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IMPULSIONAR – MÓDULO 1: INTRODUÇÃO

Seja bem-vindo!

Vamos mergulhar em uma jornada de aprendizagem transformadora, que é muito mais do


acumular informações. Trata-se de uma jornada de crescimento pessoal e transformação do
nosso ser.

1. Por que Impulsionar?

O movimento de Jesus começou com a escolha de doze discípulos para andar próximo a Ele. Esses
doze deram continuidade ao ministério de Jesus após a ascensão do mestre, gerando outros
discípulos, que geraram outros, que geraram outros... até chegar a nós.

Portanto, somos frutos de um movimento multiplicador. Se homens e mulheres não tivessem


sido empoderados, capacitados e liberados ao longo da história, o movimento de Jesus teria sido
interrompido.

Do mesmo modo, hoje, o alcance da nossa missão como igreja é limitado ou potencializado pela
nossa capacidade de levantar líderes, isto é, discípulos que geram discípulos. Esse princípio está
explicitado no seguinte trecho da segunda carta de Paulo a Timóteo:

“E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a


homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros.” (II Timóteo 2:2)

Com o intuito de levantar líderes, discípulos de Jesus que geram discípulos de Jesus, o programa
Impulsionar foi criado.

O programa surgiu em 2017, como um curso formado por 6 lições. Ao longo desses anos, uma
inquietação surgiu. O programa Impulsionar estava focado na transmissão de conteúdos sobre
liderança cristã, ou seja, enfatizava o saber do aluno, mas deixava a desejar na formação do ser
dos participantes do programa.

Uma vez que a liderança cristã, segundo o novo testamento, fundamenta-se na solidez de um
caráter aprovado, o modelo de aprendizagem focado em acumular informações já não nos
satisfaz mais. Decidimos buscar um novo modelo, mais relacional, focado na mudança, na prática
e na formação integral.

Abaixo, destacamos na tabela essa mudança de paradigma:

IMPULSIONAR – MODELO ANTIGO IMPULSIONAR – MODELO NOVO


Conceito: um curso Conceito: uma jornada
Método: aprendizagem tradicional Método: aprendizagem transformacional
Foco: informar Foco: formar
Número de participantes por grupo: quantos Número de participantes por grupo: de 3 a 5
forem indicados
Extensão: 06 aulas Extensão: 10 módulos

O objetivo com essa transição de modelo no impulsionar não é formar mais pessoas em um curso
de liderança, mas sim formar melhor, de maneira mais profunda e intensa. Talvez o número de
formandos seja menor, mas escolhemos investir em um grupo reduzido de pessoas de cada vez,
porém com um processo de qualidade bem superior.

Nesse novo formato, o Impulsionar pode ser definido como uma jornada intencional de
aprendizagem, transformação e capacitação que se dá em um grupo pequeno, formado por
membros de GC, conduzido por um facilitador e orientado pelo material de treinamento
Impulsionar.

2. O método: aprendizagem transformacional

Aprendizagem transformacional significa aprender para SER e não para SABER.

Uma aprendizagem que transforma fundamenta-se no seguinte ciclo:

AVALIAR REFLETIR

CICLO DA
APRENDIZAGEM
TRANSFORMACIONAL

AGIR COMPARTILHAR

PLANEJAR

Vejamos o que cada um desses passos quer dizer:

• Refletir: o conteúdo do módulo é ministrado via vídeo, PDF, leitura, áudios e exercícios;
• Compartilhar: esse passo ocorre no encontro do Impulsionar, quando o facilitador,
guiado pelo material de treinamento, fomenta uma discussão sobre o que foi aprendido.
É fundamental a partilha, pois ao falar elaboramos melhor o que aprendemos, e ao ouvir
outros compartilharem, ganhamos novos insights. A aprendizagem aqui é relacional;
• Planejar: aqui, com a ajuda do grupo e do facilitador, o participante é desafiado a planejar
o que fará com aquilo que aprendeu, ou seja, como colocará em prática;
• Agir: nesse passo, o que foi planejado é posto em prática no dia-a-dia. Um dos pontos
mais importantes do Impulsionar é capacitar os participantes para que aprendam a viver
a vida de Deus no seu dia-a-dia;
• Avaliar: nesse momento, prestamos contas com o grupo do que foi colocado em prática
e avaliamos o impacto que a prática teve em nossas vidas.

Esses passos são vividos nos seguintes ambientes:

REFLETIR Ambiente pessoal Teórico


COMPARTILHAR Encontro do Impulsionar Relacional
PLANEJAR Encontro do Impulsionar Relacional
AGIR Vida (desafio pessoal e coletivo) Prático
AVALIAR Encontro do Impulsionar Relacional

3. Cronograma do Impulsionar

O Impulsionar é formado por 8 módulos, além de um encontro de encerramento e uma


formatura.

4. Estrutura e tema dos módulos

Cada módulo está estruturado da seguinte maneira:

• Videoaula com conteúdo do módulo;


• PDF com material de suporte para solidificar o que foi apreendido;
• Exercícios teóricos;
• Um guia para os 3 D’s:
- Devolutiva: prestação de contas das práticas dos módulos anteriores;
- Discussão: perguntas para incentivar o compartilhamento do que foi aprendido;
- Desafio: um incentivo para cada participante definir como colocará em prática o que
aprendeu (desafio pessoal) e uma proposta de ação prática para todo o grupo (desafio
coletivo).

5. Termo de compromisso

Eu,
____________________________________________________________________________,
disponho-me a crescer como discípulo de Jesus e responsabilizo-me por:
1. Comparecer a todos os encontros presenciais, dando o meu melhor em cada discussão e
momento de aprendizagem;
2. Estudar as videoaulas, PDF e tarefas dos módulos;
3. Engajar-me nas discussões com o grupo no momento de compartilhar;
4. Orar por mim e pelo grupo, regularmente;
5. Aceitar os desafios de mudar pensamentos e hábitos à medida que a Palavra e o Espírito
me convencerem ao longo desse processo;
6. Honrar o facilitador, ajudando-o na tarefa de tornar o grupo dinâmico e proveitoso para
todos.

Data e horário dos encontros acordados:

Encontro 1 ____/____/_____ das ___ às ____ (INTRODUÇÃO)

Encontro 2 ____/____/_____ das ___ às ____ (ANEXO)

Encontro 3 ____/____/_____ das ___ às ____ (AULA 1)

Encontro 4 ____/____/_____ das ___ às ____ (AULA 2)

Encontro 5 ____/____/_____ das ___ às ____ (AULA 3)

Encontro 5 ____/____/_____ das ___ às ____ (AULA 4)

Encontro 6 ____/____/_____ das ___ às ____ (AULA 5)

Encontro 7 ____/____/_____ das ___ às ____ (AULA 6)

Encontro 8 ____/____/_____ das ___ às ____ (AULA 7)

Encontro 9 ____/____/_____ das ___ às ____ (ENCERRAMENTO)

Encontro 10 ____/____/_____ das ___ às ____ (FORMATURA)

Assinatura: ___________________________________Data: ____/____/_____


MÓDULO 2 – INTIMIDADE COM DEUS

1. Introdução: a importância das disciplinas espirituais

Não há nada mais importante na vida de um cristão do que sua intimidade com o seu Senhor.
Toda possibilidade de frutificar na vida espiritual depende dessa íntima conexão. Vejamos:

“Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar


fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem
dar fruto, se não permanecerem em mim. Eu sou a videira; vocês são os ramos.
Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim
vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:4-5)

Assim como um ramo à parte da árvore torna-se estéril e inútil, assim também somente temos
vida quando estamos ligados a Deus. Essa ligação que Jesus chamou de “permanecer em mim”
se dá especialmente através do que os cristãos ao longo dos séculos denominaram “disciplinas
espirituais”.

Disciplinas espirituais são práticas que nos ajudam a desenvolver uma íntima relação com Deus.
Elas aguçam nossas percepções espirituais e nos auxiliam na tarefa de discernir o que Deus está
fazendo em nosso mundo, assim como nos afiam para que sirvamos a Deus com nossas vidas.
Através das disciplinas espirituais, nos tornamos sensíveis à voz de Deus e às suas intervenções.
Isso mesmo! Deus deseja falar com seus filhos e nos inserir em seus movimentos de redenção.
As disciplinas espirituais são fundamentais para que isso aconteça.

Poderíamos citar muitas disciplinas espirituais, mas focaremos em duas: a oração e a meditação
nas Escrituras.

2. A oração

2.1 A essência da oração

A oração é bem mais do que uma prática religiosa. Orar é estar com Deus.

Quando oramos, nos relacionamos com o Pai, em nome de Jesus, através do Espírito Santo. A
palavra “relacionamento” é o termo que melhor define a essência da oração. O hábito de orar
não deveria ser visto por nós como uma obrigação, mas sim como uma necessidade. Do mesmo
modo que uma pessoa em crise precisa de um ombro amigo para desabafar, os filhos de Deus
não podem viver em um mundo que jaz no maligno – portanto, caótico e em crise – sem correr
constantemente para a presença do Pai.

