Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LIMA BARRETO
Índice
Do autor 3
Esquemas dos Romances
Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909) 23
Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915) 28
Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919) 36
Do autor
Afonso Henriques de Lima Barreto,
príncipe da prosa brasileira
3
era se formar e se fazer doutor, mas o máximo que conseguiu foi ser ti-
pógrafo na Imprensa Nacional. Foi exercendo o ofício de tipógrafo em
jornais liberais que travou conhecimento com uma das personalidades
políticas de maior destaque do fim do Segundo Reinado: o Visconde de
Ouro Preto, Afonso Celso de Assis Figueiredo, que viria a ser o último
chefe do Executivo do Brasil Império. Protetor de João Henriques, dig-
nou-se a ser padrinho de seu segundo filho, e daí veio o Afonso, gerando
a coincidência do nome real: Afonso Henriques.
Sua mãe, Amália Augusta, era filha de uma escrava forra dos Pereira de Car-
valho, e que se tornara uma de suas agregadas. Manuel Feliciano Pereira de
Carvalho, o chefe da família na época, era médico ilustre, considerado o
“patriarca da cirurgia brasileira”, dados os avanços técnicos que introduziu
no país. Corria a voz que era pai de todas as crianças suas agregadas, existin-
do então a possibilidade de ser este o avô de Lima Barreto. Vê-se, portanto,
que nosso autor descende, tanto de parte de pai quanto de mãe, por um
lado de tronco escravo, e por outro de tronco português ou fidalgo. Duran-
te grande parte da vida de João Henriques, tanto o compadre ilustre quanto
o provável sogro lhe foram de grande valia em momentos de dificuldade.
4
adiantou; em 1887, quando o futuro escritor contava seis anos, Amália
falece, deixando quatro filhos pequenos. A perda da mãe é um trauma
que marcará Afonso por toda a vida.
Afonso Celso também foi exilado, e, dada a sua ligação com o Visconde,
a situação de João Henriques tornou-se bem complicada no novo regime.
Não chegou a ser preso, mas perdeu seu emprego, recebendo em troca o de
almoxarife da Colônia de Alienados da Ilha do Governador, onde a família
passa a residir. O pequeno Afonso começa a estudar em Niterói e passa os
fins de semana com o pai e os irmãos na Ilha. Talvez essa seja a única épo-
ca de sua vida que terá um pouco de tranquilidade: no Liceu, será aquele
menino quieto, ensimesmado; mas, nos dias de folga, leva a vida de uma
criança normal, que brinca no meio do mato, cheia de saúde. É claro que o
5
Brasil nunca deixa ninguém tranquilo assim por muito tempo – foi nesse
período que estourou a Revolta da Armada, da qual Afonso pôde ver al-
guns episódios, morando praticamente em pleno teatro de guerra.
6
Em abril de 1902, nova catástrofe se abate sobre a alma de Lima Barreto,
que terá consequências funestas pelo resto de sua vida: seu pai enlouque-
ce. João Henriques delirava achando que o iam prender por desvio de
verbas na Colônia de Alienados. Que era loucura de sua parte averiguou-
-se quando se iniciou uma investigação a respeito pelos hospícios do Rio,
e verificou-se que Lima Barreto pai era um funcionário exemplar. Fato é
que João Henriques jamais se recuperou, e o cuidado da casa e da família
caiu sobre os ombros de Afonso, que penava para se formar.
São os amigos de repartição que iniciam Lima à vida boêmia, à vida dos
cafés – grandes novidades do Rio de Janeiro daquele tempo, em fase de
remodelação e modernização. Mas o álcool ainda não é inimigo de nosso
7
autor. Nos cafés, Lima Barreto trava conhecimento com vários intelec-
tuais, artistas, poetas, filósofos, jornalistas. Alguns de seus amigos o con-
vidam para contribuir em periódicos de curta existência. Começa a escre-
ver seu Diário Íntimo e a planejar uma vasta obra sobre a questão negra,
incluindo uma História da Escravidão Negra no Brasil. Datam dessa época
igualmente suas primeiras idéias para Clara dos Anjos.
