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Amanita Muscaria e o Fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do

Mal

Através da perspectiva de John Marco Allegro e de seu livro "The Sacred Mushroom
and the Cross" consigo concordar que o álcool na forma de vinho não foi a substância
eucarística do sangue de Cristo consagrado na última ceia cristã, e sim o cogumelo
Amanita Muscaria como afirma Allegro. Se discertarmos à respeito do diferente efeito
que o vinho proporciona, a dormência , a ilusão de bem estar, com o que os cogumelos
proporcionam, muitas vezes levando ao inferno e julgando os perversos na sua
consciência, e levando os puros ao reinos celestiais. Seria muito mais fácil para a os
setores dominantes que constituíram a Igreja católica colocarem uma substância que
dopa do que uma substância que acorda para a divindade, que liga a Deus e faz-nos
conhecer o bem e o mal.
Será que o fruto do conhecimento do bem e do mal continha um veneno? Será sobre
isso que Deus tinha advertido Adão e Eva? "Coma isso e morrerás" parece ser algo
venenoso, mas a serpente assegura a Eva que ela não morrerá...\Genesis 3:5-7: “Porque
Deus sabe que quando você comer isto, seus olhos irão se abrir, e você será com
Deus, conhecendo o bem e o mal”.”O homem agora se tornou um de nós,
conhecendo o bem e o mal.” Então o Senhor baniu-os do Jardim do Éden. Deus os
puniu por conhecer o bem e o mal? Mas eles não morreram no dia que comeram o fruto
proibido, na verdade viveram centenas de anos, de acordo com a Biblia o que a serpente
contou a Eva era verdade, e Deus estava mentindo. Por que Deus estava mentindo pra
eles? Porque condenar alguem por ter o conhecimento do bem e do mal. As pessoas são
encarceradas atualmente por causa de crimes que cometeram resultantes da falta de
conhecimento do bem e do mal. A não ser que esses "deuses" queriam dizer para nós o
que é certo ou errado, ao invés de deixar que nós soubéssemos a diferença.
Para os gnósticos, Jesus era a serpente sábia que deu o conhecimento ao homem. Fazer
do símbolo da maçã "como fruto proibido" é simbólico, pois na verdade ela é perfeita
como substutivo para o verdadeiro fruto proibido. A Amanita e a maçã, ambas são
frutos de árvore, e vermelhas. Quando você morde a maçã você avista o mesmo branco
no interior da Amanita Muscaria. É uma segura representação do fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal, sem dar conhecimento real do verdadeiro fruto, a
Amanita Muscaria.

Amanita Muscaria

Reflexão sobre a "Guerras às Drogas"


Arte de Cliff Maynard

Qual é o mais viciante ingrediente das drogas? É o dinheiro vivo! Você legaliza as
drogas e tira o dinheiro disso tudo. A última coisa que os congressistas querem é
legalizar as drogas, pois a quantidade de dinheiro que acontece à partir da
criminalização é enorme. A indústria fonográfica, que influencia os jovens a quererem
as drogas, pela sua garotas lindas, os carros... a droga só existe porque existe um apelo a
ser usada, e é através dos clipes e do cinema que o uso é estimulado.
50% dos impostos arrecadados vão para a militarização e segurança nos EUA. É um
grande aparato para repressão às drogas, uma grande indústria que se beneficia da venda
de armas a equipamentos de segurança para combater e se proteger do que envolve a
criminalização das drogas. Após a segunda guerra mundial, os EUA tinha uma aparato
fabril gigante voltado a militarização. A guerra fria proporcionou todos investimentos à
repressão às drogas, pois a tecnologia foi relocada para as guerras às drogas, para a
venda de armas, para as polícias de diversos países que fazem a guerras às drogas e para
o contrabando de armas dos traficantes.
Nixon colocou a maconha como a mais perigosa das drogas em 1971 justamente em
meio a guerra do Vietnam, pois sabia que os que se opunham a guerra eram os hippies
usuários da cannabis. O mesmo aconteceu com os cogumelos e o LSD. Na verdade
essas drogas tornam o homem pacifista, não se adequando ao mundo do pós guerra
americano que desde sempre foi guerrido, capitalista e espalhando sofrimento por todas
as partes do mundo justamente visando o lucro para indústria bélica.
Em 10 anos de proibição do álcool nos anos 20 e 30, a cidade de Chicago e sua polícia
se tornaram um antro de corrupção. Hoje existem cartéis que traficam drogas livremente
para os EUA através da corrupção da criminalização das drogas. Conheci uma pessoa
que seu pai, que trabalhava na CIA, reuniu seus familiares no seu leito de morte e
declarou a eles que através do seu livre passe pelas alfandegas, traficou heroína.
Não cabe mais no mundo uma política que retira direitos do cidadão de, se quiser usar
certas substâncias, o fazê-lo. A liberdade pode ser absoluta até que não atinja o direito
de terceiros.
Além disso, você adulto que vende essas planta pra outro vai ser enquadrado igualmente
como um estuptrador ou um assassino!
Essas leis são criacões recentes e “algum dia , quando a descriminalização das drogas
for uma realidade, os historiadores olharão para trás e sentirão o mesmo arrepio que
hoje nos produz a inquisição da Idade Média”
Postado por Luis Eduardo Pomar às 6:07 PM 0 comentários
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Marcadores: guerras as drogas criminalização