Em oração, desenvolvemos uma visão sobre quem Deus é e sobre quem somos. Jesus nos
ensinou a orar começando com “Pai nosso...”. Logo, a oração aprofunda nosso entendimento
da paternidade de Deus e nos faz enxergar a nós mesmos como filhos amados, acolhidos e
incondicionalmente recebidos pelo Pai.

Quando oramos, gradativamente desconstruímos as falsas imagens que carregamos sobre


Deus e sobre nós mesmos e ganhamos um novo olhar para enxergar o Criador e a nós mesmos.
Por consequência, também ganhamos um novo olhar para enxergar o próximo. Desta maneira,
a oração não apenas impacta nossa relação com Deus, mas também todos os nossos
relacionamentos.

Sendo a essência da oração o relacionamento, o ingrediente mais fundamental da oração é a


honestidade. A oração eficaz não é feita de palavras bonitas, mas sim de palavras sinceras, ditas
com a humildade de quem deseja conhecer plenamente a Deus e ser plenamente conhecido
por Ele.

2.2 A prática da oração

Quando oramos, não devemos nos ater a fórmulas rígidas. Esse talvez seja o paradigma que
mais impede pessoas de orarem. Pensam que orar é tão burocrático que se sentem
desanimados a começar, ou, quando começam, nunca acham que são bons o suficiente no
assunto.

A oração é simples. Crianças, adultos e velhos, todos tem o que precisam para começar a
cultivar a oração. Aqui, iremos destacar alguns princípios de oração da vida de Jesus:

• Pratique a solitude e o silêncio

“Todavia, as notícias a respeito dele se espalhavam ainda mais, de forma que


multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças. Mas Jesus
retirava-se para lugares solitários, e orava.” (Lucas 5:15-16)
A solitude e o silêncio são importantes para uma vida de oração frutífera. Jesus, como podemos
ver no texto bíblico citado, buscava momentos e lugares nos quais ele podia ficar sozinho e sem
a interrupção de barulhos.
Ficar sozinho e dedicar um tempo em silêncio, aquietando a alma, a fim de orar, é um exercício
que pode ser dificílimo para nós, que fomos treinados a não parar por uma sociedade viciada
em fazer e produzir. Apesar do desafio, vale a pena buscar o esforço para se reservar um
momento diário de solitude e silêncio.
Dicas práticas para isso são: coloque uma xícara de café ou chá com você, com uma música que
o ajude a acalmar os ânimos, respire fundo, concentre-se em sua respiração e foque em
concentrar sua mente em Deus. Deixe seus pensamentos repousarem nele e então prepare-se
para abrir os lábios em oração e os ouvidos do coração para escutar a Deus.

• Explore diferentes dimensões da oração


Vamos explorar agora alguns elementos mais práticos da oração.

A oração não é...

Uma reza mecânica;


Uma fuga das responsabilidades;
Uma maneira de manipular Deus;
Um passo de mágica.

Oração, como já falamos, é relacionamento, é experimentar Deus de uma maneira tão


profunda que somos transformados e fortalecidos no espírito (Efésios 3:16). Para esse exercício
de intimidade, Jesus, na chamada oração do Pai nosso, nos fornece algumas referências de
conteúdos:

Pai nosso que estás nos céus Paternidade: em oração, reconhecemos


Deus como nosso Pai e nos vemos como
filhos amados;
Santificado seja o vosso nome Adoração: em oração, adoramos;
Venha a nós o teu Reino, seja feita a tua Direção: em oração, suplicamos pela vontade
vontade, assim na terra como nos céus de Deus, para que a vontade dele seja feita;
O Pão nosso de cada dia dá-nos hoje Pão: suplicamos pelo pão espiritual e pelo
pão material;
Perdoa as nossas ofensas, assim como Perdão: confessamos nossos pecados e nos
perdoamos os nossos ofensores comprometemos a perdoar nossos
ofensores;
Livra-nos do mal Proteção: em oração, pedimos proteção e
poder para resistir ao mal e ao maligno;
Pois teu é o Reino, o poder e a glória para Paz: em oração, descansamos no soberano
sempre. Amém. governo de Deus.

Já pensou em incluir esses diferentes elementos em sua oração?

3. A meditação na palavra

3.1 A importância e o poder da palavra de Deus

A Bíblia consiste nas sagradas escrituras que revelam quem Deus é, Seu caráter, Sua vontade e
Seus propósitos. Essa revelação se deu historicamente por meio do registro do relacionamento
de Deus com seu povo (Israel no Antigo Testamento, a Igreja no Novo Testamento) e,
principalmente, por meio de Jesus, que é a revelação mais exata de Deus (Hebreus 1:3).

Ao todo, a Bíblia é composta por 66 livros, escritos por cerca de 40 autores, ao longo de 16
séculos.
Contudo, apesar de escrita por autores humanos, a Bíblia foi inspirada por Deus (2 Timóteo 3:16).
A inspiração implica que Deus supervisionou os autores humanos da Bíblia de tal forma que,
enquanto cada um usou o seu próprio estilo de escrever e sua personalidade, eles ainda
registraram exatamente o que Deus queria que dissessem. A Bíblia não foi ditada por Deus, mas
foi perfeitamente guiada e inspirada por Ele. Por isso ela deve ser lida, estudada, crida e
obedecida como palavra de Deus, como regra de fé e conduta da vida do discípulo de Jesus (II
Timóteo 3:15).

A palavra de Deus não deve ser lida e estudada para acúmulo de informação, mas sim com fins
de transformação. Segundo Jesus, suas palavras são “espírito e vida” (João 6:63), o que significa
que, ao meditar nas palavras de Jesus, o espírito de Jesus é infundido em nós e o caráter de Cristo
é formado em nosso ser. Do mesmo modo que o alimento é metabolizado e se transforma em
energia no corpo, a Palavra quando meditada é “metabolizada” em nossos espíritos e se
transforma em virtude e piedade de vida.

3.2 A prática de meditar nas Escrituras

Para começar a ler a Bíblia de forma eficiente, deve-se atentar para alguns princípios:

Preparação • Escolha uma hora e lugar;


• Comece com um momento do seu dia e aos poucos deixe
isso permear todo o seu dia;
• Remova as distrações: dedique esse tempo
exclusivamente para Deus.
Bíblia (escutando a Deus) • Selecione um plano de leitura bíblica – pode ser um
plano específico ou um livro da bíblia;
P – Preparação • Pergunte-se: o que Deus está falando comigo?
A – Anotação (o que o • Destaque um versículo em que você meditará
texto diz?) posteriormente.
P – Prática (O que farei a
respeito do que Deus
falou pra mim?)
O – Oração
Anotando • Tenha um diário espiritual;
• No seu diário, anote:
- O que Deus tem falado com você;
- Orações;
- Escreva um autoexame do seu coração.
Oração • Reserve tempo para orar;
• Liste pedidos e motivos de intercessão para não
esquecer;
• Seja sincero, honesto e abra seu coração para Deus;
• Na oração, você pode utilizar o método A-C-A-S-A: adore,
confesse, agradeça, suplique e aquiete-se para ouvir.
• Ore a palavra.

DIGERINDO...

Ao longo desse módulo, o que Deus falou com você?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Com as suas palavras, descreva a importância e os benefícios das disciplinas da oração e da


meditação da palavra.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Com toda a honestidade, descreva os seus maiores desafios com...


1) A prática da oração
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
2) A meditação da palavra
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

DISCUSSÃO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

• Resuma em poucas palavras o conteúdo do módulo. Se possível, dê a chance para todos


no grupo compartilharem;
• Compartilhe suas respostas da sessão “Digerindo...”;
• Relate uma experiência positiva com a oração e com a meditação na palavra. Diga com
detalhes como essas práticas ajudaram você a ter uma experiência com Deus.

DESAFIO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?

Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 3 – INTEGRIDADE

O primeiro pilar de que trataremos para impulsionar as nossas vidas é integridade.

Integridade significa “estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu
qualquer diminuição; plenitude, inteireza.”

Quando existe integridade, o que você fala alinha-se com o que você faz.

Em vidas íntegras, não há diferença entre obras e discurso.

Certa feita, foi colocada uma excelente definição de integridade: “integridade é a


distância entre nossas vidas públicas e nossas vidas privadas”.

Note: integridade (não nos conformarmos com o erro) é diferente de impecabilidade


(não poder errar)!

O íntegro é alguém atento à condição do seu ser e comprometido a crescer à imagem


e semelhança de Jesus.

Vivemos em uma sociedade que elogia resultados e reconhece o sucesso, mas que dá
pouca ênfase ao caminho que foi adotado para se chegar a tal sucesso.

Em outras palavras, imagem se tornou mais importante que integridade.

Sobre qual fundamento você tem construído sua vida: imagem ou integridade? Vamos
destacar algumas diferenças.

