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Nome: André Lopes da Veiga Nanque

Esboço do Sermão

Tema: Deveres do crente


Texto: I Pedro 2:9; 11-25

Introdução:
A primeira Epistola de Pedro, é o cumprimento da grande comissão que cristo
deu ao Pedro (uma ordem para todos os crentes). Pedro foi ministro do
evangelho para os Judeus e, por isso, escreve aos judeus da dispersão, ele é o
apostolo da esperança. Assim como Paulo, pedro apresenta as doutrinas da graça
(O homem natural é incapaz de “vir a Cristo”. Citemos João 6:44, ” Ninguém
pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer.”)
1. A incapacidade do homem está na sua natureza corrompida
2. A incapacidade do homem está na completa escuridão em que se
encontra o seu intelecto
3. A incapacidade do homem está na corrupção dos seus sentimentos.
4. Sua incapacidade está na total perversão da sua vontade

Foi escrita em Babilonia e é dirigida aos hebreus cristãos que estavam como
estrangeiros dispersos no ponto da Galácia, Capadócio, Asia e Bitínia (comp.
4.3 com 1.1) e tem uma aplicação mais ampla para todos os crentes em Cristo

O propósito da Epistola é exortação e testemunho. Exortação a uma vida santa.


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Antes de debruçamos sobre os deveres de um crente, convém sabermos quem


somos enquanto crentes em Cristo. A resposta a esta pergunta vem no I Pedro
2.9,10

V.9 “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido (povo de propriedade exclusiva), para anuncieis as virtudes (Cujo o
propósito é proclamar as grandezas) daquele que vos chamou (convocou) das
trevas para a sua maravilhosa luz;”

V.10 “Vós que em outros tempos não ereis povo, mas agora sois povo de Deus,
que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia
 (a misericórdia é Deus não nos castigando como merecem os nossos
pecados e a graça é Deus nos abençoando apesar de não merecermos.
Misericórdia é a libertação do julgamento, enquanto graça é estender
bondade aos indignos).”

Mas vós sois a geração eleita:


 Aqui está em vista a nova aliança (Jr 30.21,22; 31.31-37) quando somos
remidos da escravidão, gozamos das seguintes bênçãos:
o Somos privilegiados como povo escolhido (Is 43.20,21)
o Somos feitos em sacerdócio real partilhando do reinado de Cristo
(Ap 5.10) bem como do seu sacerdócio (Rm 15.16 e Ef 5.2)

o sacerdócio real:
1. Antes de ser dada a lei, o cabeça de cada família era o sacerdote da sua
família (Gn 8:20, 26.25, 31.54).
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2. Quando a lei foi dada, a promessa para a obediência era que Israel seria
“Um reino Sacerdotal para Deus (Ex19.6); mas Israel transgrediu a lei,
e Deus limitou a função sacerdotal à família de Arão e designou a tribo
de Levi para que ministrasse a Israel, constituindo assim o sacerdócio
tipológico (Ex28.1)
3. Na era da igreja, todos os cristãos de maneira incondicional são
constituídos “sacerdócio real” (V.9 Ap 1.6), distinção que Israel não
recebeu pelas obras. Desse modo o sacerdócio do cristão é um direito de
nascimento, assim como todos os descendentes de Arão nasciam para o
sacerdócio (Hb 5.1)
4. O Privilégio principal do sacerdócio é o acesso a Deus. Sob a leio, só o
sumo sacerdote podia entrar no Lugar Santíssimo, e isso ocorria uma vez
por ano (Hb 9.7), mas quando Cristo morreu, o veu – tipo do corpo de
humano de Cristo (Hb 10.20) – foi rasgado, de modo que, agora, com
Cristo, o Sumo Sacerdote, os crentes – sacerdotes têm acesso a Deus no
Lugar Santíssimo.

