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" O Jesus que era chamado Cristo, "Ungido", tomou seu título dos deuses salvadores do
oriente médio Adonis e Tammuz, nascidos da virgem deusa do mar Aphrodite-Maria
(Myrrha) ou Ishtar-Mari (em Hebraico Mariamne). Há versões mais antigas na bíblia do
mesmo herói como Josué filho de Nun (Exodo 33:11), Jehu filho de Nimshi o qual foi
ungindo por Elias como um rei sagrado (Reis 1 19:16) e Yeshua filho de Morah; O
Livro de Enoch disse no século 2 A.C. que Yeshua ou Jesus era o nome secreto dado
por Deus para o Filho do Homem (um título Persa) e que esse nome significa "Javé
salva".
No norte de Israel o nome era escrito Ieu. Era o mesmo que Ieud ou Jeud, o "filho
único" vestido em roupas de rei e sacrificado pelo deus-rei Isra-El. As versões gregas do
mesmo nome são Iasion, Jason ou Iasus - o nome de um dos consortes sacrificados de
Demeter, morto pelo Pai Zeus após o ritual de fertilidade no qual ele copulou com sua
mãe. Iasus significa o curandeiro Therapeuta, que é como os gregos chamavam os
Essênios, cujo grupo de culto sempre incluía um homem com o título de Cristo. O
significado literal do nome era "curandeiro homem da lua", encainxando com a versão
Hebraica de Jesus como o filho de Maria, a almah ou "donzela da lua".
Parece que Jesus não foi uma pessoa, mas um composto de muitos. Ele fez o papel do
rei sagrado dos judeus que periodicamente morria em uma cerimônia de expiação como
substituto do rei verdadeiro. As religiões semiticas praticavam imolações humanas há
mais tempo que outras religiões, sacrificando crianças e adultos para satisfazer deuses
sanguinários. Apesar da proibição imposta pelo imperador Adriano de se fazer estas
oferendas homicidas, elas foram mantidas em certos rituais clandestinos. Os sacerdotes
do Deus Judeu insistiam que 'um homem deve morrer pelo seu povo, para que uma
nação inteira não pereça' (João 11:50). Javé não perdoava pecados sem derramamento
de sangue '... sem derramamento de sangue não há remissão' (Hebreus 9:22).
Este Jesus teve pouca ou nenhuma importância para seus contemporâneos. Nenhuma
pessoa alfabetizada de sua época menciona ele em livro algum. Os evangelhos não
foram escritos na época dele, e nem foram escritos por alguém que tenha visto ele em
carne e osso. Os livros foram escritos após a criação da Igreja, alguns já tão tarde como
no segundo século D.C. ou depois, de acordo com os requisitos da Igreja para uma
tradição fabricada. A maioria dos estudiosos acreditam que o livro mais antigo do Novo
Testamento é 1 Tessalonicenses, escrito pro volta de 51 D.C. por Paulo, que nunca viu
Jesus pessoalmente e não sabia de nenhum detalhe da história da sua vida.
Dos deuses antigos Jesus adquiriu não só o título de Cristo mas todos os outros títulos
também. Osiris e Tammus eram chamados Bom Pastor. Serapis era Senhor da Morte e
Rei da Glória. Mitra e Heracles eram Luz do Mundo, Sol da Retidão, Helios o Sol
Nascente. Dionysus O Rei dos Reis, Deus dos Deuses. Hermes era o Iluminado e o
Logos. Vishnu e Mitra eram Filho do Homem e Messias. Adonis era O Senhor e o
Noivo. Mot-Aleyin era o Cordeiro de Deus. Salvador se aplicava a todos eles.
Cultos de mistérios em todo o império ensinavam que homens comuns podiam ser
possuídos pelo espírito desses deuses, e se identificar com eles como 'filho' ou alter-ego,
como Jesus o era. Era a maneira geralmente aceitável de se adquirir poderes
supernaturais, como demonstrado pelos encantamentos usados pelos magos: 'O que eu
digo deve acontecer...Pois tomei para mim o poder de Abraão, Isac, Jacó e o grande
deus-demônio Ablanathanalba... pois eu sou o Filho, eu ultrapasso o limite, eu sou
aquele que está no sétimo céu, que está nos sete santuários; eu sou o filho do Deus
vivo...eu fui unido com minha forma sagrada. Eu recebi o poder pelo teu nome sagrado.
Eu recebi a Efluência da bondade, Senhor, Deus dos deuses, Rei,... tendo recebido a
natureza semelhante à de Deus.'