IMAGEM INTEGRIDADE
O que importa são os resultados; O que importa são as escolhas;
O que importa é a reputação (como sou O que importa é o caráter (quem estou
conhecido); me tornando);
Conquistamos o respeito de quem Conquistamos o respeito de quem mais
pouco nos conhece; nos conhece;
Foco recai no parecer. Foco recai no ser.

Observação: eis a diferença entre construir sua casa sobre a areia e sobre a rocha.

Uma vida edificada no fundamento da imagem está com os dias contados.


“Talento e determinação definem seu potencial, o caráter define seu legado.” Andy
Stanley1

Integridade incita confiança;


Integridade nos confere credibilidade;
Integridade nos concede coerência;
Integridade nos torna pessoas dignas de serem seguidas;
Integridade nos faz glorificar a Deus.

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”
(Mateus 5:16)

O mundo não está precisando de um novo discurso, mas sim de novas referências.

Vejamos o que os autores do Novo Testamento entendiam como liderança:

“Lembrem-se dos seus líderes, que lhes falaram a palavra de Deus.


Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé.”
(Hebreus 13:7)

“Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras.
Em seu ensino, mostre integridade e seriedade; use linguagem sadia,
contra a qual nada se possa dizer, para que aqueles que se lhe opõem
fiquem envergonhados por não terem nada de mal para dizer a nosso
respeito.” (Tito 2:7-8)

O fundamento da liderança neotestamentária era o exemplo. O líder era aquele cuja fé


podia ser imitada e cujo resultado da vida podia ser modelado. A conclusão lógica é que
o aspecto mais essencial de nossa liderança no Reino é a pessoa (o ser humano) que
somos! O “ser” deve vir antes do “fazer”.

1. As três armadilhas para o caráter

1
STANLEY, ANDY. O líder da próxima geração. p.160.
Nossa integridade é comprometida quando trocamos o certo de Deus pelos desejos
enganosos da nossa carne. Esse processo de corromper-se ocorre por meio do que a
bíblia sagrada descreve como tentação e foi descrito assim pelo apóstolo Tiago:

“Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: ‘estou sendo tentado
por Deus’. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta
arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o
pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte.” (Tiago 1:13-
15)

Tentação é quando os desejos e cobiças que carregamos conosco encontram uma


oportunidade ilícita de se saciarem.

Na tentação, há: a carne (a sede dos desejos), o mundo (a sede das ofertas) e o diabo
(o articulador).

O apóstolo João falou que nossas tentações podem ser colocadas em três áreas:

“Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos


e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo.” (I João
2:16)

Esse padrão é encontrado na tentação do primeiro Adão, que falhou; e na tentação de


Jesus, o segundo Adão, que foi vitorioso quando tentado.

Adão Jesus 1 João 2:16 Armadilha

“a árvore era “manda que estas “a concupiscência


boa para se pedras se da carne” Desejo carnal
comer” transformem em
pães”
“agradável aos “mostrou-lhes... “a concupiscência
olhos” todos os reinos do dos olhos” Ganância
mundo”
“árvore
desejável para “atira-te daqui para “a soberba da Ego
dar baixo” vida”
entendimento”
Sonde o seu coração e pergunte-se:
• Em quais armadilhas estou mais inclinado a cair?
• Quais os movimentos pecaminosos do meu coração?

Se você deseja integridade, precisará sondar seu próprio coração e arrancar o mal pela
raiz.

2. Cinco passos para o aperfeiçoamento contínuo do caráter

3.1 Retire as máscaras

“Todas as falhas são mais perdoáveis do que os métodos que concebemos para escondê-
las.” (François La Rochefoucauld)

Com o fim de mascarar os nossos erros, mantemo-nos longe de conversas francas e


confrontos necessários com a verdade.

Se você deseja integridade, então chame o pecado de pecado.

Admitir é o primeiro passo!

Como vimos no exemplo da história de Moisés e o véu (Êxodo 34:29-35), fica claro que
precisamos remover o véu que mascara a glória que já se foi.

Decida: você deseja manter aparências ou experimentar transformação na sua essência?

O primeiro passo para sermos tratados por Deus é reconhecermos nossa real condição
(Isaías 6:6-7) e rasgarmos os nossos corações (Joel 2:13), sabendo que o poder de Deus
se aperfeiçoa em nossa fraqueza (2 Coríntios 12:9-10) e não em nossos falsos heroísmos.

3.2 Busque ser pastoreado

Devemos ter a humildade de nos “humilhar debaixo da poderosa mão de Deus” (1 Pedro
5:5-6) e pedir ajuda: “confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns
pelos outros, para serdes curados” (Tiago 5:16).

Ao confessarmos os nossos pecados a Deus, obtemos perdão; ao confessarmos aos


homens, obtemos cura. Precisamos ser mentoreados (conceito que aprofundaremos
posteriormente neste curso), permitindo que líderes mais maduros nos ajudem em
nossos processos de transformação.

Pergunta: quem conhece as suas fraquezas? Com quem você abre o seu coração?

3.3 Tenha um coração ensinável

Uma característica fundamental para o crescimento contínuo do caráter é ter um


coração ensinável.

“Açoite o zombador, e os inexperientes aprenderão a prudência;


repreenda o homem de discernimento, e ele obterá conhecimento.”
(Provérbios 19:25)

“Quando você repreende o sábio, ele reconhece o valor da sua


correção.” (Provérbios 9:8)

Pergunta: você sabe escutar? Você sabe ouvir? Você está disposto a ser confrontado?

3.4 Manifeste atitude

“Estou cada vez mais convencido de que a maioria das pessoas vive uma vida cristã
problemática porque mimam a si mesmas espiritualmente.” (Martyn Lloyd-Jones)

A verdadeira liberdade requer um nível de combatividade!

“Ora, na guerra contra o pecado ainda não tendes resistido até o


extremo de derramar o próprio sangue.” (Hebreus 12:4)

Manifestar atitude é manter-se longe de seus limites, é evitar os gatilhos que acionam
suas áreas de fraqueza moral, é definir, na prática, o perímetro da sua conduta e não
brincar de relativizá-lo.

Manifeste atitude!

3.5 Cultive uma busca constante por Deus

O apóstolo Paulo nos adverte que vencemos a carne pelo Espírito (Gálatas 5:16) e, a fim
de sermos cheios do Espírito, precisamos afinar continuamente nossa relação com Deus.
Somente cheios do Espírito Santo vencemos os impulsos e inclinações da nossa carne.

Aqui é importante diferenciar a ação da religião e do evangelho em nossa santificação.

Na religião, a santificação depende do esforço próprio;


No evangelho, nosso esforço não é por uma autotransformação, mas sim para nos
expormos ao agir daquele que pode nos transformar de dentro para fora: o Espírito
Santo.

Note que o Espírito produz fruto, ou seja, o caráter de Cristo em nós é o resultado, é a
culminação de um processo.

Quando você coloca para dentro de si as sementes da palavra, da oração e da ministração


do Espírito Santo, o resultado é o fruto! Assim, as disciplinas espirituais são fundamentais
nesse processo.

Resumindo:

1. Remova as máscaras;
2. Não ande sozinho;
3. Tenha um coração ensinável;
4. Manifeste atitude;
5. Cultive uma busca constante por Deus.

DIGERINDO...

Ao longo desse módulo, o que Deus falou com você?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Com as suas palavras, descreva o que significa integridade:


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Com toda a honestidade, descreva os seus maiores desafios com...

1) A concupiscência dos olhos


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
2) A concupiscência da carne
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3) A soberba da vida
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

DISCUSSÃO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

• Resuma em poucas palavras o conteúdo do módulo. Se possível, dê a chance para todos


no grupo compartilharem;
• Compartilhe suas respostas da sessão “Digerindo...”;
• Relate uma experiência de remover suas máscaras e buscar ser pastoreado. Como foi? O
que isso acrescentou na sua vida?

DESAFIO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?

Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 4 – UNIDADE

Dando seguimento ao nosso estudo Impulsionar, iremos explorar mais um pilar


fundamental para uma vida em um nível mais alto: unidade.

Existe um poder magnífico quando um grupo de pessoas trabalham em torno de uma


mesma visão, ou seja, quando há unidade.

Há um texto bíblico que ilustra essa verdade de modo explícito: o episódio da torre
de Babel.

“No mundo todo havia apenas uma língua, um só modo de falar.


Saindo os homens do Oriente, encontraram uma planície em Sinear e
ali se fixaram. Disseram uns aos outros: ‘vamos fazer tijolos e queimá-
los bem’. Usavam tijolos em lugar de pedras, e piche em vez de
argamassa. Depois disseram: ‘vamos construir uma cidade, com uma
torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não
seremos espalhados pela face da terra’. O Senhor desceu para ver a
cidade e a torre que os homens estavam construindo. E disse o Senhor:
‘eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir
isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer’.” (Gênesis
11:1-6)

Nessa história, vemos um grupo de pessoas que tinha uma visão: construir uma
cidade que tivesse uma torre que tocasse os céus. Apesar da motivação dessa obra
ser condenada por Deus, o próprio Deus admitiu que ninguém seria capaz de detê-
los, tamanha era a unidade que havia entre eles. Foi preciso confundir as línguas para
que, então, a unidade fosse dissolvida e o projeto da torre fosse comprometido.

