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Seja bem-vindo!
O movimento de Jesus começou com a escolha de doze discípulos para andar próximo a Ele. Esses
doze deram continuidade ao ministério de Jesus após a ascensão do mestre, gerando outros
discípulos, que geraram outros, que geraram outros... até chegar a nós.
Do mesmo modo, hoje, o alcance da nossa missão como igreja é limitado ou potencializado pela
nossa capacidade de levantar líderes, isto é, discípulos que geram discípulos. Esse princípio está
explicitado no seguinte trecho da segunda carta de Paulo a Timóteo:
Com o intuito de levantar líderes, discípulos de Jesus que geram discípulos de Jesus, o programa
Impulsionar foi criado.
O programa surgiu em 2017, como um curso formado por 6 lições. Ao longo desses anos, uma
inquietação surgiu. O programa Impulsionar estava focado na transmissão de conteúdos sobre
liderança cristã, ou seja, enfatizava o saber do aluno, mas deixava a desejar na formação do ser
dos participantes do programa.
Uma vez que a liderança cristã, segundo o novo testamento, fundamenta-se na solidez de um
caráter aprovado, o modelo de aprendizagem focado em acumular informações já não nos
satisfaz mais. Decidimos buscar um novo modelo, mais relacional, focado na mudança, na prática
e na formação integral.
O objetivo com essa transição de modelo no impulsionar não é formar mais pessoas em um curso
de liderança, mas sim formar melhor, de maneira mais profunda e intensa. Talvez o número de
formandos seja menor, mas escolhemos investir em um grupo reduzido de pessoas de cada vez,
porém com um processo de qualidade bem superior.
Nesse novo formato, o Impulsionar pode ser definido como uma jornada intencional de
aprendizagem, transformação e capacitação que se dá em um grupo pequeno, formado por
membros de GC, conduzido por um facilitador e orientado pelo material de treinamento
Impulsionar.
AVALIAR REFLETIR
CICLO DA
APRENDIZAGEM
TRANSFORMACIONAL
AGIR COMPARTILHAR
PLANEJAR
• Refletir: o conteúdo do módulo é ministrado via vídeo, PDF, leitura, áudios e exercícios;
• Compartilhar: esse passo ocorre no encontro do Impulsionar, quando o facilitador,
guiado pelo material de treinamento, fomenta uma discussão sobre o que foi aprendido.
É fundamental a partilha, pois ao falar elaboramos melhor o que aprendemos, e ao ouvir
outros compartilharem, ganhamos novos insights. A aprendizagem aqui é relacional;
• Planejar: aqui, com a ajuda do grupo e do facilitador, o participante é desafiado a planejar
o que fará com aquilo que aprendeu, ou seja, como colocará em prática;
• Agir: nesse passo, o que foi planejado é posto em prática no dia-a-dia. Um dos pontos
mais importantes do Impulsionar é capacitar os participantes para que aprendam a viver
a vida de Deus no seu dia-a-dia;
• Avaliar: nesse momento, prestamos contas com o grupo do que foi colocado em prática
e avaliamos o impacto que a prática teve em nossas vidas.
3. Cronograma do Impulsionar
5. Termo de compromisso
Eu,
____________________________________________________________________________,
disponho-me a crescer como discípulo de Jesus e responsabilizo-me por:
1. Comparecer a todos os encontros presenciais, dando o meu melhor em cada discussão e
momento de aprendizagem;
2. Estudar as videoaulas, PDF e tarefas dos módulos;
3. Engajar-me nas discussões com o grupo no momento de compartilhar;
4. Orar por mim e pelo grupo, regularmente;
5. Aceitar os desafios de mudar pensamentos e hábitos à medida que a Palavra e o Espírito
me convencerem ao longo desse processo;
6. Honrar o facilitador, ajudando-o na tarefa de tornar o grupo dinâmico e proveitoso para
todos.
Não há nada mais importante na vida de um cristão do que sua intimidade com o seu Senhor.