John Marco Allegro, Pergaminhos do Mar Morto e os Enteógenos

Afresco representando Adão e Eva com a Árvore da Vida na forma de


um cogumelo , 1291 d.C, Capela de Plaincouraulz, Indre, França
Com o livro "The Mushroom and the Cross", John Marco Allegro expõe a mitologia em
torno do uso de enteógenos, principalmente a Amanita Muscaria em várias passagens da
bíblia. Se lermos a bíblia através da perspectiva que , o corpo de Cristo e o sangue de
Cristo na Última Ceia eram na verdade enteógenos, Allegro afirma que faz muito mais
sentido. Segundo Allegro, os discípulos de Jesus ingeriam o corpo de Cristo para
alcançarem o trono de Deus. Allegro foi perseguido e viu sua carreira ir por água
abaixo. Ele era o único secular e agnóstico estudioso dentre os pesquisadores que
traduziram os manuscritos encontrados no Mar Morto, em 1947. Os pergaminhos do
Mar Morto estavam escritos em Semitico, língua do povo Aramaico . Os Manuscritos
do Mar Morto são ainda considerados o maior achado arqueológico da religião Cristã,
pois eram textos que não tinham sofrido traduções, e seu conteúdo era aguardado por
toda a comunidade científica e religiosa por guardar a real história do cristianismo. À
partir disso, os melhores estudiosos da igreja foram selecionados para interpretar os
escritos. John Marco Allegro era um filólogo que tinha se graduado com honra em
estudos orientais pela universidade de Manchester. Quando fazia seu doutorado em
Oxford foi convidado a integrar a equipe de estudiosos dos Manuscrito do Mar Morto.
Em 1953. Allegro foi o único a publicar abertamente seus estudos. Segundo Allegro:
“Se não uma supressão dos fatos, uma falta de vontade de dizer tudo de uma vez...
sempre havia a sensação de que fôssemos cuidadosos o suficiente, que só poderíamos
liberar as informações de uma maneira tal que não gerasse hostilidades ou muitos
questionamentos..." Em 1968 , Allegro publicou todas as suas traduções dos
fragmentos. Nos 15 anos desde que o grupo internacional foi montado, em 1953,
Allegro era o único membro a terminar o seu trabalho. Allegro afirmava que a relação
com Jesus e os essênios era grande. A originalidade da história cristã estava ameaçada.
Sua filha publicou pós morte o livro The Maverick of Dead Sea Scrolls. “Os judeus se
perguntvam: Como este homem pode nos dar a sua carne para comer ?(Joao 6:52:56)
e Jesus disse a eles: Eu lhes digo a verdade, a não ser que você coma da carne do
filho do Homem e beba seu sangue, você não tem a vida em você. Aquele que come
minha carne e bebe meu sangue tem vida eterna, e eu irei erguê-lo no último dia.
Porque minha carne é a verdadeira comida e meu sangue a verdadeira bebida. Quem
comer minha carne e beber meu sangue residirá em mim, e eu nele.” Allegro
concordava que a fundação das religiões foram feitas através de experiências
PSICODÉLICAS.
Cannabis na História Parte 2