Unidade é fundamental para que projetos prosperem na família, no casamento, no


trabalho e, ainda mais, na igreja.

Sem aprender o valor da unidade, será impossível alguém desenvolver relações


sólidas, dificilmente haverá longevidade em alguma parceria profissional e será
praticamente impossível construir algo duradouro no ministério.
Somente quando estamos unidos em torno de uma mesma visão e falando a mesma
linguagem (cultura e valores) é que os projetos da igreja local avançam.

Por essa razão, o apóstolo Paulo ordenou à igreja de Éfeso que se esforçasse pela
unidade (Efésios 4:3). Já em outra carta, para a igreja de Corinto, Paulo chamou os
cristãos de imaturos, pois estavam divididos e não unidos (1 Coríntios 3:1-5).

Fica clara a importância da unidade na igreja. Para isso, todos nós temos um papel
fundamental: ser promotores da unidade da igreja.

Para desenvolver o pilar unidade nas nossas vidas, precisamos lidar com dois desafios
sobre os quais trataremos a seguir.

1. Aprender a exercer autoridade e submissão de uma maneira saudável

O Novo Testamento ensina que Deus estabelece pessoas como autoridades


espirituais sobre uma comunidade específica (Atos 20:28, 1 Timóteo 1:3, 4:11, Tito
1:13). Essas lideranças têm uma responsabilidade perante Deus para orientar o Seu
povo.

A autoridade, porém, no Reino de Deus, não é sinônimo de poder e dominação, mas


sim de serviço: “não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas
como exemplos para o rebanho” (I Pedro 5:3).

Autoridade não é autoritarismo, mas sim responsabilidade para cuidar e orientar.

Se, de um lado, a autoridade deve ser exercida observando certos parâmetros, a


submissão também.

Submissão não significa não questionar ou deixar de confrontar algo, assim como
também não significa desrespeito.

Submissão é colocar-se debaixo da mesma missão do líder e, assim, honrar e


obedecer às diretrizes orientadas pelo líder.

“Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles


cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes,
para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso
não seria proveitoso para vocês.” (Hebreus 13:17)

Esse modelo de autoridade-submissão foi vivido por Jesus e seus discípulos. Jesus foi
o líder servo, o bom pastor que deu a vida pelas ovelhas, e seus discípulos o
honravam, inspirados pelo seu amor. Esse também é o modelo de autoridade-
submissão que o novo testamento ensina para o casamento: o marido é o líder servo
que se entrega pela esposa, e a esposa o honra.

Autoridade: servir. Não impõe, arrasta pelo exemplo.


Submissão: honrar. Busca ser solução e não problema!

2. Saber resolver conflitos

Onde há pessoas, haverá conflitos. O conflito e a discordância não são algo


necessariamente ruim, apenas expressam a presença de divergências.

Ruim, ou negativo, é o modo como algumas pessoas lidam com os conflitos.

Para manter a unidade, devemos aprender a resolver conflitos, em casa, no trabalho


ou na igreja.

Você sabe como resolver conflitos? 7 ingredientes da resolução de conflitos:

1. Discernimento: analise a gravidade do motivo do conflito

Analise a gravidade de sua discordância. É uma questão de gosto que está sendo
discutida ou é uma questão moral, ou até mesmo doutrinária?

Esse é o primeiro ponto: “será que vale a pena esse conflito?”. Pesar a situação pode
fazer você perceber que o conflito nem faz sentido.

2. Coragem: encare e não fuja!

Não fuja das conversas difíceis! A maneira mais rápida de transformar um conflito
em uma crise é colocando-o para debaixo do tapete.
3. Empatia: coloque-se no lugar do outro

“Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles
façam a vocês; pois esta é a Lei e os Profetas.” (Mateus 7:12, NVI)

No conflito, sempre se coloque no lugar do outro.

Busque entender, para então ser entendido.

4. Comunicação: saiba como e quando falar

Grandes conflitos são frutos da falta ou da má comunicação.

Primeiro: não trate de um conflito em público, mas sim no privado.

Segundo: escolha a ferramenta adequada. Há conflitos que são pequenos e via


mensagem se resolvem, mas outros não. Existem conflitos que não devem ser
resolvidos nem mesmo por uma ligação, mas através de uma conversa frente a frente.
A conversa pessoal, frente a frente, é mais “humana” e evidencia mais o coração.

Uma boa dica para todos nós:


• Falar pouco;
• Falar baixo;
• Falar devagar.

Lembre-se: a maioria dos nossos conflitos é fruto da forma como nos comunicamos.

5. Maturidade: não coloque-se como vítima

Não entre em uma conversa assumindo o papel de vítima.

Muitas vezes, nos ferimos e ficamos magoados em um conflito por imaturidade nossa.

Estar ofendido e desconfiado é uma decisão sua. Você não pode controlar o que os
outros fizeram com você, mas você pode controlar aquilo que você faz com o que
fizeram com você.
6. Disposição: foque na solução

Você é parte da solução e não do problema. Precisamos resolver como crentes, com
os princípios da Palavra de Deus, como seguidores de Jesus.

Escolha ser feliz e não apenas ter razão. Escolha ter paz diante da razão.

Isso não quer dizer que você não resolverá o conflito, mas quer dizer que você está
disposto a abrir mão da razão para solucionar o conflito.

Atenção: muitas vezes, o conflito não é mais sobre resolver o conflito, mas se trata
de mostrar quem tem razão. Fuja de ter essa atitude!

7. Santidade: tenha a postura correta

Qual a postura correta que a Bíblia ensina?

“Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes,


suportando uns aos outros com amor. Façam todo o esforço para
conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” (Efésios 4:3)

No conflito, devemos sempre guardar o nosso coração dos inimigos do coração.


Exemplo: a ofensa, a mágoa, o rancor, a crítica, a soberba, a arrogância, etc.

A postura que devemos ter é de humildade, paciência e oração.

Humildade é a incapacidade de se sentir machucado. Humildade é ter o poder sob


controle.

Paciência não é a habilidade de esperar, mas a capacidade de se manter cristão


enquanto se espera.

Ore pela pessoa! Em resumo: resolva como crente o conflito.

Em resumo: discernimento, coragem, empatia, comunicação, maturidade,


disposição e santidade.
Observação para um contexto de conflito com líderes:

Em último lugar, note que há duas opções: permaneça debaixo da autoridade do líder,
sem guardar ressentimentos e sem disseminar criticismos, ou procure outra
liderança. Não esteja em um lugar se não for para ser uma benção!

Não assuma para você o horrível papel de protagonista de fofocas e contendas


constantes.

DIGERINDO...

Ao longo desse módulo, o que Deus falou com você?


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______________________________________________________________________________

Com as suas palavras, descreva o que significa unidade:


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______________________________________________________________________________

O que mudou após a aula no seu entendimento sobre autoridade e submissão?


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Sobre resolver conflitos: qual o seu maior desafio?


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DISCUSSÃO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

• Resuma em poucas palavras o conteúdo do módulo. Se possível, dê a chance para todos


no grupo compartilharem;
• Compartilhe suas respostas da sessão “Digerindo...”;
• Relate uma experiência de resolução de conflitos que deixou preciosas lições para você.

DESAFIO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?
Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 5 – EQUILÍBRIO

Dando seguimento ao nosso estudo Impulsionar, elevando nossa existência a um


novo nível, queremos abordar hoje o pilar equilíbrio.

Desenvolver equilíbrio é fundamental. As Escrituras, quando citam o crescimento de


Jesus, o fazem mostrando que Jesus cresceu de maneira integral e equilibrada.

“Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e


dos homens.” (Lucas 2:52)

O texto nos mostra que Jesus cresceu de maneira holística: em sabedoria (intelecto),
estatura (físico), graça (espiritual) e diante dos homens (relacional-emocional).

Todo desequilíbrio redunda em um quadro não sadio e que com o tempo se torna
insustentável. Tomando Jesus como referência, iremos explorar as quatro dimensões
citadas e sermos inspirados a termos um crescimento integral e saudável.

1. ESPIRITUAL

“Se existe uma área a que o líder cristão do futuro precisará dar atenção, é a disciplina
de habitar na presença daquele que está sempre nos perguntando: você me ama?
Você me ama? Você me ama? Ele fará isso através da disciplina da oração. Através
dela, evitamos ser dominados por uma questão urgente após a outra e deixamos de
ser estranhos para o nosso próprio coração e para o coração de Deus. Os líderes
cristãos devem ter sua liderança fundamentada no relacionamento permanente e
íntimo com o verbo encarnado, Jesus. É aí que se deve encontrar a fonte de suas
palavras, conselhos e direções.” (Henri J. M. Nowen)

Nosso primeiro chamado é estar em comunhão com o nosso Pai celestial. É da


presença de Deus que emana força e virtude para cumprirmos as obras que Ele nos
confiou. Então, faça do lugar secreto sua prioridade.

