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INTRODUÇÃO:
O ensino dos tipos e dos gêneros textuais é realizado desde os primeiros anos
da educação básica, no entanto, mesmo com o progresso no nível de
escolarização dos alunos, existem muitos problemas relacionados ao uso da
norma padrão nas produções textuais. Isso ocorre devido a diversos fatores
como, por exemplo, as variações que a língua sofre por questões regionais,
culturais, sociais etc., a distância que existe entre a norma culta da língua
escrita e a falada pela população e a linguagem denominada como
“internetês” utilizada com grande frequência nas redes sociais pelos alunos
cursantes. Isto posto, observa-se a necessidade de intensificar as práticas de
leitura e de escrita durante todo o processo formativo, uma vez que são
atividades centrais no âmbito profissional.
O estudo linguístico em nível profissionalizante é uma necessidade devido à
atual realidade do mercado de trabalho, que está cada vez mais mediado por
computador e pela internet, ambientes nos quais a escrita é a atividade
central. Dessa forma, é mister que o futuro profissional saiba diferênciar o uso
da linguagem informal, amplamente utilizada nas redes sociais do uso da
linguagem formal, que deve ser empregadas em gêneros textuais digitais
relacionados ao uso profissional, como e-mails, por exemplo.
Outrossim, a distância que há, na maioria das vezes, entre a forma de se falar
e a de se escrever e, por último, a barreira que a maioria dos alunos criam
para aprender as normas referentes à acentuação, à ortografia, à
concordância etc são fatores que dificultam o processo de aprendizagem.
Nesse sentido, uma grande preocupação dos professores de Língua
Portuguesa se refere aos aspectos ortográficos, lexicias e gramaticais, já que
são exigências de uma escrita formal. Esses aspectos linguísticos são
trabalhados em sala de aula desde as séries iniciais do ensino fundamental,
momento no qual são detectados os primeiros problemas de escrita,
entretanto a resolução destes é postergada para as séries seguintes, na
maioria dos casos, o que agrava o problema e dificulta ainda mais a
aprendizagem, principalmente na formação profissional, etapa no qual se
exige que o egresso do curso técnico saiba se expressar de maneira correta,
seja na expressão oral com o uso correto de termos técnicos, seja na escrita
de relatórios e/ou laudos da área.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA:
A justificativa para esse projeto é apresentar um método adequado e lúdico
para solucionar esse problema, uma vez que os métodos tradicionais, como o
ditado, a cópia e a leitura já não prendem mais a atenção do aluno frente a
diversidade de novos atrativos interativos do mundo moderno.
Assim, refletindo sobre as dificuldades de escrita e de vocabulário dos alunos do curso
Técnico em Comércio do IFMA - campus Barra do Corda e objetivando transformar
essas dificuldades num ponto de interesse dos discentes é que se criou o projeto
Oficina de Escritores, para que sejam produzidos textos narrativos, a fim de
desenvolver nos alunos habilidades linguísticas e extralinguísticas, como a criatividade
e a imaginação.
OBJETIVO GERAL:
Produzir textos narrativos com coerência e coesão, além dos outros elementos
que compõem a narração tais como: enredo, personagens, espaço, tempo e
foco narrativo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Escrever se acordo com o nosso sistema ortográfico vigente.
Melhorar a escrita e a leitura através de atividades motivadoras.
Despertar o prazer pela leitura e escrita através por meio da criação de
história.
Ativar o hábito de ler e escrever corretamente, respeitando as regras
gramaticais.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sabe-se que a leitura é atividade essencial para o desenvolvimento da
escrita. No entanto, a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo
Instituto Pró-Livro (2019), que tem como por objetivo medir intensidade, forma,
motivação e condições de leitura da população brasileira revelou alguns dados
interessantes sobre o hábito de leitura dos brasileiros: quando perguntados
sobre os motivos para ler um livro, 5% dos jovens entrevistados, do Ensino
Fundamental II, disseram ler por exigência da escola.
Figura 1: motivação para ler um livro.
Fonte:https://www.prolivro.org.br/wpcontent/uploads/2020/12/5a_edicao_Retratos_da_Leitura-_IPL_dez2020-
compactado.pdf
Já 26% destes jovens afirmaram ler por interesse ou gosto. Com base
nestes dados, podemos observar que a faixa etária que mais lê por prazer vai
até os 14. Segundo a pesquisa, entre 11 a 15 anos, em média, 61% dos
estudantes declararam que não leram nenhum livro.
Fonte:https://www.prolivro.org.br/wpcontent/uploads/2020/12/5a_edicao_Retratos_da_Leitura-_IPL_dez2020-
compactado.pdf
REFERÊNCIAS:
_______ ;ELIAS, Vanda M. Ler e Compreender os Sentidos do Texto, 2ª ed. São Paulo:
Contexto, 2007.
GANCHO, Cândida Vilares. Como Analisar Narrativas. São Paulo: Ática, 1991.