A tradição na India mantém que deuses enviaram ao homem a Cannabis, para que ele
pudesse atingir prazer e coragem, e aumentasse seus desejos sexuais. Quando o nectar
ou Amrita caiu do céu , a cannabis semeou-se. Outra história conta como, quando os
deuses, ajudados pelos demônios, coalharam o leite do oceano para obterem a amrita,
um dos resultados foi a cannabis. Isso foi consagrado a Shiva e foi a bebida favorita de
Indra. Depois de coalhado, os demônios estavam prontos para ganhar o controle da
Amrita, mas os deuses foram capazes de prevenir-se, dando a cannabis o nome de
Vijaya (victory) para comemorar seu sucesso. Desde então, essa planta tem sido usada
na Índia para dar super-poderes aos seus usuários.
A parceria da cannabis com o homem têm existido há mais de 10.000 anos, desde a
descoberta da agricultura. Uma das mais antigas plantas a serem cultivadas, a cannabis
tem sido usada de muitas maneiras diferentes através dos tempos: como fonte de fibras
de cânhamo; pelo seu óleo; pelo seu princípio psico-ativo; etc…
A classificação botânica tem sido há muito incerta. Botânicos tem entrado em desacordo
sobre a família a qual a cannabis pertence. Investigações prematuras puseram a cannabis
na família das urticareas (Urticaceae), depois ela se acomodou na família dos figos
(Moraceae); a tendência hoje é assiná-la como uma família especial, a Cannabaceae,
onde apenas Cannabis e Humulus, o genero do Hops, são membros. Tem havido muita
discussão sobre quantas espécies de cannabis existem. Evidências atuais mostram que 3
espécies podem ser reconhecidas. Cannabis Indica, C. Ruderalis e C. Sativa. Essas
espécies são distinguidas por diferentes tipos de hábitos de crescimento, e
especialmente por uma maior diferença na estrutura do caule. Apesar de todas as
espécies possuírem canabinols, elas devem ser possivelmente diferentes na sua estrutura
química, mas a evidência ainda não está realmente disponível.
O Vedas indianos cantam para a Cannabis como uma dos divinos nectars, capaz de
dar ao homem boa saúde e longa vida tanto como visões de deuses. A Zend-Avesta, de
600 antes de Cristo menciona uma intoxicante resina, e os Assírios usaram a cannabis
como um incenso no século XIX A.C.
Inscrições da dinastia Chou na China, datada de 700-500 a.C, tem uma negativa
conotação que acompanha a Shen Nungpanha, a antiga característica da Cannabis, Ma,
sugerindo sua espantosa propriedades. Voltando atrás ao lendário imperador, Shen-
Nung, 2000 a.C, talvez tenha-se como evidência que os chineses sabiam e
provavelmente usavam as propriedades psicoativa nos tempos mais remotos. Foi dito
que MA-fen (Hemp fruit), se tomado em excesso, irá produzir alucinações (literalmente
ver demônios). Se tomado em longa duração, pode proporcionar comunicação com
espíritos e iluminação do corpo. Um sacerdote taoísta escreveu no século XV a.C que a
Cannabis era empregada pelos taumaturgos, em combinação com o Ginseng, para ir a
tempos futuros. Nesses primeiros tempos, o uso da Cannabis era associado com o
xamanismo chinês, mas pelo tempo que a Europa dominou a região 1500 anos depois, o
xamanismo entrou em declínio, e o uso da planta para inebriação parece ter sido
esquecido. É sabido que o seu uso foi primeiro pelas fontes de fibras. Sabe-se da
utilização muito antiga do uso da Cannabis desde os tempos Neolíticos, e hoje é
sugerido que a Cannabis é originária da China, e não do Asia central.
Quase 500 a.C, o grego Heródoto descreveu um maravilhoso banho à vapor dos
Scynthians, homens agressivos que varreram as direções leste e oeste do transcaucasos.
Ele relatou que eles faziam tendas fixando três paus inclinados em direção um do outro
e esticavam peles das quais eles arrumavam bem próximas o possível. Dentro da tenda
um prato é posto no chão na qual eles põe um número de pedras vermelhas e adicionam
algumas sementes de cannabis. Imediatamente as sementes queimam e dá-se um tipo de
vapor como nenhum outro vapor pode superar. Os Scythians gritavam de prazer…
Apenas recentemente os arqueologistas tem escavado inúmeras tumbas geladas no
centro da Ásia, datadas de 500 a 300 a.C., e tem achados tripés e peles, braseiros e
carvão com vestígios de folhas de cannabis e frutos. Tem sido aceitado geralmente que
a cannabis originou na Ásia Central e foi os Scynthias que os espalharam para a europa
ocidental.
Enquanto os gregos e romanos não devem ter usado a cannabis para atigir estados
alterados, eles sabiam sobre seus poderes psicoativos e efeitos como droga. Democritus
reportou que ela era ocasionalmente bebida com vinho e mirra para produzir estados
visionários, e Galen escreveu, no ano de 200 a.C. , era comum dar a cannabis para os
hóspedes para promover o riso e o divertimento.
A Cannabis chegou na Europa provinda do norte. Os escritos do romano Lucilius
mencionou isso em 120 anos depois de Cristo. Plinio, o velho, ressaltou a preparação e
a gradação das fibras de cannabis no primeiro século. Foi achado cordas de cânhamo em
sítios romanos na Inglaterra datados de 140-180 a.C. Se os Vikings usaram ou não a
cannabis como cordas não é sabido, mas evidências paleológicas indicam que o cultivo
da fibra teve um incremento acentuado na Inglaterra desde os primeiros anglo-saxões
até os últimos tempos dos Saxões e Normandos – de 400 a 1100 d.C