Toda possibilidade de frutificar na vida espiritual depende dessa íntima conexão. Vejamos:
Assim como um ramo à parte da árvore torna-se estéril e inútil, assim também somente temos
vida quando estamos ligados a Deus. Essa ligação que Jesus chamou de “permanecer em mim”
se dá especialmente através do que os cristãos ao longo dos séculos denominaram “disciplinas
espirituais”.
Disciplinas espirituais são práticas que nos ajudam a desenvolver uma íntima relação com Deus.
Elas aguçam nossas percepções espirituais e nos auxiliam na tarefa de discernir o que Deus está
fazendo em nosso mundo, assim como nos afiam para que sirvamos a Deus com nossas vidas.
Através das disciplinas espirituais, nos tornamos sensíveis à voz de Deus e às suas intervenções.
Isso mesmo! Deus deseja falar com seus filhos e nos inserir em seus movimentos de redenção.
As disciplinas espirituais são fundamentais para que isso aconteça.
Poderíamos citar muitas disciplinas espirituais, mas focaremos em duas: a oração e a meditação
nas Escrituras.
2. A oração
A oração é bem mais do que uma prática religiosa. Orar é estar com Deus.
Quando oramos, nos relacionamos com o Pai, em nome de Jesus, através do Espírito Santo. A
palavra “relacionamento” é o termo que melhor define a essência da oração. O hábito de orar
não deveria ser visto por nós como uma obrigação, mas sim como uma necessidade. Do mesmo
modo que uma pessoa em crise precisa de um ombro amigo para desabafar, os filhos de Deus
não podem viver em um mundo que jaz no maligno – portanto, caótico e em crise – sem correr
constantemente para a presença do Pai.
Em oração, desenvolvemos uma visão sobre quem Deus é e sobre quem somos. Jesus nos
ensinou a orar começando com “Pai nosso...”. Logo, a oração aprofunda nosso entendimento
da paternidade de Deus e nos faz enxergar a nós mesmos como filhos amados, acolhidos e
incondicionalmente recebidos pelo Pai.
Quando oramos, não devemos nos ater a fórmulas rígidas. Esse talvez seja o paradigma que
mais impede pessoas de orarem. Pensam que orar é tão burocrático que se sentem
desanimados a começar, ou, quando começam, nunca acham que são bons o suficiente no
assunto.
A oração é simples. Crianças, adultos e velhos, todos tem o que precisam para começar a
cultivar a oração. Aqui, iremos destacar alguns princípios de oração da vida de Jesus:
3. A meditação na palavra
A Bíblia consiste nas sagradas escrituras que revelam quem Deus é, Seu caráter, Sua vontade e
Seus propósitos. Essa revelação se deu historicamente por meio do registro do relacionamento
de Deus com seu povo (Israel no Antigo Testamento, a Igreja no Novo Testamento) e,
principalmente, por meio de Jesus, que é a revelação mais exata de Deus (Hebreus 1:3).
Ao todo, a Bíblia é composta por 66 livros, escritos por cerca de 40 autores, ao longo de 16
séculos.
Contudo, apesar de escrita por autores humanos, a Bíblia foi inspirada por Deus (2 Timóteo 3:16).
A inspiração implica que Deus supervisionou os autores humanos da Bíblia de tal forma que,
enquanto cada um usou o seu próprio estilo de escrever e sua personalidade, eles ainda
registraram exatamente o que Deus queria que dissessem. A Bíblia não foi ditada por Deus, mas
foi perfeitamente guiada e inspirada por Ele. Por isso ela deve ser lida, estudada, crida e
obedecida como palavra de Deus, como regra de fé e conduta da vida do discípulo de Jesus (II
Timóteo 3:15).
A palavra de Deus não deve ser lida e estudada para acúmulo de informação, mas sim com fins
de transformação. Segundo Jesus, suas palavras são “espírito e vida” (João 6:63), o que significa
que, ao meditar nas palavras de Jesus, o espírito de Jesus é infundido em nós e o caráter de Cristo
é formado em nosso ser. Do mesmo modo que o alimento é metabolizado e se transforma em
energia no corpo, a Palavra quando meditada é “metabolizada” em nossos espíritos e se
transforma em virtude e piedade de vida.