Não negocie um tempo diário de qualidade com Deus. Jesus entendia esse princípio
tão bem, e o praticava com tanto afinco, que era seu costume fugir das multidões
para estar a sós com Deus.
“Porém o que se dizia a seu respeito cada vez mais se divulgava... Ele,
porém, se retirava para lugares solitários e orava”. (Lucas 5:15-16)

O ministério deve ser um transbordar daquilo que experimentamos da parte de Deus


(2 Coríntios 1:4). Em João 15:1-17, fica claro que produzir frutos para Deus depende
de permanecer.

Grave isso: produzir depende de permanecer!

Geralmente, pessoas que se dizem “cansadas” e “desmotivadas” espiritualmente


deixaram de encher o tanque espiritual de suas vidas.

2. FÍSICA

Equilíbrio na dimensão física é uma combinação de: alimentação saudável, descanso


e exercício.

“Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco para um lugar deserto
(...)”. (Mateus 14:13)

O descanso é um princípio divino, o Antigo Testamento o chama de shabatt. Esse


princípio foi estabelecido para o bem da criação. Toda quebra desse princípio implica
em disfunções que custam caro ao infrator. Problemas emocionais como
stress, estafa e depressão podem se desencadear a partir de uma vida que nega a si
mesmo o descanso necessário.

Ninguém consegue ter êxito em sua liderança se não gerenciar bem sua própria
energia.

Para a gestão da sua energia, veja 5 áreas de atenção:

• Rotina: organize a sua agenda e tenha uma rotina equilibrada;


• Limites: aprenda a dizer não, você não é o salvador do mundo;
• Lazer: identifique o que renova você (ir ao cinema, sair com amigos, etc.) e
inclua na sua programação semanal. O seu lazer é importante sim! Lembre-se que,
quando Deus criou o mundo, Ele fez a sua criação em três dimensões: trabalho (“Deus
disse... Deus formou...”), celebração (“Viu Deus que era bom...”) e descanso (“No
sétimo dia, o Senhor Deus descansou...”);
• Alimentação: cuide da sua alimentação e faça atividade física. O seu corpo é
um instrumento fundamental para cumprir a obra de Deus;
• Ritmo: descubra o seu ritmo. Nem todas as pessoas dão conta da mesma carga
de atividades.

3. EMOCIONAL

As nossas emoções e sentimentos são o campo de batalha mais importante da nossa


vida. Precisamos aprender a perceber a nós mesmos, a notar quando não estamos
emocionalmente bem (isso se chama autoconhecimento) e a não deixar que bombas
emocionais explodam em nós.

• Guarde o seu coração

“Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua
vida.” (Provérbios 4:23)

Em termos bíblicos, o coração corresponde ao cerne do nosso emocional. Quando o


texto diz para guardarmos o nosso coração, a ordem é que possamos monitorar os
conteúdos que acolhemos em nossas vidas.

Na liderança, você enfrentará momentos de conflito com pessoas. Porém, é uma


decisão sua se a ofensa terá lugar no seu coração. Você enfrentará situações
frustrantes, porém, é uma decisão sua se o desânimo descerá à sua alma. O seu
coração é sua responsabilidade.

Monitore a sua saúde emocional, faça constantemente uma higiene da sua mente. Se
preciso, procure um conselheiro, pastor ou terapeuta. Em alguns casos, um
profissional de saúde mental pode ajudar você a identificar e elaborar melhor suas
questões emocionais.

• Cuide dos seus relacionamentos


Uma área importante a ser vigiada em nossa vida é a área relacional! Para a nossa
saúde emocional, devemos nos dedicar a construir relacionamentos saudáveis. Faça
uma autoavaliação:
o Como está sua relação com a sua família?
o E seu casamento?
o E quanto aos seus amigos?

Jamais deixe o ministério aniquilar a sua família. Nenhum sucesso na vida compensa
o fracasso do lar. Jesus, mesmo em meio à correria do ministério, manteve suas
relações: mudou sua agenda e foi à casa da família amiga formada por Marta, Maria
e Lázaro. Ele tinha um grupo de discípulos mais próximos (Pedro, Tiago e João) e, entre
todos, cultivava uma relação especial com João.

Jesus foi atacado pelos fariseus e assediado pela multidão, mas mantinha seus
relacionamentos no devido lugar.

4. INTELECTUAL

Outra área da nossa vida de que cabe a nós cuidar é o nosso intelecto. Líderes são
aprendizes, eles aprendem com tudo e com todos. O nosso crescimento intelectual é
fundamental, pois expande nossas perspectivas, amplia a nossa visão e o nosso
arsenal de ferramentas para lidar com os desafios pertinentes à liderança.

Paulo ordenou a Timóteo que investisse em seu autodesenvolvimento: “Até a minha


chegada, dedique-se à leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino. Não
negligencie o dom que lhe foi dado por mensagem profética com imposição de mãos
dos presbíteros. Seja diligente nestas coisas; dedique-se inteiramente a elas, para
que todos vejam o seu progresso.” (1 Timóteo 4:13-15)

A mesma ordenança cabe a nós, líderes no século XXI. A igreja pode fornecer a você
cursos e seminários, mas você sempre deve ser o maior interessado em buscar crescer
e se desenvolver.

Tempo investido nunca é tempo desperdiçado.

DIGERINDO...

Ao longo desse módulo, o que Deus falou com você?


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• Espiritual: como está a sua disciplina de buscar a Deus?


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• Físico: alguém no grupo se considera uma pessoa organizada em sua rotina?
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• Tempo: você tem dificuldade em dizer não? Isso já prejudicou seu equilíbrio?
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• Emocional: como está sua saúde emocional? O que tem maior poder de retirar
seu equilíbrio emocional?
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• Intelecto: o que você faz para se autodesenvolver intelectualmente?
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DISCUSSÃO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

• Compartilhe suas respostas da sessão “Digerindo...”;


• O que posso aprender com Jesus sobre equilíbrio para minha vida?
• Tenho uma vida equilibrada? O que me impede de ter uma vida equilibrada?
• O que preciso mudar na minha rotina?

DESAFIO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?

Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 6 - CONVICÇÃO

Dando seguimento à nossa jornada Impulsionar, falaremos no presente estudo sobre


o pilar convicção.

Convicção é “a certeza ou opinião firme de um indivíduo sobre algo em que acredita”.

A ausência de convicção é uma das grandes crises da atual geração. Hoje, vemos
crescer uma multidão que não sabe o que é crer firmemente em nada, e quando
deposita sua fé em algo, erra na escolha do seu objeto de fé.

Há uma profunda e notável diferença entre uma pessoa convicta e uma pessoa não
convicta. A maneira como a pessoa convicta conduz sua vida, como lida com as
pressões e desafios do dia-a-dia e como vive sua jornada de fé é radicalmente distinta
da maneira como pessoas não convictas o fazem.

Convicção é a âncora que nos segura no dia mau, é a raiz profunda que nos alimenta
sob o sol escaldante dos desafios, é o abrigo seguro que nos guarda da tempestade
de opiniões, é o galho forte no qual nos agarramos para não sermos levados pela
correnteza do espírito deste século.

Você é uma pessoa convicta? Vejamos o significado disso à luz da bíblia e da vida de
Jesus, e vejamos como podemos desenvolver esse pilar para sermos impulsionados.

1. As características de uma pessoa convicta

1.1 Pessoas convictas sabem quem são

Pessoas convictas possuem uma revelação clara acerca da sua identidade. Elas se
enxergam a partir do olhar divino, ou seja, possuem uma autoimagem pautada no
que Deus diz acerca delas.

Pessoas que não sabem quem são, por vezes...

• Caem na armadilha da comparação: tomar o exemplo de outras pessoas como


referência e fonte de inspiração é algo positivo, mas quando nos diminuímos
ao nos comparar com alguém, estamos percorrendo um caminho tóxico para o
coração;
• Sucumbem facilmente às críticas: ouvir o feedback do sábio é vital para o nosso
crescimento, mas dar ouvidos a todo tipo de crítica é comum quando não
sabemos quem somos;
• Desenvolvem sentimento de incapacidade: essa é a “síndrome de Gideão”;
• Incorrem na autodepreciação: deixam de valorizar a singularidade da sua
vocação.

Jesus sabia quem era. Sua identidade havia sido definida de modo claro na ocasião
de seu batismo, quando o Pai afirmou “Esse é meu filho amado, em quem me
comprazo”.

Note que o que Deus afirma sobre Jesus precedeu toda e qualquer conquista
ministerial de Jesus, toda e qualquer crítica dos religiosos ou elogios das multidões.
Assim, Jesus sabia quem era, não através de suas conquistas pessoais, opiniões de
terceiros ou críticos da sua vida. Ele tinha uma autoimagem pautada no que o Pai
dizia acerca dele.