Henry VIII adotou o cultivo do cânhamo na Inglaterra. A supremacia marítima inglesa
durante os tempos elizabetianos aumentou consideravelmente a demanda. O cultivo do
cânhamo começou nas colônias britânicas no Novo Mundo, primeiramente no Canadá
em 1606, depois na Virginia em 1611. Os peregrinos levaram os plantios para a Nova
Inglaterra em 1632. Na América pre-revolucionária, o cânhamo era muito usada para
fazer roupas.
O cânhamo foi introduzida quase que independentemente nas colônias espanholas da
América do Sul: Chile em 1545, e Peru em 1554.
Não há dúvida que as fibras de cânhamo representa os primeiros usos da cannabis, mas
talvez o consumo de suas sementes como alimento pré-datam a descoberta de seu uso
fabril. Esses “akenes” (sementes) eram muito nutritivas, e é difícil de imaginar que os
homens antigos, constantemente procurando por alimento, teriam perdido essa
oportunidade. Achados arqueológicos de akenes cânhamo na Alemanha, datados de 500
a.C, indicam o uso nutricional dessas plantas. Desde os tempos mais remotos até hoje,
"Akene Hemp" tem sido usado como alimento no Leste europeu, e nos Estados Unidos
como um principal alimento de aves.
O uso cultural-medicinal do cânhamo, frequentemente indistinguível pelo suas
propriedades psicoativas, devem ter sido muito cedo usado como uma planta
econômica. Os primeiros sinais do uso medicinal da planta é do Imperador chinês Shen-
Nung, que há 5 mil anos atrás recomendou a cannabis para a malária, prisão de ventre,
dores reumáticas e desordens femininas. Hoa-Glio, outro antigo herbalista,
recomendava uma mistura de resina de cânhamo e vinho como um analgésico durante
cirurgias. Foi na Índia ancestral que “o presente dos Deuses” foi usado de forma cultural
como medicina. Era acreditado para acelerar o pensamento, prolongar a vida, melhorar
julgamentos, baixar febres, induzir ao sono, e curar desinteria. Por causa das suas
propriedades psicoativas era dado maior valor do que as medicinas que apenas atuavam
fisicamente. Muitos sistemas de medicina na Índia prezavam o seu uso. Estatutos
médicos como o Sushrata diziam que curava lepra. O Bharaprakasha, de
aproximadamente 1600 a.C, descreve como digestivo, afetava o biles, pungente e
astringente, descreve como um estimulador de apetite, melhorador de digestão, e para
melhorar a voz. O espectro de uso da medicina cannabis na Índia tambem era para
combater a caspa e reduzir a dor de cabeça, manias, insônia, doenças venéreas,
coqueluche, dor de ouvido, e tuberculose. A fama da cannabis como medicina se
espalhou com a planta. Em partes da África seu valor era usado no tratamento de
desinteria, malárias e febres. Mesmo hoje em dia, os Hottentots e Mfengu clamam sua
eficácia no tratamento de mordidas de cobra, e mulheres Sotho induzem aumento da
dilatação antes de darem a luz. A cannabis tem seu valor na medicina e no tratamento
terapêutico usados pelos primeiros filósofos clássicos, Dioscorideos e Galen. herbalistas
medievais, distiguem o “cânhamo cultivado do cânhamo selvagem (praga)”,
recomendando o último “contra nódulos e outros tumours maléficos”, curando desde de
tosse a icterícia. Eles observam portanto que o uso demasiado pode causar esterilidade,
“secando as sementes da geração” no homem, e leito nos peitos das mulheres.
Um uso interessante no século XVI: derramado nos buracos de minhocas atrairia-as e os
pescadores teriam usado este método para colocá-los nos seus anzóis. Os valores da
cannabis na cultura das medicinas tem sido estreita com a euforia e a suas propriedades
psicoativas. Esse conhecimento é tão antigo quanto o uso como fonte de fibras. Homens
primitivos, tentando todos os tipos de plantas como alimento, devem ter conhecido o
efeito extático-eufórico do cânhamo, uma intoxicação introduzindo ele para outro plano
de mundo, guiando para fé religiosas. Apesar de "hoke" ser a substância mais utilizada
como psicoativo, seu uso puramente como narcótico, com excessão da Asia, aparece ser
não tão antiga. Nos tempos clássicos suas propriedade eufóricas eram, entretanto,
reconhecidas. Em Tebas, o cânhamo era feito numa bebida que era para ser parecido
com as propriedades do ópio. Gales reporta que os bolo de cannabis, se comido em
excesso, era intoxicante. O uso como inebriante parece ter sido espalhado a leste e a
oeste por hordas de bárbaros da Ásia Central, especialmente os Scynthians, que tem
uma profunda influência cultural na antiga Grécia e no leste europeu. E o conhecimento
dos efeitos psicoativos do cânhamo vai longe na história da Índia, como indicado pela
sua profunda mitologia e fé sobre as plantas. Uma preparação, Bhang, era tão sagrada
que foi pensado para deter o mal, trazer sorte, e limpar os pecados do homem. Pisar em
cima das folhas dessa planta sagrada poderia trazer desgraça e prejuízos, e juramentos
sagrados eram selados sobre o cânhamo. A bebida preferida de Indra, era feita de
cannabis, e o mandamento de Shiva pedia que a palavra Ghangi fosse repetida em hinos
durante a semeadura, a capina, e a colheita da planta sagrada. Conhecimento e uso das
propriedades intoxicantes foram eventualmente espalhadas pela Ásia menor. Cânhamo
era empregado como incenso na Assíria no primeiro milênio a.C, sugerindo seu uso
como inebriante. Apesar de não haver nenhuma direta menção da planta na Bílblia,