Para começar a ler a Bíblia de forma eficiente, deve-se atentar para alguns princípios:
DIGERINDO...
Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?
Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 3 – INTEGRIDADE
Integridade significa “estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu
qualquer diminuição; plenitude, inteireza.”
Quando existe integridade, o que você fala alinha-se com o que você faz.
Vivemos em uma sociedade que elogia resultados e reconhece o sucesso, mas que dá
pouca ênfase ao caminho que foi adotado para se chegar a tal sucesso.
Sobre qual fundamento você tem construído sua vida: imagem ou integridade? Vamos
destacar algumas diferenças.
IMAGEM INTEGRIDADE
O que importa são os resultados; O que importa são as escolhas;
O que importa é a reputação (como sou O que importa é o caráter (quem estou
conhecido); me tornando);
Conquistamos o respeito de quem Conquistamos o respeito de quem mais
pouco nos conhece; nos conhece;
Foco recai no parecer. Foco recai no ser.
Observação: eis a diferença entre construir sua casa sobre a areia e sobre a rocha.
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”
(Mateus 5:16)
O mundo não está precisando de um novo discurso, mas sim de novas referências.
“Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras.
Em seu ensino, mostre integridade e seriedade; use linguagem sadia,
contra a qual nada se possa dizer, para que aqueles que se lhe opõem
fiquem envergonhados por não terem nada de mal para dizer a nosso
respeito.” (Tito 2:7-8)
1
STANLEY, ANDY. O líder da próxima geração. p.160.
Nossa integridade é comprometida quando trocamos o certo de Deus pelos desejos
enganosos da nossa carne. Esse processo de corromper-se ocorre por meio do que a
bíblia sagrada descreve como tentação e foi descrito assim pelo apóstolo Tiago:
“Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: ‘estou sendo tentado
por Deus’. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta
arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o
pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte.” (Tiago 1:13-
15)
Na tentação, há: a carne (a sede dos desejos), o mundo (a sede das ofertas) e o diabo
(o articulador).
O apóstolo João falou que nossas tentações podem ser colocadas em três áreas:
Se você deseja integridade, precisará sondar seu próprio coração e arrancar o mal pela
raiz.
“Todas as falhas são mais perdoáveis do que os métodos que concebemos para escondê-
las.” (François La Rochefoucauld)
Como vimos no exemplo da história de Moisés e o véu (Êxodo 34:29-35), fica claro que
precisamos remover o véu que mascara a glória que já se foi.
O primeiro passo para sermos tratados por Deus é reconhecermos nossa real condição
(Isaías 6:6-7) e rasgarmos os nossos corações (Joel 2:13), sabendo que o poder de Deus
se aperfeiçoa em nossa fraqueza (2 Coríntios 12:9-10) e não em nossos falsos heroísmos.
Devemos ter a humildade de nos “humilhar debaixo da poderosa mão de Deus” (1 Pedro
5:5-6) e pedir ajuda: “confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns
pelos outros, para serdes curados” (Tiago 5:16).
Pergunta: quem conhece as suas fraquezas? Com quem você abre o seu coração?
Pergunta: você sabe escutar? Você sabe ouvir? Você está disposto a ser confrontado?
“Estou cada vez mais convencido de que a maioria das pessoas vive uma vida cristã
problemática porque mimam a si mesmas espiritualmente.” (Martyn Lloyd-Jones)
Manifestar atitude é manter-se longe de seus limites, é evitar os gatilhos que acionam
suas áreas de fraqueza moral, é definir, na prática, o perímetro da sua conduta e não
brincar de relativizá-lo.
Manifeste atitude!
O apóstolo Paulo nos adverte que vencemos a carne pelo Espírito (Gálatas 5:16) e, a fim
de sermos cheios do Espírito, precisamos afinar continuamente nossa relação com Deus.
Somente cheios do Espírito Santo vencemos os impulsos e inclinações da nossa carne.
Note que o Espírito produz fruto, ou seja, o caráter de Cristo em nós é o resultado, é a
culminação de um processo.
