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Dados e informações 

principais  sobre os escritores

Charles Perrault

Charles Perrault foi um escritor francês, que nasceu em Paris em 12 de


janeiro de 1628, sendo filho de pais ricos. Perrault iniciou seus estudos aos 9 anos
de idade, e demonstrava um grande talento para as línguas mortas, ou seja
aquelas que já não são mais faladas pelas pessoas, por exemplo o latim.

Aos 23 anos formou-se no curso de direito, e em seguida se tornou funcionário


público e trabalhou ao lado de Colbert , famoso conselheiro do rei Luís 14. Já em
1671, entrou para a Academia Francesa de Letras. E no ano seguinte se casou e teve
4 filhos.

Perrault defendia a literatura moderna, e assim deu cara nova às histórias


infantis. O princípio de tudo foi 1695, quando o autor resolveu realizar o registro das
histórias que ouvia de sua mãe à beira da lareira. Em 11 de janeiro de 1697, quando
ele estava com quase 70 anos, o livro foi publicado e tornou-se conhecido como
Histórias da Mamãe Gansa e fez muito sucesso.

No livro, as histórias eram bem contadas e traziam ensinamentos no final, a


moral da história em forma de poesia. A partir daí os contos de fada ficaram famosos.
Perrault tinha cuidado e carinho com essas histórias, e assim ficou conhecido como
pai da literatura infantil.

Suas obras continuam sendo publicadas em diversos países, e


receberam adaptações para o teatro, televisão e cinema. Perrault morreu em
Paris, em 1703, com 75 anos.
Monteiro Lobato

Monteiro Lobato (1882-1948) foi um escritor e editor brasileiro.

Obra de maior destaque na literatura infantil"O Sítio do Pica-pau Amarelo".

Criou a: "Editora Monteiro Lobato" e a "Companhia Editora Nacional".

Lobato foi um dos primeiros autores de literatura infantil de nosso país e de


toda América Latina, e também jornalista, tradutor e empresário. Fundou a
Companhia Petróleo do Brasil, à qual se dedicou por dez anos.

INFÂNCIA

Nasceu em Taubaté-SP no dia 18 de abril de 1882. Era filho de José Bento


Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato. Foi alfabetizado pela mãe e logo
despertou o gosto pela leitura.

Aos 10 anos se recusou a fazer a primeira comunhão, escandalizando sua


família.

Adolescência

Fez seus primeiros estudos em sua cidade natal. Mas em 1896, aos 14 anos,
foi estudar em São Paulo no Instituto de Ciências e Letras.

E em 1898 ficou órfão de pai e logo em seguida, e posteriormente perdeu sua


mãe, ficando aos cuidados do avô.

Quando nascer, Lobato foi registrado com o nome de José Renato Monteiro
Lobato, mas após a morte do pai, em 13 de junho de 1898, resolveu mudar de
nome para que suas iniciais ficassem iguais às do pai e desde então passou a
se chamar José Bento Monteiro Lobato, pois queria usar a bengala que
pertencera ao pai e tinha as iniciais J.B.M.L. gravadas no topo do castão.

Formação

Lobato ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, embora preferisse


estudar Belas Artes.

Durante esse tempo, morava em uma república de estudantes junto com os


amigos Godofredo Rangel, Lino Moreira e Raul de Freitas. E juntos se reuniam
para cuidar da vida literária e escreviam para um jornal publicado em
Pindamonhangaba, de propriedade de Benjamin Pinheiros. Além disso, usando
vários pseudônimos faziam oposição ao prefeito da cidade.
No livro chamado “A Barca de Gleyre”, estão reunidas as correspondências
trocadas entre Monteiro Lobato e seu amigo Godofredo Rangel.

Lobato escrevia para o jornal da faculdade, quando já mostrava sua


preocupação com as causas nacionalistas. Em sua festa de formatura, em
1904, fez um discurso tão agressivo que vários professores, padres e bispos se
retiraram da sala.

Voltou para Taubaté. Prestou concurso para a Promotoria Pública, assumindo o


cargo na cidade de Areias, no Vale do Paraíba, no ano de 1907.

Monteiro Lobato casou-se com Maria Pureza da Natividade em 28 de março de


1908. Com ela teve quatro filhos, Marta, Edgar, Guilherme e Rute. E em 1911
perdeu seu avô, herdando a fazenda Buquira para onde se mudou,
pretendendo ser fazendeiro. Começou a escrever o conto “O Boca Torta” que
seria o primeiro de uma série que mais tarde foram reunidos sob o nome de
Urupês.

Publicações Polêmicas

Em 20 de dezembro de 1917, Lobato publicou no jornal O Estado de São


Paulo, um artigo intitulado Paranoia ou Mistificação?, quando criticou os
quadros de Anita Malfatti, pintora paulista recém-chegada da Europa, o que lhe
custou a ruptura com os líderes da Semana de Arte Moderna.

Já em 1918, Monteiro Lobato publicou sua primeira coletânea de contos,


Urupês, quando traçou a paisagem das cidades por onde passou e o perfil do
Jeca Tatu um caipira apontado pela pobreza, pelo marasmo e pela indolência,
que o tornava incapaz de auxiliar na agricultura.

Primeiros livros infantis

Em 1921 publicou "Narizinho Arrebitado", que depois passaria a chamar-se


“Reinações de Narizinho”. Em seguida publicou “Saci” (1921) e “O Marquês de
Rabicó” (1922).

Com o sucesso o autor prolongou as aventuras de seus personagens em


outros livros girando todos ao redor do "Sítio do Pica-pau Amarelo".
No ano de 1924, a Revolução Paulista levou sua editora à falência. Depois de
vender tudo, Lobato e o amigo Octalles fundaram outra editora só para imprimir
livros didáticos: a “Companhia Editora Nacional". Mudou-se então para o Rio de
Janeiro.

Literatura infantil

A literatura infantil de Monteiro Lobato apresenta um aspecto moralista e


pedagógico, e não abandonou a luta pelos interesses nacionais e retratou os
tipos de nossas tradições e os temas mitológicos.

No ano de 1960, a obra de Monteiro Lobato foi levada para a televisão no


seriado “O Sítio do Pica-Pau Amarelo” onde as bonecas falam e as crianças
convivem com mitos e fábulas.

Entre os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo, criados por Lobato,


destacam-se: A boneca Emília, Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Tia
Anastácia, Visconde de Sabugosa, Tio Barnabé, o Saci e a Cuca.

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