O cético Celsus notou que pedintes e vagabundos em todo o império estavam fingindo
que realizavam milagres e se tornavam deuses, exbravejando, profetizando o fim do
mundo e aspirando o status de salvador:
Cada um com o conviniente e costumaz jogo: 'Eu sou deus' ou 'O filho de Deus', ou ' um
espírito divino', e 'Eu vim. Pois o mundo está para ser destruído, e vocês, homens, por
causa da sua injustiça, irão com ele. Mas eu quero salvá-los, e vocês me virão voltar
com com poderes divinos. Bendito daquele que me adora agora! Aos outros, tanto nas
cidades quanto nos campos, eu deverei jogar ao fogo eterno. E os homens que agora
ignoram suas punições deverão arrepender-se em vão e gemer, mas aqueles que
acreditarem em mim eu os manterei imortais.
Certamente esta doutrina 'conspicuamente falsa' era também a mensagem central dos
evangelhos. A escatologia Persa passando pelo filtro Judeu-Essênico previa 'O filho do
Homem vindo em uma nuvem com poder e grande glória' (Lucas 9:27, 21:27). Jesus
prometeu o fim do mundo na sua própria geração. O resto do material dos Evangelhos
era em sua maioria dedicado aos milagres objetivando a demonstração do seu poder
divino, já que religiões geralmente 'alegam revelações, aparições, profecias, milagres,
prodígios e mistérios sagrados para que elas sejam valorizadas e aceitas'. Até esses
milagres eram derivados de outras religiões.
Os magos sempre afirmaram que suas orações poderiam atrair bandos de seres
sobrenaturais para auxiliá-los. Assim Jesus declarou que suas orações poderiam atrair
doze legiões (72.000) anjos da guarda (Mateus 26:53). Os magos também comunhavam
com seus seguidores com os sacramentos-padrão dos cultos-de-mistérios, o sacramento
do pão-carne e o do vinho-sangue. Em textos de magia, 'o deus-mágico dá seu próprio
corpo e sangue a um recipiente que ao comê-lo se une a ele no amor.'
A habilidade de andar sobre a água era afirmada pelos homens santos do oriente desde
quando os monjes Budistas reconheciam esta como sendo a marca do verdadeiro asceta.
Os Papiros Mágicos diziam que quase qualquer pessoa poderia andar sobre a água com
a ajuda de 'um demônio poderoso'. Impossibilidades sempre foram as ferramentas da
credulidade religiosa, como Tertuliano adimitiu: 'É crível porquê é absurdo, é certo
porquê é impossível'.
Porém milagres repetidos não são tão críveis quanto os originais. Portanto os primeiros
cristãos insistiam que todas as divindades mais antigas e suas histórias milagrosas eram
invenções do diabo, pois como ele anteriormente já sabia da religião verdadeira, criou
estórias de modo que os crentes ficariam confusos sabendo de 'imitações passadas'.
Pensadores pagãos contra-argumentavam com a observação de que 'a religião cristã não
contém nada além do que aquilo que os cristãos tenham semelhante ao pagão, nada de
novo, nada realmente grandioso'. Até mesmo Santo Agostinho, achando a hipótese das
invenções do diabo difícil de engolir, adimitiu que a 'verdadeira religião' já era
conhecida pelos antigos, e que tinha existido desde o começo dos tempos, mas passou a
ser chamada cristã depois que 'Cristo veio em carne'.
Contudo os aderentes da verdadeira religião discordavam violentamente em relação às
circunstâncias da sua criação. Nos primeiros séculos D.C. havia muitas seitas cristãs
mutuamente hostis, e muitos evangelhos contraditórios. Até já tardiamente no ano 450 o
bispo Teodoro de Cyrrhus disse que havia pelo menos 200 evangelhos reverenciados
pelas igrejas de sua própria diocese, até que ele destruiu todos exceto os quatro
aprovados como canônicos. Os outros evangelhos foram perdidos conforme seitas mais
fortes venciam as mais fracas, destruiam suas igrejas, matavam os crentes e queimavam
seus livros.
Um Escritura, jogada fora dos canônicos, dizia que Jesus não tinha sido crucificado.
Simão de Cyrena sofreu na cruz em seu lugar, enquanto Jesus estava ao seu lado rindo
da cara dos carrascos dizendo: 'foi outro que bebeu o fel e o vinagre; não fui eu... foi
outro, Simão, que carregou a cruz nos ombros. Foi outro em que colocaram a coroa de
espinhos. Mas eu me regojizava na colina... e ria da sua ignorância'. Os crentes nessa
Escritura foram preseguidos e forçados a assinar uma renúncia na qual se lia: 'Eu
anatematizo aqueles que dizem que Nosso Senhor sofreu só em aparência, e que havia
um homem na cruz e um outro a distância que ria.'