Resumindo:
1. Remova as máscaras;
2. Não ande sozinho;
3. Tenha um coração ensinável;
4. Manifeste atitude;
5. Cultive uma busca constante por Deus.
DIGERINDO...
Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?
Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 4 – UNIDADE
Há um texto bíblico que ilustra essa verdade de modo explícito: o episódio da torre
de Babel.
Nessa história, vemos um grupo de pessoas que tinha uma visão: construir uma
cidade que tivesse uma torre que tocasse os céus. Apesar da motivação dessa obra
ser condenada por Deus, o próprio Deus admitiu que ninguém seria capaz de detê-
los, tamanha era a unidade que havia entre eles. Foi preciso confundir as línguas para
que, então, a unidade fosse dissolvida e o projeto da torre fosse comprometido.
Por essa razão, o apóstolo Paulo ordenou à igreja de Éfeso que se esforçasse pela
unidade (Efésios 4:3). Já em outra carta, para a igreja de Corinto, Paulo chamou os
cristãos de imaturos, pois estavam divididos e não unidos (1 Coríntios 3:1-5).
Fica clara a importância da unidade na igreja. Para isso, todos nós temos um papel
fundamental: ser promotores da unidade da igreja.
Para desenvolver o pilar unidade nas nossas vidas, precisamos lidar com dois desafios
sobre os quais trataremos a seguir.
Submissão não significa não questionar ou deixar de confrontar algo, assim como
também não significa desrespeito.
Esse modelo de autoridade-submissão foi vivido por Jesus e seus discípulos. Jesus foi
o líder servo, o bom pastor que deu a vida pelas ovelhas, e seus discípulos o
honravam, inspirados pelo seu amor. Esse também é o modelo de autoridade-
submissão que o novo testamento ensina para o casamento: o marido é o líder servo
que se entrega pela esposa, e a esposa o honra.
Analise a gravidade de sua discordância. É uma questão de gosto que está sendo
discutida ou é uma questão moral, ou até mesmo doutrinária?
Esse é o primeiro ponto: “será que vale a pena esse conflito?”. Pesar a situação pode
fazer você perceber que o conflito nem faz sentido.
Não fuja das conversas difíceis! A maneira mais rápida de transformar um conflito
em uma crise é colocando-o para debaixo do tapete.
3. Empatia: coloque-se no lugar do outro
“Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles
façam a vocês; pois esta é a Lei e os Profetas.” (Mateus 7:12, NVI)
Lembre-se: a maioria dos nossos conflitos é fruto da forma como nos comunicamos.
Muitas vezes, nos ferimos e ficamos magoados em um conflito por imaturidade nossa.
Estar ofendido e desconfiado é uma decisão sua. Você não pode controlar o que os
outros fizeram com você, mas você pode controlar aquilo que você faz com o que
fizeram com você.
6. Disposição: foque na solução
Você é parte da solução e não do problema. Precisamos resolver como crentes, com
os princípios da Palavra de Deus, como seguidores de Jesus.
Escolha ser feliz e não apenas ter razão. Escolha ter paz diante da razão.
Isso não quer dizer que você não resolverá o conflito, mas quer dizer que você está
disposto a abrir mão da razão para solucionar o conflito.
Atenção: muitas vezes, o conflito não é mais sobre resolver o conflito, mas se trata
de mostrar quem tem razão. Fuja de ter essa atitude!
Em último lugar, note que há duas opções: permaneça debaixo da autoridade do líder,
sem guardar ressentimentos e sem disseminar criticismos, ou procure outra
liderança. Não esteja em um lugar se não for para ser uma benção!
DIGERINDO...
Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?
Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 5 – EQUILÍBRIO
O texto nos mostra que Jesus cresceu de maneira holística: em sabedoria (intelecto),
estatura (físico), graça (espiritual) e diante dos homens (relacional-emocional).
Todo desequilíbrio redunda em um quadro não sadio e que com o tempo se torna
insustentável. Tomando Jesus como referência, iremos explorar as quatro dimensões
citadas e sermos inspirados a termos um crescimento integral e saudável.
