje
são os primeiros, no porvir serão os últimos!

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3) Manegar bem a palavra da verdade.
A palavra grega que responde a esta “manegar” é a palavra orthotomein, que
literalmente significa cortar bem.
"Manejar bem" também pode ser traduzido por "dividir corretamente" ou
"cortar em linha reta".

A palavra de Deus é a espada do Espírito (Ef 6.17b). Ela é mais cortante do


que toda espada de dois gumes (H4.12), daí a necessidade de se manegar bem
a Palavra de Deus (2Tm 2.15).
Quem manegar mal esta Palavra corre o risco de ensinar preceitos de homens
e se enveredar por doutrinas de demônios.

O homem que divide corretamente, que dirige corretamente, a palavra da


verdade traça um caminho reto através da verdade e se nega a ver-se tentado
por desvios prazenteiros, mas irrelevantes.

O pregador e o mestre que usam a Palavra corretamente edificam a igreja de


acordo com a vontade de Deus. Mas o obreiro desleixado maneja a Palavra de
Deus de modo enganoso, segundo os próprios interesses (2 Co 4.2). Quando
Deus provar os ministérios nas igrejas locais, infelizmente alguns se
transformarão em cinzas (1 Co 3.1).

CARATERÍSTICAS DO OBREIRO QUE MANEGA BEM A


PALAVRA DA VERDADE
O homem que manega (manuseia) corretamente a palavra da verdade, não a
muda, não a perverte, não a mutila nem a distorce, nem faz uso dela com um
propósito erróneo em mente.

Ao contrário ele interpreta as Escrituras em oração e à luz das Escrituras.


Aplica seu sentido glorioso, corajosamente e com amor, a situações e
circunstâncias concretas, fazendo-o para a glória de Deus, para a conversão
dos pecadores e para a edificação dos crentes. Rejeita o que está em conflito
com seu conteúdo e significado. [3]

"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade" (2 Tm 2.15).

3. O obreiro e a igreja de Deus.


A igreja foi comprada pelo sangue de nosso “Deus Jesus Cristo” (At 20.28;
Hb 9.14). Esta igreja que foi resgatada não com prata ou ouro, e sim com o
precioso sangue de Cristo (1 Pe 1.18.19), é tão importante que é chamada de:

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1) Rebanho de Deus (1Pe 5.2 – ARC);
2) Igreja de Deus (At 20.28);
3) O templo de Deus (1Co 3.16).

A fim de não sermos reprovados pelo dono desta igreja, precisamos pastorear
a nossa congregação de acordo com o que fora prescrito em 1Pedro 5.2,3.
“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio
sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (ACF).

“...por torpe ganância...”


De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, no que se refere a ganância
existem dois pecados perigosos para os pastores e dirigentes da igreja, dos
quais esses obreiros devem acautelar-se.

a) Os obreiros devem acautelar-se da ambição por dinheiro.

A ambição por dinheiro (ver 1 Tm 3.3,8; Tt 1.7). O ensino do Novo


Testamento para quem administra a obra de Deus é que recebam sustento
adequado da igreja (Lc 10.7; 1 Co 9.14; 1 Tm 5.17) e que se contentem com o
que têm para si mesmos e para suas famílias. Nenhum pastor deve enriquecer-
se em detrimento da obra de Deus. Aqueles que se deixam dominar por este
desejo, ficam à mercê dos pecados da cobiça, da prevaricação e do furto. Por
amor ao dinheiro, comprometem a Palavra de Deus, os padrões da retidão e
os princípios do reino de Deus.

b) Os obreiros devem acautelar-se da sede de poder.

Aqueles que cobiçam o poder, dominarão aqueles a quem deveriam servir,


pelo abuso excessivo da sua autoridade.
Antes, o pastor deve conduzir a igreja, servindo de exemplo ao rebanho na
sua devoção a Cristo, no serviço humilde, na perseverança, na retidão, na
constância na oração e no amor à Palavra. O obreiro de se portar de modo
que sua fé e maneira de viver sirvam de exemplo para as suas ovelhas (Hb
13.7).

“... sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na


pureza” (1Tm 4.12).

Deus como dono da igreja é também o dono das diretrizes, as quais devem ser
praticadas pelos obreiros em relação à igreja (1Pedro 5.2,3).

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Capítulo 6
Vocação ministerial

I. O QUE É VOCAÇÃO?

A palavra vocação tem origem no grego “kaleo”, que tem sentido de chamar,
reclamar para si, e comissionamento. Chamar é o ator convocar alguém por
meio de sinais previamente convencionados ou atrair a outrem utilizando-se
de meios e estratégias... Portanto vocação significa chamada, convocação. Ou
de forma mais literal, sair de si mesmo para servir aquele que chamou.

A vocação pode ser compreendida de dois modos distintos: a geral e a


específica.

1. A geral.
Toda a humanidade, de maneira indistinta, é convidada a participar
gratuitamente dos benefícios do Evangelho com base nos méritos da morte de
Cristo (João 3.16; Mt 28.18,19).

2. A específica.
Embora todos sejam convidados a usufruir dos meios da graça, nem todos
serão convocados a exercer o ministério da Palavra (Ef 5.8-11). É um caso
que depende único e exclusivamente de Deus.

O obreiro deve está consciente de que o seu ministério é uma vocação divina
e que alcançou não pelos seus próprios méritos, mas através da convicção da
sua chamada por Deus (Ef 3.7; Mt 4.27).

3. Enviados.
O líder cristão deve seguir as pegadas de Cristo. Ele nos escolheu, nos
chamou, nos consagrou e enviou. Quem é enviado por Cristo não está
centrado em si mesmo, mas Aquele que o enviou. O enviado não se deixa
guiar por suas próprias ideias, mas pelo Espírito Santo de Deus; não

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determina todas as coisas, mas discerne a vontade de Deus; não se impõe, mas
vive em submissão; não desiste nas dificuldades, mas se apoia no Espírito
Santo; não defende sua própria opinião, mas deixa o Espírito falar por ele; não
se torna dono, mas servo da ação de Deus.

4. Outras qualificações.
Vejamos outras qualidades indispensáveis ao que almeja o ministério: que
tenha conversão inequívoca (At 9.15-22); que seja batizado com Espírito
Santo (At 2.4; 4.8-3); que o candidato seja dizimista convicto (Lc 14.33); que o
candidato não olhe o ministério como uma profissão; que o candidato possua
fidelidade aos princípios bíblicos esposados pela sua igreja (2 Tm 3.10,11,14);
que o candidato não pertença a nenhuma sociedade secreta; que o candidato
não seja portador de doenças mentais; que o candidato saiba relacionar-se
com outros obreiros.

Nesse relacionamento, é necessário respeito e consideração sem perder a sua


identidade visando à cooperação e amor para o engrandecimento do Reino de
Deus.

Como servos de Deus, vocacionados, consagrados e comissionados para o


trabalho ministerial, somos chamados à renúncia (Mt 10.3-15), sem a qual
haverá muitas dificuldades para o cumprimento do ministério. Vocação não
significa a concordância de Deus com os projetos pessoais, mas renúncia a
projetos e expectativas pessoais e familiares para servir a Deus.

Receber o comissionamento sem olhar para trás é imperativo, pois não é


digno do Reino de Deus o trabalhador que lança mão do arado e olha para
trás (Ec 9.62). E preciso ter fé para renunciar. Teologicamente, a fé é a atitude
mediante a qual o homem abandona toda a confiança em seus próprios
esforços para confiar em Deus; no sentido bíblico, significa crer e confiar em
Deus (Hb 11.1).

Outro aspecto a ser lembrado é que a vocação e a nomeação ministerial não


liberam a pessoa do estudo e da formação secular. Na escola do Reino de
Deus, o aprendizado tem dia para começar, mas não para terminar. Mesmo
Paulo, nas proximidades de seu martírio, ainda ansiava por rever os "livros,
especialmente os pergaminhos" (2Tm 4.13).

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Tal dedicação também se refere ao aprendizado secular, uma vez que a
composição atual de nossas igrejas bem como a complexidade das relações
sociais exige que obreiros possuam alguma espécie de formação generalista. E
necessário que nossos aspirantes ao ministério saibam que qual haverá muitas
dificuldades para o cumprimento do ministério. Vocação não significa a
concordância de Deus com os projetos pessoais, mas renúncia a projetos e
expectativas pessoais e familiares para servir a Deus.

Receber o comissionamento sem olhar para trás é imperativo, pois não é


digno do Reino de Deus o trabalhador que lança mão do arado e olha para
trás (Lc 9.62). É preciso ter fé para renunciar. Teologicamente, a fé é a atitude
mediante a qual o homem abandona toda a confiança em seus próprios
esforços para confiar em Deus; no sentido bíblico, significa crer e confiar em
Deus (Hb 11.1).

Outro aspecto a ser lembrado é que a vocação e a nomeação ministerial não


liberam a pessoa do estudo e da formação secular. Na escola do Reino de
Deus, o aprendizado tem dia para começar, mas não para terminar. Mesmo
Paulo, nas proximidades de seu martírio, ainda ansiava por rever os "livros,
especialmente os pergaminhos" (2Tm 4.13). Tal dedicação também se refere
ao aprendizado secular, uma vez que a composição atual de nossas igrejas bem
como a complexidade das relações sociais exige que obreiros possuam alguma
espécie de formação generalista. É necessário que nossos aspirantes ao
ministério saibam que a influência e prosperidade de um ministério é
proporcional à nossa dedicação.

A vida de oração é o nosso alicerce (Mc 11.23,24). A oração deve acompanhar


a vocação, a consagração e ordenação, as nomeações e as ações ministeriais. É
indispensável que os aspirantes ao ministério tenham vidas consagradas a
Deus em oração. Não podemos cometer o erro de pensar que um crente que
não tem uma vida de oração passará a vivê-la através do "estímulo" de uma
separação para o ministério. Quando oramos, obtemos discernimento
(sabemos que direção tomar).

II. VALOR E NATUREZA DO MINISTÉRIO

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O valor de um homem de Deus é dimensionado não apenas pelo seu
discurso, mas principalmente por sua espiritualidade e aplicação dos princípios
de Deus em sua própria vida.

Não há nenhum problema em alguém almejar o ministério se apresenta pré-


requisitos que habilitam o candidato: a família respalda o ministério do
obreiro, há disciplina pessoal, organização pessoal, pontualidade, vida
financeira equilibrada, hábito regular de estudar a Bíblia etc.

O "afrouxamento" nesses requisitos poderá refletir-se num fracasso espiritual


e ministerial.
Paulo coloca-se em varias ocasiões como um modelo de disciplina a ser
observado (1 Co 9.26,27; Fp 4.9; 2 Tm 3.10-14). Vivemos em dias de
profundas transformações e as necessidades humanas se tornam ainda mais
prementes diante dos falsos ensinos, do materialismo, do consumismo
desenfreado, da exploração pelos poderosos, da falsa segurança representada
por uma vivência de pura aparência e, sobretudo, por uma religiosidade
meramente externa.

A Igreja é desafiada frente ao descompromisso e ao esfriamento da fé e do


amor como cumprimento do tempo do fim.

Faz-se necessário um comprometimento ainda maior, uma dedicação ainda


mais sacrificai. É preciso ser destemido e fazer cumprir a chamada ministerial
perante tamanhos desafios.

Os ministros são usados por Deus para a edificação da igreja, foram


instituídos pelo próprio Senhor (Ef 4. 11, 12) e não devem ser depreciados,
nem idolatrados. E através deles que Deus move os corações dos homens.
Então, creiamos que Deus nos ensina pela Sua Palavra, externamente por
meio dos seus ministros e internamente pelo mover que opera nos corações
dos seus eleitos para a fé pelo Seu Espírito Santo; portanto, devemos atribuir a
Deus toda a gloria por todo esse beneficio.

No que diz respeito à sua natureza, os ministros são remadores, cujos olhos
estão fixos no timoneiro; portanto, são homens que não vivem para si

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mesmos ou segundo sua própria vontade, mas para os outros. Eles são
"despenseiros dos mistérios de Deus" (1 Co 4.1).

Dentre seus deveres estão o ensino da Palavra e a administração eclesiástica,


desdobrados em diversas tarefas, desde a ação publica, na liderança dos cultos
e pregação, até as ações particulares, descritas pelos verbos ensinar, exortar,
estimular, consolar, confirmar, corrigir, reconduzir, levantar, convencer a
igreja unida, evangelizar e participar em atividades de cunho social.

III. TIPOS DE CHAMADA


Dentro dos mais variados métodos que Deus tem para convocar homens para
a sua obra, ainda capacita-os para o atendimento da chamada, compreendendo
que esta chamada pode ser dividida de 3 (três) formas, que são: a chamada
divina, a chamada humana e a chamada própria.

1. Tipos de chamada.
A) A chamada divina - A chamada de Deus é clara e inconfundível, e
independe da vontade humana, como, por exemplo, a chamada de Arão,
Jonas, Amos etc. São homens que foram chamados sem consulta prévia (Am
7.14,15).
B) A chamada humana - Nem sempre Deus tem participação nessa
chamada, entendendo ser apenas um convite humano. Temos exemplos
bíblicos desse tipo de chamada na vida de homens como Ló, que
acompanhou Abraão, e Eliabe, que quase foi ungido por causa do engano de
Samuel.

C) A chamada própria - E aquele tipo de chamada onde a pessoa se oferece


sem que Deus tenha participação no caso. Veja o caso do escriba que disse a
Jesus: "Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei". Veja qual foi a resposta
de Jesus: "As raposas tem covis, as aves do céu ninhos, mas o filho do homem
não tem onde reclinar a cabeça".

Outro detalhe que não podemos esquecer é que há bons e maus obreiros. De
acordo com l Coríntios 4.2, entendemos que Deus quer que sejamos todos
bons obreiros, com qualidades de bons servidores, dedicados ao ministério
com a atitude de resguardá-lo e cumpri-lo (Rm 11. l3; 2Co 6.3; Cl 4.17).

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Entre as evidências desses obreiros temos obediência, retidão, habilidade,
benignidade, bondade, iniciativa, zelo pela Palavra de Deus, filantropia,
voluntariedade, abnegação, administração e principalmente oração.

O mau obreiro, por si só, se denuncia, revelando-se parasitas, preguiçosos,


desordenados, desorganizados, mercenários, liberais, divisionistas,
politiqueiros carnais, mentirosos, ambiciosos, briguentos, insubmissos,
violentos, desordeiros, rebeldes, murmuradores, faladores, infiéis e
problemáticos.

Exemplos: Nadabe e Abiú (Lv 10.1), Saul (1 Sm 15.23), Aimaás (2 Sm


18.19,29), Geazi (2 Rs 5.20-27) e Diótrefes (3 Jo9, 10).

2. Chamados e escolhidos.
Muitos não compreendem esse assunto, visto que, apesar de gozarem dos
privilégios da-convocação, não têm a chamada confirmada com os sinais que
geralmente seguem aos que abraçam essa nobre missão.

Sobre esse assunto, destacamos:


2.1. Os que foram chamados, mas não escolhidos —Dos vários que a
Bíblia revela, destacamos Esaú (Ml 1.2,3; Hb 12.16), a mulher de Ló (Gn
19.26) e ainda Judas Iscariotes (Mt 26.14-16).

2.1 Os que foram chamados e escolhidos - Entre tantos, destacamos três,


que são:

a) Jacó, que, apesar dos seus defeitos, tinha os olhos e o coração voltados
para as promessas de Deus feitas a seu pai e a seu avô (Gn 17-7,8). Diferente
de seu irmão, que pensava apenas no presente, Jacó enxergava longe, tinha
visão e confiava nas promessas de Deus. Por isso a confirmação: "Todavia
amei a Jacó", Ml 1.2.
b) Pedro, que com sua inconstância, seus impulsos e precipitações, aos olhos
humanos estava desqualificado para a chamada divina. Mas, estava ali um
homem de coração quebrantado e possuído por um ardente desejo de ver o
triunfo do Reino de Deus.

c) Temos ainda Saulo, que apesar de arrogante e perseguidor dos santos, foi
convertido no caminho de Damasco e nunca mais foi o mesmo, passando de

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perseguidor a perseguido e sofredor por amor ao Evangelho de Cristo (At
9.15,16).

3. Impedimentos.
Muitos dos que são chamados não são incluídos no rol dos escolhidos por
não tomarem cuidados com algumas coisas que surgem no caminho.

Destacamos três, que são:


1) O problema com dinheiro — Segundo a Bíblia, o amor ao dinheiro é a
raiz de todos os males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se
traspassaram a si mesmos com muitas dores (l Tm 6.10). Que Deus nos
guarde deste mal e ajude-nos!
2) O problema com a posição - Não existe nenhum pecado em desejar
servir ao Senhor em qualquer função. O pecado está exatamente em querer a
posição que outro esteja exercendo pela vontade de Deus.

Veja que o Diabo tentou ao Senhor, oferecendo-lhe posição (Mt 4.5,6). O


poder que sustenta o obreiro não é o poder pessoal, nem o poder do cargo,
mas, sim, o poder de Deus em sua vida.

3) O problema com as mulheres — Deus criou a mulher com o propósito


de que esta fosse companheira do homem, no entanto o Diabo tem tentado
homens de Deus que, por cederem à tentação, perdem a oportunidade de
tornarem-se escolhidos de Deus. É aí que vemos a importância do que Paulo
falou a Timóteo: "Tem cuidado de ti mesmo..." (1Tm 4.16).

4. Escolhidos para salvação.


4. 1. Quem são eles - Antes de sermos chamados para qualquer ofício de
ordem espiritual, fomos chamados por Deus para uma completa salvação e
gozo espiritual. Entendemos que os chamados e escolhidos para a salvação
são todos aqueles que se deixam incluir no plano eterno de Deus e são
capacitados para o exercício de um ministério específico.

4.2. Como isso ocorre -Além de terem sido chamados antes da fundação do
mundo (Ef 1.3-10), também são confirmados pela chamada universal de Jesus
ao mundo (Mt 11.28). São também reunidos em um só corpo pela morte de
Cristo (1Co 12.13) e elevados aos lugares celestiais em Cristo (Ef 1.3).