Em 1907, Lima funda, junto com alguns amigos, sua própria revista, Flo-
real, na qual publica os primeiros capítulos de Recordações do Escrivão
Isaías Caminha. Esses capítulos conseguiram chamar a atenção de José
Veríssimo, que viu em Lima Barreto verdadeiro senso artístico e que che-
gou mesmo a recebê-lo em sua casa. Apesar disso, a revista não dura mais
que quatro números.
Porque, afinal, Lima Barreto foi obrigado a publicar seu livro de estréia
em Portugal. João Pereira Barreto, do grupo de Floreal, conseguiu um
“pistolão” de Sílvio Romero na Livraria Clássica de Lisboa, onde acabou
8
publicando um volume de versos. O mesmo Pereira Barreto se ofereceu
para escrever uma carta de apresentação pelo Lima. Antônio Noronha
Santos – seu amigo da vida inteira –, indo para a Europa, levaria o ro-
mance. O editor lisboeta, A. M. Teixeira, reconhece o talento do autor e
se dispõe a publicar o livro imediatamente.
No entanto, a glória que ele tanto almejava não veio. Não por acaso, os
grandes jornais mantiveram silêncio sobre a obra. Na repartição, a mes-
ma coisa: um servidor que entrou na Secretaria dois anos depois de Lima
Barreto foi promovido em seu lugar. Financeiramente, estava na mesma,
penando para sustentar a casa com o magro salário de burocrata.
Apesar das frustrações, não abandona sua vocação. No final de 1910, es-
creve Nova Califórnia, e, em três meses, para terminar no início de 1911,
redige de um jato Triste Fim de Policarpo Quaresma, publicado no Jor-
nal do Commercio por influência de um amigo; logo depois, compõe O
Homem que sabia Javanês. Três obras-primas em seis meses. Mas o pesar
de não ser reconhecido, somado à loucura do pai, fez o escritor ceder à
bebida. É quando Lima Barreto alcança a maturidade de sua arte que ele
se torna alcoólatra. 1911, o ano de seu trigésimo aniversário, é, portanto,
um ano que marca sua vida em todos os sentidos.
9
Logo o alcoolismo começará sua obra de devastação em sua saúde. Em
1914, experimentará os primeiros delírios, que o levarão, por força poli-
cial, ao hospício, onde ficará internado por dois meses. Tendo recebido alta
em outubro, põe-se a compor Numa e a Ninfa, que escreveu em apenas
vinte e cinco dias, e que passou a publicar no periódico A Noite, enquanto
tentava encontrar alguém que estampasse Policarpo Quaresma em livro.
Novamente, foi vã sua procura por um editor no Brasil. Dessa vez, po-
rém, ele mesmo financiou a impressão de seu romance, sendo obrigado a
recorrer a empréstimos de agiotas. Conseguiu, assim, em 1915, fazer sair,
numa brochura reles, em papel vagabundo, o Policarpo e uma seleção de
seus contos, entre eles Nova Califórnia e O Homem que sabia Javanês.
Mas agora a reação da imprensa foi totalmente outra: seu livro foi feste-
jado, muitos o considerando como o legítimo sucessor de Machado de
Assis. Tornou-se enfim celebridade, passando a contribuir com jornais
de maior relevo, embora financeiramente sua vida não tenha melhorado
muito, continuando a viver no subúrbio.
10
na repartição era completamente irregular, chegando a desaparecer do
trabalho por meses a fio. Após seu acidente e internação, foi aposentado,
após servir, bem ou mal, por quatorze anos como funcionário público.
No hospital, recebe uma proposta de ninguém menos que Monteiro Lo-
bato para publicar Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá. Era a primeira
vez que um editor o procurava propondo-lhe pagar razoavelmente bem
por uma de suas obras. Lima revisa seu livro, que escrevera já havia dez
anos, e o envia ao colega paulista, enquanto continua a escrever para os
jornais. É nesse tempo, depois de receber alta do hospital, que se candi-
data, pela primeira vez, para a Academia Brasileira de Letras.
Após receber nova alta, Lima Barreto não parece muito contente com a
vida. Conseguira se tornar autor reconhecido, obtendo mesmo a admi-
ração de muitos jovens aspirantes à escritor, os quais sempre tratava com
o respeito e a consideração que nunca tivera. No entanto, nunca foi ca-
paz de vencer o alcoolismo. Ainda antes dos quarenta anos, já parecia um
velho, com muitos cabelos brancos. Houve até uma vez que, a convite de
11
um desses seus jovens admiradores, fora a um recanto do interior de São
Paulo para fugir ao álcool, ocasião em que pôde conhecer pessoalmente
Monteiro Lobato – mas de nada adiantou.
