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Família na pós-modernidade: Enxergar é o primeiro passo para não cair no
buraco
ATUALIZADO: QUARTA-FEIRA, 25 MARÇO DE 2009 AS 12
Sobre esta terceira onda, ele escreve: "Uma poderosa onda em formação está
se erguendo em nosso mundo hoje, criando às vezes, um clima de confusão,
perplexidade e temor. Desde a responsabilidade de criar os filhos, até a vida do
aposentado, o trabalho, o lazer, o ambiente doméstico, tudo é afetado por ela.
Nesse contexto incerto, homens de negócio nadam contra correntes
econômicas que oscilam entre altos e baixos; políticos se apavoram com a
variação de seu Ibope, afetado por questões insignificantes ou não;
universidades, hospitais e outras instituições lutam contra uma inflação que,
repentinamente, pode ressurgir com o mesmo apetite devastador de outrora;
sistemas de valores tradicionais que o Estado, a família e a igreja
estabeleceram, tornaram-se joguetes, manipulados tal qual um barquinho em
meio a uma terrível tormenta" (Alvin Toffler, "The Third Wave"- London -
England, Pan Books, 1980, pág. 15).
Alvin Toffler, mesmo não sendo cristão, tem considerações muito pertinentes
sobre a época que atravessamos. A insegurança econômica já atinge o mundo
todo. O crescente abismo entre as nações ricas e as pobres é uma preparação
para um futuro governo global, no qual o anti-Cristo surgirá.
Seja como for, infelizmente, podemos afirmar que a família não ficará incólume
ao forte impacto desta onda. É um "Tsunami" com ondas de vários tamanhos.
É necessário que nos abriguemos e nos seguremos fortemente. Através da
influência das filosofias vigentes já vemos nítidas inversões dos valores
familiares e isso deverá continuar a acontecer neste tempo chamado de pós-
moderno.
Humanismo e hedonismo
Essas separações, diferentemente de vinte anos atrás, são feitas com a maior
naturalidade. Antigamente, aqueles que se apartavam da relação, aceitavam o
motivo bíblico como a causa principal, assumindo sua postura com mais
dignidade: "dureza de coração" (Mateus 19.7-8). Hoje em dia tudo é feito com
base no individualismo, onde o egocentrismo supera o altruísmo. O
compromisso perdeu seu significado no mundo pós-moderno em que o homem
ocupou o trono de Deus.
Cientificismo
Relativismo
Num mundo onde o Relativismo impera, o aborto tem sido praticado até como
método anticoncepcional. A vida perdeu o valor intrínseco, tudo é relativo!
Quando é conveniente, a concepção não é vista como um bebê, mas como um
corpo estranho que deve ser expulso.
Por outro lado, muitas mulheres cujo sonho sempre foi o de ser mãe, dão à luz,
mas não conseguem permanecer ao lado do filho contemplando seu
desenvolvimento, suas primeiras palavras, suas dúvidas e problemas na
escola, porque o mercado de trabalho as absorve.
Não são somente as mulheres cuja sobrevivência pessoal e familiar exige sua
permanência fora do lar, muitas também ocupam altas posições em empresas,
algumas são executivas, tendo vários departamentos sob sua direção. São
mulheres extremamente capazes que muitas vezes estão se realizando como
profissionais, mas não como mães. (Neste ponto, eu preciso fazer uma
interrupção desta matéria e abrir um parêntesis para dizer: "Querida mamãe,
se for possível, procure trabalhar somente meio período, pelo menos enquanto
seu filho estiver em idade escolar. Procure acompanhá-lo, 'curti-lo', orientá-lo
pessoalmente". São muitas as mulheres que, em meus aconselhamentos,
choram por não terem tomado essa atitude. Ouvir seus filhinhos chamarem a
babá de 'mamãe' e preferirem estender as mãozinhas para elas, pode abalar
qualquer estrutura familiar!). Creio ser necessário que façamos uma
reavaliação de prioridades.