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4.3. Refletindo sobre o ministério - "E ninguém toma para si essa honra,
senão o que é chamado por Deus, como Arão", Hb 5.4. Partindo desse
princípio, entendemos que os ministérios constituídos por Cristo para a sua
Igreja (Hb 5.1,2,4) incluem o exercício religioso e teológico recebidos como
uma atividade específica para o engrandecimento do Reino de Deus aqui na
Terra.
As Epístolas de Paulo nos fazem entender que, além do ministério ser algo
concedido por Deus (Cl 4.17), tem ainda como critério para a escolha dos que
farão parte dele os seguintes fatores sinceridade, caráter (temperamento) e
fidelidade.

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Capítulo 7
Como saber se você é
vocacionado ou não para o
pastorado
O famoso pregador inglês examina esse tema ainda hoje problemático. Da sua
vasta experiência pastoral Spurgeon nos apresenta algumas respostas
esclarecedoras para todos quantos estão considerando este assunto.
1. O primeiro sinal da vocação celeste é um desejo intenso e
absorvente de realizar a obra.
Para se constatar um verdadeiro chamamento para o ministério é preciso que
haja uma irresistível, insopitável, ardente e violenta sede de contar aos outros
o que Deus fez por nossas almas.
A Palavra de Deus deve ser como fogo em nossos ossos, do contrário, se nos
aventurarmos no ministério, seremos infelizes nisso, seremos incapazes de
suportar as diversas formas de abnegação que lhe são próprias, e prestaremos
pouco serviço àqueles aos quais ministramos. Falo de formas de abnegação, e
digo bem, pois o trabalho do verdadeiro pastor está repleto delas, e, se não
amar a sua vocação, logo sucumbirá ou desistirá da luta, ou prosseguirá
descontente, sob o peso de uma monotonia tão fastidiosa como a de um
cavalo cego girando um moinho.

2. Em segundo lugar, é preciso que haja aptidão para ensinar e


certa medida das outras qualidades necessárias ao ofício de
instrutor público.
Se um homem for vocacionado para pregar, será dotado de capacidade em
algum grau para falar, capacidade que ele cultivará e desenvolverá. Se o dom
de elocução não existir no início em alguma medida, não é provável que venha
a desenvolver-se.

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Este ponto não estará completo se eu não acrescentar que a simples
capacidade para edificar e a aptidão para ensinar não bastam. São necessários
outros talentos para completar a personalidade do pastor. Critério sadio e
sólida experiência devem instruí-lo; maneiras gentis e qualidades amáveis
devem governá-lo; firmeza e coragem devem ser manifestas; e não devem
faltar ternura e simpatia.
Leiam cuidadosamente as qualificações do bispo, registradas em 1 Tm 3:2-7 e
Tt 1.6-9. Se esses dons e graças não estiverem em vocês, e com abundância, é
possível que tenham bom êxito como evangelistas, mas como pastores não
terão nenhum valor.
3. É preciso que o aspirante veja realizar-se certo número de
conversões sob os seus esforços.
Pode ocorrer que um homem tenha uma vida inteira de provação, se se sentir
chamado para tanto, mas a mim me parece que quando alguém for separado
para o ministério, seu comissionamento estará sem selos enquanto almas não
forem ganhas por sua instrumentalidade para o conhecimento de Jesus.
Como são enviados de Deus os que não trazem homens a Deus? Profetas
cujas palavras são vazias de poder, semeadores cujas sementes fenecem todas,
pescadores que não pegam peixes, soldados que não ferem — são homens de
Deus, estes? Certamente melhor seria trabalhar como lixeiro ou limpador de
chaminé, do que ficar no ministério como uma árvore completamente estéril.
O infeliz que ocupa um púlpito e nunca glorifica o seu Deus com conversões,
é um vazio, uma nódoa, uma feiura, uma injúria. Não vale o sal que come,
muito menos o pão.
4. É necessário, como prova da sua vocação, que a sua
pregação seja aceitável ao povo de Deus.
Deus normalmente abre as portas da elocução para aqueles que Ele chama
para falarem em Seu nome. A impaciência forçaria a abertura da porta, ou a
poria abaixo, mas a fé espera no Senhor, e na ocasião devida ela recebe o
prêmio da oportunidade.
Os sinais e marcas do verdadeiro bispo estão registrados na Palavra para
orientação da Igreja; e se ao seguir essa orientação os irmãos não virem em
nós as qualidades requeridas, e não nos elegerem para o ofício, ficará bastante
claro que por melhor que possamos evangelizar, o ofício de pastor não é para
nós.

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Não corram por todo lado, pedindo para pregar aqui e ali. Preocupem--se
mais com a sua capacidade do que com a sua oportunidade, e sejam mais
zelosos quanto a andar com Deus do que com qualquer outra coisa.

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Capítulo 8
Qualificações morais do
pastor
1 Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente
obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma
mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”

Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, isto, é, aquele que tem
sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e
importante (1 Tm 3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja
confirmada pela Palavra de Deus (1 Tm 3.1-10; 4.12) e pela igreja (1 Tm 3.10),
porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos.

Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado
pela igreja segundo os padrões bíblicos de 1Tm 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9. Isso
significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial
tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou
porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não
tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus estabeleceu mediante o
Espírito Santo.
Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome
de Deus, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de
ministro.

1. Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são


principalmente morais e espirituais.
O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante
do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa
ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se
no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões
acertadas e na santidade devida.

Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória


espiritual (1Tm3.10). Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado
padrão para o candidato, isto, é que ele precisa ser um crente que se tenha
mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por

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isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e
pureza.
Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mt 25.21
de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o
muito”.

2. O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos


fiéis” (1 Tm4.12; 1 Pe 5.3).
Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas
perante a congregação como dignas de imitação.

(a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na


piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a Cristo e ao
evangelho (1Tm 4.12,15).

(b) O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não
somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que
vivem conforme os padrões bíblicos.

O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como
padrão ou exemplo (1 Co 11.1; Fp 3.17; 1 Ts 1.6; 2 Ts 3.7,9; 2 Tm 1.13).

➢ O Espírito Santo acentua grandemente a liderança do crente no lar, no


casamento e na família (1Tm 3.2,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser
um exemplo para a família de Deus, especialmente na sua fidelidade à
esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de
Deus?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (1Tm 3.2).
Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser
um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego
em 1Tm 3.2, é “homem de uma única mulher”, ou seja, um marido
sempre fiel à sua esposa.

➢ Consequentemente, quem na igreja comete graves pecados morais,


desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de
liderança na igreja local (1Tm 3.8-12). Tais pessoas podem ser
plenamente perdoadas pela graça de Deus, mas perderam a condição de
servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na
pureza (4.11-16; Tt 1.9).

Já no Antigo Testamento, Deus expressamente requereu que os dirigentes do


seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se

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falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2; 21.7,17; Nm 20.12; 1Sm
2.23; Jr 23.14; 29.23).

➢ A Palavra de Deus declara a respeito do crente que venha a adulterar


que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua
vergonha não desaparecerá.
Isso não significa que nem Deus nem a igreja perdoará tal pessoa. Deus
realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza
segundo Deus e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado.

O que o Espírito Santo está declarando, porém, é que há certos pecados que
são tão graves que a vergonha e a ignomínia (isto, é, o opróbrio) daquele
pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (2Sm 12.9-
14).

➢ Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a
despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-
15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa
continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado os padrões
já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários
motivos.

O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da


igreja de Jesus Cristo, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes.
Deus não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que
foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação
de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o
sangue de Jesus Cristo, requer padrões espirituais muito mais altos.

Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali


exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja
do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou
grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou
muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido
ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de Deus blasfemassem, ele sofreu
castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).

As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas


por Deus para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na
revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e
sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra,
no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (1Tm 4.12).

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Capítulo 9
O ofício Pastoral
O Novo Testamento constrói-se sobre o fundamento do Antigo, ao revelar o
Pastor principal. Cristo, em toda a sua sabedoria, glória, poder e humildade (Jo
10,11; l Pe 5,4).

A pessoa e a obra do Grande Pastor culminam em sua morte (isto é, o sangue


da Aliança eterna, Hb 13,20; l Pe 2,25) e a ressurreição.

O Bom Pastor deu a vida por suas ovelhas a quem chama para si (Jo 10.11-
16). Esses "chamados" representam a Igreja. Cristo, como cabeça da Igreja, a
lidera (Ef 1.22; 5,23-25) e pastoreia, Ele chama pastores para serem sub
pastores, a fim de que atuem e supervisionem sob sua autoridade (l Pe 5.14).

Tanto pela doutrina (l Co 12) como pelo exemplo vivo, o Novo Testamento
revela a natureza da Igreja e de todos os seus membros e atividades, Ele
também provê ensinos claros acerca de seus oficiais e suas funções.

O papel e as responsabilidades de um pastor, conforme apresentados no


Novo Testamento, são a base de todo ministério bíblico futuro.

Cinco termos distintos referem-se ao ofício pastoral:


1. Presbítero ou ancião (presbyteros), um título que destaca a direção
administrativa e espiritual da igreja (At 15.6; l Tm 5.17; Tg 5.14; l Pe 5.1-4).

2. Bispo ou supervisor (episkopos), que salienta a direção, supervisão e


liderança na igreja (At 20.28: Fp 1.1; l Tm 3.2-5; Tt 1.7).

3. Pastor (poimén), uma posição que denota liderança e autoridade (At


20.28-31; Ef 4.11), bem como direção e provisão (l Pe 2.25; 5-2-3).

4. Pregador (kerux), que indica proclamação pública do Evangelho e ensino


do rebanho (Rm 10.14; l Tm 2.7; 2 Tm 1.11).

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5. Mestre (didaskalos), o responsável pela instrução e exposição das
Escrituras, cujo ensino é tanto instrutivo (l Tm 2.7) como corretivo (l Co
12.28,29).

As Escrituras são bem claras quanto ao fato de que esses títulos dizem
respeito ao mesmo ofício pastoral. Os termos ancião e bispo são sinónimos
em Atos 20.17 e Tito 1.5-7. Os títulos de presbítero, bispo e pastor são
também sinónimas em l Pedro 5.1,2.
A função de liderança dos presbíteros é também evidente na atividade pastoral
de Tiago 5.14.
Em l Timóteo 5,17 e Hebreus 13,7, os termos mestre e pregador estão
associados, Efésios 4,11 relaciona pastores com professores, como ocorre em
l Timóteo 5.17 e Hebreus 13.7. Essas duas últimas passagens não fornecem
base exegética para separar o trabalho de governar e ensinar.
Por conseguinte, a conclusão deve ser que a liderança pastoral na igreja inclua
pregação, ensino, supervisão e pastoreio. A paridade dos títulos aponta uma
função única: o ofício de pastor.
ETIMOLOGIA DO TERMO PASTOR NO ANTIGO E
NOVO TESTAMENTO
No Antigo Testamento.
No hebraico, raah, palavra que figura por setenta e sete vezes, no particípio,
onde tem o sentido de “pastor” (por exemplo: Gên. 49:24; Êx 2.17,19; Nm
27:17; 1 Sm 17.40; Sl 23.1; Is 13. 20; 31.4; 40.11; Jr 6.3; 23.4; 25.34-36; 31.10;
Ez 34.2-10; 12,23; Amós 1.2; 3.12; Zc 10.2,3; 11.3,5,8,15,16; 13.7.
No Novo Testamento.
No grego, poimén, vocábulo que ocorre por dezoito vezes: Mt 9.36; 25.32;
26.31 (citando Zc 13.7); Mc 6.34; 14.27; Lc 2.8,15,18,20; João
10.2,11,12,14,16; Ef 4.11; Hb 13.20; 1 Pe 2.25.
No seu sentido literal, um “pastor” é alguém que cuida dos rebanhos de
ovelhas. Aparece pela primeira vez em Gn. 4.2, a fim de descrever a ocupação
de Abel. Portanto, juntamente com a ocupação do agricultor, é a mais antiga
profissão do mundo. Posteriormente, Abraão, Isaque, Jacó e os filhos de Jacó
foram identificados como pastores (ver Gn. 13.7; 26.20; 30.36; 37.22).
Os pastores eram conhecidos como profissionais que alimentavam e
protegiam os rebanhos (Jr 31.10; Ez 34.2), que procuravam as ovelhas

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perdidas (Ez 34.12) e que livravam dos animais ferozes as ovelhas que
estivessem sendo atacadas (Amos 3.12).
Com base na ideia de que o pastor é um protetor e líder do rebanho, surgiu o
conceito de Deus como o Pastor de Israel. Os próprios pastores antigos
foram os primeiros a salientar essa similaridade. Assim Jacó se dirigiu a Deus,
nos dias que antecederam a sua morte (ver Gn 48.15). E Davi chamou Deus
de seu Pastor, no bem conhecido Salmo 23 (vs. 1) o que Asafe também fez,
em Salmos 80:1.
Além desses cinco termos, uma série de palavras descritivas
lança luz sobre o ministério pastoral bíblico:
- Governante (1 Ts 5.12; 1Tm 3.4,5; 5.17).
O pastor verdadeiro guia o rebanho, tanto nesta vida como em direção à vida
eterna (João 10.4,10,17 e 28).
- Embaixador (2 Co 5.20),
- Despenseiro (1 Co 4.1),
- Defensor (Fp 1.7).
O verdadeiro pastor garante a segurança do rebanho, tanto agora como para
toda a eternidade, mediante a autoridade que lhe foi conferida pelo Pai com
quem Cristo tem perfeita união, tanto no tocante à sua natureza quanto no
que diz respeito aos seus desígnios (João 10.27-30).
- Ministro (1 Co 4.1),
- Servo (2 Co 4.5),
- Exemplo (1Tm 4.12; 1Pe 5.3).
O bom pastor é o exemplo moral das ovelhas e vai adiante delas (João 10:4).

O Novo Testamento também diz que o pastor deve:


1) Pregar (1 Co 1.17),
2) Alimentar (1 Pe 5.2),
3) Edificar a Igreja (Ef 4.12; 2 Co 13.10),
4) Orar (Cl 1.9),
5) Velar pelas Almas (Hb 13.17),
6) Lutar (1 Tm 1.18),
7) Convencer (Tito 1.9),
8) Consolar (1 Co 1.4 – 6),
9) Repreender (Tito 1.13),
10) Alertar (At 20.31),
11) Admoestar (2 Ts 3.15),
12) Exortar (Tito 1.9; 2.5).

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As Escrituras são claras quanto ao ofício e funções do pastor. O padrão
bíblico descreve um homem cheio do Espírito Santo que supervisiona,
pastoreia, dirige, ensina e admoesta, fazendo tudo com espírito de amor,
consolo e compaixão, Todas essas funções eram evidentes na Igreja Primitiva.
Responsabilidades Básicas do pastor
Um dos livros do Novo Testamento mais explícitos quanto à obra do
ministério são 1 e 2 Tessalonicenses. Uma análise cuidadosa dessas epístolas
conduz à descrição básica do ministério.
As responsabilidades básicas do pastor são:
1. Orar – 1 Ts 1.2,3;3.9-13
2. Evangelizar – 1 Ts 1.4,5,9,10
3. Capacitar – 1 Ts 1.6 - 8
4. Defender - 1Ts 2.1-6
5. Amar – 1 Ts 2.7,8
6. Labutar – 1 Ts 2.9
7. Exemplificar – 1 Ts 2.10
8. Liderar – 1 Ts 2.10-12
9. Alimentar – 1 Ts 2.13
10. Vigiar – 1 Ts 3.1-8
11. Ensinar – 1 Ts 4.1-8
13. Exortar – 1 Ts 5.12-24
14. Encorajar – 2 Ts 1.3-12
15. Corrigir – 2 Ts 2.1-12
16. Confrontar – 2 Ts 3.6,14
17. Resgatar – 2 Ts 3.15
Paulo exemplifica o caráter do pastor e sua influência na conduta ministerial
(1 Ts 2.1-6). Ele descreve a natureza da liderança pastoral, usando as figuras
da mãe (1 Ts 2.7,8), do trabalhador (2.9); do membro de uma família (2.10) e
do pai (2.11,12).

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O verdadeiro pastor a as contradições em torno de si
Vejamos o que não é ser pastor e algumas definições para o verdadeiro pastor
de almas.
O que não é ser pastor?
Ser pastor não é ser apenas dirigente de culto.
Ser pastor não é falar bonito, não é ser bom orador.

Definições práticas do verdadeiro pastor


O pastor é aquele homem escolhido por Deus para aperfeiçoar os santos,
edificar a igreja de Deus, apascentar o rebanho do Senhor e zelar pela causa de
Cristo.

1. Ser pastor é ser dirigente de vidas e transformar tudo aquilo que o Doador
da vida deseja que os homens recebam.
2. Ser pastor é ter paixão pelas almas.
3. Ser pastor é amar profundamente o Senhor Deus.
4. Ser pastor é dar a vida e seus esforços pela Igreja do Senhor.
5. Ser pastor é cuidar do bem está moral e espiritual dos membros da Igreja
do Senhor.
6. Ser pastor é não descuidar dos interesses dos servos de Deus.
7. Ser pastor é ter uma vida digna do nome de Cristão.
8. Ser pastor é viver em íntima comunhão com Deus para dEle receber a
orientação.
9. Ser pastor é estar á altura de ensinar as verdades divinas ao povo de Deus,
como alguém que maneja bem a palavra da verdade.
10. Ser pastor é ter capacidade de enfrentar as terríveis investidas dos falsos
ensinadores que procuram assaltar a fé cristã e a Igreja.
11. Ser pastor ainda é ser bom organizador, administrador exemplar dos bens
do Senhor, como fiel mordomo.
12. Ser pastor é possuir muita paciência e resignação, fé e amor, saber chorar e
rir no momento próprio, ser otimista e ter visão, que prima por uma vida de
santidade, em alto nível espiritual, sem, contudo cair no erro do fanatismo.
O pastor é um contraditado
Perante as pessoas, mesmo na igreja, é difícil ser obreiro. Certo
artigo, de autoria desconhecida diz:
"Se o pastor é ativo, é ambicioso;
se é calmo, é preguiçoso;
se o pastor é exigente, é intolerante.
Se não exige, é displicente.