1. ESPIRITUAL
“Se existe uma área a que o líder cristão do futuro precisará dar atenção, é a disciplina
de habitar na presença daquele que está sempre nos perguntando: você me ama?
Você me ama? Você me ama? Ele fará isso através da disciplina da oração. Através
dela, evitamos ser dominados por uma questão urgente após a outra e deixamos de
ser estranhos para o nosso próprio coração e para o coração de Deus. Os líderes
cristãos devem ter sua liderança fundamentada no relacionamento permanente e
íntimo com o verbo encarnado, Jesus. É aí que se deve encontrar a fonte de suas
palavras, conselhos e direções.” (Henri J. M. Nowen)
Não negocie um tempo diário de qualidade com Deus. Jesus entendia esse princípio
tão bem, e o praticava com tanto afinco, que era seu costume fugir das multidões
para estar a sós com Deus.
“Porém o que se dizia a seu respeito cada vez mais se divulgava... Ele,
porém, se retirava para lugares solitários e orava”. (Lucas 5:15-16)
2. FÍSICA
“Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco para um lugar deserto
(...)”. (Mateus 14:13)
Ninguém consegue ter êxito em sua liderança se não gerenciar bem sua própria
energia.
3. EMOCIONAL
“Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua
vida.” (Provérbios 4:23)
Monitore a sua saúde emocional, faça constantemente uma higiene da sua mente. Se
preciso, procure um conselheiro, pastor ou terapeuta. Em alguns casos, um
profissional de saúde mental pode ajudar você a identificar e elaborar melhor suas
questões emocionais.
Jamais deixe o ministério aniquilar a sua família. Nenhum sucesso na vida compensa
o fracasso do lar. Jesus, mesmo em meio à correria do ministério, manteve suas
relações: mudou sua agenda e foi à casa da família amiga formada por Marta, Maria
e Lázaro. Ele tinha um grupo de discípulos mais próximos (Pedro, Tiago e João) e, entre
todos, cultivava uma relação especial com João.
Jesus foi atacado pelos fariseus e assediado pela multidão, mas mantinha seus
relacionamentos no devido lugar.
4. INTELECTUAL
Outra área da nossa vida de que cabe a nós cuidar é o nosso intelecto. Líderes são
aprendizes, eles aprendem com tudo e com todos. O nosso crescimento intelectual é
fundamental, pois expande nossas perspectivas, amplia a nossa visão e o nosso
arsenal de ferramentas para lidar com os desafios pertinentes à liderança.
A mesma ordenança cabe a nós, líderes no século XXI. A igreja pode fornecer a você
cursos e seminários, mas você sempre deve ser o maior interessado em buscar crescer
e se desenvolver.
DIGERINDO...
Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?
Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 6 - CONVICÇÃO
A ausência de convicção é uma das grandes crises da atual geração. Hoje, vemos
crescer uma multidão que não sabe o que é crer firmemente em nada, e quando
deposita sua fé em algo, erra na escolha do seu objeto de fé.
Há uma profunda e notável diferença entre uma pessoa convicta e uma pessoa não
convicta. A maneira como a pessoa convicta conduz sua vida, como lida com as
pressões e desafios do dia-a-dia e como vive sua jornada de fé é radicalmente distinta
da maneira como pessoas não convictas o fazem.
Convicção é a âncora que nos segura no dia mau, é a raiz profunda que nos alimenta
sob o sol escaldante dos desafios, é o abrigo seguro que nos guarda da tempestade
de opiniões, é o galho forte no qual nos agarramos para não sermos levados pela
correnteza do espírito deste século.
Você é uma pessoa convicta? Vejamos o significado disso à luz da bíblia e da vida de
Jesus, e vejamos como podemos desenvolver esse pilar para sermos impulsionados.
Pessoas convictas possuem uma revelação clara acerca da sua identidade. Elas se
enxergam a partir do olhar divino, ou seja, possuem uma autoimagem pautada no
que Deus diz acerca delas.
Jesus sabia quem era. Sua identidade havia sido definida de modo claro na ocasião
de seu batismo, quando o Pai afirmou “Esse é meu filho amado, em quem me
comprazo”.