1.2 Pessoas convictas são movidas por propósitos

O que move você?

Reconhecimento: há pessoas que, diante dos aplausos e holofotes, se empolgam,


mas sentem-se incomodadas com o anonimato;
Empurrão nas costas: há pessoas que são movidas por “empurrões”, ou seja,
precisam constantemente de alguém encorajando, animando, forçando suas ações;
Resultados: há pessoas que são movidas por conquistas e resultados visíveis. O
problema é que, quando não veem tal resultado, se desanimam e retrocedem.

Jesus era alguém profundamente movido por propósitos. Os aplausos não o


seduziam, os resultados visíveis não eram sua bússola e Ele não dependia de
empurrões. Ele tinha um firme senso de missão e chamado. Certa vez, quando
procurado por uma grande multidão, Ele disse: “vamos para outro lugar, para os
povoados vizinhos, para que também lá eu pregue. Foi para isso que eu vim” (Marcos
1:38).
Jesus era movido por seu propósito.

1.3 Pessoas convictas são constantes

Pessoas convictas não são montanhas-russas que sobem e descem constantemente


no seu nível de compromisso. Elas não são perfeitas, mas são constantes.

Gente constante é gente com quem se pode contar, pois sabemos que não são
produto do clima ou das circunstâncias. Os três anos do ministério de Jesus foram
bem diferentes. No primeiro, ele permaneceu quase anônimo; já no segundo, sua
fama se multiplicou, assim como a multidão que o seguia; mas, no terceiro ano, a
tensão entre Jesus e os religiosos de sua época cresceu ao ponto de ele se tornar alvo
de uma perseguição político-religiosa que culminou em um julgamento falso.

Mesmo enfrentando diferentes circunstâncias, Jesus manteve-se constante em sua


missão, valores e compromisso com Deus.

1.4 Pessoas convictas são profundas

Pessoas convictas estão “arraigadas e alicerçadas em Cristo” (Colossenses 2:7; Efésios


3:6), como disse o apóstolo Paulo. Quem tem raiz e alicerce tem profundidade, e
sermos profundos no que cremos nos confere convicção. Pessoas que não são
profundas, na linguagem de Jesus, são aqueles que “não tem raiz em si mesmo” e,
por isso, sucumbem no dia da aflição.

Sem dúvida, vivemos na era da superficialidade. Ser raso é o comum, inclusive na fé.
Pessoas convictas se recusam a serem rasas.

1.5 Pessoas convictas são ousadas

Tanto em Jesus como em seus discípulos, vemos coragem e ousadia no exercício da


missão. Lucas afirma sobre os apóstolos que eles “anunciavam corajosamente a
palavra de Deus” (Atos 4:31). Quando estamos certos e convencidos do que cremos,
nos movemos com ousadia e coragem.

1.6 Pessoas convictas são leves


Segundo o apóstolo João, os mandamentos de Deus “não são pesados”. Isso significa
que nossa caminhada como discípulos e como líderes deveria ser leve e não pesada.

O problema é que muitos estão tentando viver o evangelho e o ministério de fora


para dentro e não de dentro para fora. Quando não partimos de um lugar de
convicção, quando nosso motivo não é sólido e enraizado em Deus, então
rapidamente a caminhada começa a pesar.

1.7 Pessoas convictas são comprometidas com a vontade de Deus

Convicção nos faz sermos pessoas movidas pela obediência a Deus e não pelas
emoções da nossa natureza. Jesus falou que ele não deseja pessoas apenas
verbalmente comprometidas com ele, mas sim obedientes à sua palavra: “nem todo
aquele que diz ‘Senhor, Senhor!’ entrará no Reino dos céus”.

Em resumo:

PESSOAS CONVICTAS PESSOAS NÃO CONVICTAS


Sabem quem são Condicionam quem são às opiniões e
sentimentos
Movidas por propósito Movidas por reconhecimento,
empurrões e resultados
Constantes Volúveis
Profundas Rasas
Ousadas Inseguras
Leves Pesadas
Dirigidas por compromissos Dirigidas por emoções

2. O fundamento da nossa convicção

Em que minhas convicções estão baseadas? Em outras palavras, por que eu acredito
no que acredito? Precisamos saber disso, porque podemos até conhecer o motivo de
fazermos algo, mas nem sempre sabemos como passamos a acreditar naquilo, e se
isso em que acreditamos é realmente verdade.

Devemos entender que convicção não é algo que nasce conosco. Nossas crenças e
certezas vão sendo formadas com o tempo, ao longo do nosso desenvolvimento. Seja
através da criação de nossos pais, da cultura em que estamos inseridos, das palavras
dirigidas a nós, etc. Porém, como uma das definições de significado da palavra,
convicção é o “resultado de convencer”, por isso, gostaríamos de encorajar você hoje
a se convencer com verdades e convicções válidas, achadas na Palavra de Deus. Isso,
sim, será uma base firme para sustentar você, não só por uma fase, mas por toda a
eternidade.

“Por isso devemos prestar atenção nas verdades que temos ouvido,
para não nos desviarmos delas.” (Hebreus 2:1, NTLH)

Precisamos prestar atenção na verdade, para não nos distrairmos ou ficarmos


confusos perante o que é apresentado diante de nós diariamente e que, infelizmente,
pode ser tão oposto a ela. Para que isso aconteça, “é preciso que o nosso coração e
mente sejam completamente renovados" (Efésios 4: 23, NTLH) pela Verdade, que é
Jesus e Sua Palavra (João 1:1,14; 14:6).

PALAVRA FÉ CONVICÇÃO

Viva por convicção! Saiba “o porquê” você faz “o que” faz, e compare as suas crenças
e certezas com a Palavra de Deus, que é a verdade mais pura e o padrão mais alto,
excelente e seguro que podemos ter. Só quando conhecemos a verdade é que
sabemos reconhecer uma mentira. Que a Palavra de Deus seja nossa fonte de
convicções! Em que você tem baseado suas certezas?

DIGERINDO...

Ao longo desse módulo, o que Deus falou com você?


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Com as suas palavras, descreva o que significa convicção.


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De acordo com as diferenças que existem entre pessoas convictas e pessoas não convictas,
pontue em quais aspectos você é uma pessoa convicta e em quais aspectos você é uma
pessoa não convicta.
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DISCUSSÃO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

• Resuma em poucas palavras o conteúdo do módulo. Se possível, dê a chance para todos


no grupo compartilharem;
• Compartilhe suas respostas da sessão “Digerindo...”;
• Comentem sobre as diferenças entre uma pessoa convicta e uma pessoa não convicta.

DESAFIO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?

Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )

MÓDULO 7 – FINANÇAS

Dando seguimento à nossa trilha Impulsionar, no presente estudo iremos abordar a


importância de lidar com nossas finanças de maneira sábia, à luz dos princípios da
palavra de Deus.

1. Introdução: finanças e a Bíblia

Por que finanças? Decidimos abordar essa área em específico por uma razão:

Conceito-chave: finanças não são sobre finanças!

Essa é a premissa fundamental que norteará a nossa discussão. Analisemos agora o


mérito dessa afirmação.

Finanças não são sobre finanças, pois...


• Quantas pessoas estão ansiosas e sofrendo de transtornos psíquicos por causa
de sua situação financeira?
• Quantas famílias estão em guerra por causa de uma questão financeira?
• Quantos casamentos ruíram ou estão ruindo por uma questão financeira?
• Quantos jovens se veem impossibilitados de concretizar sonhos educacionais
por uma questão financeira?
• Quantas amizades e relacionamentos acabam por uma questão financeira?
• Quantas igrejas não conseguem fazer mais pelo Reino, simplesmente por uma
questão financeira?

Concluímos que uma vida ajustada passa por um “ajuste das nossas contas”. Sermos
saudáveis e maduros na nossa relação com o dinheiro é imprescindível.

Deus deseja impulsionar a nossa vida, logo, ele deseja também nos ensinar o
caminho de ajustar as nossas finanças. Howard Dayton, em seu livro “O Seu
Dinheiro”, declara que, na Bíblia, há mais de 2300 passagens sobre dinheiro, bens
e posses.

A bíblia trata do assunto finanças, exatamente porque finanças não são sobre
finanças. Jesus afirma isso de maneira explícita, no seguinte texto:

"Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem


destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para
vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde
os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro,
aí também estará o seu coração.” (Mateus 6:19-21)

A importância de abordar esse tema encontra-se no versículo lido acima. Segundo


Jesus, “onde estiver o nosso tesouro, aí também estará o nosso coração”. Portanto,
quem deseja ter um coração centrado em Deus precisa também colocar seus recursos
à disposição do Senhor com alegria e amor.