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Se fica com os jovens, é imaturo.
Se fica com os adultos, é antiquado.
Se procura atualizar-se, é mundano.
Se não se atualiza, é de mente fechada.
Se prega muito, é prolixo, cansativo.
Se prega pouco, é que não tem mensagem.
Se se veste bem, é vaidoso.
Se se veste mal, é relaxado.
Se o pastor sorri, é irreverente.
Se não sorri, é cara dura".
O que o pastor fizer, alguém pensa que faria melhor.

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Capítulo 10
O Objetivo Primário do
Pastorado

I. O OBJETIVO PRIMÁRIO DO PASTORADO


O pastor que não alimentar o rebanho não o terá por muito tempo, Suas
ovelhas ou vão fugir para outros campos ou morrerão de fome, Acima de
tudo, Deus exige que seus pastores espirituais alimentem os rebanhos. Aliás, a
habilidade que distingue o presbítero do diácono é que aquele deve ser "apto
para ensinar" (l Tm 3,2; Tt 1.9).

Charles Jefferson escreve:


A alimentação das ovelhas é uma tarefa essencial da vocação do pastor; ela é
conhecida até dos que têm pouca familiaridade com os pastores e o trabalho
deles. As ovelhas não conseguem alimentar-se ou beber por si mesmas, Elas
precisam ser conduzidas à água e ao pasto... Tudo depende de uma
alimentação adequada. A menos que essa seja fornecida com sabedoria, as
ovelhas tornam-se magras e fracas, desperdiçando-se o dinheiro investido
nelas... Quando o ministro sobe ao púlpito, ele é o pastor no ato de alimentar,
e se cada ministro tivesse isso em mente, muitos sermões seriam diferentes. A
maldição do púlpito é a superstição de que o sermão é uma obra de arte, e não
um pedaço de pão ou de carne.

Jesus salientou a importância de alimentar o rebanho quando falou com Pedro


no encontro descrito em João 21, Por duas vezes, em sua ordem a Pedro,
Jesus usou o termo bosko, que significa "eu alimento" (vv. 15,17).

O alvo do pastor não é agradar as ovelhas, mas alimentá-las - não é fazer


cócegas em seus ouvidos, mas alimentar sua alma. Ele não está ali para
oferecer gotinhas de leite, mas verdades bíblicas como sólidas refeições. Os
que não alimentam o rebanho não são aptos para ser pastores (Jr 23.1-4; Ez
34,2-10).

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1. Como Pastorear?
Além de alimentá-lo, o pastor tem duas responsabilidades primárias com
relação ao rebanho. Ele deve supervisioná-lo, liderando-o por meio do
exemplo de sua vida, Pedro desafia os companheiros presbíteros a apascentar
o rebanho de Deus que estava entre eles "tendo cuidado dele" (l Pe 5,2), Deus
lhes confiou a autoridade e a responsabilidade de liderar o rebanho, Os
pastores responderão pela qualidade da liderança que exercem, e o rebanho
responderá pela qualidade da submissão que prestam (Hb 13.17).

No entanto, ser pastor não significa observar o quadro geral à distância; é


necessário estar bem junto do rebanho, liderando pelo exemplo.

O pastor eficaz não conduz o rebanho por trás, mas o lidera pela frente. As
ovelhas o veem diante delas e imitam suas ações. O recurso mais importante
da liderança espiritual é o poder de

2. Como Não Pastorear?


Em sua exortação aos colegas presbíteros, Pedro os alerta contra duas
armadilhas. Em primeiro lugar, eles devem evitar fazer o trabalho de má
vontade. O bom pastor faz seu trabalho "não por força, mas voluntariamente"
(l Pe 5.2). As ovelhas podem ser animais desagradáveis, sujos, tolos,
enervantes. Um antigo criador de ovelhas, Phillip Keller, observa que
"nenhuma classe de criação exige maiores cuidados e orientação mais
minuciosa que as ovelhas".
Pastor preguiçoso é um pastor ineficiente. A tentação contra a qual Pedro
adverte é a de deixar-se levar - isto é, simplesmente fazer a obra do ministério
apenas quando pressionado. O pastoreio do rebanho de Deus deve ser feito
de modo espontâneo, voluntário, com avidez e consciência de seu valor.

Outra armadilha mais sinistra que devemos evitar é a de fazer


a obra do ministério por torpe ganância:
"De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a veste", afirmou Paulo aos
presbíteros efésios (At 2033). "Ninguém pode servir a dois senhores",
declarou Jesus, "porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um
e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Mt 6.24). Isso é
verdadeiro com relação aos pastores, dos quais Deus exige que não sejam

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cobiçosos de torpe ganância (l Tm 3.3). São os falsos profetas que se
empenham na busca frenética do lucro monetário (veja Is 56.11; Jr 6.13; Mq
3,11; 2 Pe 2.3).

Não é errado o pastor ser pago; aliás, as Escrituras ordenam isso. "Os
presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada
honra [honorários]", escreveu Paulo a Timóteo, "principalmente os que
trabalham na palavra e na doutrina" (l Tm 5.17). É errado o obreiro permitir
que o lucro financeiro seja a motivação para o ministério. Isso produz não
apenas líderes falsos e ineficientes, como também degrada o ministério aos
olhos do mundo. Nunca me esquecerei de quando, pastor novo, uma mulher
(sem saber que eu era pastor) me aconselhou a entrar no ministério. "Você
não precisa trabalhar duro", informou-me, "e ainda pode juntar um bom
dinheiro", Só fico imaginando que tipo de pastor ela havia encontrado para
desenvolver tal conceito de ministério. O homem humilde, dedicado ao
pastoreio das almas que Deus confiou aos seus cuidados, alcançará a
incorruptível coroa de glória quando aparecer o Sumo Pastor (l Pe 5.4).

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Capítulo 11
Habilidades Ministeriais

I. QUATRO ÁREAS BÁSICAS PARA LAPIDAR AS


HABILIDADES MINISTERIAIS
Existem quatro áreas básicas para lapidar as habilidades ministeriais de uma
pessoa. O pastor preparado é aquele que, pela busca de um caráter piedoso e
pelos rigores dos estudos bíblicos e teológicos abrangentes, aprende ainda a
liderar com convicção, ensinar com autoridade, pregar com paixão e pastorear
com cuidado.
1. Liderar com convicção.
A liderança competente está seguramente ancorada em fortes convicções
bíblicas. Essa é uma qualidade absolutamente essencial para a eficiência no
ministério, Tito 1.9 afirma que o bispo deve reter firme a palavra, que é
conforme a doutrina, para que seja poderoso tanto para admoestar com a sã
doutrina como para convencer os contradizentes.
As convicções espirituais que sustentam uma liderança forte não têm origem
em um vácuo, antes, emergem como um resíduo produzido pelo Espírito de
Deus, quando este faz com que a Palavra exerça um impacto sobre o
indivíduo.
A convicção, por sua vez, gera a disciplina, a visão e a coragem necessárias à
tarefa, Uma firme compreensão da Palavra de Deus e uma absorção cada vez
maior de suas verdades são os alicerces sobre os quais repousam as
convicções, e por elas vale a pena morrer.
2. Ensinar com autoridade.
O pregador está sob a comissão e a autoridade divinas, "É um embaixador e
deve ter consciência de sua autoridade, devendo sempre reconhecer que se
apresenta à congregação na qualidade de mensageiro enviado". Ao final do
Sermão do Monte, proferido por Jesus, Mateus resume: "A multidão se
admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como
os escribas" (Mt 7,28,29).

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Da mesma forma, Paulo instruiu seus discípulos a ensinar com autoridade, Ele
ordena a Timóteo: "Manda estas coisas e ensina-as" (l Tm 4,11) e lembra a
Tito: "Fala isto, e exorta, e repreende com toda a autoridade, Ninguém te
despreze" (Tt 2.15).
É importante que a autoridade do ensino não se baseie na pessoa, nem brote
dela mesma, pois aquela deriva somente do conhecimento e da compreensão
da Palavra de Deus.
Nossa autoridade tem um fundamento.
Primeiro, você precisa saber o que crê a respeito da Bíblia. Se você não
estiver certo de que é a Palavra de Deus, não terá autoridade.
Depois, você precisa saber o que diz a Palavra. Caso não tenha certeza de seu
significado, não poderá ter autoridade. Então, você deve preocupar-se em
comunicá-la da melhor forma, pois a Palavra de Deus está sendo levantada.
Por fim, você precisa cuidar da reação das pessoas à Palavra.
O mandamento é claro, O servo fiel deve ser firme em seu ensino,
transmitindo a Palavra de Deus e deixando que ela realize sua obra.
II. O PASTOR E O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO DA
PALAVRA
Em Atos 2.41,42, está a primeira chave da prática dos primeiros discípulos:
"De sorte que foram balizados os que de bom grado receberam a sua palavra;
e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina
dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações".
A entrada na igreja dava-se por meio do arrependimento e do batismo,
acompanhados pelo dom do Espírito Santo (At 2,38). Depois disso, a igreja
recém-formada devotava-se a certo número de atividades que resultavam em
crescimento numérico e espiritual (veja 2.47; 4.32-35).
Em primeiro lugar, na lista das práticas, estava a perseverança na
doutrina dos apóstolos.
Os cristãos aprendiam essa doutrina ou a Palavra de Deus, e não apenas
ouviam, mas colocavam em prática. A pregação e o ensino da Palavra eram o
centro do ministério dos apóstolos. A Palavra é o meio básico pelo qual os
cristãos são conduzidos à maturidade (2 Tm 3.16,17; Sl 19.7-11) e não deve
ser negligenciada (At 6.2).
O pastor, portanto, é responsável pelo ensino da Palavra de Deus à igreja
local. Quer isso seja feito por um sermão de culto, uma classe de escola

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dominical, um grupo de discipulado, células de estudo ou estudos bíblicos nos
lares, não importa.
Se a Palavra de Deus for ensinada, a igreja crescerá em fé e amor (Rm 10,17),
Porém, introduzir programas inovadores só para variar e animar, sem de fato
dar prioridade ao ensino da Palavra, é trocar as louças sem se preocupar com a
comida servida. O líder da igreja deve cuidar para que o povo devote-se
continuamente ao estudo e à prática da Palavra de Deus.
A figura neotestamentária de um pastor e suas ovelhas proporciona um
excelente modelo para a igreja e sua liderança, assim como o pastor de ovelhas
lidera, alimenta, prepara, incentiva, protege e multiplica seu rebanho, o pastor
de almas deve fazer com seu rebanho.
Os líderes da igreja devem dar direção aos cristãos, conduzindo-os à verdade,
Eles devem ensinar à congregação todo o conselho de Deus conforme
revelado nas Escrituras, por meio de uma exposição fiel da Bíblia (veja At
20.27; 2 Tm 4.1-5).
3. Pregar com paixão.
Pregar com paixão implica apropriação pessoal daquilo que é pregado. O
pregador abraça entusiasticamente o conteúdo da mensagem que transmite
aos outros. A substância da mensagem exerce um impacto em seu coração,
tornando-o ansioso por envolver outros, para que compartilhem de suas
riquezas e sintam seu impacto.
4. Pastorear com cuidado.
A liderança e o governo são muitas vezes erradamente igualados. Embora o
fato de estar em uma posição de superintendente exija que se tomem decisões
que afetarão os outros, o pastorado bíblico pede ura ministério, não uma
monarquia.
A chave para uma liderança eficaz é o serviço, como deixa claro o apóstolo
Paulo: "E rogamo-vos irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e
que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em
grande estima e amor, por causa da sua obra" (l Ts 5,12-3).
O pastor cuidadoso deve aprender a ser vigilante, estar alerta, guardando seu
rebanho, Em suas instruções de partida aos presbíteros de Éfeso, Paulo disse:
"Olhai, pois, por vós e por todo o retenho sobre que o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com
seu próprio sangue" (At 20.28).

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Em Hebreus 13. 17 ecoa o mesmo pensamento: os líderes velam por nossa
alma. Na vigilância do pastor, as ovelhas encontram proteção; em sua
coragem, recebem defesa.

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Capítulo 12
Os pastores em Relação às
bebidas Alcoólicas

O pastor não pode ser dado ao vinho (1Tm 3.3). O verbo grego paroinon
que, literalmente, significa "estar ao lado do vinho". A exigência pastoral é
repetida em 1 Timóteo 3.3, bem como em Tito 2,3, qualificando as mulheres
mais velhas para ajudarem as mais novas em caráter oficial na igreja, qualquer
pessoa, em qualquer liderança cristã, deve estar alerta e sóbria.

Isso significa que, no tempo do Novo Testamento, os pastores


nunca bebiam vinho?
Não, o vinho era uma bebida comum na época, pois não se podia beber água
sem correr o risco de contrair uma infecção. Mesmo hoje, em países em que
faltam refrigeração adequada e tratamento de água, a primeira coisa que dizem
a uma visita é: "Não beba água".
Qualquer tipo de suco deixado no calor fica fermentado. As pessoas da
antiguidade estavam bem conscientes disso, de modo que tomavam uma série
de precauções para evitar uma intoxicação, A primeira era misturar vinho à
água, na proporção de oito partes de água para uma de vinho, Isto servia mais
como desinfetante para a água do que de receita para uma bebida gostosa,
pois, em uma mistura de oito para um, não há muito gosto, Não se podia ficar
embriagado cora isso, pois o estômago não conseguia absorver o necessário
para embriagar, uma vez que a mistura incluía muita água.
A segunda precaução que costumavam tomar era ferver o vinho. Esse tipo de
vinho é, provavelmente, associado à palavra hebraica yayin, palavra principal
para vinho no Antigo Testamento.
Neste vocábulo existe uma ideia de espuma, talvez mais um comentário
referente ao processo preparatório de fervura do que à espuma característica
de alguns vinhos. Quando o vinho era fervido, o álcool evaporava e o que
sobrava era uma pasta grossa. Muitas vezes, as pessoas espalhavam isso sobre
o pão, usando-o como geleia, como fazemos hoje. Essa pasta grossa era

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conservada em peles de animais, retirada em sua forma concentrada e
reidratada para produzir um suco de uva reconstituído, sem álcool.
As pessoas dos tempos bíblicos tomavam sérias precauções para não produzir
um vinho muito embriagante. Hoje é diferente. O vinho é retirado
diretamente da fruta e fermentado de propósito. Misturar água ao vinho seria
um grande pecado para qualquer conhecedor de vinho. Portanto, a ordem
bíblica de que o pastor não deve ser viciado em vinho é, hoje, mais adequada
que nunca.
O álcool não deve fazer parte da vida do pastor nem influenciar seu
pensamento. Ele não deve ser beberrão, alguém que frequente bares,
botequins ou lugares associados com bebidas, onde existam um potencial para
a bebedeira e outros deslizes, pois corre o risco de perder o controle de si
mesmo e dizer ou fazer coisas impróprias. Especialmente nos tempos antigos,
as tavernas e hospedarias eram lugares de depravação e iniquidade. Ninguém
cuja vida esteja centrada em lugares de bebedeira está apto para ser pastor ou
presbítero.
Aparentemente, na Igreja Primitiva, os que conheciam o Senhor bebiam vinho
misturado com água ou um suco de uva reconstituído, Além disso, Paulo teve
de dizer a Timóteo que tomasse um pouco de vinho por questões médicas (l
Tm 5.23), pois alguns cristãos, evidentemente, evitavam tudo que pudesse
estar ligado ao vinho.
Com certeza, não bebiam o que a Bíblia chama de "bebidas fortes", termo
usado para bebidas embriagantes, sem mistura alguma. Eles faziam de tudo
para não ficar embriagados.
O mesmo deve ocorrer com os cristãos de hoje. Considerando-se as
tecnologias de tratamento de água e de refrigeração atuais, a maior parte das
pessoas não tem necessidade de beber nenhuma bebida alcoólica. Além de
reconhecer que não é necessário beber, entendemos que fazê-lo poderia ser
prejudicial à nossa saúde.
Em Levítico 10.9, há instruções aos sacerdotes para se absterem de bebidas
alcoólicas.
Em Provérbios 31.4,5, verificamos a mesma instrução aos príncipes ou
governantes. O princípio é que qualquer pessoa em posição de tomar decisões
importantes que afetam a muitos não deve atuar sem pleno entendimento.
Pense em como nossas igrejas e governos poderiam funcionar melhor se a
maioria dos líderes levassem a sério essa ordem bíblica.

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Jesus e o Vinho
Eis o Vinho que Jesus usava para cear com seus discípulos:
“E digo-vos que, desde agora, não beberei deste “fruto da vide”, até aquele dia
em que o beba novo convosco no reino de meu Pai (Mt 26.29).
O que é fruto da vide o qual Jesus se referiu?
Trata-se do suco fresco da uva.

JESUS NUNCA TRANSFORMOU ÁGUA EM VINHO


ALCOÓLICO. COM SABEMOS DISSO?
Leia: João 2:1-11
Três considerações precisarão aceitar:
Primeiro, Nada no texto sugere que Jesus transformou água em bebida
alcoólica. No contexto de tudo que a Bíblia fala sobre bebida forte, é
inimaginável que Jesus teria feito centenas de litros de vinho alcoólico.

Segundo, a água que Jesus transformou em vinho era suco de uva. Esta
afirmação e baseada nos seguintes fatos.

Jesus fez água em vinho na hora. No primeiro momento em que o vinho era
produzido, ele era suco de uva. Somente após um processo de
envelhecimento e de fermentação é que se tornava alcoólico. O vinho que
Jesus fez não deu tempo passar pelo processo de envelhecimento e de
fermentação!
Terceiro, se Jesus tivesse feito vinho alcoólico ele estaria incentivando a
embriaguez. E isso Jesus jamais faria!

O QUE PROVÉRBIOS 23.31 ESTÁ DIZENDO EM


RELAÇÃO AO VINHO?
“Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no
copo e se escoa suavemente”.
* “Não olhes para o vinho...” Refere-se a não examinar, isto, é não beber
vinho fermentado.
* “Quando se mostra vermelho”. Refere-se ao vinho fermentado.

O QUE 1 TESSALONICENSES 5.6 ESTÁ DIZENDO EM


RELAÇÃO AO VINHO?

