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História
Outros significados
Jean Palou, por seu lado, confere ao grau 25 uma natureza cristológica e hermetista,
fundamentado no episódio bíblico em que Moisés levanta no deserto uma serpente de
bronze para servir de defesa aos hebreus peregrinos contra a mordida desses répteis,
e cita também o Evangelho de São João, cap. III, vers. 14 e 15, em que Cristo é
comparado à serpente de bronze de Moisés, no sentido de que ele salva as pessoas
que nele crêem, da mesma forma que a serpente de Moisés curava aqueles que eram
picados por elas. ****
O que o grau releva, todavia, é fundamentalmente uma questão de fé. A serpente e o
emblema do Cristo crucificado têm o mesmo significado, como bem lembrou
Charbonneau-Lassay. Para os cristãos, o Cristo na cruz representa o mesmo que a
serpente de bronze representava para os hebreus no deserto. Quem olhava para ela, e
acreditava, ficava curado, da mesma forma que aquele que crê no sacrifício do Cristo
crucificado alcança a cura do corpo e da alma.*****
Cagliosto, no entanto, defendia a inspiração egípcia do grau 25, a partir da tradição
daquele povo em atribuir á serpente de-terminados poderes, relacionados com as
energias que regem a vida do universo. Na visão daquele famoso maçom, a simbolo-
gia da serpente, nos ritos iniciáticos ocidentais, seria equivalente a tradição védica da
Kundalini, a serpente tântrica que representa a energia cósmica, e se manifesta nas
pessoas através das chacras existentes no corpo humano, quando o iniciado pratica a
kundaliniioga. ******
Os egípcios tinham em grande conta o poder da serpente. Ela representava situações
que envolviam tanto o bem quanto o mal. Na Tuat, a terra intermediaria que a alma do
morto deveria atravessar até atingir a luz, o monstro que mais os apavorava era
exatamente a serpente Apépi, fera devoradora de almas, símbolo de Seth, o deus do
mal. Mas a serpente também aparecia constantemente na iconografia egípcia como
representação de poder. Em todas as pinturas, os faraós e as divindades aparecem
usando a coroa ornada pela uraeus, a serpente enrodilhada, que representava o ciclo
energético do universo, que a si mesmo se alimenta num fluxo ininterrupto.
Tradicionalmente a chamada “serpente de bronze” é uma alegoria que representa o
cetro real usado por Moisés, na condição de príncipe egípcio que era. Os reis egípcios
usavam um cetro folheado em bronze, em forma de serpente. Dizia-se que esse cetro
possuía propriedades mágicas, capaz de promover o rejuvenescimento das pessoas, da
mesma forma que a serpentes “rejuvenescem” trocando de pele.
Nos rituais de sagração dos reis egípcios, os chamados festi-vais sed, era costume a
realização de rituais em que a “lepra”, sinal de degeneração, era curada pelo toque do
cajado mágico, promovendo a regeneração. Uma dessas cenas, de regeneração pelo
cajado mágico é reproduzida na tumba de Kheruef, a ca-mareira da rainha Tiye, esposa
de Amenhotep III, pai do faraó Akhenaton. Moisés utiliza as duas alegorias, tanto da
lepra que é curada, quanto da serpente de bronze, para mostrar aos hebreus o poder
da sua doutrina regeneradora.
Na Maçonaria dos graus superiores, o Cajado de Abraão e a Serpente de Bronze se
fundem para formar a alegoria do Tau.
O Cajado de Aarão
A Ordem dos Hospitalários deu origem aos hospitais que hoje co-nhecemos como
Santas Casas de Misericórdia. A esse respeito veja-se o estudo publicado no nosso site
no Recanto das Letras.
Idem, pg.199.
Exercícios que, na pratica Iogue tem por fim conduzir o iniciado a iluminação.