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A metodologia fônica foi um dos métodos de alfabetização muito

usado com o Luciano durante os atendimentos esse ano.

Através da associação entre grafemas e fonemas, trabalhamos não


só o nome das letras, mas também o som que elas produzem.

Alfabetizar o aluno com autismo usando a metodologia fônica é


um dos meios mais eficazes, já que ela trabalha a sonorização das
letras. Estudos e pesquisas indicam que as metodologias de
alfabetização que partem do princípio fonético são altamente
eficazes para crianças com autismo.

As melhores práticas atuais na pesquisa pedagógica dão suporte a


sessões de instrução curtas baseadas em fonética. Ler de forma
explícita e sistemática ensina letras/sons e ajuda a construir o
reconhecimento de letras e o conhecimento do alfabeto. Cada
correspondência letra/som deve ser explicitamente ensinada e
cada lição pode ser repetida regularmente.

“Com base nos objetivos trabalhados no trimestre, foi possível observar que o aluno…”
“Observando o desempenho da aluna…, foi constatado que neste trimestre…” “Com
base nas avaliações realizadas, foi possível constatar que a aluna… identifica…

- Nível pré-silábico

Neste nível, a criança busca uma diferenciação entre as escritas, sem


preocupação com suas propriedades sonoras. Usa critérios quantitativos
(varia a quantidade de "letras" de uma escrita para outra para obter escritas
diferentes) e usa critérios qualitativos (varia o repertório das letras ou a
posição das mesmas sem alterar a quantidade).

- Nível silábico

À medida que a criança vai se desenvolvendo e tendo maior contato com a


palavra escrita, através da observação de como o adulto lê e escreve, ela
entra em conflito com a hipótese anterior (relação do tamanho da palavra
com o objeto), conseguindo perceber que a palavra escrita está relacionada
com os aspectos sonoros da fala. Começa a separar oralmente as palavras
e procura uma correspondência na grafia. A cada sílaba ela atribui uma
letra. Pode servir qualquer letra ou existir uma associação do som à letra
convencional.

A escrita silábica é uma grande conquista da criança e não é transmitida


pelo adulto. Nasce da busca de explicações sobre o sistema de
representação. A hipótese anterior não explica mais a realidade, então a
criança busca novas maneiras de explicá-las: a escrita representa o
desenho sonoro do objeto.

 Passagem do nível silábico para o alfabético

A criança vai progressivamente modificando as suas hipóteses até chegar à


escrita alfabética, atribuindo a cada fonema uma letra. Ela ainda não
domina as exceções. Nessa caminhada, existe uma passagem em que ela
tem consciência de que sua escrita necessita ser alterada, ocorrendo-lhe a
necessidade de escrever mais letras do que no nível silábico. Continua
escrevendo silabicamente, acrescentando mais letras no final,
aleatoriamente.

lgumas crianças parecem regredir ao pré-silábico porque, percebendo que


sua escrita não é satisfatória, uma vez que tem menos letras do que é
previsto, voltam a escrever com muitas letras. No nível silábico a criança
estabelece que as partes sonoras semelhantes entre as palavras se
exprimem por letras semelhantes. Ela começa a escrever alfabeticamente
algumas sílabas; para outras, permanece silábica.

A criança abandona a ideia de que a cada sílaba oral corresponde uma


letra, porque constata que é impossível ler o que se escreve silabicamente e
ela ainda não consegue ler o que os alfabéticos escrevem.

Nível alfabético

Neste nível a criança estabelece correspondência entre fonema e grafema.


Ela compreende que a sílaba pode ter uma, duas ou três letras. A princípio,
tem dificuldade na separação das palavras quando escreve um texto. A
partir desses pressupostos temos a alfabetização como um processo vivo e
dinâmico de participação e criação da própria criança.

Ela parte da experiência significativa que se transformará em expressão


pessoal. A criança aprenderá a ler e a escrever de maneira natural e
criativa. Então, o ato de escrever se transforma numa aventura que vale a
pena ser vivida.

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