2. Desajustes e problemas associados a finanças

Podemos elencar e explanar 4 desajustes em nossos corações quando o assunto é


finanças:

DESAJUSTE 1: AVAREZA
“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza,
paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas
coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”
(Colossenses 3:5-6)

Jesus disse que o que é elevado entre os homens é abominação perante Deus (Lucas
16:13-15) e Ele falava acerca da ganância dos fariseus ao fazer esta afirmação. Há
pessoas que são tão apegadas ao dinheiro que fazem dele um “deus” em suas vidas.
Dão tanto valor às coisas materiais que, perante o Senhor, é como se cultuassem um
ídolo em suas vidas.

Jesus reforça essa ideia quando chama o dinheiro de “mamon” e, assim, nos adverte
para termos cuidado para não dividirmos nossos corações entre Deus e o dinheiro
(Mateus 6:24).

DESAJUSTE 2: GANÂNCIA

“Quem ama o dinheiro não se fartará de dinheiro; nem o que ama a


riqueza se fartará do ganho; também isto é vaidade.” (Eclesiastes 5:10)

A ganância é gerada pela falta de contentamento e nos faz sempre querer mais e a
qualquer custo.

DESAJUSTE 3: SOBERBA

“…se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração.”


(Salmos 62:10, ARC)

DESAJUSTE 4: NEGLIGÊNCIA OU MEDO

Uma mistura de preguiça e falta de diligência pode, na verdade, mascarar a ausência


de domínio próprio em nossas vidas, que é necessário para sermos pessoas dedicadas
em nossos projetos. Ou ainda, pode ocultar um medo que nos faz pensar “se eu ganhar
muito dinheiro, me afastarei de Deus”. Tanto a preguiça quanto o medo são expostos
na bíblia sagrada como pecados.

Sobre a preguiça:
“O que trabalha com mão remissa empobrece; mas a mão do diligente
enriquece.” (Provérbios 10:4)

Observação: o preguiçoso não pode dizer que trabalha para a glória de Deus.

Sobre o medo:

“O perfeito amor lança fora todo medo...” (I João 4:16-18).

3. Os dois princípios bíblicos sobre finanças

No assunto finanças, a bíblia nos ensina dois princípios básicos: mordomia e


generosidade. Todo o ensino bíblico pode ser resumido debaixo desses dois termos.

Mordomia significa saber gerir o que se tem. Não devemos tratar nosso dinheiro como
Deus (avareza), fonte de felicidade (ganância), motivo para autossuficiência (soberba) ou
maldição (medo ou preguiça). Devemos glorificar a Deus no nosso trato com o que
temos, sendo mordomos fiéis do que nos foi confiado (Lucas 12:42-46).

Na prática, é ser um consumidor prudente, um poupador constante e aprender a


multiplicar seus rendimentos, investindo com sabedoria. Portanto, mordomia está
relacionada a termos saúde financeira e a multiplicar nossos proventos. Na igreja, temos
um programa maravilhoso sobre esse assunto, chamado “ajuste de contas”.

Generosidade significa repartir. O texto base para a generosidade do cristão é:

“Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam
arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas
em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação.
Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras,
generosos e prontos para repartir.” (I Timóteo 6:17-18)

Sobre generosidade, falaremos de três aspectos: nossas contribuições na casa de Deus


(dízimos e ofertas) e nossa partilha com os necessitados (ação social).

4. Uma teologia bíblica sobre generosidade: três níveis de contribuições

4.1 Dízimo: honrando a Deus com as nossas primícias


A palavra “dízimo” significa “a décima parte de algo”. Sendo assim, o dízimo
corresponde a 10% de nossos proventos.

• De onde vem o princípio do dízimo?

A primeira menção do dízimo na Bíblia aparece no episódio em que Abrão, após as


vitórias em batalhas recentes, encontrou Melquisedeque, um rei e sacerdote que lhe
ofereceu pão e vinho e o abençoou. Abrão reagiu ao seu ofício, generosidade e benção
oferecendo-lhe o dízimo.

“Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo,


trouxe pão e vinho e abençoou Abrão, dizendo: ‘Bendito seja Abrão pelo
Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra. E bendito seja o Deus
Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos’. E Abrão lhe deu o
dízimo de tudo.” (Gênesis 14:18-20)

Posteriormente, o dízimo se tornou um mandamento para o povo de Israel:

“Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas das árvores,
pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor” (Levítico 27:30).

Perceba que os dízimos correspondem a uma porção que pertence a Deus, ou seja,
não é nossa, mas sim de propriedade divina.

O propósito desse mandamento era levar o povo a reconhecer Deus em primeiro lugar
em suas vidas (Deuteronômio 14:22-23) e a expressar gratidão a Deus, lembrando que
tudo o que o homem possui vem da provisão divina: “Mas, lembrem-se do Senhor, do
seu Deus, pois é Ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza...” (Deuteronômio
8:18).

A finalidade do dízimo era o sustento dos levitas e das atividades do templo:

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na


minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos,
se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma
bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.”
(Malaquias 3:10)

• O dízimo na nova aliança


Jesus não cancelou o princípio do dízimo. Na verdade, Ele o ratificou: "Ai de vocês,
mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do
cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a
misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas.”
(Mateus 23:23).

Na nova aliança, as leis cerimoniais foram cumpridas em Cristo, os sacrifícios foram


substituídos pela cruz, a circuncisão deu lugar ao batismo, a páscoa transformou-se
em ceia, e o dízimo? O dízimo não foi substituído, mas sim amplificado, pois a missão
da igreja no Novo Testamento é muito maior do que a missão do templo no Antigo
Testamento.

O apóstolo Paulo ensinou aos Coríntios como deveria ser a contribuição, modelando
para nós o padrão de generosidade que deve haver na igreja: “Quanto à coleta para o
povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana,
cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para
que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar.” (1 Coríntios 16:1-2)

O dízimo deveria:

o Ser uma prioridade: “no primeiro dia da semana...”


o Ser algo planejado: “cada um de vocês separe uma quantia...”
o Ser relativo à renda de cada um, o que indica o dízimo: “de acordo com sua
renda...”

• Por que algumas pessoas não são dizimistas? Objeções frequentes:

“Penso que a igreja não precisa” – a igreja é uma instituição sem fins lucrativos, de
modo que a generosidade dos membros é o que a sustenta.

“Acho que o dízimo pode ser dado em outro lugar que precisa mais” – desde a antiga
aliança, o dízimo é uma contribuição específica para a casa de Deus e seus obreiros.
Deus nos ordena a ser dizimistas e não “juízes” do nosso dízimo.

“A igreja não devia falar de dinheiro” – Leia: 1 Coríntios 9:11,13,14.

“Não confio na integridade da igreja.”


“Dízimo é assunto do Antigo Testamento e não do Novo” – Leia: Hebreus 7:8.

“Não sou dizimista, pois não existe mais templo e nem sacerdote.”

“Preocupação financeira” – quem é o seu provedor? Dízimo é teste, o número 10 na


Bíblia é sinônimo de teste.

4.2 Ofertas: expandindo o Reino

O dízimo tem um percentual definido, já as ofertas não. O dízimo corresponde a uma


ordenança divina, já as ofertas são como um ato voluntário.

Um exemplo de oferta no Novo Testamento foi a oferta que o apóstolo Paulo estava
levantando com a igreja de Corinto para enviar para os crentes da Macedônia: “Cada
um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois
Deus ama quem dá com alegria” (2 Coríntios 9:7).

As ofertas têm como finalidade o Reino de Deus. Não se trata apenas da manutenção
da igreja local, mas da expansão da mesma, com projetos, ações ministeriais que
propaguem o evangelho, obras missionárias, etc. Na construção do tabernáculo, por
exemplo, foram levantadas ofertas: "Diga aos israelitas que me tragam uma oferta.
Receba-a de todo aquele cujo coração o compelir a dar” (Êxodo 25:2).

4.3 Ação social: amando a quem precisa

Há ainda um terceiro nível de contribuição. Alguns chamam esmolas, mas


denominaremos de ação social. A Bíblia nos ensina a cuidar do pobre e suprir qualquer
necessitado à nossa volta (Salmo 112:9, Provérbios 19:17). No Novo Testamento, as
viúvas, por exemplo, eram assistidas pela igreja (Atos 6:1).

Devemos ouvir o conselho de Paulo a Timóteo: “Ordene aos que são ricos no presente
mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da
riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação.
Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos
para repartir” (1 Timóteo 6:17,18).

Resumindo...
CONTRIBUIÇÃO DESTINATÁRIO PROPÓSITO
DÍZIMO IGREJA LOCAL SUSTENTO DA IGREJA
OFERTA REINO DE DEUS EXPANSÃO DO REINO
GENEROSIDADE NECESSITADOS COMPAIXÃO

“Eu vejo uma igreja que influencia cidades com a sua generosidade.” (Costa Neto)

Vemos uma igreja que é generosa em tudo o que faz. Generosa com seu tempo, com
seus talentos, com seu amor e também com seus recursos. A nossa generosidade é o
teto da nossa visão!

Temos uma grande visão e um enorme desejo de alcançar pessoas, mas isso só é
possível através da nossa generosidade.