Segundo o relato de sua irmã Evangelina, na última vez que viu Afonso,
este aparentava estar bem. Estava sentado na cama, e ela lhe trouxera uma
bandeja com chá e torradas. Fora cuidar do pai, e, uma hora depois, quando
retornou ao quarto do irmão, encontrou-o morto, sempre sentado na cama.
12
subúrbio, bem como colegas de botequim. Um dos desconhecidos es-
palhou flores sobre o cadáver e beijou sua testa; perguntado quem era,
respondeu: “Não sou ninguém, minha senhora. Sou um homem que leu
e amou esse grande amigo dos desgraçados.”
13
No trecho citado, é possível perceber que a visão literária de Lima Barre-
to é bem diferente do que estava em voga no Brasil em sua época (e terá
alguma vez deixado de estar em voga?): a de uma literatura formalmente
perfeita, mas vazia de sentido. Nosso autor não condena a preocupação
com a forma, da qual, aliás, não foi um grande expoente; mas recorda
que o sentido da literatura jaz na expressão de algo que seja de interesse
humano: por um lado, o mistério do Infinito; por outro, a conduta hu-
mana, isto é, a moral.
Temos três protagonistas muito diferentes entre si, mas, ao mesmo tem-
po, muito semelhantes, e não deixa de ser curioso o fato de seus nomes
estarem estampados nos três títulos: um jovem talento do interior que
descobre o Rio de Janeiro; um homem de meia-idade que tem um ar-
dente amor pelo Brasil, e um idoso de grande inteligência. Devido a essa
questão da idade dos protagonistas, chegou-se a ver nesses três romances
uma espécie de progressão, quase que um “romance de formação”, ou Bil-
dungsroman, no qual Lima Barreto retrataria a evolução de um homem
ideal sob as máscaras de Isaías Caminha, Policarpo Quaresma e Gonzaga
de Sá, sendo este último uma sorte de expressão soberana da sabedoria.
Seria muito difícil defender essa idéia, por várias razões, entre as quais o
14
fato de Isaías Caminha e Gonzaga de Sá terem sido escritos quase ao mes-
mo tempo, preferindo Lima Barreto publicar Isaías Caminha primeiro
pelo fato do outro romance ser, segundo sua própria expressão, muito
“cerebrino”, desejando que seu romance de estréia fosse mais palatável.
Ambas as obras são escritos confessionais, narrados em primeira pessoa,
assim como O Cemitério dos Vivos; o Policarpo Quaresma, por outro lado,
carece totalmente desse aspecto.
15
o discreto Isaías Caminha consegue-se fazer notar pelo chefe do jornal
onde trabalhava, mas sua insatisfação com o meio é insuperável, e insiste
em voltar para o interior, onde terá o cargo público de escrivão.
16
dado interessantíssimo para a compreensão do livro). Como Isaías Cami-
nha, Gonzaga de Sá é uma grande inteligência, com a qual nos banque-
teamos ao longo do romance, ao acompanhá-lo em suas caminhadas pela
cidade, ao ouvirmos suas opiniões sobre o país e suas personalidades, até
quando fala dos símbolos nacionais. Apesar do bom nascimento, bacha-
relou-se em letras, curso, até hoje, sem nenhum prestígio em nosso país,
e passou toda a vida num emprego medíocre numa repartição pública, li-
dando com problemas que estavam muito aquém de sua erudição e sensi-
bilidade. E nunca saiu disso. Nunca teve um grande amor, não teve filhos,
não fez nada grandioso. Gonzaga de Sá não cedeu ao meio, como Isaías
Caminha, pelo contrário, sempre se manteve fiel aos seus princípios. Mas,
no fim, é um homem frustrado, e seus últimos dias de vida, apesar da morte
pacífica e bela que teve, foram dias azedos. “Sou estéril, e morro estéril...”