Li, recentemente, um artigo muito interessante escrito por Ana Maria Giamarino
para o site da Associação dos Administradores de Pessoal
(http://www.aapsa.com.br/), em que ela diz: "... para a mulher, este tem sido um
desafio de equilíbrio. A transmissão dos valores essenciais dos seres
humanos, ainda é papel da família. A escola, ou outros cuidados, não substitui
a necessidade que as crianças têm de sentir a coerência entre o discurso e a
prática pela observação e convivência com a família. E isto, sem dúvida passa
mais perto do papel feminino. O núcleo familiar é a base de sustento e o
equilíbrio dos papéis entre homem, mulher, pai, mãe e profissional tem sido
muito desafiador".
Faço, então, um apelo aqueles que estiverem enxergando esta situação. Que
se levantem, assumam posições firmadas na Palavra, posicionem-se, não
contra o progresso propriamente dito, mas contra as posturas que ignoram o
Deus criador da família e o colocam como simples aparato de uma época em
que as pessoas são descartadas ao apertar de um botão.
A Igreja está inserida num contexto em que houve uma ruptura com a cultura
de valores éticos, moral e espirituais. Isso revela a face perversa do mal que
afeta a sociedade como um todo, e que acaba tentando afetar também a
cultura da igreja do Senhor (Romanos 12:2). Ainda é possível verificar que o
atual contexto histórico de sociedade é evidenciado por uma geração sem
referência, sem reverência e sem limites, relativista, narcisista, hedonista,
céticos e ao mesmo tempo moralistas. Outro sim, o Apostolo Paulo agora
admoesta escrevendo (2 Timóteo 3: 1-5) reforça a tese dos desvios de
comportamento típico dos tempos atrelados aos últimos dias.
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos,
soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem
afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor
para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites
do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia
dela. Destes afasta-te.”
Lopes apud Antônio Tadeu Ayres (1998, p. 6), em seu livro “Como Entender a
Pós-Modernidade”, nos adverte de que o momento que a Igreja de Cristo está
inserida é marcado pelo rompimento das fronteiras sociais, desmantelamento
dos sistemas, quebra de tabus, nova moralidade, novos critérios éticos e a
destruição dos sistemas de valores presentes nas gerações passadas. Essa
ruptura dos modelos de referencias revela uma face perversa do mundanismo
em que se idealiza um comportamento social liberalizante, a relativização atua
como película de suavização do erro, ademais o que importa é ser feliz (Ética
hedonista).
Neste ponto de vista a “Igreja” é uma palavra de origem grega escolhida pelos
autores da Septuaginta (a tradução grega da Bíblia Hebraica) para traduzir o
termo hebraico q(e)hal Yahveh, usado entre os judeus para designar a
assembleia geral do “povo do deserto”, reunida ao apelo de Moisés. No ponto
de vista de unidade corporal a Igreja é o corpo, enquanto que Cristo é a
cabeça, e nessa conjugação integrativa, sabidamente o corpo é guiada e
dirigida em graça para o crescimento e aperfeiçoamento dos santos como parte
individual (membro) deste corpo. Assim sendo, é natural que uma vez
integrada ao corpo de Cristo, produza-se um sentimento de pertencimento ao
corpo, que bem ajustado e alinhado a vontade perfeita de Cristo dá abundantes
frutos!
Ainda neste mesmo sentido, o corpo também pode ser compreendido em sua
justaposição na composição de vários membros, e neste panorama tipifica-se
como a Igreja do Senhor, ou seja, a assembleia universal dos santos.
Conforme o traslado do texto de (1ª Reis 8:11) “de forma que os sacerdotes
não podiam desempenhar o seu serviço, pois a glória do Senhor encheu o seu
templo.” a atenção a que nos remete o transcrevo textual do Antigo
Testamento, é que o Senhor havia abençoado a igreja, e que sua glória ali
permaneceria presente.
Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha,
nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem
encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem
quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao
Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de
ti.( Deuteronômio 18: 10-12).