A nação santa, o povo adquirido (povo de propriedade exclusiva)


 Também, nos constituímos em propriedade santa e exclusiva de Deus

Para anuncieis as virtudes (Cujo o propósito é proclamar as grandezas)


daquele que vos chamou (convocou) das trevas para a sua maravilhosa luz;”
 A finalidade desta nova aliança com Deus é anunciar suas excelências,
bem como seguir seus passos e seus exemplos (2.21)
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Desenvolvimento
A doutrina da graça não nos concede a permissão para a vida da pratica do
pecado (Rm 6:1-10)
 Permaneceremos no pecado? Para que a graça abunde? No capítulo 6
aos romanos, Paulo contesta a ideia de que os crentes podem continuar
no pecado e ainda, estarem livre da condenação eterna, em virtude da
graça e da misericórdia de Deus em Cristo. Paulo refuta essa distorção
da doutrina da graça, pondo em relevo uma verdade fundamental: “O
verdadeiro crente demonstra estar em Cristo, por estar morto para o
pecado”. Não continuará a viver nele. Inversamente, quem vive no
pecado, não é um crente genuíno (ef.1; Jo 3:4-10). Paulo enfatiza que
não se pode ser servo do pecado e servo de Cristo ao mesmo tempo. (vv
11-13, 16:18).

Porque nos somos povo gerado pela Pedra Viva (Cristo) – 2.4-10, devemos
viver como Pedras vivas (2.1-3)
A vida como a Pedra Viva leva-nos aos deveres do povo de Deus, ou seja, de
deveres para com os não-crentes;

FT:. Afinal quais são os deveres do crente para com os não-crentes e para
com as autoridades?

O primeiro dever é: Abster das paixões carnais (Gl 5.19-21), que fazem guerra
contra a alma (V11)
 Diz-nos que como cristão ainda temos a natureza pecaminosa
 Paixões carnais. É a palavra que Paulo empregou para descrever os
cristãos ainda crianças (1 Co 3.1-4), i.e. centralizados, em si mesmos, em
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vez de darem a centralidade a Cristo. É o desejo do “eu” contra Cristo e a


luta contra a alma
 Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas
paixões e os seus desejos (Gl 5. 22 – 24)

O segundo dever é: manter os procedimentos exemplar no meio dos não-


crentes, para que, naquilo que falam contra vós outros como malfeitores,
observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação
(refere-se ao dia da graça) (V12)

O terceiro dever é: sujeitar a toda a instituição humana, por causa do Senhor,


quer seja ao rei, como soberano (V13, 14)
 O princípio de uma vida exemplar perante o mundo e a sujeição
voluntária por amor a Deus às instituições de ordem social e civil (Rm
13.1-7). O cristão é um revolucionário, não no sentido subversivo, mas
construtivamente.
 Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais
emudecer a ignorância dos insensatos (V15).

O quarto dever é: não usar a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo
como servos de Deus (V16)
 A liberdade que temos em Cristo Jesus, não nos coloca numa posição
superior a Lei da Terra;
 “A única liberdade verdadeira, da qual uma criatura como homem é
capaz, é o uso livre das suas faculdades no serviço de Deus” (J Brown)
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O quinto dever é: tratar todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai
o rei (V17)

Conclusão:
 Quando somos remidos da escravidão passamos a ser propriedade
exclusiva de Deus, com o propósito de proclamar as grandezas daquele
que nos chamou (convocou) das trevas para a sua maravilhosa luz;” i.e.
A finalidade desta nova aliança com Deus é anunciar suas excelências,
bem como seguir seus passos e seus exemplos (2.21).

 “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos
legaram (1.18)”.

 A conversão significa o fim da fútil vaguear e submissão ao bom Pastor


que reúne as ovelhas desgarradas ao rebanho de Deus.

Apelo:
Você que sente que existe algo que lhe impede de proclamar, de anunciar as
grandezas de Deus, aproveita esta oportunidade para pedir a misericórdia de
Deus para o perdão e que a sua graça esteja consigo até a fim da peregrinação.

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