Alguns cristãos interpretaram o 'noli me tangere' de Jesus (não me toques) como se ele
tivesse voltado da morte como um espírito incorpóreo, da maneira de outros heróis
apoteóticos, como o herói irlandês Laegaire, que também disse ao seu povo que não o
tocasse. Mais tarde, em um evangelho desconhecido, o escritor inseriu a estória do
Tomás que duvidou, que insistiu em tocar Jesus. Isso serviu para combater a idéia
herética de que não havia ressureição da carne, e também para subordinar o deus
municipal de Jerusalém Tammuz ao novo salvador.
Na verdade uma das mais prováveis fontes da mitologia primária do cristianismo era o
culto de Tammuz em Jerusalém. Como Tammuz, Jesus era o Noivo da Filha de Sião
(João 12:15). Portanto sua noiva era Anath, 'Virgem Sabedoria Habiante de Sião', que
era também a Mãe de Deus. A pomba dela desceu sobre ele no dia do seu batismo,
significando (na antiga religião) que ela o escolheu para o amor-morte; Anath quebrou o
cetro de junco de seu noivo, o flagelou e o furou para fruir seu sangue. Ela pronunciou
sua maldição de morte, Maranatha (1 Corintíos 16:22). Assim como os evangelhos
falam de Jesus, o noivo de Anath foi 'abandonado' por El, seu pai divino. Jesus chorou
para El, 'meu Deus, Deus, porquê tu me abandonastes?' parece que foi uma frase escrita
para o segundo ato do drama sagrado, o pathos ou Paixão (Marcos 15:34).
Certamente esta Paixão era originalmente sexual. As últimas palavras de Jesus 'está
feito' vem de 'consummatum est', que seria melhor traduzido como 'está consumado',
isto era interpretado como um sinal de que ele estava morto, mas poderia igualmente se
aplicar ao seu casamento (João 19:30).
Como os pagãos, os primeiro cristão identificavam a Noiva com a Mãe. Eles diziam que
Jesus 'consumou na cruz' a sua união com a Maria-Ecclesia, sua noiva a Igreja.
Augustinho escreveu: 'Como um noivo Cristo saiu de sua câmara, como um presságio
de suas núpcias... Ele veio até a cama nupcial da cruz e lá, montado sobre ela, ele
consumou seu casamento..., ele amavelmente se deu ao tormento no lugar da sua noiva,
e ele se juntou à mulher para sempre.' João 19:41 diz, ' No lugar onde ele foi crucificado
havia um jardim; e no jardim um novo sepulcro, no qual nenhum homem jamais deitou.'
Um jardim era o símbolo convencional para o corpo da mãe/noiva na época; e uma nova
tumba era o útero virgem, onde o deus iria nascer de novo. No terceiro dia, Jesus saiu da
tumba como Attis, cuja ressurreição era a Hilaria, ou dia de Alegria. O dia de
ressurreição de Jesus recebeu o nome (nas línguas anglo-saxônicas) de Eostre (Easter), a
mesma deusa que Astarte, a qual os Sírius chamavam Mãe Mari.
Três incarnações de Mari, ou Mary, ficaram aos pés da cruz de Jesus, como as Moerae
da Grécia. Uma foi sua mãe virgem. A segunda era sua 'mui amada' Maria Madalena. A
terceira Maria deve ter sido a representação de Crone, para ser semelhante às três Norns
aos pés da árvore sacrificial de Odin. As Fates estavam presentes nos sacrifícios
ordenados pelos Pais Celestiais, cujas vítimas eram penduradas em árvores ou pilares
'entre a Terra e o Céu'. Até os tempos de Adriano, vítimas oferecidas a Zeus em Salamis
eram ungidas com os unguentos sagrados - tornando-se assim 'Os Ungidos' ou 'Cristos'.
- e então pendurados e esfaqueados na lateral com uma lança. Nada no mito de Jesus
ocorreu por acaso, cada detalhe era parte de uma tradição formal de sacrifício, até na
'procissão das palmas' que glorificava reis sagrados na antiga Babilônia.
A descoberta de que os Evangelhos foram forjados, centenas de anos depois dos eventos
que ele descrevem, ainda não é fato amplamente conhecido, mesmo que a Enciclopedia
Católica admita, 'A idéia de um cânon completo e claramente executado do Novo
Testamento existindo desde o início... não tem fundação histórica.' Nenhum manuscrito
pode ser datado antes do 4° século D.C., muitos foram escritos até depois. Os mais
velhos manuscritos contradizem-se, da mesma maneira que o canon atual de Evangelhos
sinópticos.