Ainda, conforme (Juízes 2:13) e conforme o traslado textual de (1º Reis 11:33):
“Porque me deixaram, e se encurvaram a Astarote, deusa dos sidônios, a
Quemós, deus dos moabitas, e a Milcom, deus dos filhos de Amom; e não
andaram pelos meus caminhos, para fazerem o que é reto aos meus olhos, a
saber, os meus estatutos e os meus juízos, como Davi, seu pai.”
Sabe-se que a igreja cristã tem como ancora de sua base doutrinaria a fé
salvifica em Cristo mediante sua morte substitutiva na cruz do calvário,
porquanto isso exclui qualquer esforço humanístico, quaisquer apetrechos e
elementos fora dos termos da bíblia. Ele exclui toda possibilidade da utilização
de figuras intermediarias para se chegar a Ele (1 Timóteo 2:5). Ele também
condena a ausência de reverência e santidade no culto (Levítico 10:1-2). E deu
poder aos seus discípulos para repreender e vencer os opositores do Reino de
Deus (Atos 13:6).
Em síntese, é necessários reverberar as verdades espirituais para esta
geração, é tão urgente, pois, “o machado já está posta a raiz das árvores”.
(Mateus 3:10) e os campos já estão brancos e prontos para a colheita”(João
4:35)! “Sem santidade ninguém verá o Senhor.” (Hebreus 12:14)
1º- Homens Capacitados: (2 Timóteo 1:2) “Por cuja causa padeço também isto,
mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de
que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia.” Subordinado a
compreensão do traslado textual cabe entender o estado de subserviência ao
proposito da chamada integral do evangelho. Mas a nossa capacidade vem de
Deus, O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo
testamento, não da letra, mas do espírito;
São homens que refretem o exemplo da liderança, homens que motivam pelo
exemplo, e jamais se mostram com ditadores, pelo contrário mostram o
caminho pelo caminho que trilham (espelho)! Líderes estimulam o crescimento
das pessoas desafiando-as a assumir novas responsabilidades, encorajando-
as quando fracassam.”
Este é um adjetivo de muito valor do caráter do líder, pois nos faz refletir este
pensamento “o homem que não tem caráter, tem um preço” ademais, Moisés
necessitava confiar nos homens que estariam diligenciando com ele aquele
grandiosa obra.
“Até porque, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” Reforça
essa tese o Salmista quando diz em salmos 101:6: Os meus olhos estarão
sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo;
Neste aspecto Jetro alerta Moisés a ponderar que seus Lideres auxiliares
sejam homens que não são movidos pelo amor ao dinheiro, comportamento
típico de líder carnal como é o caso do Profeta Balaão.
Segundo o texto de (Lucas 17:1, 2): vejamos: “Jesus disse também a seus
discípulos: É impossível que não haja escândalos, mas ai daquele por quem
eles vêm! Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra
de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes
pequeninos.”
Sobre esse mote, é necessário está alerta com alguns tipos de Liderança que
pode surgir na Igreja, como liderança personalista do tipo “pop star”. Pois este
tipo de liderança “estrelismo” só trazem prejuízos e impedem o crescimento
sádio da obra do Senhor.
Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos
príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem
autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser
entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser
ser o primeiro, seja vosso servo;
Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para
dar a sua vida em resgate de muitos.
Observando o entendimento do texto supramencionado percebe-se que Jesus
propõe uma espécie de hierarquia invertida, em que o topo seria a base, ou
seja, quanto mais alta for à posição, será na mesma proporção a servitude!
1º- O Líder amoroso; Conforme João 10:11: “Eu sou o bom Pastor; o bom
Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” Paulo acrescenta “sede, antes, servos uns
dos outros, pelo amor” (Gl 5.13).O amor é uma virtude indispensável no
exercício pastoral. (Êxodo 33:13) “Se me vês com agrado, revela-me os teus
propósitos, para que eu te conheça e continue sendo aceito por ti. (Êxodo
33:13)
O rei Davi disse ao Senhor em (Salmos 51:11): “Não me lances fora da tua
presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.” Portanto, a alegria do
líder cristão está vinculada a uma profunda intimidade e convivência diária com
Deus.