Note que o que Deus afirma sobre Jesus precedeu toda e qualquer conquista
ministerial de Jesus, toda e qualquer crítica dos religiosos ou elogios das multidões.
Assim, Jesus sabia quem era, não através de suas conquistas pessoais, opiniões de
terceiros ou críticos da sua vida. Ele tinha uma autoimagem pautada no que o Pai
dizia acerca dele.
Gente constante é gente com quem se pode contar, pois sabemos que não são
produto do clima ou das circunstâncias. Os três anos do ministério de Jesus foram
bem diferentes. No primeiro, ele permaneceu quase anônimo; já no segundo, sua
fama se multiplicou, assim como a multidão que o seguia; mas, no terceiro ano, a
tensão entre Jesus e os religiosos de sua época cresceu ao ponto de ele se tornar alvo
de uma perseguição político-religiosa que culminou em um julgamento falso.
Sem dúvida, vivemos na era da superficialidade. Ser raso é o comum, inclusive na fé.
Pessoas convictas se recusam a serem rasas.
Convicção nos faz sermos pessoas movidas pela obediência a Deus e não pelas
emoções da nossa natureza. Jesus falou que ele não deseja pessoas apenas
verbalmente comprometidas com ele, mas sim obedientes à sua palavra: “nem todo
aquele que diz ‘Senhor, Senhor!’ entrará no Reino dos céus”.
Em resumo:
Em que minhas convicções estão baseadas? Em outras palavras, por que eu acredito
no que acredito? Precisamos saber disso, porque podemos até conhecer o motivo de
fazermos algo, mas nem sempre sabemos como passamos a acreditar naquilo, e se
isso em que acreditamos é realmente verdade.
Devemos entender que convicção não é algo que nasce conosco. Nossas crenças e
certezas vão sendo formadas com o tempo, ao longo do nosso desenvolvimento. Seja
através da criação de nossos pais, da cultura em que estamos inseridos, das palavras
dirigidas a nós, etc. Porém, como uma das definições de significado da palavra,
convicção é o “resultado de convencer”, por isso, gostaríamos de encorajar você hoje
a se convencer com verdades e convicções válidas, achadas na Palavra de Deus. Isso,
sim, será uma base firme para sustentar você, não só por uma fase, mas por toda a
eternidade.
“Por isso devemos prestar atenção nas verdades que temos ouvido,
para não nos desviarmos delas.” (Hebreus 2:1, NTLH)
PALAVRA FÉ CONVICÇÃO
Viva por convicção! Saiba “o porquê” você faz “o que” faz, e compare as suas crenças
e certezas com a Palavra de Deus, que é a verdade mais pura e o padrão mais alto,
excelente e seguro que podemos ter. Só quando conhecemos a verdade é que
sabemos reconhecer uma mentira. Que a Palavra de Deus seja nossa fonte de
convicções! Em que você tem baseado suas certezas?
DIGERINDO...
De acordo com as diferenças que existem entre pessoas convictas e pessoas não convictas,
pontue em quais aspectos você é uma pessoa convicta e em quais aspectos você é uma
pessoa não convicta.
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Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?
Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 7 – FINANÇAS
Por que finanças? Decidimos abordar essa área em específico por uma razão:
Concluímos que uma vida ajustada passa por um “ajuste das nossas contas”. Sermos
saudáveis e maduros na nossa relação com o dinheiro é imprescindível.
Deus deseja impulsionar a nossa vida, logo, ele deseja também nos ensinar o
caminho de ajustar as nossas finanças. Howard Dayton, em seu livro “O Seu
Dinheiro”, declara que, na Bíblia, há mais de 2300 passagens sobre dinheiro, bens
e posses.
A bíblia trata do assunto finanças, exatamente porque finanças não são sobre
finanças. Jesus afirma isso de maneira explícita, no seguinte texto:
DESAJUSTE 1: AVAREZA
“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza,
paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas
coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”
(Colossenses 3:5-6)
Jesus disse que o que é elevado entre os homens é abominação perante Deus (Lucas
16:13-15) e Ele falava acerca da ganância dos fariseus ao fazer esta afirmação. Há
pessoas que são tão apegadas ao dinheiro que fazem dele um “deus” em suas vidas.