Gonzaga começa uma bela amizade com o jovem Augusto Machado, tam-
bém funcionário público, assim como Lima Barreto nos seus vinte e pou-
cos anos. Ele parece ser a única pessoa que entende a grandeza do velho
amigo, e que ouve suas confissões e frustrações. Também tem seus proble-
mas com mulheres – problema do autor, que também nunca se realizou no
amor –, e é instantemente aconselhado por Gonzaga acerca desse e outros
assuntos. Parece que o velho sábio quer consertar, no amigo, seus próprios
erros; talvez veja nele sua própria imagem quando jovem.
17
Mas nem isso consegue realizar. Morre antes, e a sorte de Aleixo fica
completamente em aberto: conseguirá ele vencer o meio ou se renderá a
ele? Augusto Machado tem uma visão totalmente pessimista a respeito,
e se questiona sobre o porquê de alguns nascerem com o estigma da inte-
ligência – já que, por isso, devem muito sofrer.
Triste Fim de Policarpo Quaresma, por outro lado, é obra de outro qui-
late. Desde seu aparecimento, a figura do Major Quaresma sempre tem
sido ligada à de D. Quixote, e com razão. Consumido por um grande
amor pelo nosso país, Policarpo Quaresma, discreto funcionário públi-
co, tem grandes planos para a Pátria. E põe mãos à obra.
18
do interior é inteiramente tragada pelas intrigas políticas, enquanto vive
na maior miséria. O próprio Quaresma começa a sentir os efeitos disso,
quando, no Rio, estoura a Revolta da Armada.
Lá vai nosso herói, disposto a dar a vida pelo Brasil. Só que, em Floriano
Peixoto, descobre, não um grande líder e um grande patriota, mas um ser
desprezível e um ditador implacável. Revoltado com as execuções arbi-
trárias com as quais fora obrigado a contribuir, escreve uma carta revol-
tada ao presidente, e, como paga, também é mandado para o corredor da
morte. Sua afilhada faz o que pode para tentar salvá-lo, mas sabemos que
não há esperança.
O que há, portanto, de comum entre os três protagonistas? Todos são ho-
mens de inteligência incomum; todos, em algum período da vida, foram
funcionários públicos; todos se chocam horrivelmente contra a realidade.
19
Seria impossível tratar disso sem se delongar por muito mais páginas,
mas podemos listar alguns dos temas tratados nos três romances e em Os
Bruzundangas, que os acompanha como brinde.
E como não falar das belas reflexões sobre a vida e sobre a morte que en-
contramos nos derradeiros capítulos de Vida e Morte de M. J. Gonzaga
de Sá? Das reflexões que o Major Quaresma faz na prisão, quando se dá
conta de como foram inúteis todos os esforços que despendeu e todo o
amor que sentiu pelo Brasil, ou ainda, do profundo desconsolo de sua
afilhada e de seu amigo?
Poucas cenas de nossa literatura são mais singulares que o final de Isaías
Caminha, em que o protagonista, acompanhado de seu chefe – figurão
da república – e uma prostituta, passeia pelos arrabaldes pitorescos do
Rio, e, no fim do dia, fica a contemplar “o céu muito negro, muito estre-
20
lado, esquecido de que a nossa humanidade já não sabe ler nos astros os
destinos e os acontecimentos.”
Lima Barreto, pobre e mulato, que viveu uma vida curta e sofrida, pelo
legado que nos deixou, bem merece ser lembrado como nosso D. Afonso
Henriques, príncipe da prosa brasileira.
21
Esquemas
dos romances
Recordações do Escrivão
Isaías Caminha (1909)
Principais personagens
23
e Exegese Bíblica pela Universidade de Sófia. Capaz de escrever em dez
línguas, viajou por diversas partes do mundo e resolveu trabalhar no
Brasil por algum tempo, antes de partir em busca de novos ares. Amante
de intrigas políticas, é quem inicia Isaías na vida jornalística.
bo. Bacharel em direito que nunca exerceu a profissão, seu jornal faz e
desfaz ministros, gera uma revolta popular, e é quem promove os es-
critores da moda. É uma figura essencial na trajetória do protagonista.
Resumo
24
um “pistolão” com o Coronel de sua cidade: uma indicação para o
deputado Castro.
CAPÍTULO V – Isaías na delegacia, onde aguarda por horas até ser in-
terrogado. Tido como principal suspeito de um roubo no hotel, não
25
acreditam que está no Rio para estudar. Aparecem duas donas que dis-
putavam os ovos de uma galinha. Novo interrogatório de Isaías, que,
num ato de fúria, insulta o delegado, que o mete no xadrez.