Ora, aquele alguém possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer
necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor
de Deus? (1Jo 3:17). Apreende-se deste versículo chave o chamamento a
reflexão quanto ao aspecto da generosidade, pois entende ser nula a fé de
quem não consegue se desprender de seus bens em socorro ao necessitado.
É necessário, pois está atento a isso, pois o Senhor é um Deus zeloso e não
passará impune aquele que maltratar seus escolhidos!
Humildade é, portanto uma capacidade dotada por Deus que nos faz vencer a
soberba e o orgulho e a vontade latente que pulsa no homem de se tornar
independente. Ademais, quando o líder se humilha, reconhece suas
fragilidades e sua total e plena dependência do Criador!
Existe uma tendência humana que pende para o mal e a tentação é algo
comum a todos os seres humanos, entretanto se nos sujeitarmos à vontade de
Deus (Tiago 4:7) e mortificarmos as obras da carne teremos condições plenas
de vencê-las!
Por todo o exposto, se mostra a prudência ser uma virtude indispensável para
todo cristão e muito principalmente para o líder que certamente será espelho e
referência tanto para os do caminho para os que estão de fora!
A resiliência é uma capacidade que todo líder cristão precisa desenvolver, pois
o enfretamento dos traumas, das decepções e outros percalços da trajetória
ministerial haverão de requerer do líder essa postura!
É preciso, pois olhar para Cristo o Autor e Consumador da fé, que no ápice de
sua dor pede ao Pai que perdoe seus algozes!
Observa-se o que apresenta Paulo aos (Filipenses 3:13-14) “Irmãos, não penso
que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das
coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo
para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo
Jesus.” Para GARCIA “O ânimo está entre o sucesso e o fracasso.
Destaca-se, que o surgimento das redes sociais inaugurou uma nova forma de
comunicação decentralizada e compreendida como uma rede aberta,
democrática e que devido sua capilaridade, tende a convergir para ser
componente indispensável na evangelização integral nessa geração digital! de
fato inegável, que a internet alavancou o campo das comunicações e inaugurou
uma nova cultura, que é denominada de cultura de redes, entretanto, há de se
ressaltar que se exacerbar no uso, pode se tornar nociva e tirar do foco o
verdadeiro alvo do cristão.
Andrade (2016. pág. 56) adverte que: “hoje, discretamente, a geração digital
acessa sites imorais, cujo conteúdo serve para alimentar as concupiscências
mais grosseiras, baixas e abomináveis.” apesar desse comportamento
apontado, não há evidencia de generalizações, existe também muitos irmãos
que utilizam as redes para pescar almas para o reino real de Cristo! Deste
modo, é relevante considerar que os cristãos devam utilizar-se das redes
sociais de maneira equilibrada, moderada, para que a rede não se torne a
pedra da frieza espiritual, e um verdadeiro obstáculo no relacionamento com
Deus.
Que o nosso fio conectado no mundo virtual não seja infectado pelo vírus da
falsa doutrina, mas integrado ao fio da comunhão e intimidade com Deus, para
que os navegantes da era digital “vejam nossas boas obras e glorifiquem a
Deus” (Mateus 5.16).
Entretanto, é preciso que os evangelistas da “última hora” semeiam a palavra
por meio das redes sociais tenham o conhecimento pleno da palavra de Deus
para não semear heresias e vírus doutrinários!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, a partir dos estudos realizados, fica evidente a contribuição da teologia
bíblica dentro da sociedade, uma vez que, é imprescindível não só para o
trabalho do teólogo, mas, principalmente para reverberar o plano de salvação
de Cristo para a humanidade e contribuí para evangelização integral e resgatar
a dignidade humana, o lócus da pesquisa busca promover uma educação
Cristocêntrica alicerçada na formação integral de todos.
