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deve haver diferenças na escrita, no entanto, mesmo neste momento, nota-se a falta
de grafismos, introdução de letras aleatórios para escrever algo e alternância na
ordem das letras. Cabe enfatizar que no momento que a criança identifica que
elementos diferentes podem criar totalidades diferentes, acontece um grande salto
no desenvolvimento cognitivo, associado ao progresso da escrita. Durante o curso
desse desenvolvimento, a criança pode, também, ter adquirido modelos estáveis de
escritas, formas fixas, em que se destaca seu nome próprio. Cada letra vale como
parte de um todo e não tem valor em si mesma. É importante ressaltar que a
aquisição de formas fixas de escrever está intrinsecamente ligada e sujeitas aos
aspectos culturais e pessoais e que, a partir desta aquisição, aparecem dois tipos de
reações que são opostos: bloqueio e utilização dos modelos para escrever outras
coisas. O bloqueio é compreendido a partir da ideia de que se aprendemos a
escrever copiando outras escritas, quando há ausência desse modelo, não há
possibilidades de escritas. Já a utilização dos modelos conhecidos para elaborar
novas escritas, somente difere do nível anterior, no fato de que as letras são mais
fáceis de serem identificadas e que uma disponibilidade maior de formas gráficas.
No nível III, denominado pela hipótese silábica, a criança atribui tentativas de
apresentar um valor sonoro em cada uma das letras encontradas na escrita. Nesta
etapa, cada letra vale uma sílaba e, sendo assim, conforme exemplificado no texto
pelas autoras, para se escrever “SAPO” a criança escreve “AO”, onde faz o uso das
vogais para corresponder uma grafia a cada sílaba. Nesse nível hipótese silábica, há
duas características importantes que desaparecem da escrita até então utilizadas,
são as exigências de variedade e de quantidade mínima de caracteres. A criança,
portanto, descobre que a quantidade de letras que utilizará para escrever uma
palavra, pode corresponder com a quantidade de partes em que ela reconhece
quando a emite oralmente. O Nível IV, caracteriza-se pela passagem silábica para a
alfabética. Neste nível, existem duas maneiras/formas de se corresponder os sons e
as grafias: a silábica, que é distinguida pelo som produzido a uma emissão de voz; e
a alfabética, definida pela análise fonética, elementos sonoros da linguagem que
apresentam letras em seu correspondente. A exemplo deste nível silábico-alfabético,
“MARIA PAULA” escreve “MAIA PAUL”, “MESA” se escreve “EZA”. Portanto, nesta
época ocorrem as análises sonoras da palavra, juntamente as várias
perguntas/pedidos de reasseguramento da criança, onde ela pode perguntar “qual é