A igreja deve seu cânon ao professor gnóstico Marcion, quem primero colecionou as
epístolas Paulinas ao redor do 2° século. Depois ele foi excomungado como herético
porque ele negou que as Escrituras eram alegorias místicas cheias de palavras mágicas
de poder. As epístolas que ele colecionou já tinham cem anos de idade, isto é, se elas
realmente foram escritas por Paulo; muito do material nelas foi inventado ou foi feito
com interpolações forjadas.
A figura mais 'histórica' dos evangelhos é Pôncio Pilates, a quem Jesus fora apresentado
como 'rei' dos judeus e simultâneamente como criminoso merecedor de pena de morte
por blasfêmea porque ele chamava a si mesmo de Cristo, Filho do Bendito (Lucas 23:3,
Marcos 14:61-64). Este crime alegado não era um crime real. Províncias do leste eram
cheias de Cristos auto-intitulados e Messias, se chamando de Filhos de Deus e
anunciando o fim do mundo. Nenhum deles fora executado por blasfêmea. O começo da
estória provavelmente está na tradição de sacrifício de rei-sagrado que existia em
Jerusalem muito antes da administração de Pilates, quando Roma estava tentando
desencorajar estes barbarismos.
De 103 a 76 A.C. Jerusalem fora governada por Alexandre Janneaus, chamado de Aeon,
o qual defendia seu trono lutando contra desfiadores. Em um ano, no Dia de Expiação, o
seu povo o atacou no altar, sacudindo folhas de palmas significando que ele deveria
morrer pela fertilidade da terra. Alexandre declinou a honra e instituiu uma perseguição
dos sujeitos desafiadores que ele havia vencido. Um outro rei de Jerusalem tomou o
nome de Menelau, 'Rei-Lua', e praticava o ritual sagrado de casamento no seu templo.
Herodes também fez um casamento sagrado, e fez com que João Batista fosse morto
como um substituto de si mesmo.
Do ponto de vista dos cristãos, um Jesus histórico real era essencial para a premissa
básica da fé: a possibilidade de imortalidade através da identificação com a sua própria
morte e ressurreição. Welhausen corretamente afirmou que Jesus não teria lugar na
história a não ser que ele morresse e retornasse exatamente como os Evangelhos dizem.
'Se Cristo não tivesse levantado, a sua fé seria em vão' (Coríntios 15:17). Ainda assim,
apesar de séculos de pesquisa, nenhum Jesus histórico veio à luz. Parece que a estória
dele foi somente coberta de mitos; ela é mítica até o caroço.
Como todos os mitos, ele revela muito sobre a psicologia coletiva que o criou. Nas
religiões pagãs anteriores, a Mãe e o Filho periodicamente depunham o Pai de seu trono
celeste. O filho divino do cristianismo não estava mais desafiando o rei dos céus, mas
estava se deixando domar e se submetendo à sua ordem fatal: 'Não a minha vontade,
mas a tua, será feita' (Lucas 22:42). Em algumas seitas iniciais dizia-se que o Pai que
pedisse o sangue do seu filho era cruel, até demoníaco. Estas seitas foram suprimidas,
porém estudiosos discerniram no cristianismo 'uma atitude original de hostilidade em
relação à figura paterna, a qual fora modificada nos dois primeiros séculos em uma
atitude de docilidade passiva masoquista.
Mas o Jesus que emulou Buda ao advogar pela pobreza e humildade eventualmente se
tornou a principal figura mítica de uma das mais preeminentes organizações fazedoras
de dinheiro do mundo. O cínico Papa Leão X exclamou: 'Que lucros não nos trouxe essa
fábula de Cristo!'.
Teólogos modernos tendem a deixar de lado a questão de se Jesus foi de fato uma fábula
ou uma pessoa de verdade. Haja vista a completa falta de evidência física, e da natureza
dúbia da evidência circunstancial, parece que o cristianismo é baseado no fenômeno
universal da credulidade:
Uma idéia pode ganhar e reter a áurea de verdade essencial através do contar e recontar.
Esse processo doa uma amável noção com mais veracidade que uma biblioteca de
fatos... Documentação tem apenas um pequeno papel em contraste com o ato de re-
confirmação de cada geração de estudiosos. Além disso, quanto mais longe da época em
questão, maior é a força da convicção. A incredulidade inicial é logo convertida em
crença na probabilidade e eventualmente em garantia presunçosa. "