REFERÊNCIAS:
ALBIAZZETTI, Giane. Homem, cultura e sociedade/ Giane Albiazzetti, Márcia
Bastos de Almeida, Okçana Battini. São Paulo: Pearsom Education do Brasil,
2013.
JORDAN, Joe, Não morda a isca: triunfando sobre a tentação/ Joe Jordan;
tradução Enrico Pasquine – Porto Alegre: Actual Edições. 2007.
Sites consultados:
https://ib7.org/artigos/lideranca/111-a-igreja-crista-e-os-desafios-da-
posmodernidade
http://mestresteologiaedebates.blogspot.com.br/2012/02/o-sincretismo-religioso
dosevangelicos.html consultado em 10/10/2017.
3 https://bibliotecaonlineead.com.br/apostilas_cursos/Mestrado_Teologia/18.pdf
4 https://bibliotecaonlineead.com.br/apostilas_cursos/Mestrado_Teologia/11.pdf
Além disso, há outras mudanças que também são importantes para a família
moderna:
Já não se ouve mais de pais que desejem que seus filhos sejam bênçãos nas
mãos de Deus. Quando imaginamos um filho missionário ficamos cheios de dó,
porque pensamos somente nas coisas materiais, não temos tido a visão de
reino, somente a visão terrena e isso é uma característica de uma forte
influência da pós-modernidade sobre muitas pessoas que se dizem cristã e que
desejam fazer a vontade de Deus. O Espírito Santo está lembrando à Igreja
que nós devermos orar conforme a orientação de Jesus: ROGAI AO SENHOR
DA SEARA QUE MANDE OBREIROS PARA A SUA SEARA.
pais-e-filhos
Por esse motivo, oportuna é a definição dada pelo Pr. Silvio Limeira de que a
“família é a célula mater da sociedade”; a célula básica de toda civilização; o
núcleo afetivo central de onde provém toda estrutura dos demais
relacionamentos sociais. Ela é, sobretudo, uma entidade sagrada. Aliás, a
única instituição que é ao mesmo tempo secular e sagrada (3). Uma família
não cristã ou ateísta não é “menos família” do que um lar cristão. Contudo, é
claro, o lar cristão é distinto do lar dos não-crentes: “A maldição do Senhor
habita na casa do perverso, porém, a morada do justo ele abençoa” (Pv. 3.33).
Para se ter uma idéia, já em 1997 matéria da Revista Veja revelava que os
escritores da auto-ajuda haviam direcionado seus escritos para a área da
educação infantil. “Depois de querer ensinar a vocês como ganhar dinheiro,
fazer amigos, ficar magro, segurar o casamento, os escritores do gênero
resolveram dar lições sobre como educar a criançada” (6), é o que dizia o início
da matéria. A reportagem enfatizava ainda que tais obras vendem feito “pão
quente porque, em geral, são escritas de olho num alvo fácil: a insegurança
dos pais, que já não sabem mais o que fazer pelos filhos”. Afinal, eles
trabalham fora, ficam pouco tempo em casa, carregam consigo um tremendo
sentimento de culpa. Alguns tentam compensar a ausência entupindo os filhos
de atividades, como natação, judô e aula de inglês. Outros buscam apoio na
terapia, que custa dois ou três livros de auto-ajuda por semana e tem
resultados demorados. Uma terceira leva cai na auto-ajuda.
Não há duvidas de que a busca sobre como instruir as crianças seja legítima,
afinal a primeira lição que os pais aprendem assim que as crianças nascem, é
que filhos não vêm como manual. Mas, de qualquer forma, todos nós temos à
disposição o Manual da Vida; aquele que é capaz de instruir o homem em
todos os aspectos da sua vivência, da vida à morte: a Bíblia. isso porque “Toda
escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, corrigir, para instruir
em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído
em toda boa obra”. (II Tm. 3.16).