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“Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios”.
* Sejamos sóbrios.
O significado primário e literal deste texto, conforme explicam vários léxicos
de grego, é um estado de “abstinência de vinho”, “não beber vinho” (Bíblia de
Estudo Pentecostal).

De acordo com a Palavra de Deus, o ideal é nem olhar para o vinho, pois é
traiçoeiro, quanto mais usá-lo (Pv 23.31,32). O verdadeiro cristão não bebe
vinho nem cerveja nem qualquer outro tipo de bebidas alcoólicas!

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Capítulo 13
A credibilidade da
mensagem

Como o Espírito Santo fortalece nosso testemunho de Cristo


no mundo?
A maioria das pessoas pensa na capacitação do Espírito Santo em termos de
ousadia para falar sobre a Boa Notícia da salvação em Jesus Cristo, e isso é
verdade, claro, mas sua capacitação para o testemunho envolve mais do que
falar com ousadia.

Acredito que a questão mais crítica quanto à eficácia na evangelização hoje é a


credibilidade do mensageiro. O apóstolo Paulo declarou que o Evangelho é "o
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16).

O poder primário na evangelização não está no mensageiro. Está na


mensagem. No entanto, o mensageiro pode ajudar muito ou dificultar a
eficácia da mensagem.

Jesus afirmou claramente que o objetivo essencial da capacitação do Espírito é


sermos suas testemunhas. Infelizmente, muitos associam ser uma testemunha
apenas com a fala, ou ao que veio a ser chamado de testemunho. Mas, para
alcançar os espiritualmente perdidos, exige-se um testemunho para além das
palavras.

O batismo e a plenitude do Espírito trazem uma nova ousadia para proclamar


a mensagem de Cristo e operar os dons espirituais. Traz também uma maior
capacidade para o fruto do Espírito - o caráter de Jesus — a ser desenvolvido
e comprovado em nossas vidas. Tanto o apóstolo Paulo quanto o apóstolo
Pedro manifestaram claramente que o nosso testemunho se estende além de
nossas palavras.

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Paulo escreveu aos cristãos de Tessalônica: ''Porque o nosso evangelho não
foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e
em muita certeza, como bem ' sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós"
(2 Ts 1.5)”.

O testemunho de Paulo não era apenas o que ele dizia ("... não somente em
palavras"), mas também como ele dizia ('no poder e no Espírito Santo, e em
muita certeza") e em quem era ("como bem sabeis quais fomos entre vós, por
amor de vós").

O apóstolo Pedro apresenta essencialmente os mesmos três componentes do


testemunho eficaz em sua primeira epístola: "Antes, santificai ao Senhor Deus
em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão
e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo
uma boa consciência, pata que, naquilo em que falam mal de vós, como de
malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em
Cristo" (1 Pe 3.15,16).

Note que Pedro indica o que deve dizer ("a razão da esperança que está em
vós"). Ele também enfatiza como devemos dize-lo ("com mansidão e temor")
e a importância de quem somos ("tendo uma boa consciência" e exibindo o "o
bom porte [comportamento] em Cristo").

Nossa mensagem é uma combinação do que dizemos, como


dizemos e quem somos.

1) O que dizemos - Nossa mensagem é de Jesus.


É a mensagem centrada em Cristo que o Espírito honra e usa. Jesus prometeu
que o Espírito Santo o glorificaria (Jo 16.14). Após o Dia de Pentecostes, os
primeiros cristãos, com ousadia e claramente, testemunharam sobre Jesus
como Ele prometeu que fariam. Como resultado, um grande número de
pessoas creram (At 2.41; 11.21). Hoje, essa mesma mensagem de Jesus deve
ser claramente comunicada aos espiritualmente perdidos deste mundo.

A vida de Jesus Cristo é o ponto de virada da História. O calendário do


mundo é articulado sobre o Seu nascimento. Ele é considerado por muitos
como um professor, um filósofo ou mesmo um profeta, mas cada pessoa deve

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ser confrontada com a realidade de quem Ele realmente é: o Filho imaculado
de Deus, que deu a Sua vida para pagar a pena pelos nossos pecados. A toda a
humanidade deve ser dada um testemunho adequado e uma oportunidade
para aceitar Sua oferta de perdão e vida eterna e, pessoalmente, se apresentar
ao Seu senhorio.

2) Como compartilhar a mensagem — Como dizemos as


coisas comunica tanto quanto o que dizemos.
Nossas emoções, atitudes e ações são tanto uma parte da nossa mensagem
como nossas palavras.
Em sua Carta aos Colossenses, Paulo disse: "Andai com sabedoria para com
os que estão de fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre agradável,
temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um"
(Cl 4.,5,6).

O apóstolo Pedro escreveu: "Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos


corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a
qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo uma boa
consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores,
fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo" (1Pe
3.15,16).

Observe que Paulo e Pedro sublinham a forma do nosso testemunho. Paulo


diz que o nosso discurso "seja sempre agradável [com graça]". Pedro diz que
devemos falar "com mansidão e temor", exibindo o "bom porte
[comportamento] em Cristo".

3) Quem somos - A validade de nosso testemunho está


relacionada à credibilidade de nossas vidas.
O testemunho eficaz depende do caráter. Isso sempre foi verdade, mas em
uma cultura que está cada vez mais cética do cristianismo, é ainda mais crítico.

Com muitas pessoas, especialmente aquelas que conhecemos pessoalmente, o


nosso testemunho individual da diferença que Cristo fez em nossas vidas e as
suas provas consistentes através de nossas ações podem ser o que obriga a
maioria deles a atentarem para o Evangelho.

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Em uma sociedade em que as pessoas estão perdendo rapidamente a fé na
integridade dos governantes e das empresas, a credibilidade pessoal dos
cristãos não é apenas uma bênção adicionada ao testemunho. Ela é um
requisito essencial.

Em muitos países, o cristianismo não predomina. A população cristã é


pequena, e a presença cristã nos meios de comunicação não existe. Isso pode
oferecer uma grande vantagem no evangelismo porque o primeiro
testemunho que esses incrédulos recebem nesses países é de alguém que
conhecem pessoalmente e cuja vida mudou muito depois de receber Cristo.

Eles não têm o problema de precisar superar as percepções negativas que vêm
de pessoas conhecidas que comunicam uma mensagem cristã, mas cujas vidas
não afirmam essa mensagem. Muitas vezes, pessoas pensam na capacitação do
Espírito Santo apenas em termos de sinais e maravilhas e dons espirituais.

Mas "dunamis", a palavra grega traduzida por "poder" em Atos 1.8, é


maravilhosamente abrangente. O poder que Jesus prometeu aos Seus
seguidores é para todos os aspectos da vida cristã e nos permite fazer e ser
aquilo que está no propósito de nosso Senhor para nossas vidas.

O poder do Espírito Santo é muitas vezes descrito em termos de visibilidade,


de obras espetaculares. No entanto, na maioria das vezes, o tipo de poder de
que precisamos na vida cotidiana não é espetacular nem sensacional, mas
sobrenatural. Alcançar os propósitos de Deus no mundo precisa de ajuda
divina para além de nossas habilidades naturais, precisa de vida sobrenatural, e
nem sempre é dramático na aparência.

Quando Jesus ensinou Seus discípulos sobre o que iria convencer as pessoas a
serem Seus verdadeiros seguidores, Ele não falou sobre os sinais e maravilhas,
mas sobre o amor. Ele disse: "Nisto conhecerão todos que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13.35).

O fruto do Espírito na vida do crente - o amor, a alegria, a paz, a paciência e


todas as outras características que Paulo descreve em Gaiatas 5 - pode não
parecer espetacular, mas certamente pode ser sobrenatural, além de nossas
capacidades naturais.

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Quando as pessoas olham para nós e veem o amor (especialmente para
aqueles que nos têm ofendido), o transbordar da alegria em meio à tristeza, a
paz nas crises da vida, a paciência na tribulação, a gentileza em resposta à
hostilidade, são atraídas a Cristo.

Essas são evidências que vislumbram o sobrenatural, que mostram que não
estamos apenas sujeitos às nossas próprias emoções naturais. Estamos
fortalecidos pelo Espírito Santo para viver a vida que o Senhor nos chamou.
A obra sobrenatural do Espírito não será sempre espetacular ou sensacional,
mas vai dar provas convincentes da presença e da vida do Dele dentro de nós.

À medida que o fruto do Espírito — a natureza de Jesus — torna-se evidente


em nossas vidas, o Espírito Santo permite que nosso caráter se torne o que
Deus nos chamou para ser. O batismo no Espírito Santo abre o caminho para
uma vida de testemunho eficaz de Cristo naquilo que dizemos, como dizemos
e no que somos.

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Capítulo 14
O obreiro e o ensino
doutrinário

A palavra doutrina significa "ensino" e vem do latim doctrina, cuja forma verbal
é docere, que significa "ensinar". O termo tem um sentido geral, podendo
referir-se a qualquer tipo de ensino, como também pode indicar algum ensino
específico, como a Doutrina da Salvação.

O propósito da doutrina crista é a mudança da vida dos cristãos. Não se trata


de meros conceitos intelectuais e religiosos, que compõem algum sistema.

Doutrina cristã deve ser entendida como aqueles ensinos usados pelo Espírito
a fim de transformar vidas humanas, tornando-as semelhantes ao Senhor
Jesus, que nos convidou, dizendo: "aprendei de mim...", Mt 11.29. A doutrina
não deve consistir apenas naquilo em que cremos, porém, antes, deve tratar-se
de uma maneira de viver, para que a fé cristã não se torne uma mera filosofia.

O ensino no Antigo Testamento apresentava as leis e os preceitos de Deus


como forma de conduta agradável a Deus, tanto no deserto como em uma
Terra Prometida. Ou seja, "para uma nova terra, nada melhor do que viver
uma nova vida" (Dt 6.1-7). Sem lembranças do Egito e sem imitação dos
cananeus. Novidade de vida como fruto de gratidão e obediência ao Deus que
os libertou (Êx 20.1,2).

Do mesmo modo, no Novo Testamento, em Tito 2.10, vemos o apóstolo


Paulo classificando o comportamento irrepreensível da Igreja como
"ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador". E em toda a Bíblia
Sagrada, não nos faltará exemplos do alto valor do ensino, que pode tornar-se
questão de vida ou morte, dependendo de sua origem.

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1. Consequência por negligenciar a doutrina.

Uma grave consequência da negligência ao ensino doutrinário se revela na


Igreja, merecendo uma abordagem em destaque: a divisão.

O primeiro fator de desenvolvimento da Igreja Primitiva em Jerusalém era a


perseverança na doutrina dos apóstolos. Sem dúvida, os demais componentes
alinhados em Atos 2.42-47 fazem-nos reconhecer a supremacia da doutrina
apostólica na formação de uma congregação ou igreja.

O ensino paulino em 1Coríntios 4.1 propõe terminar com a possibilidade de


divisão na Igreja fundada pelo apóstolo Paulo em Corinto, na medida em que
esclarece que os líderes levantados por Deus, até mesmo os fundadores de
congregações, não passam de despenseiros de Deus — com importância
relativa, é certo, porém jamais ao ponto de substituírem a Cabeça da Igreja,
que é Cristo.

Foi o ensino doutrinário que manteve a Igreja daquele primeiro século unida
em torno de Jesus e não, como fazem alguns hoje em dia, em torno de
celebridades ou de famosos. E imperativo nestes dias que se ofereça uma
formação séria aos candidatos ao batismo, bem como aos futuros líderes de
congregações, buscando unanimidade no ensino e na liturgia, para que os
ventos de doutrina não criem diferenças no meio do povo de Deus.

2. As Consequências do despreparo de alguns cooperadores


Exatamente pelo despreparo de alguns cooperadores, a obra vai sendo
liderada por obreiros deformados espiritualmente, sem as respostas que a
congregação necessita diante das demandas da vida. Outros, mais afoitos,
confundem a chamada divina com uma vida de ganho fácil e sem esforço,
preocupando-se mais em serem servidos pelos fiéis do que em servir como
Cristo o fez.

Proliferam, então, comunidades onde todos acreditam ter recebido uma "luz
própria", recebida não se sabe quando nem onde, para abandonarem a
congregação onde foram amamentados desde a infância espiritual para agora
cometerem uma infâmia espiritual.

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Perturbam a muitos e convertem em dissolução a graça de Deus, sem a menor
maturidade ou equilíbrio necessário para o sustento espiritual de outras almas.
Sucedem-se os escândalos e o povo sem Deus confunde Cristo com estes
maus cristãos, impedindo-os de se aproximarem do Reino de Deus.

Há uma síndrome de especialização em andamento, fazendo surgir "igrejas do


louvor", "igrejas do amor", "igrejas da família", "igrejas evangelísticas" e assim
por diante. Tal especialização já vai se introduzindo nos cultos, ao ponto de
adaptar o serviço oferecido na igreja ao "público consumidor", com horários e
programações especializadas.

Por exemplo: culto de libertação, culto de louvor, culto da família, culto da


prosperidade, sessão de descarrego, culto dos anjos etc.

É um equívoco pensar em marketing para o verdadeiro Evangelho, urna vez


que a ambição do homem sem Deus é frontalmente oposta aos requisitos de
uma vida espiritual, porque de modo honesto não há como atrair o pecador à
doutrina cristã para sua salvação, a não ser que este seja alcançado pela graça
de Deus que acompanha a verdadeira proclamação da pecaminosidade do
pecado no homem e do poder de Cristo para livrá-lo.

O verdadeiro doutrinador não está preocupado se o seu auditório sintir-se-á


confortável com a Palavra que há de ensinar. Ao contrário, está desejoso que
os seus ouvintes voltem para seus lares inconformados com uma maneira de
viver sem Deus. O verdadeiro doutrinador prega Cristo...

Diz-se com precisão que as estrelas surgiram antes da Astronomia, porém os


homens, em sua superstição, conceberam ideias falsas sobre as estrelas e, antes
da Astronomia, uma ciência oculta como a Astrologia já enganou (e ainda
engana) a muitos, decidindo inclusive sobre seus destinos. Semelhantemente,
Deus é anterior à Teologia, e através do correto ensino da doutrina extraída da
Bíblia Sagrada podemos e devemos viver, bem como defender "a fé uma vez
dada aos santos".

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Capítulo 15
O obreiro e a verdadeira
adoração
Nossos pais adoravam neste monte; - vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém
é o lugar onde-se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a
hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai (...)
Mas vêm a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai
em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus
adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em
espírito e em verdade (Jo 4.20-24).

Os fundamentos da verdadeira adoração.


As perguntas feitas pela samaritana a Jesus continuam pertinentes hoje, pois
muitos em nossas igrejas nem fazem ideia dos fundamentos bíblicos do culto
ao Senhor. Nesse diálogo do Salvador com a samaritana, foram revelados os
fundamentos da verdadeira adoração.

1) Não está presa a nenhuma "geografia eclesiástica" — Jesus


disse: "Nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai".
A genuína adoração ao verdadeiro Deus, que é espírito, não limita a sua
natureza divina singular (1Rs 8.27; 2Cr 2.6; 6.18).

Deus não está preso a nenhuma cidade sagrada como Roma, Meca ou mesmo
Jerusalém. O local não é importante, nem monte, nem templo, nem mesmo
rituais, pois é em nosso espírito que podemos desfrutar amizade, comunhão e
intimidade com Deus.

A superstição pagã ou mesmo neopentecostal procura símbolos, amuletos,


objetos ungidos como pontos de contato com o divino, porém os verdadeiros
adoradores aprenderam a adorar o Senhor em espírito e em verdade. Deus é
espírito, e como tal, comunica-se no interior do ser humano. O verdadeiro

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culto é quando o espírito, a parte imortal e invisível do homem, fala a Deus e
encontra-se com Ele, que é imortal e invisível.

2) Não é ritualismo – Deus é espírito e exige adoração em espírito. Os


judeus amavam as cerimónias, as festas litúrgicas, entretanto o culto genuíno
não é engessado pelo formalismo dos rituais.

O culto oferecido a Deus em espírito e em verdade não é produzido por


frases de efeito, palavras mecanizadas ou mesmo orações repetitivas. É uma
entrega quando sob o domínio do Espírito de Deus somos capacitados a
morrer para nós mesmos, sendo crucificados com Cristo (Gl 2.19; Cl 3.3-5).

3) Não é emocionalismo - Culto não deve ser confundido com


emocionalismo. É verdade que o Senhor deseja que a nossa adoração não seja
desprovida de sentimento, porém o sentimento sem o equilíbrio das
Escrituras torna-se sentimentalismo, e a emoção fora do controle das
Escrituras descamba para o emocionalismo.

4) Não é existencialismo — A ênfase que pode ser vista na adoração


em muitas igrejas hoje gira em torno da experiência antes das Escrituras. As
pessoas apenas buscam sensações, por isso vemos hoje uma grande
quantidade de cânticos e hinos de autoajuda e autoaceitação sendo cantados
em nossas igrejas.

E também pregações psicológicas e com temas do género que fazem as


pessoas irem para suas casas "descarregadas" e se sentindo bem, mas sem
terem adorado a Deus verdadeiramente. O desejo de ser feliz e prosperar é
maior do que o de viver uma vida de santidade diante do Senhor.

A maior parte das pessoas avalia o culto como "agradável" não com base no
conteúdo bíblico, mas no grau de satisfação pessoal alcançada. Destarte a
pregação tornou-se uma homilética de consenso, na qual a boa mensagem não
é a que confronta os pecados, mas a que faz a pessoa se sentir melhor. O
grande risco desse tipo de adoração é usar a Deus em vez de atribuir-lhe a
devida glória.

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5) Não vem do racionalismo — Os samaritanos não aceitavam a
Palavra de Deus na sua totalidade, aceitavam somente o Pentateuco. Sua
adoração era defeituosa, pois não aceitavam completamente as Escrituras.
Temos de observar toda a Escritura e não apenas as partes com a qual
concordamos. A verdadeira adoração não depende do endosso da
intelectualidade, nem carece ser fruto da lógica.

6) Características da verdadeira adoração:

a) E teocêntrica - Deus, e somente Ele, deve ser o alvo da adoração cristã.