Dão tanto valor às coisas materiais que, perante o Senhor, é como se cultuassem um
ídolo em suas vidas.
Jesus reforça essa ideia quando chama o dinheiro de “mamon” e, assim, nos adverte
para termos cuidado para não dividirmos nossos corações entre Deus e o dinheiro
(Mateus 6:24).
DESAJUSTE 2: GANÂNCIA
A ganância é gerada pela falta de contentamento e nos faz sempre querer mais e a
qualquer custo.
DESAJUSTE 3: SOBERBA
Sobre a preguiça:
“O que trabalha com mão remissa empobrece; mas a mão do diligente
enriquece.” (Provérbios 10:4)
Observação: o preguiçoso não pode dizer que trabalha para a glória de Deus.
Sobre o medo:
Mordomia significa saber gerir o que se tem. Não devemos tratar nosso dinheiro como
Deus (avareza), fonte de felicidade (ganância), motivo para autossuficiência (soberba) ou
maldição (medo ou preguiça). Devemos glorificar a Deus no nosso trato com o que
temos, sendo mordomos fiéis do que nos foi confiado (Lucas 12:42-46).
“Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam
arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas
em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação.
Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras,
generosos e prontos para repartir.” (I Timóteo 6:17-18)
“Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas das árvores,
pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor” (Levítico 27:30).
Perceba que os dízimos correspondem a uma porção que pertence a Deus, ou seja,
não é nossa, mas sim de propriedade divina.
O propósito desse mandamento era levar o povo a reconhecer Deus em primeiro lugar
em suas vidas (Deuteronômio 14:22-23) e a expressar gratidão a Deus, lembrando que
tudo o que o homem possui vem da provisão divina: “Mas, lembrem-se do Senhor, do
seu Deus, pois é Ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza...” (Deuteronômio
8:18).
O apóstolo Paulo ensinou aos Coríntios como deveria ser a contribuição, modelando
para nós o padrão de generosidade que deve haver na igreja: “Quanto à coleta para o
povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana,
cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para
que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar.” (1 Coríntios 16:1-2)
O dízimo deveria:
“Penso que a igreja não precisa” – a igreja é uma instituição sem fins lucrativos, de
modo que a generosidade dos membros é o que a sustenta.
“Acho que o dízimo pode ser dado em outro lugar que precisa mais” – desde a antiga
aliança, o dízimo é uma contribuição específica para a casa de Deus e seus obreiros.
Deus nos ordena a ser dizimistas e não “juízes” do nosso dízimo.
“Não sou dizimista, pois não existe mais templo e nem sacerdote.”
Um exemplo de oferta no Novo Testamento foi a oferta que o apóstolo Paulo estava
levantando com a igreja de Corinto para enviar para os crentes da Macedônia: “Cada
um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois
Deus ama quem dá com alegria” (2 Coríntios 9:7).
As ofertas têm como finalidade o Reino de Deus. Não se trata apenas da manutenção
da igreja local, mas da expansão da mesma, com projetos, ações ministeriais que
propaguem o evangelho, obras missionárias, etc. Na construção do tabernáculo, por
exemplo, foram levantadas ofertas: "Diga aos israelitas que me tragam uma oferta.
Receba-a de todo aquele cujo coração o compelir a dar” (Êxodo 25:2).
Devemos ouvir o conselho de Paulo a Timóteo: “Ordene aos que são ricos no presente
mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da
riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação.
Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos
para repartir” (1 Timóteo 6:17,18).
Resumindo...
CONTRIBUIÇÃO DESTINATÁRIO PROPÓSITO
DÍZIMO IGREJA LOCAL SUSTENTO DA IGREJA
OFERTA REINO DE DEUS EXPANSÃO DO REINO
GENEROSIDADE NECESSITADOS COMPAIXÃO
“Eu vejo uma igreja que influencia cidades com a sua generosidade.” (Costa Neto)
Vemos uma igreja que é generosa em tudo o que faz. Generosa com seu tempo, com
seus talentos, com seu amor e também com seus recursos. A nossa generosidade é o
teto da nossa visão!