PRINCÍPIOS BÍBLICOS DA
EDUCAÇÃO INFANTIL FAMILIAR
Obviamente que não consta na Bíblia, apesar da sua completude, todas as
indicações pormenorizadas dos cuidados que os pais precisam ter com os
filhos, com apontamentos específicos e detalhados que vão da infância até o
período adulto; entretanto, ela apresenta princípios gerais que devem nortear a
vida em família e a conduta dos pais perante seus filhos. Princípios são
fundamentos que dão direcionamento às nossas vidas. São diretrizes
nucleares capazes de indicar o caminho pelo qual devemos percorrer. Dicas
são passageiras, mas princípios são imutáveis.
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE
Um dos terríveis males que assola a família hodierna é a tentativa dos pais em
“terceirizar” a educação dos filhos, passando para outros a responsabilidade
que compete somente a eles. Percebemos claramente a transferência da
educação para o governo, escolas, creches, babás, avós, filhos maiores e até
mesmo para a igreja. Alguns, pior ainda, jogam a responsabilidade para a
“babá eletrônica”.
Como adverte Içami Tiba: “Esses pais cobram da escola o mau comportamento
em casa: “O que vocês estão fazendo com o meu filho que ele me r espondeu
mal?” Ou: “A escola não o ensinou a respeitar seus pais” Até parece que quem
educa é a escola e cabe ao pai e à mãe uma posição recreativa”(8).
O escritor diz ainda que “para a escola, os alunos são apenas transeuntes
psicopedagógicos. Passam por um período pedagógico e, com certeza, um dia
vão embora. Mas a família não se escolhe e não há como mudar de sangue.
As escolas mudam, mas os pais são eternos” (9).
MacArthur diz ainda que “os pais cristãos de nosso tempo precisam
desesperadamente aceitar esse princípio simples. Ante o trono de Deus, nós
seremos responsabilizados se tivermos deixado os nossos filhos sob outras
influências que moldaram o seu caráter em caminhos ateus. Deus colocou em
nossas mãos a responsabilidade de educar os nossos filhos na disciplina e na
admoestação do Senhor, e nós prestaremos contas a ele pelo nosso cuidado
para com esse maravilhoso presente. Se outros têm mais influência sobre
nossos filhos do que nós, somos culpáveis e inescusáveis por isso” (11).
PRINCÍPIO DA AUTORIDADE
O esvaziamento do poder das autoridades devidamente constituídas é uma das
claras características desses tempos pós-moderno. O que se vê são
professores reféns de alunos; pastores com medo das ovelhas e pais
subordinados aos seus próprios filhos. Crise de autoridade, esse é o nome. Até
mesmo a Bíblia, que em dias passados exercia supremacia e influencia perante
a sociedade, hoje já não é aceita como autoridade – senão religiosa, e olha lá.
Ainda, o próprio Estado tem tido a sua interferência na vida dos cidadãos
restringida, imperando-se o pensamento de que cada pessoa é responsável
pelo sua própria vida, sem que ninguém precise dizer o que ela pode ou não
fazer, sempre a pretexto da liberdade.
“VÓS, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;
Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra”. (Ef. 6.1-3)
“Não remova os antigos limites que teus pais fizeram” (PV. 22.28).
PRINCÍPIO DA INFLUÊNCIA
Pela maneira como a família moderna caminha a impressão que temos é que
os pais estão em desvantagem no que se refere à influência sobre seus filhos.
Aparentemente, eles são mais influenciados pelos amigos e pela mídia
(internet, cinema, televisão, astros etc), do que por seus próprios pais. E o
problema é que grande parte dessa influência é negativa. A batalha parecer ter
sido perdida. Mas, a Bíblia estabelece que a maior influência deveria partir dos
pais. Eles são (ou deveriam ser) os mentores afetivos e morais dos filhos, de
forma a incutir neles, por meio de testemunho pessoal e ensino constante, a
vivência segundo os padrões bíblicos (Pv. 1.8).
Notas
4) MACARTHUR JR., John: Como educar seus filhos segundo a Bíblia. 2 ed.
São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2007, p. 15
6) Disponível em http://veja.abril.com.br/081097/p_084.html
7) TIBA, Içami. Quem ama, educa!. São Paulo: Editora Gente, 2002, p. 180.
