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Fernando Pessoa nasceu a dia 13 de junho de 1888 em Lisboa, onde acabou por falecer em

1935. A sua mãe chamava-se Maria Madalena Pinheiro de Nogueira, era açoriana, tocava
piano, escrevia versos e falava inglês e francês. O seu pai, Joaquim de Araújo Pessoa, era
algarvio, funcionário público do ministério da justiça e escrevia para o Diário de Notícias.

Um mês depois de fazer 5 anos, o pai de Pessoa morre de tuberculose e 6 meses depois morre
o irmão Jorge. Com isto, Madalena vende parte do património e mudam-se para um andar
mais pequeno. Passa a viver com a mãe e com a avó Dionísia, que tinha problemas mentais
(durante toda a sua vida, Pessoa teve medo de herdar a doença da avó).

Um ano apos do pai a madalena apaixona-se por João Rosa, que meses depois viaja para
Moçambique e Fernando com medo da mãe o abandonar fê-lo tentar comover a mãe com o
seu talento – o seu primeiro verso conhecido.

Em 1896 Madalena vai para uma colonia inglesa, casa-se com João Rosa e leva Fernando.
Pessoa viveu com a mãe, padrasto e os irmãos numa colonia em africana onde teve de se
adaptar à língua e ao modo de vida diferente.

Apesar do ambiente feliz ele não fez grandes amizades na escola e não gostava de atividades
desportivas, preferia ler. Pessoa era muito concentrado nos estudos e na literatura inglesa e
adorava ler e escrever.

Nesta época surgem os primeiros heterónimos: Charles Robert Anon e Alexander Search.
Porém com apenas 6 anos, Pessoa já tinha criado o seu primeiro “heterónimo” – Chevalier de
Pas (Cavaleiro de coisa nenhuma).

Fez a primaria num colégio de freiras irlandesas, destacou-se como um dos melhores alunos e
fez 4 anos letivos em pouco mais de 2 anos. Frequentou uma escola comercial onde aprende a
escrever melhor. No exame de admissão à universidade do Cabo (900 candidatos) ganha o
premio Rainha Vitoria para o melhor ensaio inglês (com apenas 15 anos).

A meta era candidatar-se a uma das grandes universidades inglesas - Cambridge ou Oxford.
Mas para isso precisava de uma bolsa e mesmo tendo a melhor nota da candidatura a bolsa é
negada porque ele não tinha frequentado nos últimos 4 anos uma escola inglesa (interrompeu
os estudos para regressar a lisboa com a família durante um ano).

Desembarca em Lisboa e quase nunca mais sai de Portugal. Frequentou o curso superior de
Letras, mas desistiu porque o ensino não estava à sua altura. Nos primeiros anos em Lisboa
anda escreve me inglês e francês (raramente em português).

Começa a trabalhar a traduzir cartas comerciais em inglês e francês. Trabalhou em mais de


vinte empresas nas ruas da baixa – empregos que não ocupassem tempo inteiro porque
precisava de tempo para escrever. Adorava escrever em pé e à noite e precisava estar isolado
para escrever. Escrevia em qualquer tipo de papel que encontrava – demonstra que, para
Pessoa, escrever era como respirar.

Mantem relações estreitas com a família e os irmãos. Tem vários amigos com que se encontra
nos cafés.

Estreia literária de Pessoa: 1912 com a publicação de 2 ensaios sobre a nova poesia portuguesa
na revista “Aguia” – no primeiro artigo pessoa anuncia a chegada para um grande poeta.
Modernismo português nasce no chiado no café “A brasileira” – com a criação da revista
Orpheu.

1º - Almada Negreiros e Mário de Sá Carneiro; Pessoa publica “o Marinheiro” e surge Álvaro de


Campos que assina os poemas Ode Triunfal e Opiário.

2º- passada 3 meses, Pessoa e Mário de Sá são os diretores da revista; reaparece o engenheiro
naval - Álvaro de Campos: Chuva Obliqua e Ode Marítima.

HETERONIMOS

Álvaro de Campos / Alberto Caeiro / Ricardo Reis

RICARDO REIS - Poeta pagão neoclássico influenciado pelo poeta latino Orário e nasce em julho
de 1887 e isola-se no brasil após da instauração da república em Portugal.

ALVARO DE CAMPOS – Engenheiro naval, algravio, homossexual é o futurista. Viaja pelo


oriente, vive em Inglaterra e vive em Portugal. É o único heterónimo que evolui em várias
correntes literárias e também um dos mais lidos e amados.

ALBERTO CAEIRO – Poeta clássico e cantor da natura. Homem do campo e simples, o


guardador de rebanhos. Nasce em 1889 e nunca sai de Portugal. Homem de mediania
dourada, mas também um Fernando Pessoa cansado de pensar.

BERNARDO SOARES – Semi-heterónimo. Um Pessoa íntimo, brutal, e mortalmente magoado. É


o que se aproxima mais de Pessoa.

Admirado pela geração modernista, mas n reconhecido pelo publico ele continua a ser um
anonimo empregado de escritório.

A vida íntima é pouco conhecida. Tem um temperamento instável e confronta-se com crises
depressivas periódicas q afetam a criatividade e a maneira de conviver com o mundo.

A vida social continua a ser regular e fuma e bebe bastante.

Sacrifica a vida pessoal e sentimental em nome das obras. A sua única relação amorosa
conhecida é com Ofélia Queirós e conhece num escritório onde ambos trabalhavam e acaba
com ele após uma das muitas crises de tristeza. Passado 9 anos eles retomem o namoro, mas
sentindo se incapaz de a amar e de se imaginar casado, termina o namoro passado 4 meses.

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