Idolatria é deixar de glorificar a Deus e mudar "a glória do Deus incorruptível
em semelhança da imagem de homem corruptível" (Rm 1.21,23). Nem religião
nem adoração podem ser definidas à parte de Deus, pois a adoração é a
resposta da criatura à glória revelada do Criador. A verdadeira adoração
sempre exaltará Cristo (Ap 5.12), transformará o adorador (2 Co 3.18-19) e
convencerá o incrédulo da presença do adorado entre os adoradores (1 Co
14.24-25).

b) É sem discriminação - Os discípulos do Senhor ficaram admirados


de verem o Mestre dialogando com uma mulher samaritana (Jo 4.27).
Preconceitos raciais não combinam com a verdadeira adoração a Deus. Sob o
Evangelho, todas as pessoas, de todas as tribos, povos e línguas, são chamadas
para adorarem ao Deus verdadeiro, que não faz acepção de pessoas (Cl 3.11;
Dt 10.17; At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; 1 Pe 1.17).

Entendendo a verdadeira adoração.

Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu
Deus adorarás, e só a ele servirás (Mt 4.11). Adorar é chegar-se a Deus de
modo reverente, submisso e agradecido, a fim de glorificá-lo.

Encontramos na palavra de Deus varias expressões de


adoração. Exemplos:
1. Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos (Is 6.3)
2. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou
com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Ef 1.3)

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3. Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e
sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças (Ap 5.12).
É dever do crente adorar ao Senhor pelo que ele é e pelo que ele tem feito por
nós.

Como adorar? A quem adorar? Por quer adorar? Quando adorar?

A bíblia tem as respostas para essas perguntas.


Como adorar? A quem adorar? Por quer adorar?

1. Como adorar?
* A bíblia responde: Jo 4.24. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram
o adorem em espírito e em verdade.
Adorar em espírito e em verdade Significa: Adorar espiritualmente e
verdadeiramente.

2. A quem adorar?
Mt 4.10. Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás (Mt 4.11).
→ E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas
(Ap14.7b).

3. Por quer adorar?


Por que é uma ordem divina.
Adorai ao SENHOR na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra (Sl
96.9).

Adorar a Deus em meio a luta

→ 2Sm 12.18-20. V. 20 Então Davi se levantou da terra, e se lavou, e se


ungiu, e mudou de roupas, e entrou na casa do SENHOR, e adorou. Então
foi à sua casa, e pediu pão; e lhe puseram pão, e comeu.

Adorar a Deus na enfermidade

Todas as coisas contribuem para o bem dos que ama a Deus, então até
mesmo na enfermidade temos motivos para adorar ao Senhor.
→ E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito (Rm 8.28).

Adorar a Deus na necessidade

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Ex. ABACUQUE 3.17 Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja
fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não
produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e
nos currais não haja gado;
18 Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha
salvação.
19 O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas,
e me fará andar sobre as minhas alturas.

Adorar em todas as fases de nossas vidas


Fp 4.4 Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.

Nós temos que saí da fase de só pensar em pedir, reclamar e entrar na fase de
adorar, adorar e adorar.
Quando não acharmos motivos para adorar, então lembremos que Jesus
Morreu por nós e se não adoramos somos no mínimo ingratos.

Excelência no louvor.

Ao lermos o texto de l Samuel 16.17b, quando Saul pede aos seus servos que
tragam até ele um homem que não simplesmente toque, mas que toque bem,
o que podemos aprender?

Quando nos apresentamos a Deus como adorador, devemos estar preparados


antes para prestarmos nossa adoração ao Senhor, ou seja, ensaiado, estudado a
partitura e orado para que tudo saia bem e seja agradável ao Senhor.

O louvor com excelência deve ser sempre a nossa proposta quando somos
chamados para liderar uma atividade musical na casa do Senhor, pois assim
como Saul pediu aos seus servos que lhe trouxessem um homem que
soubesse não só tocar, mas que "tocasse bem", assim deve ser o nosso louvor
elevado a Deus através do som do nosso instrumento, do nosso grupo, coral,
orquestra ou banda: com excelência.

O que é excelência?
É a qualidade de algo que se faz de maneira "muitíssimo bom, excepcional".
Devemos nos dedicar aos estudos, aos exercícios para que possamos
apresentar ao Senhor a nossa adoração com a melhor qualidade, pois Ele
merece. Tenhamos cuidado de não apresentarmos a Ele qualquer coisa
parecida com louvor, mas quando estivermos adorando-O e louvando-O
tenhamos a certeza de que nossa adoração chegue até Sua presença como
cheiro suave em Suas narinas.

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Façamos, pois um louvor com dedicação, com planejamento e acima de tudo
sob a orientação do Senhor, dedicando-Lhe sempre o nosso melhor.

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Capítulo 16
Músicas sacras dão espaços
ao profano

A Bíblia é clara quanto ao objetivo do culto quando diz: "Que fareis, pois,
irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem
língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação", 1Co 14.26.
As igrejas evangélicas adotaram os cânticos congregacionais, a partir da
Reforma Protestante (1517), em substituição aos cantos gregorianos da igreja
romana, com volumosa contribuição para a valorização da música.
No caso dos hinos, eles foram inicialmente compostos para provocar o enlevo
espiritual. Mas, aos poucos, vão sendo substituídos por novos ritmos,
melodias e letra característicos da música secular (profana).
Este registro poderá levar os pentecostais e neopentecostais ao pós-
pentecostalismo, quando ocorre o abandono da ação dos dons espirituais na
igreja, em função da própria depreciação.
Valores tentadores como fama, shows — nos moldes dos conjuntos de
rock, sertanejos e outros — cantores tidos como cristãos evangélicos abusam
do plágio rítmico do secularismo, sem se importar, com aquilo que deve ser,
conforme modelo bíblico.
Para cumprir prazos e projetos de lançamento no mercado, estabelecidos por
contratos comerciais de gravadoras, não se constrangem em lançar
verdadeiros entulhos. Pagar o preço, com oração e súplicas ao Senhor, ou
passar a compor letras a partir de experiências vividas com Deus, está fora de
moda, não obstante o relato do hino 126, da Harpa Cristã: "Os mais belos
hinos e poesias foram inscritos em tribulação".
Os hinos atualmente sofrem grande influência do modelo positivista e
triunfalista, que apareceram entre os cristãos-evangélicos a partir dos anos
oitentas. São hinos que fazem sucesso, mas suas letras e música não premiam
o modelo bíblico, que embora proponha vitória e triunfo, tem sua visão
primeiramente voltada à edificação.

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O triunfo humano era uma meta clara e principal objetivo dos imperadores
romanos. A cada batalha e consequente vitória, um arco (do triunfo) era
erguido em forma de deificação daquele guerreiro e líder.
Essa inversão de valores, que segue a teoria do ter e não a do ser tenta alterar
o foco do objetivo do Reino de Deus, com essência espiritual, como disse o
Senhor Jesus: "O meu reino não é deste mundo".
OS HINÁRIOS
Para livrar o povo dos impulsos humanos e distanciá-lo da genuína adoração,
a igreja passou a adotar hinários — um compêndio de louvores inspirados e
aprovados. É uma forma de coibir abusos e de não permitir que a igreja se
corrompa diante de apresentações meramente artísticas e de louvor humano.
Proteção.
Os hinários - como a Harpa Cristã - passaram a figurar como referência de
louvor e ainda como regra ou padrão (protetor) de conduta musical.
Figuraram ainda como meio de distanciar o fiel de formas mundanas de
músicas, como as contemplativas - próprias de sistemas religiosos orientais - e
as chamadas bate-estacas, dos rocks.
Portanto o cântico deve ser composto de música e letra com poesia,
inspiração e melodia, pois a Bíblia diz para oferecermos "louvor com
inteligência". Nele deve estar inserida a harmonia musical, com melodia, ritmo
e mensagem (letra) - a musicalidade. Harmonia é a "Disposição bem ordenada
entre as partes de um todo; ordem, simetria; paz; suavidade e sonoridade do
estilo".
Experiências marcantes e poesia inspirada.
Tomamos alguns hinos, verdadeiramente inspirados, para dar exemplo do
empenho que cada autor deve possuir, além da essência - a inspiração divina.
Sou feliz
O hino Sou feliz foi escrito pelo advogado norte-americano Horatio Gates
Spafford, após o naufrágio do navio Ville de Havre, em 1873, no Oceano
Atlântico. Nele morreram as quatro filhas de Gates. Só a esposa sobreviveu.
Não obstante a separação, ele escreveu o hino "Sou feliz com Jesus meu
Senhor...".
Tu és fiel Senhor

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O autor do hino que leva este nome foi um pastor batista norte-americano.
Ele foi traído pela esposa e ficou com os dois filhos. Quis entregar a igreja,
mas foi persuadido a permanecer pela Convenção que o autorizou a continuar
pastoreando. Novamente tentou entregar a igreja e mais uma vez a
Convenção interferiu para que ficasse. Ele dizia que não podia ficar à frente
da igreja naquela situação, pois achava-se embaraçado, embora não tivesse
pecado, conta-nos pastor António Gilberto. Ele permaneceu e acabou
compondo o hino (535 na Harpa Cristã): "Tu és fiel Senhor".
Bondoso Amigo
José Scriven, que nasceu na Manda, depois de estar preparado para casar-se,
tomou conhecimento que sua noiva, em outra cidade, havia morrido afogada.
Converteu-se ao Senhor e casou com outra mulher. Mas, não demorou muito
para que essa morresse também.
Scriven percebeu que deveria continuar sua vida sem outro casamento e que o
Senhor o que queria assim. Já morando no Canadá, mas doente, queria ver sua
mamãe na Irlanda, também muito doente. Como não podia viajar, em função
de sua doença, Scriven escreveu uma carta a sua mãe. Antes de sua morte, um
amigo percebeu seu escrito, achou belo e inspirado e pediu autorização para
publicar em um jornal. O alemão Charles Converse, ao ver aquela composição
publicada, leu, gostou e compôs um hino - o 200 da HC, conforme narra a
missionária Ruth Dorris Lemos.
O homem não pensa
Atualmente o homem deixou de pensar, vive alienado a avanços científicos e
se dobra a tudo que lhe vêm à mostra. A televisão "suga" de forma
extraordinária quase todo o tempo que resta ao homem para pensar e
produzir. A mente humana diante de uma tevê entra em coma.

Hinos de hoje
Os chamados hinos de hoje são carregados de troças ("Diabo fazendo careta,
e o crente com esse fogo faz churrasco de capeta") e de modismos à moda
dos ditos levitas (que para mim são gente que vive flutuando, pois levita só
existe no contexto judaico), de voz de choro ou sensual, com apelos rasteiros
e até indecorosos.
"Encha-se a minha boca do teu louvor e da tua glória todos os dias" (Sl 71.8)
e "Para publicar com voz de louvor e contar todas as tuas maravilhas" (Sl
26.7), deve sempre ser o norte para o cântico em nossos templos.

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Capítulo 17
O salário do obreiro
"Digno é o trabalhador do seu salário" (Lucas 10.7) é um dito de Jesus
dirigido aos obreiros do evangelho. Os doze apóstolos foram encaminhados à
missão em Israel com este ditado (Mateus 10.10).
Os setenta receberam a mesma recomendação (Lucas 10.7). Paulo citou duas
vezes este dito, uma vez fazendo referência à sua pessoa e aos obreiros em
geral (1 Coríntios 9.14) e outra vez falando especificamente sobre os bispos da
igreja (1 Timóteo 5.18).

A forma como o ditado aparece em Mateus 10.10 é um pouco diferente da


que ocorre no outros textos: "Digno é o trabalhador do seu alimento". O uso
do termo "salário" (em Mateus 10.10) ou "alimento" (em Lucas 10.7) não
altera o sentido básico do provérbio.
O sentido deste provérbio é duplo: O obreiro vai receber o que merece e o
obreiro vai merecer o que recebe. Ele vai receber o que merece no sentido de
sua segurança pessoal: ele não vai morrer de fome. Ele vai merecer o que
recebe no sentido de que não há vergonha nenhuma em ser sustentado: ele é
um homem honrado e digno. Ele merece. Assim o Mestre fala aos obreiros de
segurança e honra, ligadas ao sustento que recebem por pregar o evangelho.

1. SEGURANÇA.
"Preocupe-se com a pregação e não com a provisão". Este é o sentido das
instruções dadas por Jesus aos missionários (Mateus 10.9-11; Lucas 9.3-4)
sobre o que não levar na viagem missionária (Marcos 6.8-10; Lucas 9.3-4).

Não era necessário levar suprimentos ou dinheiro: Deus iria cuidar de tudo.
Como? Eles deviam aceitar a hospitalidade e sustento temporário de uma
família da comunidade visitada. Eles anunciavam a aproximação do reino de
Deus e nesta qualidade deviam ser sustentados pela comunidade de ouvintes
"porque digno é o trabalhador do seu salário" (Lucas 10.7). O obreiro precisa
ter fé em Deus e confiança no valor de sua mensagem para deixar por conta
de Deus e da importância da mensagem a garantia de sustento.

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Jesus foi sustentado pelos que o seguiam (Lucas 8.1-3). Paulo recebeu ajuda
(Filipenses 4.10-20) e salário das igrejas (2 Coríntios11.8). Os evangelistas
itinerantes do fim do primeiro século eram auxiliados materialmente em seu
trabalho (3 João 6). Este provérbio de Jesus recomenda ao obreiro uma
postura de fé para que confie no suprimento, sustento e alimento que Deus
vai providenciar.

2. DESPRENDIMENTO.
É importante notar que quando Jesus diz ao obreiro que ele vai ter o seu
alimento, ele ordena ao mesmo tempo um comportamento desprendido. As
recomendações para que não fiquem mudando de local de hospedagem
(Mateus 10.11; Marcos 6.10; Lucas 9.4; 10.7-8) visam proibir a busca de
melhores acomodações e melhor comida. O obreiro deve ficar contente com
o que recebe. Seu alvo é a pregação e não o conforto.
Estes textos tratam de obreiros itinerantes que viajavam desacompanhados de
família, ou por serem solteiros ou por terem deixado a família em casa (Lucas
18.28). Viajar com esposa certamente traria maiores necessidades (1 Coríntios
9.5). Mas em todos estes casos, o princípio permanece de que o obreiro não
trabalha visando ficar rico, mas servir a Deus. O contentamento mencionado
por Paulo (1 Timóteo 6.6-10) deve ser a característica do obreiro em relação
ao sustento material. O desejo de ter mais é perigoso e fonte de grandes
problemas. O necessário já basta.

3. HONRA.
"Digno é o trabalhador do seu alimento" (Mateus 10.10) fala também que este
sustento é algo honrado.

No mundo moderno, o sustento obtido no trabalho de evangelização ou de


edificação espiritual não é, normalmente, considerado como algo digno. Jesus,
porém, afirma que não há nenhuma vergonha em ser sustentado para pregar o
evangelho. De fato, é uma honra. Paulo citou este provérbio de Jesus como
Escritura quando falava sobre os dobrados honorários (ou honra) que deviam
ser dados aos presbíteros que trabalham arduamente (1 Timóteo 5.17-18). Seu
sustento é uma forma de prestar-lhes honra, reconhecendo o valor da obra
que fazem.

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Devo a Josef Pieper uma interessante consideração sobre os vocábulos salário
e honorário.
"O conceito de honorário afirma que existe uma disparidade entre resultado e
recompensa, que a atividade, como tal, não pode ser paga. O salário, pelo
contrário (em sentido estrito, pelo qual se distingue de honorário), diz que se
paga o “trabalho real”; o salário está em função do resultado e não existe
incomensurabilidade entre ambos. Honorário, além disto, significa (no sentido
estrito do termo): contribuição para o sustento; salário (no sentido estrito)
significa: o pagamento do serviço prestado, sem respeito para as necessidades
do sustento."

Tomando esta definição de termos, que vem mais da filosofia do que da


Bíblia, pensamos que o obreiro sempre recebe honorário (no sentido estrito),
pois o valor da tarefa de pregar o evangelho nunca poderia ser pago, mesmo
que todo o dinheiro do mundo fosse utilizado.
A honra intrínseca ao trabalho de pregar o evangelho transparece quando
notamos a subordinação dos bens materiais aos propósitos espirituais.

A coleta para os irmãos pobres de Jerusalém (Romanos 15.22-28) é anunciada


como se fosse uma dívida da igreja gentílica para com a igreja judaica. Já que
os judeus deram aos gentios participação nas bênçãos espirituais da salvação,
não é pedir demais que os gentios retribuam materialmente através da oferta.

Paulo diz: já que o lado espiritual é mais importante, os bens materiais podem
e devem ser usados para agradecer aos originadores humanos destes bens
espirituais.

A mesma prioridade do espiritual sobre o material se vê na questão: "Se nós


vos semeamos coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens
materiais?" (1 Coríntios 9.11). O menos importante serve o mais importante:
o material serve o espiritual. Paulo, neste contexto, lembrou da frase de Jesus:
"Digno é o trabalhador do seu salário" (Lucas 10.7) e disse: "Assim ordenou o
Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho" (1 Coríntios
9.14). Ser sustentado para pregar o evangelho é um grande privilégio.

4. "DE GRAÇA RECEBESTES, DE GRAÇA DAI".


O evangelho e a graça divina nunca se vendem (Mateus 10.8). Apesar do
evangelho ser a coisa mais valiosa do mundo e de haver mandamento bíblico

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para o sustento de obreiros, não se trata de vender o evangelho. A pregação
deve ser feita com ou sem recursos (Filipenses 4.10-13). Mas, sem dúvida, o
sustento do obreiro auxilia a obra e agrada a Deus (Filipenses 4.14-19).

O obreiro não deve alimentar ambições de progresso financeiro ou material.


Tais aspirações marcam o caráter de um homem corrupto (1 Timóteo 6.5). O
obreiro autêntico se contenta com o necessário (1 Timóteo 6.6-8). Afinal de
contas ele é um homem que prega sobre o mundo vindouro; seria ridículo e
contraditório se acumulasse bens no mundo presente. Além disto, o obreiro
que corre atrás de dinheiro acaba por perder a fé (1 Timóteo 6.9-10).

5. APLICAÇÃO.
O provérbio de Jesus, "Digno é o trabalhador do seu salário", sugere muitas
aplicações práticas que já foram notadas acima. Queremos reforçar os
seguintes pontos:

(1) Honremos aos obreiros que vivem do evangelho.