8) Ibid
9) Ibid, p. 181
A Desconstrução da Verdade
Ainda que a natureza da verdade venha sendo debatida ao longo dos séculos,
o pós-modernismo tem transformado esse debate em seu carro-chefe. Embora
a maioria dos argumentos ao longo da história tenha se focalizado nas
afirmações antagônicas acerca da verdade, o pós-modernismo rejeita até
mesmo a mera noção da verdade como algo imutável, universal, objetivo ou
absoluto.
Aquilo que tem sido entendido e afirmado como sendo a verdade, declaram os
pós-modernistas, nada mais é do que uma estrutura de pensamento
conveniente, planejado para oprimir aqueles que não estão no poder. A
verdade não é universal, porque cada cultura estabelece a sua própria
verdade. A verdade não é objetivamente real, pois toda verdade é meramente
construída – como afirmou Rorty, a verdade é fabricada e não descoberta.
Não é preciso ter muita imaginação para perceber que esse relativismo radical
é um desafio direto ao evangelho cristão. A nossa reivindicação não é pregar
uma verdade entre muitas. Não cremos que o evangelho cristão é uma verdade
construída pela sociedade, mas sim a Verdade que liberta pecadores do
pecado – e ela é objetiva, universal e historicamente verdadeira. E como o
falecido Francis Schaeffer nos instruiu, a igreja cristã deve lutar pela verdade
verdadeira.
A Morte da Metanarrativa
O problema nessa questão, é lógico, é que o cristianismo não faz sentido sem
o evangelho – que é uma metanarrativa. Na verdade, o evangelho cristão é
nada menos do que a Metanarrativa de todas as metanarrativas. Para o
Cristianismo, abandonar a reivindicação de que o evangelho é uma verdade
universal e objetivamente estabelecida é o mesmo que abandonar o ponto
essencial da nossa fé. O cristianismo é a grandiosa metanarrativa da redenção.
Nossa história começa com a criação do Deus soberano e onipotente; continua
por meio da queda da humanidade no pecado e da redenção dos pecadores
por intermédio da obra substitutiva de Cristo na cruz; e promete um duplo
destino eterno para toda a humanidade – os redimidos, para sempre com
Deus, na glória; e os não-redimidos, no castigo eterno. Essa é a mensagem
que pregamos – e ela é uma metanarrativa gloriosa e transformadora de vidas.
O Falecimento do Texto
O Declínio da Autoridade
Visto que a cultura pós-moderna está comprometida com uma visão radical de
libertação, todas as autoridades devem ser subvertidas. Dentre todas as
autoridades destronadas estão: textos, autores, tradições, metanarrativas, a
Bíblia, Deus e todos os governos no céu e na terra. Exceto, é claro, a
autoridade dos teóricos pós-modernistas e dos personagens eminentes da
cultura, que exercem o seu poder em nome dos povos oprimidos em toda
parte.
A Destituição da Moralidade
Ivan, na novela de Fyodor Dostoyevsky, Os Irmãos Karamasov, estava certo;
se Deus está morto, tudo é permissível. O Deus permitido no pós-modernismo
não é o Deus da Bíblia, mas sim uma vaga idéia de espiritualidade. Não há
tábuas da lei, nem os Dez Mandamentos... não há regras.
[ii] Walter Truett Anderson, Reality Isn't What it Used to Be. San Francisco:
Harper and Row, 1990.
[iii] Gene Veith, "Catechesis, Preaching, and Vocation," in Here We Stand, ed.
James Boice and Ben Sasse. Grand Rapids: Baker Book House, 1996. pp. 82-
83.
Cada um destes “ismos” está presente no seu cotidiano, mesmo que você não
se dê conta disso. Está presente nos relacionamentos, nas artes, no sistema
de ensino, nas propagandas, nos jogos, nas músicas, nos filmes, na moda e
em cada programa de televisão que assistimos. Estamos de tal forma cercados
por tais conceitos, que já nos acostumamos com eles.
