Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lisboa Carlos, em Lisboa. Aos cinco anos morreu-lhe o pai, vitimado pela
1888 - 1935 tuberculose, e, no ano seguinte, o irmão, Jorge. Devido ao segundo
casamento da mãe, em 1896, com o cônsul português em Durban, na
Portugal África do Sul, viveu nesse país entre 1895 e 1905, aí seguindo, no Liceu de
Durban, os estudos secundários.
Época: Frequentou, durante um ano, uma escola comercial e a Durban High
Modernismo School e concluiu, ainda, o «Intermediate Examination in Arts», na
Universidade do Cabo (onde obteve o «Queen Victoria Memorial Prize»,
pelo melhor ensaio de estilo inglês), com que terminou os seus estudos
na África do Sul. No tempo em que viveu neste país, passou um ano de
férias (entre 1901 e 1902), em Portugal, tendo residido em Lisboa e
viajado para Tavira, para contactar com a família paterna, e para a Ilha
Terceira, onde vivia a família materna. Já nesse tempo redigiu, sozinho,
vários jornais, assinados com diferentes nomes.
De regresso definitivo a Lisboa, em 1905, frequentou, por um período
breve (1906-1907), o Curso Superior de Letras. Após uma tentativa
falhada de montar uma tipografia e editora, «Empresa Íbis — Tipográfica
e Editora», dedicou-se, a partir de 1908, e a tempo parcial, à tradução de
correspondência estrangeira de várias casas comerciais, sendo o restante
tempo dedicado à escrita e ao estudo de filosofia (grega e alemã),
ciências humanas e políticas, teosofia e literatura moderna, que assim
acrescentava à sua formação cultural anglo-saxónica, determinante na
sua personalidade.
Em 1920, ano em que a mãe, viúva, regressou a Portugal com os irmãos e
em que Fernando Pessoa foi viver de novo com a família, iniciou uma
relação sentimental com Ophélia Queiroz (interrompida nesse mesmo
ano e retomada, para rápida e definitivamente terminar, em 1929)
testemunhada pelas Cartas de Amor de Pessoa, organizadas e anotadas
por David Mourão-Ferreira, e editadas em 1978. Em 1925, ocorreria a
morte da mãe. Fernando Pessoa viria a morrer uma década depois, a 30
de Novembro de 1935 no Hospital de S. Luís dos Franceses, onde foi
internado com uma cólica hepática, causada provavelmente pelo
consumo excessivo de álcool.