Gálatas 6.6 diz que o aluno deve fazer o seu professor participar das coisas
boas que ele tem. Isto quer dizer que o aluno "divide" seus bens com o
professor. Não é certo deixar em dificuldades de sustento aqueles que nos
instruem no evangelho. O salário (ou melhor: honorário) do obreiro deve
servir para honrar aquele que o recebe e não ofendê-lo (1 Timóteo 5.17-18).
Por isto Gálatas 6.7-10 adverte para não zombar de Deus pela negligência ao
sustento dos professores. Se investimos (semeamos) apenas nas coisas
pecaminosas, só havermos de colher corrupção. Deve-se semear para o que é
ligado ao Espírito Santo, e então teremos os resultados na vida eterna. Assim,
é para fazer o bem a todos, começando com a família da fé, e no contexto, os
primeiros a serem atendidos são os professores da Palavra de Deus.

(2) Não aceite extremos.


Num extremo está o obreiro que não é atendido dignamente pela irmandade.
No outro está o mercenário que muda de igreja em igreja, conforme a melhor
oferta de emprego. Nenhuma destas situações pode ser permitida. Não há
nada errado em ser bem pago pela igreja. De fato, há casos em que isto precisa
ocorrer por mandamento (1 Timóteo 5.17-18). O erro é ter isto como método
de vocacionar obreiros ou como alvo de carreira ministerial. Por outro lado,
sujeitar um obreiro e sua família a uma situação degradante, recebendo o

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menor salário possível, é zombar de Deus e incorrer em grave perigo
espiritual.

(3) Não se desculpe.


Os obreiros não devem ceder à pressão social que qualifica seu trabalho como
desnecessário ou indigno. Quem acha que o obreiro esforçado e trabalhador é
um homem que ganha sem fazer nada, provavelmente teria feito o mesmo
juízo de Jesus, se tivesse convivido com ele. "Digno é o trabalhador do seu
salário/alimento".

(4) Um apelo à fé.


Pregar o evangelho é o trabalho mais importante do mundo. A igreja tem o
privilégio de mostrar sua fé no valor do evangelho sustentando
financeiramente aqueles que ela mesma reconhece como vocacionados por
Deus para realizar esta tarefa. O obreiro também deve mostrar sua fé,
confiando que Deus vai assegurar-lhe o necessário, de um modo ou de outro,
para que ele continue a pregar a Palavra de Deus.

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Capítulo 18
O obreiro e sua família
Ser obreiro do Senhor é a tarefa mais gloriosa na face da Terra. Além dos
galardões a que todo crente tem direito, é previsto um, específico para o
obreiro: A coroa de glória (1 Pe 5.2-4). Por outro lado, é a tarefa mais pesada,
mais incompreendida e a que exige mais responsabilidade diante de Deus. Ele
precisa ser exemplo do rebanho (1 Pe 5.3), exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12).

I - O OBREIRO: UM CONTRADITADO

Perante as pessoas, mesmo na igreja, é difícil ser obreiro. Certo artigo, de


autoria desconhecida diz: "Se o pastor é ativo, é ambicioso; se é calmo, é
preguiçoso; se o pastor é exigente, é intolerante. Se não exige, é displicente. Se
fica com os jovens, é imaturo. Se fica com os adultos, é antiquado. Se procura
atualizar-se, é mundano. Se não se atualiza, é de mente fechada. Se prega
muito, é prolixo, cansativo. Se prega pouco, é que não tem mensagem. Se se
veste bem, é vaidoso. Se se veste mal, é relaxado. Se o pastor sorri, é
irreverente. Se não sorri, é cara dura". O que o pastor fizer, alguém pensa que
faria melhor.

II - AS QUALIDADES DO OBREIRO E A FAMÍLIA


Na lista de nada menos de 16 qualificações que se exigem para um obreiro
(Bispo, Pastor, Presbítero), conforme 1 Tm 3.1-7, temos destaque para o
relacionamento familiar: "marido de uma mulher...que governe bem a sua
própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia; porque, se
alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?".
Nas qualificações previstas para o presbítero, temos igual referência (Tt 1.6).
Se ponderarmos, veremos que há um peso muito forte das qualidades
familiares no meio das listas de qualificações para ser obreiro.

III - O OBREIRO E O RELACIONAMENTO FAMILIAR


1. O OBREIRO COMO ESPOSO.
O ministério não dispensa o obreiro dos deveres de esposo. Como tal, ele
deve agir da melhor maneira possível. Nenhuma outra atividade exige da
família identificação com o trabalho do esposo como a atividade de obreiro.

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Como o obreiro pode (e deve) comportar-se como


esposo?
1) Amando a esposa. (Ef 5.25-29).
Isso exige demonstrações práticas de carinho, de afeto. (Pv 31.29; Ct 4.1;
1.16), através de palavras, gestos (1 Jo 3.18). Para muitos, as expressões "eu te
amo", "gosto de você" e outras são coisas do passado. Sem essas pequenas
coisas, o casamento do obreiro torna-se azedo, sem graça, e pode abrir brecha
para a ação do inimigo.

2)Comunicando-se com a esposa.


a) TEMPO PARA A ESPOSA. O obreiro precisa dar tempo para conversar
com a esposa; ter diálogo com ela: saber ouvir (Tg 1.19; Pv 18.23).
b) Pensar antes de falar (Pv 21.23). Só falar a verdade (Ef 4.15,25).
c) Desenvolver a Comunicação Significativa. Evitar a comunicação rotineira.
Não responder com raiva (Pv 14.29). Não dá silêncio como resposta: é
pirraça; não é para crente. Evitar aborrecer (Pv 10.19).
d) Quando errar, pedir perdão. (Tg 5.16). Perdoar (Cl 3.13; 1 Pe 4.8). Não
discutir em público. Não discutir diante dos filhos.

3) Zelando pela esposa (Ef 5.29)


Há obreiros que só querem zelo para si.
4) União com a esposa (1 Co 1.10)
5) Cuidar da parte sexual (1 Co 7.3,5).

É importante para o equilíbrio espiritual, emocional e físico do obreiro e sua


esposa. Quando o casal não vive bem nessa parte, o diabo procura prejudicar
o relacionamento, a fim de destruir o ministério e a família.

6) Honrando a esposa (1 Pe 3.7)


Há obreiros que se envergonham de suas esposas. Isso não é de Deus.

7) Compreendendo seu papel de líder no lar. (Ef 5.22; 1 Co


11.3)
É a liderança fundada no amor, "NO SENHOR", e não no autoritarismo.
Deve ser exemplo para os lares.

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2. O OBREIRO E SEUS FILHOS.

1) Vantagens de ser filho de obreiro:

Estão debaixo das bênçãos do ministério do pai. É preciso, todavia, que os


pais ensinem que os filhos dos pastores não devem ter privilégios na igreja. Há
jovens que se prevalecem da condição de filhos de pastor para cometerem
abusos, irreverência. Por vezes, o pai "passa a mão por cima". Isso é ruim.

2) Desvantagens de ser filho de obreiro:


Dos filhos do obreiro se exige mais do que dos filhos dos outros; são muito
olhados; parece que são mais tentados! Daí, a importância da atenção aos
filhos.

3) Ataques do inimigo:
a) Comportamento dúbio do pai:
Na igreja é um santo; em casa, neurastênico, violento, sem amor. Isso destrói
o lar. Exemplo da família do pastor que quis mudar-se para a igreja.

b) Escândalos na vida do obreiro:


Assassina a confiança dos filhos.

c) Escândalos na vida dos crentes:


Os filhos duvidam da fé, da igreja.

d) Ingratidão da igreja:
Tratamento injusto ao obreiro; mau salário; humilhações.

4) RELACIONAMENTO COM OS FILHOS:

Deve ser o que de todo pai cristão. (Ao lado da esposa).


a) Afeto. (Fp 2.1,2; Sl 2.12; Os 11.1a,4a);
b) Cuidados espirituais. (Dt 11.18-21; Ef 6.4). O culto doméstico é
indispensável.
c)Cuidados gerais: Alimento, educação, saúde e demais necessidades.
d) Comunicação: É preciso dar tempo para conversar com os filhos. Não
provocá-los à ira (Ef 6.4); não irritá-los (Cl 3.21). PEDIR PERDÃO, quando
errar.
e) Disciplina (Hb 12.7; Pv 19.18). Ver Jr 31.20.

3. PRIORIDADES NA VIDA DO OBREIRO E A FAMÍLIA.

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O obreiro precisa ter visão correta das prioridades do seu ministério. É saber
definir o que deve ser feito primeiro numa série de atitudes ou
comportamentos. É uma questão de ordem nas coisas.

3.1. Visão equivocada. Normalmente, há muitos obreiros que colocam


suas atenções na seguinte ordem:

1)DEUS, 2) IGREJA, 3) OBREIRO, 4) ESPOSA, 5) FILHOS.


Qual o equívoco nessa ordem de coisas?
A Bíblia não diz "...em primeiro lugar o reino de Deus?"(Mt
6.33).
É verdade. Mas é necessário entender o que deve em primeiro lugar, em
segundo, etc., não em importância, mas na ordem das coisas.

O Pastor Paul Yong Cho, de Seul, na Coréia do Sul, teve uma experiência com
Deus muito séria nesse assunto. Numa vida de viagens e campanhas
evangelísticas, mal tinha tempo para conversar com a esposa. Quase desfaz o
seu lar. Orou a Deus e o Senhor disse que ele estava errado e sua esposa
estava certa, quando reclamava sua maneira de tratá-la: "Se perderes tua
mulher, ninguém mais dará ouvidos ao que disseres. Podes construir uma
grande igreja, mas se o teu lar se despedaçar, perderás o teu ministério...a
igreja depende de tua vida familiar. Trarás mais desgraça ao ministério com
teu divórcio do que todos os outros benefícios...ademais, todos os crentes
estão olhando para teus filhos....teu ministério primário deve ser teus filhos.
Eles devem ser os membros principais de tua igreja. Então, juntos, tu, tua
esposa e teus filhos edificareis a igreja.

CONSIDERA TUA ESPOSA COMO PARTE MUITO IMPORTANTE


DO TEU MINISTÉRIO E ALIMENTA TEU RELACIONAMENTO
COM ELA.

O Pr. Cho reformulou sua vida. Tirou UM DIA para estar só voltado para sua
esposa (àquele tempo não tinha filhos). Passou a ORAR JUNTO COM ELA,
planejar junto com ela. Os resultados, segundo ele, foram excelentes. O
ministério progrediu mais ainda.
Deve ter acontecido o que S. Pedro recomenda em 1 Pe 3.7. 3.2.

Visão correta:
1) DEUS, 2) OBREIRO, 3) ESPOSA, 4) FILHOS, 5) IGREJA.
A igreja por último? Exatamente. Ela é MUITO IMPORTANTE. Para
cuidar dela, é necessário:

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Primeiro: buscar a Deus (Mt 6.33); Isso é indiscutível.
Segundo: cuidar da própria vida de obreiro (1 Tm 4.16) para ser exemplo (1
Tm 4.12b; Tg 2.12);
Terceiro: cuidar da esposa (1 Tm 3.2a; Tt 1.5,6a; 1 Tm 3.12); A falta desse
cuidado tem dado brecha para o Diabo destruir muitos ministérios, outrora
tão promissores.
Quarto: cuidar dos seus próprios filhos [antes de cuidar dos filhos dos
outros] (1 Tm 3.4-5;5.8). É triste procurar ganhar os filhos dos outros e perder
toda a família.
Quinto: CUIDAR DA IGREJA. Ela é o alvo mais importante. Sem as pré-
condições, há muito insucesso. No Brasil, já se conhecem diversos casos de
obreiros que perderam seu ministério de prestígio nacional e internacional por
não entenderem esse assunto. Que Deus nos ajude a compreendê-lo bem e
colocar em prática a orientação baseada na Bíblia.

Esperamos que Deus, o criador da Família, antes mesmo de criar a Igreja ou o


Ministério, nos faça entender pelo Espírito Santo, o Professor Excelente, que
Ele fez tudo a seu tempo (prioridade) e há tempo para todo o propósito
debaixo do céu (oportunidade) e mais ainda que a família tem um importante
lugar nas prioridades de Deus. Ela não pode nem deve ser negligenciada. É
alto o preço a pagar por aqueles que, em nome da Obra ou da Igreja, não
levam em conta o valor da esposa, dos filhos ou da família. Que Deus nos
ajude a entender que o primeiro púlpito deve ser o do Culto Doméstico; que
as primeiras almas que temos o dever de ganhar para Jesus são nossos
queridos familiares.

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Capítulo 19
O obreiro e a congregação
que pastoreia

Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo,
conforme Atos 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a
direção de Deus em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de
presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas
pelo Espírito Santo em 1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9.

Na realidade é o Espírito que constitui o dirigente de igreja. O discurso de


Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (At 20.17-35) é um trecho básico
quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma
igreja local.

PROPAGANDO A FÉ.

(1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas


mediante o ensino da Palavra de Deus.

Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a
congregação de Deus, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu
Filho amado (At 20.28; 1Co 6.20; 1Pe 1.18,19; Ap 5.9).

2) Em Atos 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da


igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e
ensinando fielmente os cristãos efésios (At 20.27). Daí, ele poder exclamar:
“estou limpo do sangue de todos” (At 20.26).
Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o
desígnio de Deus. Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm
4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que
estes desejam ouvir (2Tm 4.3).

GUARDANDO A FÉ.

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Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve
diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro
Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários
vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas,
conceitos mundanos e ideias pagãs e humanistas. Os ensinos e a influência
destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo
os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar,
insaciáveis e perigosos (ver 20.29; Mt 10.16). Tais indivíduos desviarão as
pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho
distorcido.

O apelo veemente de Paulo (At 20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre
todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opor-se aos que
distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.

1) A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e


pela comunhão do Espírito Santo, são fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra
de Deus. Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja
de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef
4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale
coisas perversas contrárias à Palavra de Deus e ao testemunho apostólico (At
20.30).

2) Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos


da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis
pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (At 20.26,27; Ez
3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de
Deus para a igreja (At 20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o
rebanho (At 20.28), não estará “limpo do sangue de todos” (At 20.26; Ez
34.1-10).
Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado
de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra (ver também 2Tm
1.14 nota; Ap 2.2).

3) É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja


mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na
mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente
mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e
demais segmentos administrativos da igreja (2Tm 1.13,14).

4) A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente


inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (20.32). Falsos mestres,
pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus

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ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade
absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em
tudo que ela ensina (At 20.28-31; Gl 1.6; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.8). A bem da igreja
de Deus, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2 Jo 9-11; ver Gl
1.9).

5) A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza (At
20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se
omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de Deus, logo
deixará de existir como igreja neotestamentária (At 12.5).

Os pastores que desejam Agradar a homens, e os perigos que


envolvem os que assim fazem.

Aqueles que estão no Ministério logo descobrem que podem conseguir


grandes e amigáveis respostas as suas pregações, quando tentam agradar aos
homens e mulheres de suas congregações. A. W. Tozer disse: "Nós que
testemunhamos e proclamamos o Evangelho, não podemos pensar de nós
mesmos como relações públicas enviados para estabelecer a boa vontade entre
Cristo e o mundo".

O número de pregadores, evangelistas, e missionários que falam


prioritariamente para agradar as pessoas tem aumentado diariamente. Esta
prática, no entanto, está cheia de perigos.
O perigo vem quando este esforço de agradar a homens e mulheres os leva a
fazerem uma escolha errada: amando "a aprovação dos homens ao invés da
aprovação de Deus" (Jo 12.43). E quando fazem esta escolha errada, correm o
risco de desagradarem a Deus.

Em meu julgamento, isto acontece porque eles acreditam que, fazendo assim,
irão conseguir encher suas Igrejas mais rápido. Mas, norteando-se pelo que
suas audiências desejam ouvir, eles serão obrigados a fazer mudanças que
certamente hão de devastar seus ministérios.
A Bíblia sempre adverte os ministros com relação a agradar a homens, e os
perigos que envolvem os que assim fazem. Você pode prevenir ou vencer
estes problemas em seu ministério, identificando e evitando estes perigos.

Esteja alerta em não estabelecer objetivos errados.

1. Buscando respeito - Frequentemente o desejo do pastor de ganhar o


respeito e a amizade do povo de sua Igreja ou comunidade é o começo de um

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ministério que pode desagradar a Deus. Tendo estabelecido estes objetivos,
ele terá que diluir a sã doutrina que sustenta a verdade bíblica em equilíbrio.

Por exemplo, para agradar aos incrédulos, ele terá que ter em consideração o
que eles gostam e o que não gostam. Isto é perigoso porque a Bíblia diz que
eles amam o pecado e odeiam a justiça. Eles não têm interesse em um Deus
que os chamará a prestar contas do que têm feito com a vida que Ele Lhes
deu.

A fim de ganhar o respeito deles e sua amizade, o pastor terá que apelar à
razão humana, emoções e experiência. O pecador deseja um Deus que ele
possa manipular e com o qual possa sentir-se confortável. A fim de agradá-los,
o pastor não poderá pregar sobre o infinito, imutável e santo Deus da Bíblia.
Esta é a razão por que muitas Igrejas e missões cujas doutrinas são centradas
no homem têm mudado o conceito bíblico de Deus num deus limitado,
mutável e imperfeito. Deus, dizem eles, está caminhando para uma maturação
ou em processo de crescimento da mesma forma como os homens estão. Esta
visão, logicamente, leva a condenar a doutrina do pecado original, a
necessidade de expiação, justiça imputada e a credibilidade de Deus e Sua
Palavra.

Em seu livro Batalha dos Deuses, Dr. Robert A. Morey transcreve Alan
Gomes, instrutor de teologia histórica do Talbot Schoolof Theology, quando
diz que estes falsos conceitos tem penetrado em grupos como Jovens Com
uma Missão. Diz Morey, "Gomes cuidadosamente documenta que líderes da
JOCUM, tais como Roy Elseth e Gordon Olson ensinam que Deus pode
pecar, que não conhece o futuro, não está operando Seu plano no mundo, que
Ele não guarda a Sua Palavra e nem cumpre as Suas promessas" (pp. 13-14).