26
CAPÍTULO X – A questão dos sapatos obrigatórios. Sensacionalismo
em torno de um assassinato. O doutor embusteiro.
27
Triste Fim de
Policarpo Quaresma (1915)
Principais personagens
28
RICARDO CORAÇÃO DOS OUTROS – Músico que se dedica à modi-
nha e que tem como ideal elevar o status do violão como instrumento
de prestígio. Nutre grande afeição por Quaresma, a quem deu aulas de
violão, demonstrando-lhe lealdade inabalável.
29
DR. ARMANDO – Marido de Olga, com quem esta se casa por conve-
niência. Formado em medicina, acha-se um ser de outra categoria por
ter anel de doutor. Tem profundo desprezo pela medicina em si, tra-
tando mal seus pacientes, e seu maior sonho é conseguir um cargo em
algum hospital público ou em alguma faculdade, para o que se serve
dos mais inventivos expedientes.
30
Resumo
Primeira Parte
31
V – O bibelô: Olga e seu pai visitam Quaresma no hospício; descrição
Segunda parte
trovador logo faz relações na cidade. Felizardo fala dos boatos que cor-
rem na cidade sobre o Major. Olga e o marido chegam no “Sossego”.
Quaresma fica consternado ao ler um artigo no jornal local. Passeio ao
Carico com a família do Dr. Campos; reflexões de Olga sobre a pobre-
za da roça. O ataque das saúvas.
32
IV – “Peço energia, sigo já”: Meses depois, Quaresma continua sua
labuta na roça, e finalmente consegue alguns frutos: abacates, que a
custo consegue vender a vil preço. Mas não desanima. Contrata Mané
Candeeiro para limpar os pés de fruta. A luta contra as saúvas. O Dr.
Campos pede favores ao Major; em vista de sua recusa, começa a per-
segui-lo. Triste com sua situação, Quaresma recebe a notícia de uma
revolta no Rio; telegrafa para o presidente da república anunciando
sua chegada.
Terceira parte
33
novo estilo. Passeio pelas ruas da cidade. Ricardo Coração dos Outros é
feito cabo, mas consegue manter seu violão.
III – ... E tornaram logo silenciosos...: A luta de Albernaz para curar a filha.
A Revolta da Armada se arrasta; o episódio do Capitão Ortiz; memória de
Moreira César; o fim do Javari. A tristeza de Ricardo Coração dos Outros.
Quaresma visita sua afilhada em busca dos serviços de seu marido; os te-
mores de Coleoni; o Dr. Armando recebe um cargo público. Os fervores
de Quaresma se arrefecem; pensa em visitar a irmã e o preto Anastácio.
Ordens para marchar. Dona Ismênia morre; seu velório, cortejo e enterro.
34
V– A afilhada: O triste fim de Policarpo Quaresma. Preso após escre-
ver uma carta ao Marechal Floriano em protesto contra as execuções
sumárias, o Major põe-se a refletir em como viveu sua vida e em seu
profundo patriotismo. Ricardo Coração dos Outros empenha todos os
seus esforços em libertar o amigo: procura Genelício, que o trata mal;
depois Albernaz, que se diz governista; enfim, vai atrás de Olga, que
decide ajudar o padrinho; discussão de Olga com o marido. A afilhada
de Quaresma chega ao Itamarati, sendo barrada por um funcionário;
desconsolada, reflete sobre as mudanças por que passou a cidade, das
gerações que ali andaram, enquanto se dirige ao encontro de Coração
dos Outros.
35
Vida e Morte de
M. J. Gonzaga de Sá (1919)
Personagens principais
36
ALEIXO MANUEL – Menino mestiço, afilhado de Gonzaga de Sá, de
aguda inteligência, em quem o padrinho deposita grandes esperanças.
Resumo
37
III – Emblemas públicos: Crítica das armas e brasões municipais, esta-
duais e federais. Homens e mulheres. Os grandes personagens estam-
pados nos selos.
VII – Pleno contato: Machado recorda a primeira vez em que viu Gon-
38
Os últimos capítulos se detêm mais naquilo que é o grande tema do livro,
Vida e Morte:
39
XII – Últimos encontros: A grande inteligência de Aleixo Manuel; “Esta