muitas passagens obscuras devem referir tangencialmente aos efeitos das resinas da
cannabis ou hashishi.
Foi talvez nos Himalaias e no platô tibetano que a preparação da cannabis assumiu sua
maior importância no contexto religioso. Bhang é um preparado suave: folhas secas ou
brotos florecendo são picados e consumidos como um bolo, conhecidos como maa-jun,
ou na forma de chá. Ganja é feita da rica resina seca que são prensadas numa compacta
massa e guardadas por muitos dias para induzir quimicamente mudanças. A maioria da
Ganja é fumada com tabaco ou Datura. Charas consiste na resina propriamente dita,
uma massa amarronzada que geralmente é empregada para se fumar em misturas.
Os tibetanos consideram a cannabis sagrada. Uma tradição budista chamada Mahayana
mantém que durante os seis passos do ascetismo que guiam à iluminação , Buda viveu
com uma semente de Cannabis por dia. Ele é geralmente retratado como “folhas de
Soma” em sua tigela e o misterioso narcótico Soma tem sido ocasionalmente
identificado com o cânhamo. No Tantra do Budismo do Himalaia no Tibet, a cannabis é
usada significativamente na meditação, usado como facilitador para a meditação
profunda e alta conscientização. Tanto medicinal e recreativamente, o cânhamo vem
sendo usado nesta região e a planta é concedido como uma necessidade diária.
O folclore mantém que o uso da cannabis foi introduzido na Pérsia pelos peregrinos
indianos durante o reinado de Khursu (531.579 a.C), mas é sabido que os Assírios
usaram o cânhamo como um incenso no primeiro milênio depois de Cristo. Apesar de
ser proibido pelo Islan, hashishi espalhou-se consideravelmente pela Ásia menor. Em
1378, autoridades tentaram banir do território árabe com punições severas.
A cannabis estendeu-se cedo e largamente desde a Ásia menor para África,
parcialmente pela pressão islâmica, mas o uso do cânhamo transcende regiões islâmicas.
É largamente dito que a Cannabis tenha sido introduzido por escravos Malayos.
Comumente conhecida como Kif ou Dagga, a planta tem entrado nas culturas nativas
antigas em contextos sociais e religiosos. Os Hottentots, Bushmen, e Kaffirs usaram o
cânhamo por séculos como medicina e como intoxicante. Numa antiga cerimonia tribal
no vale de Zambesi, participantes inalavam vapores latentes de cânhamo. Depois tubos
vermelhos e cachimbos foram empregados, e a planta era queimada nos altares. As
tribos Kasai do congo tem revivido um antigo culto Riamba na qual o cânhamo
substituia antigos fetiches e símbolos, e eram elevados aos deuses como proteção a
algum mal espiritual. Tratados eram selados com tragadas de fumaça em cachibos
calabash. Cultos de fumar a cannabis e cheirar o Hashishi existe em muitas partes da
Africa, especialmente perto do Lago Victoria.
Cânhamo tem se espalhado por muitas regiões do novo mundo, mas com poucas
excessões a planta não penetrou significativamente nas muitas religiões nativas
americanas e sua cerimônias. Há porem, excessões, como a do uso da Rosa Maria pelos
índios Tapecanos no noroeste do México, que ocasionalmente empregam a cannabis
quando o peyote não está disponível. Foi recentemente aprendido que os índios no
estado de Veracruz, Hidalgo, e Puebla praticam uma cerimônia de cura comunal com
uma planta chamada Santa Rosa, identificada como Cannabis Sativa, que é considerada
ambas plantas e um sagrado intercessor da Virgem. Apesar da cerimônia ser baseada
principalmente com elementos cristãos, a planta é adorada como uma divindade e é
acreditado ser viva e ser a representação do coração de Deus. Os participantes acreditam
que a planta pode ser perigosa e pode assumir a forma de uma alma humana, fazer ele
adoecer, irritá-lo e até mesmo causar sua morte.
Sessenta anos atrás quando os trabalhadores mexicanos introduziram o hábito de fumar
marijuana nos EUA, ela se espalhou pelo sul, e pelo ano de 1920 foi estabelecida em
Nova Orleans, ficando confinada primeiramente nos guetos das minorias negras. O
contínuo costume se espalhou nos EUA e na Europa e seu resultado é ainda controverso
e sem uma solução.
A Cannabis Sativa foi oficialmente inserida na farmacopéia dos EUA em 1937,
recomendada para diversas desordens, especialmente como um suave sedativo. Não é
mais uma droga oficial, apesar de pesquisas médicas verem um potencial de alguns
constituintes canabilolicos ou seus semi-sintéticos serem muito ativos, principalmente
nos efeitos colaterais da terapia de câncer.
Os efeitos psicoativos da Cannabis variam largamente, dependendo da dosagem, a
preparação e o tipo da planta usada, o método de administração, a personalidade do
usuário e o ambiente social-cultural. Talvez a mais comum caracteristica é o estado de
sonho. Eventos antigos esquecidos são lembrados e pensamentos ocorrem em
sequências desrrelacionadas. A percepcão do tempo, e ocasionalmente do espaço, são
alteradas. Visões e audições as vezes perseguem o usuário quando se usa grandes doses.
Euforia e excitamento, alegria interior – as vezes com risadas- são típicos. Em alguns
casos, um final sentimento de depressão é sentido.
Fonte: Plants of the Gods
Their Sacred, Healing, and Hallucinogenic Powers
Richard Evans Schultes, Alberto Hoffmann & Christian Ratsch
1992
Healing Arts Press 1998
Ancient Marijuana History