É evidente, que os crentes modernos são como muitos descrentes. Não estão
dispostos a ficar para ouvir sermões sobre todo o conselho de Deus. O seu
estilo de vida superficial os faz sentirem-se desconfortáveis diante do ensino
que expõe seus deslizes e hipocrisias, além de mostrar suas tagarelices como
tão malignas como fornicação e assassinato. Eles não podem tolerar um
Evangelho que ordena a crentes, salvos pela Graça, a negarem-se a si mesmos,
tomarem a cruz e a seguirem a Cristo por um caminho estreito.

Para ganhar o respeito e a amizade deles, o pastor tem que adocicar a doutrina
do Evangelho de Cristo. Ele tem que transformá-lo num evangelho centrado
no homem de "milagres, curas e riquezas" do "poder do pensamento
positivo" e da "mente que domina a matéria".

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2. Buscando decisões fáceis - Um pastor irá tentar procurar agradar
homens e mulheres, quando pensa que seu poder de persuasão pode produzir
um regular crescimento de novos convertidos. Isto é como usurpar a ação
divina que envia o Seu Espirito para operar, por meio de um avivamento, o
aumento expressivo dos crentes através de genuínas conversões a Cristo. Se
um pastor não pode esperar pelo tempo de Deus em matéria de avivamento, e
deseja obter muitas "decisões fáceis para Cristo", ele terá que apresentar
conversões a Cristo através de processos espúrios, que não requerem nada
mais que uma mera decisão, sem contemplar as verdadeiras implicações do
que significa seguir a Jesus.

Assim, se ele quer estas decisões fáceis, não poderá enfatizar todas as verdades
do Evangelho bíblico. Não terá coragem de dizer que Deus chama crentes
para sofrer, que fé sem verdadeiro arrependimento não é fé, que um pecador
não poderá ser salvo a menos que confesse Jesus Cristo como seu Senhor, que
fé sem obediência é uma fé fingida. Você não encontrará "decisionismo" entre
pessoas que sabem que Deus ordena a todos os crentes a "seguirem a
santificação sem a qual ninguém verá ao Senhor" (Hb 12.l4).

O pastor que desejar conversões fáceis terá que fazer o Evangelho atrativo
para o homem natural, algo que ele possa gostar neste mundo. Muitos que
professam sua fé em Jesus Cristo hoje não mostram nenhuma mudança na sua
maneira de viver, porque pregadores, evangelistas e missionários, querem
diluir a mensagem a fim de alcançar resultados. Ávidos por registrarem uma
estatística de muitas decisões por Cristo, eles têm-se afastado do que requer a
Palavra de Deus.

3. Buscando grandes audiências - Um dos maiores problemas do


Cristianismo hoje é o grande número de pessoas não convertidas figurando
como membros de Igreja. Se um pastor busca o aumento do número de
membros de sua Igreja como seu alvo principal, ele terá que utilizar algumas
das técnicas de promoção que os grandes centros de entretenimentos usam, a
fim de atrair pessoas. Alguns fazem disputas de Escolas Dominicais entre
Igrejas.
Outros oferecem prêmios para que as pessoas venham aos cultos. Eu ouvi de
uma Igreja que escondia notas de dez dólares debaixo do assento do ônibus
da Igreja, a fim de atrair as crianças e estimulá-las a virem à Igreja. Usam ainda
jantares especiais, shows modernos, e outras formas de entretenimento. Eu
não encontro esse tipo de "esperteza" no Novo Testamento. As pessoas que
acorriam às reuniões da Igreja primitiva, não esperavam outra coisa exceto
perseguição. Crer em Cristo, no tempo apostólico, equivalia a assinar sua
própria sentença de morte.

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Com a diluição da sã doutrina, e a acomodação do Evangelho ao que as
pessoas querem, não é de admirar que muitas Igrejas estejam cheias de crentes
não salvos.

4. Buscando fugir da controvérsia - Os ministros tentam agradar a


homens, procurando fugir da controvérsia. Numa conversa que eu tive com
um líder batista canadense, ele descreveu um pastor amigo como um
"causador de problemas". Quando eu pedi que me explicasse como um
homem de Deus podia ser classificado como um causador de problemas, ele
disse... "ele sempre trás à tona questões de controvérsia".

Como alguém pode pregar o Evangelho e evitar questões de controvérsia?


Há um grande conflito entre Deus e os homens, entre a verdade e o erro,
entre o bem e o mal. Se um pastor deseja evitar toda controvérsia, ele precisa
jogar fora sua Bíblia e dar ao povo uma dieta de sermões adocicados,
designados a agradar ao homem natural.
"Eu prego um evangelho positivo!" disse um pastor e "procuro ficar longe de
assuntos polêmicos".

Quando perguntado que assuntos polêmicos ele evitava, então respondeu:


soberania de Deus, eleição incondicional, expiação limitada e aquelas
doutrinas que fazem diferença entre as denominações.
Um ministro evangélico disse que, para evitar controvérsia, ele estava disposto
a aceitar em sua Igreja pessoas batizadas e doutrinadas na Igreja Católica
Romana.

Cuidado para não perder a aceitação do Senhor!


Alguns pastores veem o agradar aos homens como o aspecto mais importante
de seus ministérios. Um pastor costumava ir constantemente aos membros de
sua igreja, para perguntar o que eles estavam achando de sua pregação. Ele
estava tão ansioso em agradar as pessoas, que ele queria saber se eles estavam
gostando de seus sermões.

Quando alguém, com sinceridade, mostrava falhas na sua pregação, ele não
podia suportar. Então resignado, deixava o local do culto sem sequer dar uma
palavra de despedida aos membros. Há muita imaturidade emocional entre
aqueles que fazem do agradar a homens e mulheres a prioridade em seus
ministérios.

1. Critério exclusivo - Eu duvido que essa espécie de pregador seja aceito


diante de Deus. Paulo disse que tinha por muita pouca coisa o ser julgado em

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seu ministério pelos homens. "O único que me examina" disse ele, "é o
Senhor" (1 Co 4.4). Devemos usar como meio de avaliação do ministério e
conduta dos homens somente a Palavra de Deus. De outra forma como
saberemos que um pastor tem a aprovação de Deus quanto ao seu ministério?
Não é da aprovação dos homens que o pastor necessita, mas sim da
aprovação de Deus.

2. Trabalhando em vão - Aqueles que fazem como seu alvo principal


agradar a homens enveredam pelo caminho de fazer com que seus cultos
agradem a todos. As pessoas acorrem para as suas reuniões a fim de serem
entretidas pelo humor dos púlpitos e estórias engraçadas. Eles vêm porque
esperam ver diversão, apresentações dramáticas, ventríloquos, celebridades,
heróis esportistas, personalidades da televisão e as últimas novidades da
música "gospel".

A congregação do pastor que guia seu ministério por tais métodos de


entretenimento, pode vê-los como ministros poderosos e populares. Porém,
tendo assumido esta posição de tentar agradar as pessoas, eles estarão
inevitavelmente na condição de não aceitos por Deus.

O primeiro objetivo deles deveria ser agradar a Deus, manifestando a Sua


glória. E a não ser que Deus os aceite como servos, todo o seu trabalho terá
sido em vão. Tudo que eles fazem, como orações, estudo bíblico, preparação
de sermões, pregação, visitação, testemunho e aconselhamento, será vazio da
presença, do poder e da bênção do Senhor.

Fico pensando quantos pastores e ministros têm sempre na mente que terão
que prestar contas diante do trono de Cristo? Quantos deles estão realmente
apercebidos do alto nível de responsabilidade que têm, não diante dos
homens, mas diante de Deus? Quantos se sentiriam confortáveis com a
declaração que o apóstolo faz: "E por isso que também nos esforçamos quer
presentes, quer ausentes, para lhe ser agradáveis. Porque importa que todos
nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba
segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (2 Cor. 5.9-10).

3. Consciência de Deus - Quando um pastor tenta agradar a homens, ele


pode deixar de ter consciência de Deus. É muito fácil num ministério popular,
procurando agradar as pessoas, alcançar tal sucesso quer resulte num
esquecimento da onipresença de Deus. A não ser que um pastor esteja
acuradamente cônscio da presença de Deus e O coloca sempre em primeiro
lugar em todos os aspectos do seu ministério e vida, ele acabará adotando um
estilo fútil de raciocínio e procedimento.

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Por exemplo, ele poderá pensar que é mais importante obter direção da parte
dos homens que ele está tentando agradar do que da parte de Deus e Sua
Palavra. Eu não mencionaria isto se não tivesse visto e ouvido ministros
colocarem a opinião de homens a frente da Palavra de Deus. Como é
diferente esse tipo de raciocínio dos apóstolos!

Confrontados por homens que tentaram forçá-los a fazer sua vontade no


ministério, os apóstolos não pensaram, "qual é a melhor coisa a fazer então?"
ou "quais serão as consequências se nos opusermos à vontade deles? "Ao
contrário, eles responderam e disseram-lhes: "Julgai se é justo diante de Deus
ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus" (At. 4.19). Pouco depois, quando
foram ordenados pelos mesmos homens e autoridades a pararem de pregar,
eles de novo os enfrentaram: "importa antes obedecer a Deus que aos
homens" (At. 5.29).

4. Os testes de Deus - Quando alguém estabelece um ministério que


desagrada a Deus por tentar agradar a homens, certamente ele se esqueceu
que Deus testa seus servos. Não há parte em nosso ministério ou vida onde
possamos deixar de lado os interesses de Deus e escaparmos impunes. Deus
testa as razões que o Seu povo dá em fazerem o que estão fazendo.
Especialmente isso é verdade para aqueles que estão no ministério de Sua
Igreja. Paulo, o apóstolo, disse que ele e seus companheiros apóstolos
firmaram o propósito de falar aos homens e mulheres, não para lhes agradar,
mas para agradar a Deus. E a razão que ele dá é que ele sabia que Deus estava
constantemente checando suas motivações.
"Nós falamos" dizia ele, "não como quem agrada a homens, mas a Deus que
examina nossos corações" (1 Ts 2.4).

5. Abandonados por Deus - Curvando-se aos gostos e desprazeres dos


homens; pode um pastor tornar-se um abandonado de Deus. Se ele se esforça
por agradar a homens e mulheres do mundo; por exemplo; ele pode achar-se,
ele mesmo, tão amigo e identificado com eles que chega a ser um com eles. O
homem de Deus não pode ter esse tipo, de mistura com as pessoas do
mundo, porque a separação do mundo é a marca do verdadeiro ministro de
Cristo. "Não sabeis" pergunta Tiago, "que a amizade com o mundo se
constitui em inimizade contra Deus?" (Tg. 4.4).

Cuidado para não esquecer que você está numa posição de


confiança!

Buscando popularidade com as pessoas, pode o pastor esquecer-se que Deus


lhe confiou um grande tesouro, o Seu Evangelho da Graça. Em seu ministério

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apostólico, Paulo nunca se esqueceu de seu senso pessoal de mordomia. Ele
repreendeu aqueles cristãos que procuravam seus líderes de acordo com sua
popularidade.
As pessoas deveriam julgar um ministro, ele disse, pela sua consciência de
despenseiro, que vê como sua principal responsabilidade o ser fiel a Deus e
Sua Palavra. (I Co 4.1-2) Ele também disse que Deus foi condescendente com
os homens em permitir que fossem ministros. "Nós fomos aprovados por
Deus, a ponto de nos confiar Ele o Evangelho... " (1 Ts. 2.4).

1) Hipocrisia e falta de sinceridade - Os ministros de Deus deveriam


ser como Moisés que "permaneceu firme como quem vê aquele que é
invisível"(Hb 11.27). Seus olhos da fé deveriam estar sobre o invisível, o reino
espiritual de Deus, não no reino deste mundo. Quando eles rejeitam esta
forma de visão espiritual e começam a olhar para o que é aprazível ao homem,
eles caem no mal contra o qual Paulo os adverte na sua carta aos Efésios.

Após falar sobre obediência aos pais e mestres, ele diz que tal obediência deve
ser prestada "Não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como
servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus" (Ef 6.6). Isto
também se aplica ao ministro. Um pastor não deveria buscar o olhar de
aprovação do povo a quem serve. Isto é tentar fazer seu trabalho "servindo a
vista, como para agradar a homens".

Sua motivação nunca deveria ser o "ser visto" ou o "agradar a homens".


Como servo de Cristo, ele deveria buscar com sinceridade fazer "de coração a
vontade de Deus".

2) Edificação e Lucro - As epístolas do Novo Testamento têm muito


que ensinar sobre a construção do caráter. Os apóstolos fazem do cultivo do
caráter interior do homem ou a construção do caráter cristão a coisa mais
importante, e é nisso que eles gastam a maior parte de suas pregações e
escritos.

As únicas razões legítimas e permitidas por eles para agradar aos homens eram
a salvação de pecadores, o cultivo da alma e o desenvolvimento da
personalidade de Cristo neles. Quando um pastor busca agradar a homens por
qualquer outro propósito, ele trai sua confiança e falha em alimentar e guardar
o rebanho de Deus.
"Portanto cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para a
edificação"(Rom.15 .2).

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Em seu trabalho evangelístico, os apóstolos também procuraram agradar aos
homens para que os mesmos fossem beneficiados e, se possível até se
convertessem a Cristo. Em outras palavras no intento de lhes fazer o bem é
que se pode compreender essa atitude deles. Eles não faziam nada para
alimentar os desejos mundanos dos incrédulos. Ao contrário, os apóstolos
procuraram o proveito de todas as pessoas, sem prejuízo de quem quer que
fosse, quer judeus, pagãos ou cristãos. Paulo explica isto desta maneira:

"Assim como também eu procurei em tudo ser agradável a todos, não


buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos para que sejam salvos" (1
Cor.10:33). Mais tarde ele escreve, "Há muito pensais que nos estamos
desculpando convosco. Falamos em Cristo perante Deus, e tudo, ó amados,
para vossa edificação " (2 Co 12.19).

Cuidado para não perder o senso bíblico dos valores!

Os ministros do Novo Testamento sentiam que, se eles tentassem agradar a


homens, eles não poderiam mais ser considerados servos de Cristo. Um
pastor não pode esperar a sustentação divina em seu ministério, se ele não
estiver mais qualificado como servo do Senhor Jesus Cristo. Como Esaú, ele
trocou uma grande herança por um ganho temporário. Ele vendeu o dia por
causa de uma hora.

3) Cristo, o Modelo - Tão logo um pastor começa a agradar às pessoas,


ele perde sua ligação com o ministério de Cristo. Ele esquece que o Filho de
Deus é o modelo para o seu ministério e falha em seguir o Seu exemplo.
Mateus diz que mesmo os inimigos de Cristo, embora falassem com sarcasmo,
sabiam que Ele não procurava agradar a homens, mas ensinava as verdades de
Deus, arcando com as consequências.

"E enviaram-Ihe discípulos juntamente com os herodianos para dizer-lhe:


Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de
acordo com a verdade, sem te importares com , quem quer que seja, porque
não olhas a aparência dos homens " (Mt 22.16).

4) Perder a Visão - Quando um pastor desagrada a Deus por tentar


agradar a homens, ele pode se esquecer de que não pertence a si mesmo, pois
foi comprado com preço. Pregando um Evangelho voltado para resultados e
centrado no homem, pode ser levado para longe de Deus e Sua Verdade
Eterna, e pode ainda diminuir sua percepção do valor de sua própria
redenção. Como o homem que falha em acrescentar elementos do caráter
cristão à sua fé, ele irá perder tanto sua visão escatológica como histórica.

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Tal homem, diz Pedro, "...é cego, vendo só o que está perto (isto é cegueira
escatológica), esquecido da purificação dos seus pecados de outrora (isto é
cegueira histórica) " (2 Pedro 1.9).
3. Comparação de Valores - Agradar aos homens constantemente pode alterar
a habilidade de um ministro de fazer de um modo correto uma comparação
de valores. Paulo apresenta a redenção como uma grande razão para que nós a
apresentemos diante dos homens.
"Por preço fostes comprados; não s vos torneis escravos dos homens " (1 Co
7.23).

5) Alterando a Mensagem - Satisfazendo o interesse dos homens e


mulheres, muitos ministros tem mudado a mensagem que Cristo lhes ordenou
que pregassem. Receosos de receberem a desaprovação dos incrédulos e
cristãos mundanos, eles dizem, com efeito, "Nós não nos atrevemos a dizer
nada que lhes desagrade".

Que diferença dos apóstolos! Diante do mais alto tribunal de Jerusalém,


enfrentando a ameaça de punição e mesmo a morte, eles confrontaram seus
opositores com coragem e disseram, "Pois não podemos deixar de falar do
que temos visto e ouvido" (At.4.20).

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Capítulo 20
A ética cristã à luz da bíblia

A Ética integra os seis sistemas tradicionais da Filosofia, ao lado da Política,


da Lógica, da Gnosiologia, da Estética e da Metafísica. O estudo da ética é
muito amplo. Envolve todas as áreas da vida. Pode ser geral ou específico.
Existe a Ética Médica, a Ética Comercial etc.

A palavra ética vem do grego ethos, que significa costume, disposição, hábito.
No latim, vem de mós (moris), com o sentido de vontade, costume, uso, regra.

“E a ciência que nos ensina sobre o que somos obrigados a fazer, o que nos é
permitido fazer, e o que somos proibidos de fazer (Antonio Gilberto)”.

É o "estudo sistemático dos deveres e obrigações do indivíduo, da sociedade e


do governo. Seu objetivo; estabelecer o que é certo e o que é errado"
(Andrade, 1997).

I - ÉTICA CRISTÃ
Ética cristã é um conjunto de regras de conduta aceitas pelos cristãos, tendo
por fundamento a Palavra de Deus.
Para os que creem em Jesus Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas, o
certo ou o errado devem ter como base a Bíblia Sagrada, considerada como
"regra de fé e prática", conforme bem a definiram Lutero e outros
reformadores.
Paulo, exortando os efésios, demonstrou que temos que viver "aprovando o
que é agradável ao Senhor" (Ef 5.8-10). Na Ética Cristã, o crente deve
procurar conduzir-se de tal forma que, antes de tudo, agrade a Deus.