Temos uma grande visão e um enorme desejo de alcançar pessoas, mas isso só é
possível através da nossa generosidade.
OBSERVAÇÃO:
Antes de entrar no ensino bíblico sobre esse assunto, vamos esclarecer alguns pontos
importantes na cultura da CCVideira sobre generosidade:
Tendo postulado esses aspectos do que cremos sobre a nossa abordagem no que
tange a generosidade, vamos explorar três níveis de contribuição explicitados na
Bíblia.
DIGERINDO...
Ao longo desse módulo, o que Deus falou com você?
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Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?
Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )
MÓDULO 8 – INFLUÊNCIA
"Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como
restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e
pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode
esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também,
ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo
contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os
que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens,
para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que
está nos céus". (Mateus 5:14-17)
No texto de Mateus 5:13-17, Jesus usa a metáfora do sal e da luz para afirmar que
nós, seus discípulos, temos uma missão no mundo. Devemos ser influência no nosso
mundo. No presente estudo, iremos detalhar alguns desdobramentos dessa
influência:
• Proclamar o evangelho;
• Acolher novas pessoas na igreja;
• Servir;
• Liderar e levantar novos líderes.
1. Proclamando o evangelho
Se Deus deseja que a mensagem da salvação chegue a todos, o que temos feito para
que isso aconteça? Qual foi a última vez que você intencionalmente influenciou um
amigo descrente para Cristo?
Como você tem exercido sua influência sobre aqueles que estão chegando na igreja?
Uma outra maneira de exercer influência é usando dons (o que você faz bem),
possibilidades (o que você pode fazer) e recursos (o que você pode doar) para servir
pessoas, dentro e fora da igreja.
Servir fora da igreja é entender que sua família, trabalho e amigos também devem ser
palcos da sua missão.
4.1 Liderando
A palavra “liderar” pode assustar. Para muitos, soa como um cargo, que traz consigo
muitas responsabilidades, mas a verdade é que a liderança é uma oportunidade de
influenciar.
Você já pensou em liderar um grupo ou uma equipe? Não se esconda, Deus nos deu
espírito de ousadia.
“Quem trabalha bem com pessoas é um seguidor. Quem ajuda outros a trabalhar
melhor é um gerente. Quem desenvolve pessoas melhores para trabalhar é um líder.”
Na liderança, sucesso é sucessão. Quem nós estamos preparando para assumir uma
futura liderança? Segundo Jesus, “a seara está pronta, peça ao Senhor da seara que
mande ceifeiros”. Devemos levantar e equipar ceifeiros, pois o nosso poder de
multiplicação é diretamente proporcional à nossa capacidade de empoderar novos
líderes. Como fazemos isso?
• Acredite em pessoas
• Encoraje pessoas
• Identifique pessoas
• Treine pessoas
Eu faço, você
observa
o Etapa 1: eu faço, você observa. Permita ao outro aprender com o seu exemplo;
o Etapa 2: eu faço, você ajuda. Dê para a pessoa oportunidades! Conte com ela
para realizar algumas tarefas (organizar o GC, contatar novas pessoas etc.);
o Etapa 3: você faz, eu ajudo. Aumente gradualmente a responsabilidade, ao
ponto de você passar a ser o suporte e não o contrário;
o Etapa 4: você faz, eu observo. Nessa etapa, quase não há direção ou suporte.
Você confia responsabilidades à pessoa e simplesmente assiste ao sucesso dela.
Evite intervir, apenas observe. Nessa etapa, sua maior contribuição para a
pessoa é seu feedback sincero e criterioso.
DIGERINDO...
Desafio pessoal: o que você vai fazer de prático em relação ao que aprendeu?
Essa resposta é:
Específica? Sim ( ) Não ( )
Mensurável? Sim ( ) Não ( )
Atingível? Sim ( ) Não ( )
O grupo pode me cobrar sobre essa ação na semana que vem? Sim ( ) Não ( )