Cannabis na história parte 1


Cannabis é a droga ilícita mais usada no mundo (apesar de não ser ilícita em todos os
lugares), e tem sido usado por culturas Eurasianas por milhares de anos para fins
religiosos, medicina e fibra. Sua história é longa, intrigada e colorida, e sobre o assunto
há muitos livros a respeito.
Na India, Cannabis é comparada ao Soma, e é conhecida como libertadora de pecados.
É largamente usada pelos saddhus em consagração à Shiva, que é dito que está
permanentemente intoxicado pela cannabis. O resto da população costumava fazer uso
antes de ser restrito pela leis. Os indianos conhecem a erva de 3 maneiras: Bhang (um
leque de folhas da planta selvagem feito em uma bebida com água , leite ou manteiga,
as vezes com pimenta); Ganja (a forma seca geralmente sem sementes, topos floridos,
com algumas folhas e galhos); e charas (ou hashish, a resina que sai da compressão das
flores ou buchas). Cannabis é feito também numa confeitaria chamada “majun ou
majoon”, de origem do Oriente Médio. Existem muitas receitas para isso, mas
basicamente é uma mistura de Cannabis, manteiga indiana, leite e açucar, como tambem
uma seleção de ervas intoxicantes como a Strychnos, semente de datura, nozes de areca
e semente de papoula ou ópio. Uma mistura usando cânfora, nós moscada e maca, era
dito que induzia a sonhos fantásticos; para ativar sexualmente era usado com uma
excressão do esperma de baleia e almíscar.(Chopra et al.1958,1965;Clarke
1998;Kirtikar & Basu 1980; Mills 2003; Nadkarni 1976).
Cannabis é usado por xamãs do Nepal, para rituais com incensos, oferendas sagradas,
prazer e para um estado transcendente. Pode ser comida, fumada ou cheirada. É também
usado para uma variedade de usos médicos (Muller-Ebeling et al. 2002). Outras culturas
e seitas são conhecidas de ter usado sagradamente e medicinalmente a Cannabis, como
o Zoroastrismo, Assírios, Scythians, Taoístas, antigos Budistas, antigos germânicos, os
Essênios, Sufis islâmicos, Bantus, os Hottentot, Rastafaris e muitos outros. É
geralmente atribuído o poder que permite o contato com os espíritos. Canabisera (com
azeite de oliva) era usado por Moisés para falar com Deus. Patanjali, fundador da yoga
clássica, escreveu que refrescava o intelecto… enche a mente de alegria, que o espírito
da erva é o espírito da paz e conhecimento. No estado de êxtase produzido pela erva,
flashes de eternidade transformam o véu das coisas em pura luz. Também é valorizado
como sendo afrodizíaco (sendo que o uso excessivo pode causar o oposto) e é usado na
Índia para práticas tântricas (Aldrich 1977;Herer & Jiggens 1995; Preston 2002; Ratch
1990, 1992; Robinsin 1996). É largamente usado na África como inebriante e medicina.
No sul da África, as mulheres Suto fumam para se dilatarem durante o trabalho de parto
(Watt & Breyer-Brandwijk 1932). Traços de canabinol foram encontrados em
cachimbos etíopes datados de 1320 AD sugerindo que a Cannabis tem sido fumada na
África desde de antes da introdução do tabaco, da qual hoje é tambem largamente usado
neste continente.
Existe um ancestral uso das propriedades psicoativas da Cannabis Sativa, apesar de
usarem para fazerem fibras ou então fiarem o tear. Era dito que quem tomasse a fruta
(ma-fen) em excesso poderia ocorrer de ver o malígno e se tomassem prolongadamente
poderiam ter acesso ao mundo dos espíritos. Videntes diziam que o seu uso com
Ginseng era usado para desvendar o futuro. Era usado às vezes para abrir a visão do
mundo espiritual quando era feito misturados com igual quantidade com Acores
Graminius e Pdophyllum Pleiathum (veja Mandragora), feita em pílulas do tamanho de
bolas de gude. Estes eram tomados olhando o sol todos os dias e depois de 100 dias de
continuo uso,conseguiam o efeito desejado. Na medicina, os frutos (da qual
presumidamente incluem flores braquetéias, como semente que não são psicoativas)
foram geralmente usadas como anastésicos (Li 1978). Hoje em TMC, elas são usadas
em doses de 9-15g como um leve purgativo para tratar conscurpação em idosos ou
pessoas debilitadas (Huang 1993). As sementes são populares como alimento na China.
Os Rastafaris são conhecidos com uma seita que utiliza a Cannabis nos tempos
modernos, quase que constantemente, e estes acreditam que são como um presente de
Deus que permite a eles a sabedoria, e também comungar com Deus e todas as coisas
vivas. (Chevannes 1994;pers. Obs)
Cannabis é mais conhecida pela produção de fibras, chamada Cânhamo (ou verdadeiro
cânhamo), que produz uma grande fio ou fibra de grande resistência. Tem sido usada
com muito sucesso para a produção têxtil, fabril, papel, cordas de navio, linhas, telas de
pintura, bio-combustível e material de construção. Plantas de cânhamo são selecionadas
por serem altamente fibrosas e baixo THC. Suas sementes e seu óleo nutricional podem
ser usadas como alimento, e também como base para tintas, vernizes e óleo para
iluminação. Sendo uma planta altamente usável, a Cannabis em todas as suas formas foi
feita ilegal nos EUA em 1937, seguido rapidamente por outros países do mundo que
acataram a pressão do governo norte americano. Apesar da campanha pública de
desinformação perpetuada pela mídia e agência narcóticas que fizeram a Cannabis
parecer uma grande ameaça (mesmo mortal) e que o vício causava psicose. A grande e
real ameaça parece ter sido os jornais e meios de comunicação de W.R. Hearst (e outras
indústrias), a petroquímica Du Pont, e então o diretor da Agência Federal de narcóticos
e Drogas Perigosas, Harry Aslinger (seu trabalho era o de investigar usuários de drogas
para processá-los. Essa legislação entrou em vigor no Congresso Americano sem a
consulta à Associacão Americana de Medicina (AMA) e sem permissão de que pessoas
à favor da Cannabis se proclamassem. Todas as evidências produzidas contra a
Cannabis foram sempre distorcidas dos fatos, ou simplesmente falácias. Mesmo nos
dias atuais, muito das chamadas "evidências contra a Cannabis" no que diz respeito a
saúde física e psicológica, é baseada em falsidades, enganos ou dados falsos. Gabriel
Nahas, que foi o responsável por produzir muito dessas antigas evidências, baseou seus
métodos de pesquisa à partir daqueles nazi-cientistas, procedendo experimentos para
provar pressupostos falsos. Seu trabalho hoje é desprezado pela comunidade científica,
e ele apenas goza de crédito para aqueles que ignoram estarem sendo expostos a
fraudantes (Herer & Jiggens 1995; Robinson 1996; Solomon ed. 1970). Deve-se notar
que a pesquisa da Cannabis é ilegal, sem a permissão e apoio do governo americano, e
que nenhuma pesquisa será financiada a não ser que se pretenda dizer que a Cannabis é
uma substância nociva. Isso em si é uma pervessão sobre a pesquisa científica – decidir
o resultado antes da condução dos experimentos! “Apenas diga não” são o tipo de
pessoas que estão fundamentados nos princípios do Governo, e parecem a maior parte
do tempo espalhando ignorância e medo baseados em fatos distorcidos e mentiras sobre
a Cannabis, mais que qualquer outra droga ilícita, como a heroína.
Fonte: Garden of Eden
The Shamanic Use of Psychoative Flora and Fauna, and the Study of Consciousness
Snu Voogelbreinder
1st Edition 2009
Quebrando o Tabu