OBSERVAÇÃO:

Antes de entrar no ensino bíblico sobre esse assunto, vamos esclarecer alguns pontos
importantes na cultura da CCVideira sobre generosidade:

• Não acreditamos em constrangimento ou cultura de medo para incentivar a


generosidade;
• Não impomos o exercício da generosidade a ninguém;
• Não sabemos quem contribui ou não. Acreditamos que isso cabe à relação da
pessoa com Deus e confiamos que a provisão vem dEle;
• Não tratamos as pessoas que são generosas com a casa de Deus melhor do que
tratamos as outras pessoas;
• Acreditamos nos princípios bíblicos de generosidade, na validade do dízimo e das
ofertas para o sustento da casa de Deus e para a expansão do Reino;
• Acreditamos que pessoas se tornam generosas na casa de Deus quando:
o Ganham uma revelação dos princípios bíblicos de generosidade;
o Passam por uma mudança de coração, promovida pelo Espírito Santo;
o Confiam na integridade da igreja: buscamos fazer o melhor com os recursos que
nos são confiados.

Tendo postulado esses aspectos do que cremos sobre a nossa abordagem no que
tange a generosidade, vamos explorar três níveis de contribuição explicitados na
Bíblia.

DIGERINDO...
Ao longo desse módulo, o que Deus falou com você?
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Com as suas palavras, descreva o que significa generosidade:


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DISCUSSÃO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

• Resuma em poucas palavras o conteúdo do módulo. Se possível, dê a chance para todos


no grupo compartilharem;
• Compartilhe suas respostas da sessão “Digerindo...”;
• Comentem sobre a diferença entre dízimos, ofertas e ação social.

DESAFIO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?

Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )

MÓDULO 8 – INFLUÊNCIA

Dando seguimento à nossa trilha Impulsionar, estudaremos hoje o fundamento


influência.

Jesus exerceu uma profunda influência na vida de muitas pessoas, especialmente


daqueles a quem Ele chamou para serem seus discípulos. Ele teve um ensino que
direcionou e um exemplo que inspirou e encorajou seus discípulos no exercício de
suas vocações. Jesus transformou pescadores de peixes em pescadores de homens e
nos deixou o exemplo do que significa uma vida que influencia.
Qual tem sido a nossa influência?

"Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como
restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e
pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode
esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também,
ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo
contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os
que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens,
para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que
está nos céus". (Mateus 5:14-17)

No texto de Mateus 5:13-17, Jesus usa a metáfora do sal e da luz para afirmar que
nós, seus discípulos, temos uma missão no mundo. Devemos ser influência no nosso
mundo. No presente estudo, iremos detalhar alguns desdobramentos dessa
influência:

• Proclamar o evangelho;
• Acolher novas pessoas na igreja;
• Servir;
• Liderar e levantar novos líderes.

1. Proclamando o evangelho

“Deus deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno


conhecimento da verdade” (I Timóteo 2:4).

Se Deus deseja que a mensagem da salvação chegue a todos, o que temos feito para
que isso aconteça? Qual foi a última vez que você intencionalmente influenciou um
amigo descrente para Cristo?

Quando o assunto é proclamar o evangelho, não se prenda a “falar de Jesus” para


alguém em um primeiro momento. Comece assim:
• Estabeleça um relacionamento;
• Importe-se, ame, faça o bem a essa pessoa;
• Deixe-a perceber a diferença que Cristo faz em sua vida;
• Ofereça uma oração;
• Compartilhe sua experiência pessoal com Deus;
• Fale do amor de Jesus para ela, do seu jeito;
• Convide-a para a igreja;
• Em última instância, deixe-a à vontade.

Note que é um processo.

Observação: sobre convidar pessoas para a igreja...

o Se você não convidar pessoas, elas não virão!


o Se você convidar pessoas, elas talvez venham!
o Se você constantemente convidar pessoas, alguém virá!

2. Acolhendo novas pessoas

Como você tem exercido sua influência sobre aqueles que estão chegando na igreja?

Pessoas recém-chegadas precisam de acolhimento, amor, cuidado. Não delegue isso


ao pastor. Antes, assuma para si essa função, como irmão em Cristo.

3. Servindo com amor

Uma outra maneira de exercer influência é usando dons (o que você faz bem),
possibilidades (o que você pode fazer) e recursos (o que você pode doar) para servir
pessoas, dentro e fora da igreja.

Servir dentro da igreja pode significar ser um voluntário em algum departamento ou


ministério.

Servir fora da igreja é entender que sua família, trabalho e amigos também devem ser
palcos da sua missão.

4. Liderando e levantando novos líderes

4.1 Liderando
A palavra “liderar” pode assustar. Para muitos, soa como um cargo, que traz consigo
muitas responsabilidades, mas a verdade é que a liderança é uma oportunidade de
influenciar.

Você já pensou em liderar um grupo ou uma equipe? Não se esconda, Deus nos deu
espírito de ousadia.

4.2 Levantando novos líderes

“Quem trabalha bem com pessoas é um seguidor. Quem ajuda outros a trabalhar
melhor é um gerente. Quem desenvolve pessoas melhores para trabalhar é um líder.”

Na liderança, sucesso é sucessão. Quem nós estamos preparando para assumir uma
futura liderança? Segundo Jesus, “a seara está pronta, peça ao Senhor da seara que
mande ceifeiros”. Devemos levantar e equipar ceifeiros, pois o nosso poder de
multiplicação é diretamente proporcional à nossa capacidade de empoderar novos
líderes. Como fazemos isso?

• Acredite em pessoas

Levantar novos líderes começa com uma mentalidade de acreditar em pessoas. Ao


dar uma oportunidade para alguém, sempre estamos correndo um risco que faz parte
do processo de liderar. Mas um verdadeiro líder prefere o risco de confiar ao
comodismo de nunca confiar em alguém. Você é alguém que acredita em pessoas?
Ou você tem dificuldade de acreditar em alguém, por alguma falha que a pessoa tenha
cometido ou por um histórico complicado?

• Encoraje pessoas

Além de acreditar em pessoas, só nos tornamos líderes multiplicadores quando


somos encorajadores. Encorajar significa “colocar coragem dentro”. Muitas pessoas
não se sentem capazes de serem líderes. Quando a insegurança é maior que a
convicção, chamados são enterrados. Porém, cabe a nós, como líderes
multiplicadores, levar o outro a se enxergar como Deus o vê, e é nesse ponto que cabe
o encorajamento.
Ao encorajar alguém, estamos despertando o que há de melhor naquela pessoa.
Pessoas florescem mais debaixo de uma cultura de encorajamento do que uma
cultura de crítica.

• Identifique pessoas

Quem é líder em potencial? Procure pelos 3 C’s:


o Caráter: essa pessoa está crescendo e se tornando mais parecida com Jesus?
Está comprometida com a mudança? Está disposta a vivenciar um crescimento
responsável, relacional e acompanhado? Tem uma família saudável? Possui um
bom testemunho? Busca equilíbrio na vida?
o Competência: ela demonstra interesse em liderar? Já exerce certo nível de
influência no grupo? Relaciona-se bem com os outros? Demonstra habilidade
em facilitar discussões e organizar encontros?
o Compromisso: qual o nível de dedicação dessa pessoa? Ela ama a igreja local?
Ela ama a visão da nossa comunidade? Ela apoia as iniciativas da igreja? Está
disposta a andar a segunda milha por outros? Tem disponibilidade para honrar
a agenda de ser líder?

• Treine pessoas

Para levantar novos líderes, devemos conduzi-los em um processo de treinamento


simples, que envolve quatro etapas práticas:

Eu faço, você
observa

Você faz, eu Eu faço, você


observo ajuda

Você faz, eu ajudo

o Etapa 1: eu faço, você observa. Permita ao outro aprender com o seu exemplo;
o Etapa 2: eu faço, você ajuda. Dê para a pessoa oportunidades! Conte com ela
para realizar algumas tarefas (organizar o GC, contatar novas pessoas etc.);
o Etapa 3: você faz, eu ajudo. Aumente gradualmente a responsabilidade, ao
ponto de você passar a ser o suporte e não o contrário;
o Etapa 4: você faz, eu observo. Nessa etapa, quase não há direção ou suporte.
Você confia responsabilidades à pessoa e simplesmente assiste ao sucesso dela.
Evite intervir, apenas observe. Nessa etapa, sua maior contribuição para a
pessoa é seu feedback sincero e criterioso.

DIGERINDO...

Ao longo desse módulo, o que Deus falou com você?


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Com as suas palavras, descreva o que significa influência:


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DISCUSSÃO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

• Resuma em poucas palavras o conteúdo do módulo. Se possível, dê a chance para todos


no grupo compartilharem;
• Compartilhe suas respostas da sessão “Digerindo...”;
• Quem você pode influenciar hoje? Liste pessoas do seu GC que você pode influenciar.

DESAFIO – NO GRUPO DO IMPULSIONAR

Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?

Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )

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