II - VISÃO GERAL DAS ABORDAGENS ÉTICAS À LUZ


DAS SAGRADAS ESCRITURAS
Diante disso, a sociedade sem Deus, materialista e hedonista, não tem
referenciais seguros em que se possa confiar. O profeta Isaías bem traduziu
esse fenómeno quase mil anos antes Cristo, quando bradou: "Ai dos que ao
mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridão luz, e da luz,
escuridão, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!", Is 5.20.

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Desse modo, podemos refletir sobre o posicionamento cristão perante as
abordagens éticas a seguir resumidas.

c) Situacionis. É um meio termo entre o Antinomismo e o Generalismo.


O primeiro não tem regra nenhuma; o segundo admite regras gerais, mas não
universais.
Geisler cita um exemplo: "Estamos obrigados a contar a verdade, por
exemplo, somente se a situação assim exige; se alguém quer ser assassino,
pergunta onde está sua vítima, e nosso dever pode ser mentir" (pág. 53); "se
uma mentira for contada em amor, é boa e certa" (pág. 55). Em resumo, nessa
visão, o certo e o errado dependem da situação, em função do amor às
pessoas.

Posicionamento cristão - O Situacionismo acaba sendo absolutista,


mesmo aparentemente usando o amor cristão como o referencial para tudo. É
generalista, visto que prega uma só norma, que abrangeria a maioria dos atos
das pessoas.
O problema é que muitos agem em nome do amor, pecando contra Deus.
Quando os anarquistas dizem "paz e amor", usam o sexo como meio para
tudo (Gl 5.22-23). O amor cristão não pode contrariar o amor de Deus.

d) Relativismo. Na ética relativista, não há padrão de comportamento.


Não há critério para que se diga que uma coisa é errada ou certa. O certo e o
errado dependem da subjetividade de cada pessoa em cada época ou lugar.

Torna-se um padrão para o individualismo. Cada um tende a fazer o que achar


que é certo. Dentro relativista, ser homossexual, por exemplo, é apenas uma
questão de opção pessoal. Nada é pecado.

Posicionamento cristão - O cristão não pode ser relativista. O


comportamento do cristão como relativista. Cada um faz o que melhor
entende. É o que ocorria com o povo de Israel, quando estava sem líder:
"Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que parecia direito
aos seus olhos", Jz 17.6; 21.25.

b) Generalismo. Essa doutrina prega que deve haver normas gerais, mas
não universais. Segundo ela, o que deve ser levado em conta são os resultados
absolutos.
Tem relação com o que pregava o filósofo Maquiavel: "Os fins justificam os
meios".

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Os generalistas são utilitaristas. Só é certo o que produz melhor resultado
(mais felicidade ou prazer do que dor). Uma norma pode ser boa hoje e não
servir amanhã. Depende da sociedade.

Posicionamento cristão — O generalismo não se coaduna com a Ética


Cristã, pois, para o crente em Jesus, não são os fins, por mais absolutos que
sejam, que indicam se uma conduta ou ação é certa ou errada.

A Palavra de Deus é que é a regra absoluta que define se um ato é certo ou


errado. Ela tem aplicação universal. O dever de todo homem é temer a Deus e
guardar seus mandamentos (Ec 12.13).

A Palavra de Deus não muda de acordo com circunstâncias ou resultados.


Deus disse a Jeremias: "Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir", Jr
1.12b. Jesus foi mais enfático, afirmando: "Passará o céu e a terra, mas as
minhas palavras não passarão", Mc 13.31.
"Sal da terra" e "luz do mundo" baseia-se nos princípios cristãos, que não são,
nem de longe, relativistas. São princípios que se fundamentam em critérios do
Deus que é Absoluto em suas leis. Jesus disse: "O céu e a terra passarão, mas
as minhas palavras não hão de passar", Mt 24.35.

Todas as filosofias ou mensagens humanas podem perdurar muito tempo,


mas, um dia, acabam passando e sendo substituídas por outras. Mas a
mensagem de Cristo é absoluta. Ela não passa. Jesus não fez concessões ao
relativismo. Ou alguém está do lado Dele ou não. "Quem não é comigo é
contra mim; e quem comigo não ajunta espalha", Lc 11.23.

e) Hedonismo. Na ética hedonista, o critério norteador da conduta


humana é o prazer. O hedonista não se preocupa com os outros. Se algo lhe
dá prazer, isso é certo para ele. Daí porque, em grande parte, no mundo, o
critério hedonista predomina em muitas sociedades. Dessa filosofia, deriva o
comportamento libertino que domina os ímpios. Na ética hedonista, não há
preocupação com culpa, pecado ou convenção social.

Posicionamento cristão - Na Ética Cristã, é admissível e desejável o


prazer, mas não qualquer prazer. E muito menos o prazer pelo prazer ou o
prazer puramente carnal ou pecaminoso. No mundo, há uma procura imensa
pelo prazer. Há um chamado "culto ao prazer", em que estruturas
económicas, financeiras, de lazer estão à disposição dos que vivem na busca
do prazer.

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A Bíblia, porém, condena, por exemplo, a prostituição em qualquer de suas
manifestações, bem como tudo o que se refere às "concupiscências da carne"
(Gl 5.16; Cl 3.5 e 1Jo 2.16-17).

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Capítulo 21
A ética no culto a Deus no
templo
Nosso objetivo é aplicar princípios éticos no campo espiritual, relacionando-
os com o culto divino no tempo. A primeira coisa a ser dita sobre o assunto é
que toda adoração a Deus requer de nós um preço a ser pago.

Adoração sem preço, sem renúncia, sem exigência, não é verdadeira adoração
(2 Sm 24.24). Sempre existiram dois tipos de adoradores: os bons e os maus.

Por exemplo: Abel e Caim (Gn 4), Judas e Maria (Jo 12) e Ló e Abraão (Gn
18). O assunto que vou abordar relaciona-se com o melhoramento do culto
divino: sua ordem, decência, reverência e espiritualidade, especialmente no
templo.

Esse tipo de matéria é difícil para o articulista, porque leva alguém a pensar
que ele é infalível e perfeito, exemplo de tudo o que fala e escreve. Portanto,
para mim, que sou grandemente falho em tudo, é-me muito difícil fazer que
estou fazendo.

De qualquer maneira, alguém terá que falar, independente de ser perfeito ou


infalível, porque, se fosse assim, teríamos que dispensar todos os juízes, todos
os delegados, todos os agentes da lei, porque todos eles são falhos. Mas, quem
quer dispensá-los? Cada vez mais precisamos desses agentes da lei, apesar de
suas falhas.

É baseado nesse princípio, que resolvi escrever sobre a desordem na casa de


Deus, a falta de ética que ocorre no culto divino. Não é que eu seja um
espelho, um modelo, um perfeito exemplo. Também não me tenham como
um fariseu, sectário, implicante, intransigente. O que ocorre comigo deve
ocorrer com você, que ama a casa de Deus. Trata-se do cumprimento do que
está escrito em João 2.17: "O zelo da tua casa me devorará".

Todos os salvos têm uma parcela de responsabilidade na obra de Deus, e isso


inclui a cooperação para a boa ordem do culto. Há necessidade de que cada

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um sinta dores de coração, angústia e preocupação pelo estado de coisas por
que passa o culto divino em nossas casas de oração atualmente.

Ou os irmãos acham que o que está ocorrendo em nossos cultos deveria ficar
como está? Não! Está na hora de um BASTA! Em nome de Jesus e através da
oração, do jejum, e da cooperação e providências de cada um. É preciso pôr
termo às anormalidades que vêm ocorrendo em todas as fases do culto, na
maioria das igrejas, congregações e pontos de pregação.

I. ATITUDES IMPRÓPRIAS NO PÚLPITO

1) Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulários vulgares. Não


confundir essas coisas com ilustrações adequadas.

2) Falar gritando o tempo todo.


Para que serve o microfone?
Há crentes e não crentes que já deixaram de frequentar certas igrejas porque
seus ouvidos não suportam mais o barulho louco e constante do pregador,
dos hinos e dos instrumentos com todo volume. Isso nunca foi louvor a
Deus. Estão muito enganados os que pensam que é.

3) Fazer uma leitura bíblica para a pregação e nunca mais


voltar a ela.

4) Emitir cacoetes fônicos, como "eh", "ah", quando fica em dúvida,


numa pausa forçada, indeciso ou em dificuldade, ou quando lê mal.

5) Ao subir a plataforma, a pessoa convidada a falar não deve apertar a


mão de todos lá.
O fato de ser convidado a falar ou cantar já dispensa o ato de apertar a mão
de quem quer que seja. Ao chegar à plataforma, basta um leve aceno
respeitoso com a cabeça ou com a mão.

6) Não aplicar truques aos pecadores ao fazer apelo. Pessoas há


por aí que hoje não vão aos cultos por causa de vexame sofrido em público
por parte do pregador. Por falar em apelo, este deveria ser feito estando os
crentes com suas cabeças curvadas em oração.

7) Quem chega à plataforma para falar não deve usar de


mecanismo para com os crentes. Exemplo: dizer "A paz do Senhor!"
e repetir isso até que haja eco suficiente para agradá-lo. É também o caso do

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uso indevido, descabido e intempestivo de expressões sagradas, como
"Aleluia!", "Amém!" e "Glória a Deus!"

8) Não dar oportunidades a desconhecidos para falar ou


cantar. Você está sujeito a vexame, o público ficará escandalizado, a igreja
ficará envergonhada e tudo isso ocorrerá por sua conta! Sim, por conta de
quem está dirigindo o culto.

9) Não conversar no púlpito, não despachar expediente, não sair do seu


lugar, a não ser numa emergência.

10) Se você não é o pregador do culto, dose seu tempo quando


for convidado a falar.
Quando o dirigente do culto convidá-lo para "um testemunho", isso não deve
levar mais do que cinco minutos. Tratando-se de testemunho, não se é
obrigado a ler a Bíblia. Se é "uma palavra", isso não deve levar mais do que
dez minutos. "Uma saudação" não deve ir além de cinco minutos. E o ideal é
que uma pregação não ultrapasse 45 minutos.

11) Evite o uso de bateria nos cânticos de apelo, que deve ter música suave e
em tom brando.

II. A CONDUTA DA CONGREGAÇÃO

1) A eficácia do púlpito para uma mensagem poderosa depende muito da


atitude da congregação durante o culto sagrado.

2) O crente deve fazer no púlpito aquilo que pediu ao dirigente para fazer ou
para o que foi convidado a fazer.

Muitos são chamados para dar um testemunho e acabam pregando e, ainda


por cima, cantam mais um hino.
Muitos pedem para cantar e acabam pregando também, ou então intercalam
testemunho e cântico. Isso é impróprio, sendo uma maneira de iludir a boa fé
do pastor.

Outros vão cantar, mas não dizem quantos hinos vão cantar, e então cantam
vários hinos. Isso também está errado em se tratando do culto, onde deve
haver equilíbrio.

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3) Quando o coral ou o conjunto cantar, se você não é corista nem integrante
do conjunto, não cante, porque isso prejudica a execução do coral ou
conjunto.

Se você conhece o hino que o coral ou conjunto está cantando, cante


intimamente ou então ingresse no coral ou conjunto. Pior é o que
constantemente ocorre com solistas, que sem pedirem nada a ninguém,
quando ele ou ela menos espera, está "acompanhado" de um bom número de
"auxiliares", e geralmente desafinados!

A mesma coisa acontece com os irmãos tocam instrumentos. Se o cantor (ou


conjunto) quisesse acompanhamento, eles o solicitariam antes.

4) Irmãos chamados para ler a Bíblia (leitura oficial) acabam falando outras
coisas também. Se você foi convidado só para ler a Bíblia, faça somente isso.
Não tome liberdades. Não se ponha a falar nada mais.

5) Não copie o modelo de outros pregadores, porque isso jamais dará certo.
Procurar sempre melhorar, isso sim; mas imitar os outros, não; porque assim
você perde a sua individualidade, a sua identidade, que é a sua marca
registrada.

Quando você tenta ser o que não é, imitando alguém, você perde aquilo que
caracteriza você. 1

1
Jornal Mensageiro da Paz, fevereiro de 2004, Antonio Gilberto

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Capítulo 22
O pastor e a Ovelha

A Palavra de Deus usa a figura do pastor e de suas ovelhas para nos ensinar
preciosas lições.

✓ Em Salmos 23 aprendemos sobre os instrumentos (vara e cajado) e o


cuidado do pastor para com as suas ovelhas.
✓ Já em 1Pedro 5.1- 4, os obreiros são tidos como pastores e estes
recebem instruções de como devem procederem em relação as o velhas
do sumo Pastor (Jesus).
✓ Em Lucas 15.3-7, Jesus fala do pastor ‘perseverante, pois este
pastor só para de procurar sua ovelha depois que a encontra.

I. OS INSTRUMENTOS DOS PASTORES PARA A


TAREFA DE APASCENTAR
No final dos Salmos 23.4, o salmista diz: “... a tua vara e o teu cajado me
consolam”.
Temos aqui dois principais instrumentos usados pelos
pastores nos tempos bíblicos.
1. Vara. A vara do pastor era um bastão pesado e pregos muitas vezes eram incrustrados
na ponta para torná-lo mais eficaz.
A) A utilidade da vara. A vara era utilizada para proteger as ovelhas de animais
selvagens. Vara na mão de um pastor significa proteção para suas ovelhas.
2. Cajado. O cajado era outro instrumento usado pelo pastor.

a) O tamanho do Cajado.
Ele tinha cerca de dois metros de comprimento e algumas vezes uma curva na
extremidade.

b) As utilidades do cajado.
1. Ajudar o pastor a andar com maior facilidade nos lugares montanhosos,
2. Era usado para guiar as ovelhas,
3. Era usado par contar as ovelhas.

II. A PROTEÇÃO DO PASTOR PARA COM AS SUAS


OVELHAS

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As ovelhas precisavam de constante proteção porque nos tempos bíblicos


havia muitos perigos para o rebanho. Podemos resumir os deveres do pastor
nos seguintes pontos.
1. Cuidar das ovelhas providenciando pastagens e água (Sl 23.2),
2. Proteger as ovelhas de Leões e ursos (Ex 1 Sm 17. 34 – 36),
3. O bom pastor colocava em riscos até a sua própria vida para cuidar das
ovelhas (Jo 10.11).
4. Levar ovelhas para um lugar seguro para passar a noite.
5. Se o pastor perdesse uma ovelha do rebanho, ele teria que pagar por isso
(Ex. Gn 32. 39).
6. Ser perseverante ao procurar a ovelha que saio do rebanho (Lc 15.3-7).

III. LIÇÕES PARA OS PASTORES E PARA AS OVELHAS

No sentido figurado, os crentes são ovelhas e os obreiros são os pastores. E


esses pastores tem algumas responsabilidades para com as ovelhas do Senhor.

1. Responsabilidades dos pastores.


a) 1 Pe 5. 2 Apascentai (pastorear, alimentar)o rebanho de Deus, que está entre vós,
tendo cuidado dele, não por força(não por obrigação), mas voluntariamente
(de livre vontade); nem por torpe ganância(desejo de ganhar muito com o pastoreio),
mas de ânimo pronto (com desejo de servir);
v. 3: Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de
exemplo ao rebanho.

b) Velar pelas almas das ovelhas [cuidar das necessidades espirituais] (Hb
13.17).
c) Prestar contas das ovelhas ao dono das ovelhas (Hb 13.17; O rebanho é de
Deus 1Pe 5.2).

2. A promessas para os pastores.


1 Pe 5. 4: E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa
da glória.

3. Responsabilidades das ovelhas.


1) Hb 13.7: Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de
Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.

4. Hb 13.17: Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam


por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam
com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.

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Que tipo de ovelhas temos sido diante do Senhor? Temos sido ovelhas
obedientes? Temos sido ovelhas que vivem em harmonia e amor com o
rebanho (igreja) do Senhor?
Que possamos ser ovelhas de lã completamente branca, pois ovelhas assim
são mais valiosas do que ovelhas lã manchadas.
Ec 9.8: Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua
cabeça.
As ovelhas e os seus pastores prestarão contas de suas atitudes ao dono do
rebanho que é o nosso Deus.

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Conclusão
É necessário que as pessoas estejam convencidas de que o seu pastor é uma
pessoa capacitada para o ministério e do seu amor por elas. Se as pessoas
duvidarem de sua capacidade, então não valorizarão o seu ensino.

Se a sinceridade de teu amor é questionada, então, não terás a sua confiança.


Por outro lado, se eles estiverem seguros da tua capacidade e do teu amor,
então respeitarão os teus conselhos (Richard Baxter).

Infelizmente nem todos compreendem o alto significado de ser pastor de


almas e nem todos que foram investidos nesse cargo desempenham a
contento a árdua missão.
Quem pensa que é fácil ser pastor não passa de mal informado, ignorante e
prepotente e a verdade ainda não o alcançou. Ser dirigente de igreja é fácil.
Mas ser pastor não é fácil. É por isso que para ser pastor é preciso se ter
vocação do dono da Igreja – Deus na pessoa de Jesus Cristo.
Ser pastor não é ser apenas dirigente de culto.
Ser pastor não é falar bonito, não é ser bom orador.

O pastor é aquele homem escolhido por Deus para aperfeiçoar os santos,


edificar a igreja de Deus, apascentar o rebanho do Senhor e zelar pela causa de
Cristo.

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Bibliografia
- ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário teológico. CPAD
- Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
- Charles Haddon Spurgeon. O chamado para o ministério
- GEISLER, Norman. Ética Cristã. São Paulo: Vida Nova, 1988
- John MacArthur Jr. Redescobrindo o Ministério Pastoral. CPAD, 1998
- Jornal Mensageiro da Paz, dezembro de 2003
- Jornal Mensageiro da Paz, dezembro de 2007
- Jornal Mensageiro da Paz, maio de 2009
- Jornal Mensageiro da Paz, maio e outubro de 2011,
- Jornal Mensageiro da Paz, março de 2005
- Jornal Mensageiro da Paz, número 1.492, setembro de 2009
- Jornal Mensageiro da Paz, outubro de 2009
- LIMA, Elinaldo Renovato, Ética Cristã. CPAD, 2002.
- Revista Pregador Cristão, 1ª edição 2016

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