A "Guerra as Drogas", mostrou-se ineficiente para acabar com o que é impossível se


eliminar. Precisamos de novas soluções para um assunto que tem causado tanto
sofrimento a sociedade. O problema está na criminalização e na violência causada pela
Guerra as Drogas e não na droga em si. Só existe o traficante armado e marginal porque
existe uma lei que proíbe as drogas. Legalizando as drogas, vendendo em farmácias,
com bula e qualidade, o estado arrecada impostos, investe em prevenção e tratamento
do cidadão viciado; a violência desaparece, não precisa mais armar a polícia com
armamentos, nem o traficante compra mais armas contrabandeadas. Famílias inteiras
destruídas por aprisionamentos pelo envolvimento de parentes no tráfico poderão ter
uma vida descente. As prisões ficarão vazias. É uma questão da opinião pública chegar
nesse entendimento e forçar essa mudança.
São os interesses da indústria bélica que junto a órgãos como a Nações Unidas exigem
que todos os países do mundo em troca de um melhor posicionamento político-
econômico mundial se alinhem a politica de guerra as drogas, facilitando a entrada de
bases militares americanas nesses países com a finalidade de combater um problema
que rompe fronteiras. Uma vez dentro desses países, é fácil armar um grupo rebelde
para destronar um "ditador" ou um governo não alinhado as políticas das super-
potências. O mesmo acontece com a "Guerra ao terror". Para exemplificar, hoje nos
EUA, 50% do PIB vai para fins militares e segurança. A indústria bélica precisa escoar
esses produtos. Daí a necessidade de criar inimigos, guerras, etc...

2012: Ano de Resistência e de Resiliência - Leonardo Boff


'É DANDO QUE SE RECEBE?'

