Expressões Relevantes de toda a obra de Fernando Pessoa
Fernando Pessoa nasceu a 13 de junho de 1888 e faleceu a 30 de novembro de 1935.
Pessoa nasceu no mesmo ano em que Eça de Queirós publicou “Os Mais” e ano depois da primeira edição d’O livro de Cesário Verde. Pessoa até se fazer escritor, relacionou-se com figuras do seu tempo. É a personalidade mais importante do seu tempo (final do séc. XIX, início de séc. XX). Filho de Joaquim Seabra Pessoa, um crítico musical de um jornal da cidade. Pessoa tinha 5 anos quando ele morreu de tuberculose (nunca teve carinho de pai). A sua mãe, Magdalena Pinto voltou a casar com o cônsul de Portugal da África do Sul. A avó materna, Dionísia sofreu de uma doença grave de loucura, morrendo no manicómio. Fez todos os seus estudos em língua inglesa e voltou a Portugal para se matricular na universidade mas não continuou nos estudos. Os Heterónimos eram “outros que ele” vozes que falavam nele e que tiveram uma vida autónoma e uma biografia. Inventou e escreveu em todas as vanguardas literárias portuguesas. Viveu sempre em pensões modestas ou quartos alugados. Pessoa explica o fingimento artístico AUTOPSICOGRAFIA. Os Heterónimos apareceram em 1914 (1ª Guerra Mundial). o Em 1912 escreveu para a primeira revista “Águia”; o Em 1913 escreveu para a revista “Europa”; o Em 1914 escreveu para a revista “Orpheu”; Só falamos em Ortónimos quando o autor cria Heterónimos. A poesia pode ser como um drama teatral. Adolfo Casais Monteiro crítico da época a quem Pessoa explicou a Heteronímia. Pessoa diz “construi dentro de mim vários personagens” distintas entre si e ele próprio. Pessoa criou um mundo fictício, amigos e conhecidos que nunca existiram. Pessoa interage com os Heterónimos e os próprios entre si. Pessoa criou 75 Heterónimos mas vão ser estudados 3 heterónimos e um semi- heterónimo: o Alberto Caeiro – o bucólico – simplicidade o Ricardo Reis – poeta clássico, o Esteta o Álvaro de Campos – o indisciplinado o Bernardo Soares (semi-heterónimo) – Livro do Desassossego/ajudante de guarda- livros Conhecer o único amor da sua vida, Ophélia Queirós, que era datilógrafa na firma de importação e exportação que trabalhava. O amor que viveu com Ophélia Queirós foi intenso e breve. Durante a sua vida só publicou em revistas e uma plaqueta intitulada “Mensagem”, uma história exotérica de Portugal. Fernando Pessoa organizou a obra “Mensagem” para concorrer num concurso literário tendo como objetivo assinalar o destino imperial de Portugal desde o passado até ao futuro, livro com 44 poemas. A “Mensagem” é uma obra heterogenia porque possui características épicas e líricas. As marcas épicas são as que narram eventos históricos notáveis e as que glorificam o herói português. Embora alguns impressos da obra “Mensagem” já tenham sido publicados em Outubro de 1934 a obra em si só foi lançada a 1 de Dezembro – os exemplares impressos em Outubro foram para concorrer a um prémio de poesia Antero de Quental, um dos vários prémios criados pelo Secretariado de Propaganda Nacional da ditadura Salazarista. Pessoa não ganhou o Prémio de Poesia Antero de Quental porque o seu livro não tinha 100 páginas, ganhou o prémio “Poema ou poesia solta”. Em linguagem corrente fingir é uma pessoa enganadora, falsa e artificial. Em Pessoa o verbo em latim fingire da família de ficção não é mentir mas modelar. No poema “Autopsicografia” o poeta definiu a noção de fingimento artístico. No poema “Isto” escrito dois anos depois do poema “Autopsicografia” ele diz o sentimento é do leitor; não uso o coração (imagino). Os heterónimos surgiram em 1914 para resolver a dor de pensar. Só com a criação dos heterónimos ele consegue respostas para a angústia “de não saber o modo/De pensar o mundo”. Fernando Pessoa deixou mais de 25 mil folhas com texto que são espólio à guarda da Biblioteca Nacional de Portugal. Fernando Pessoa começou a escrever poemas em criança e o seu primeiro p+oema foi escrito em 1895, com 7 anos, e foi escrito em português. Mas rapidamente começou a escrever noutras línguas, nomeadamente em inglês. Escreveu charadas, anedotas publicadas no jornal “O Palrador”. O poema VI da série “Chuva Oblíqua” é muito importante para se entender a origem dos heterónimos. Três anos antes de morrer, Fernando Pessoa diz que “deslembra” o que era, quando criança. As suas últimas palavras foram escritas a lápis em inglês no dia 29 de Novembro de 1935, véspera da sua morte, I know not what tomorrow will bring (Não sei o que o amanhã trará). Fernando Pessoa, sentia que tinha muitas almas sucessivas, fragmentação em várias personagens com linguagem muito diferente. Fernando Pessoa compara o comboio de corda ao coração, com uma vida fingida ele diz que a poesia é um jogo. A expressão “A cigarreira breve” significa que quem a usou morreu cedo, por isso usou-a pouco tempo.