Estou certo de que enfrentar estes conceitos, que são contrários à fé cristã,
representa nosso maior e mais urgente desafio. Precisamos analisar o quanto
os conceitos da pós-modernidade têm afetado nosso ensino bíblico, nossa
pregação do evangelho e, principalmente, nossa forma de se fazer
evangelismo.
Relativismo
Ora, se tudo é relativo, nossas crenças religiosas também devem ser relativas.
Segundo este conceito, aquilo que não pode ser comprovado não pode ser
ensinado. No relativismo, histórias bíblicas, tais como a criação, o dilúvio e a
Torre de Babel, não podem ser mais interpretadas como história verídica, mas
somente como ilustrações de cunho moral. Verdades eternas, tais como o céu
e o inferno, não devem sequer ser mencionadas, pois não há espaço para tais
crenças numa cultura relativista.
Pluralismo
Humanismo
Pode até parecer incrível, mas este humanismo anticristão é o conceito que
mais tem influenciado a igreja, deturpado o evangelho e enganado os crentes.
As igrejas deste século mais se parecem com casas de show do que com
aquilo que deveriam ser: casas de oração. O altar, por exemplo, se transformou
em palco, no qual os crentes disputam aparecer, seja cantando ou dançando.
O pastor pós-moderno mais parece um animador de auditório do que um líder
espiritual. O tempo que deveria ser gasto fora das quatro paredes, com
evangelismo e obras de caridade, agora é usado entre as quatro paredes, em
prolongados ensaios para o próximo evento. E mal termina um evento, já
precisamos nos preparar para o próximo! Afinal de contas, neste tempo de pós-
modernidade, igreja boa é igreja que oferece bastante entretenimento, a fim de
atrair uma sociedade fútil e descompromissada. Na pós-modernidade, o
importante é encher a igreja, ainda que seja com bodes e não ovelhas.
Você já deve estar se perguntando como é que deixamos isto acontecer. A
resposta é: “Não deixamos acontecer, já nascemos assim.” O ser humano já
nasce egoísta e querendo ser o centro das atenções. O problema é que há
milhares e milhares de crentes que não sepultaram o velho homem, com seus
desejos egocêntricos. Continuam sendo egoístas e querendo aparecer. São
crentes que precisam de conversão, a começar por muitos pastores. São
pessoas que nunca nasceram de novo, apesar de terem largado vícios e
viverem uma vida moral – padrão alcançado na prática de qualquer religião.
Estão enganando e sendo enganados.
Se alguém acredita ser cristão sem ter morrido para si mesmo, a fim de viver
para glória de Deus, simplesmente tal pessoa nunca se converteu realmente.
A nossa vida é Cristo! (Gl 2:20) Somente o resgate desta verdade trará de volta
uma igreja que exalte ao Senhor, uma pregação centrada em Cristo, um
evangelho da salvação e um povo santo, adquirido para Deus, resgatado das
trevas para sua maravilhosa luz.
Concluo minha análise com uma palavra de esperança. Nem tudo está perdido.
Deus tem despertado seus servos em todas as partes da terra, nos convidando
a um simples retorno a Jesus Cristo e ao seu evangelho. Portanto, não se
intimide, nem se isole. Deus não lhe despertou por acaso. Não saia de sua
igreja, mas proponha um santo jejum. Divulgue artigos como este, leve-os
humildemente ao conhecimento dos pastores e proponha uma assembléia na
igreja para se refletir sobre este assunto. Chega de somente criticar,
precisamos agir, declarando corajosamente a todos quem é Jesus Cristo: o
único Caminho, a plena Verdade e a perfeita Vida.
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a
glória eternamente. Amém!” (Romanos 11:36)
Do original em inglês: Ministry is stranger than it used to be: The Chalange of
Postmodernism
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA:
4. Schaeffer, Francis A.. A igreja no século 21. Editora Cultura Cristã. 2010.
COMPLEMENTAR:
6. Dyke, Fred Van, et al. A Criação Redimida. Editora Cultura Cristã, 1999.