Leonardo Boff
Estamos em tempos de montagem de governos. Há disputas por cargos e funções por
parte de partidos e de políticos. Ocorrem sempre negociações, carregadas de interesses e
de muita vaidade. Neste contexto, se ouve citar um tópico da inspiradora oração de São
Francisco pela paz "é dando que se recebe” para justificar a permuta de favores e de
apoios onde também rola muito dinheiro. É uma manipulação torpe do espírito generoso
e desinteressado de São Francisco. Mas desprezemos estes desvios e vejamos seu
sentido verdadeiro. Há duas economias: a dos bens materiais e a dos bens espirituais.
Elas seguem lógicas diferentes. Na economia dos bens materiais, quanto mais você dá
bens, roupas, casas, terras e dinheiro, menos você tem. Se alguém dá sem prudência e
esbanja perdulariamente acaba na pobreza. Na economia dos bens espirituais, ao
contrario, quanto mais dá, mais recebe, quanto mais entrega, mais tem. Quer dizer,
quanto mais dá amor, dedicação e acolhida (bens espirituais) mais ganha como pessoa e
mais sobe no conceito dos outros. Os bens espirituais são como o amor: ao se dividirem,
se multiplicam. Ou como o fogo: ao se espalharem, aumentam. Compreendemos este
paradoxo se atentarmos para a estrutura de base do ser humano. Ele é um ser de relações
ilimitadas. Quanto mais se relaciona, vale dizer, sai de si em direção do outro, do
diferente, da natureza e até de Deus, quer dizer, quanto mais dá acolhida e amor mais se
enriquece, mais se orna de valores, mais cresce e irradia como pessoa. Portanto, é
"dando que se recebe”. Muitas vezes se recebe muito mais do que se dá. Não é esta a
experiência atestada por tantos e tantas que dão tempo, dedicação e bens na ajuda aos
flagelados da hecatombe socioambiental ocorrida nas cidades serranas do Rio de
Janeiro, no triste mês de fevereiro, quando centenas morreram e milhares ficaram
desabrigados? Este "dar” desinteressado produz um efeito espiritual espantoso que é
sentir-se mais humanizado e enriquecido. Torna-se gente de bem, tão necessária hoje.
Quando alguém de posses dá de seus bens materiais dentro da lógica da economia dos
bens espirituais para apoiar aos que tudo perderam e ajudá-los a refazer a vida e a casa,
experimenta a satisfação interior de estar junto de quem precisa e pode testemunhar o
que São Paulo dizia: "maior felicidade é dar que receber” (At 20,35). Esse que não é
pobre se sente espiritualmente rico. Vigora, portanto, uma circulação entre o dar e o
receber, uma verdadeira reciprocidade. Ela representa, num sentido maior, a própria
lógica do universo como não se cansam de enfatizar biólogos e astrofísicos. Tudo,
galáxias, estrelas, planetas, seres inorgânicos e orgânicos, até as partículas elementares,
tudo se estrutura numa rede intrincadíssima de inter-retro-relações de todos com todos.
Todos co-existem, interexistem, se ajudam mutuamente, dão e recebem reciprocamente
o que precisam para existir e co-evoluir dentro de um sutil equilíbrio dinâmico. Nosso
drama é que não aprendemos nada da natureza. Tiramos tudo da Terra e não lhe
devolvemos nada nem tempo para descansar e se regenerar. Só recebemos e nada
damos. Esta falta de reciprocidade levou a Terra ao desequilíbrio atual. Portanto, urge
incorporar, de forma vigorosa, a economia dos bens espirituais à economia dos bens
materiais. Só assim restabeleceremos a reciprocidade do dar e do receber. Haveria
menos opulência nas mãos de poucos e os muitos pobres sairiam da carência e poderiam
sentar-se à mesa comendo e bebendo do fruto de seu trabalho. Tem mais sentido
partilhar do que acumular, reforçar o bem viver de todos do que buscar avaramente o
bem particular. Que levamos da Terra? Apenas bens do capital espiritual. O capital
material fica para trás. O importante mesmo é dar, dar e mais uma vez dar. Só assim se
recebe. E se comprova a verdade franciscana segundo a qual ”é dando que recebe”
ininterruptamente amor, reconhecimento e perdão. Fora disso, tudo é negócio e feira de
vaidades. [Autor de A oração de São Francisco, Vozes 2010]. *Leonardo Boff é
Teólogo,Filósofo e Escritor.
Postado por Luis Eduardo Pomar às 11:16 PM 0 comentários
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Marcadores: é dando que se recebe? leonardo boff

Temos de erradicar da alma todo medo e temor do que o futuro


possa trazer ao homem.
Temos de adquirir serenidade em todos os sentimentos e sensações a
respeito do futuro.

Temos que olhar para a frente com absoluta equanimidade, para com
tudo o que possa vir, e temos que pensar, somente, que tudo o que
vier nos será dado por uma direção mundial plena de sabedoria.

Isto é a parte do que temos de aprender nesta era, a saber:

Viver com pura confiança, sem qualquer segurança na existência;


confiança na ajuda sempre presente do mundo espiritual.

Em verdade, nada terá valor se a coragem nos faltar.

Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas


as manhãs e todas as noites.

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