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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Portfólio 2
RELATÓTIO FINAL
SÃO PAULO
2022
Introdução
Também foi desenvolvido um plano de aula, cujo tema foi alfabetização, uma ferramenta que
norteia as atividades no dia a dia com os alunos, auxiliando o trabalho docente. É importante
que o plano de aula seja coerente com a realidade do aluno, um roteiro á ser seguido para
alcançar os objetivos traçados inicialmente e deve ser alinhado a BNCC, estruturado com as
competências e habilidades condizentes.
Emília Ferreiro (2004) com base em Piaget, comprova que a escrita é uma produção social e
como tal sofre inúmeras transformações. Nessa perspectiva, o aprendizado do sistema da
escrita: concebido como resultado de processo ativo no qual o sujeito da apredizagem, desde
seus primeiros contatos com a escrita , constrói e reconstrói hipóteses sobre a natureza e o
funcionamento da língua escrita.
A teoria exposta em “Psicogênese da Língua Escrita” revela que toda criança passa por quatro
fases até sua alfabetização:
· · pré-silábica: quando ainda não consegue relacionar as letras com os sons da língua
falada;
Objetivos
O trabalho tem como objetivo nos mostrar como compreender a Psicogênese da Língua Escrita
e as hipóteses de escrita ao analisar amostras de escritas infantis.Também como devemos
realizar uma sondagem diagnóstica e registro para acompanhamento dos avanços da
aprendizagem da alfabetização.
A fase silábica sem valor sonoro é o momento que a criança começa a perceber que a cadeia
sonora que á palavra segmentada, é dividida por pedacinhos, que são as sílabas, usam uma
letra aleatória para cada sílaba, embora ainda não saibam o conceito de sílabas. Nesta fase a
professora precisa intensificar os sons das letras, para que a criança identifique a letra que
representa, e costumam confundir as letras que tem os sons parecidos,como por exemplo o P
com o B, a partir desse momento elas passam a usar as letras que tem o som mais forte para
representar aquela sílaba, essa fase é identificada como silábica com valor sonoro.
Escrita 1 - Antônio
A amostra caracteriza-se como silábico alfabética, intermediário, ora escreve silábicamente
ora alfabeticamente, quase alfabético.
Escrita 2 - Odirley
A amostra caracteriza-se como garatujas, quer imitar uma letra cursiva, tem convenção de
escrita, de cima para baixo, e da esquerda para direita.
Escrita 3 - Fernando
Escrita 4 - Pedro
A amostra caracteriza-se como alfabética, próxima á escrita convencional, ainda não tem
conhecimento ortográfico.
Escrita 5 - Daiana
A amostra caracteriza-se como pré- silábica, ela sabe escrever o nome dela, ela deve ter já
memorizado a escrita dele, inclusive em letra cursiva, possui a convenção de escrita de cima
para baixo e da direita para a esquerda, conhece um repertório de letras além das letras do seu
nome, varia as letras, não fica repetindo, escreve com letras aleatórias, uma leitura global, não
estabelece relação nenhuma com oque fala.
Escrita 6 - Talita
A amostra caracteriza-se como silábico sem valor sonoro, para cada sílaba que ela falou
colocou uma letra, mas não usa a letra referente a cada sílaba, silábico quantitativo, ela tem
noção da quantidade de pausas.
Escrita 7 - Cleonilda
A amostra caracteriza-se como silábico com valor sonoro, é qualitativo porque ela pensa na
qualidade sonora, representa cada sílaba com a letra mais forte.
Escrita 8 - Taís
A amostra caracteriza-se como silábico sem valor sonoro, para cada sílaba que ela falou
colocou uma letra, mas não usa a letra referente a cada sílaba, silábico quantitativo, ela tem
noção da quantidade de pausas.
Escrita 9 - Ricardo
A amostra caracteriza-se como silábico com valor sonoro, é qualitativo porque ele pensa na
qualidade sonora, ela representa cada sílaba com a letra mais forte.
Escrita 10 - Fábio
A amostra caracteriza-se como pré- silábica, ele sabe escrever seu nome, seu repertório de
letras está restrito as letras do seu nome, varia as letras dentro da palavra, e sabe que uma
palavra é escrita diferente da outra, e a quantidade de letras faladas não corresponde a
quantidade de letras escritas.
1 º passo: Pedi para que ele participa se do meu trabalho da faculdade, e ele se demonstrou
muito disposto á ajudar.
2º passo: Peguei uma folha sem pauta e uma canetinha, disse á ele que escrevesse as
palavras como se fosse uma lista, do jeito que ele acha que se escreve, que não teria certo ou
errado.
Quando eu falava a palavra ele ficava repetindo e pensando como se escrevia, repetia de
maneira sílabada.
Caracteriza- se como alfabético, apresenta todas relações entre grafemas e fonemas, ainda
não tem conhecimento ortográfico, o que fica bem evidente quando ele usa os RR, com
problema de segmentação sem espaço.
Plano de aula
Título da aula: Nome próprio e segmentação em sílabas
Estratégia de ensino: Expositiva dialogada, dizer aos alunos que eles vão aprender á
montar o nome deles e dos amiguinhos.
Detalhamento da aula: Esta aula sera realizada a partir da estratégia de ensino expositiva
dialogada, onde se tem a participação ativa dos alunos. Iniciaria a aula perguntando à
turma se alguém sabe o que é “nome próprio”. Depois que chegarem á conclusão de que se
trata do nome de cada pessoa, pergunta: Como será que formamos um nome?O que
utilizamos para escrevê-lo?Concluir dizendo que para formar um nome nós juntamos letras.
Realize uma atividade oral em que se fala o nome de uma criança e a turma seja desafiada a
contar as sílabas, batendo as palmas. A professora fala o nome de uma criança, por exemplo:
RAFAELA e pergunta: Quantas sílabas vocês contaram? Então o nome RAFAELA tem quantas
sílabas? Complemente: Isso mesmo! RAFAELA tem quatro sílabas.
Após a atividade oral, entregue para cada ALUNO recortes de papel de mesmo tamanho e na
quantidade de sílabas do nome de cada criança,por exemplo, para a RAFAELA entregue quatro
pedaços de papel.
Entregue também a ficha do nome de cada criança com riscos dividindo-o em sílabas
(RA/FA/E/LA) para que as crianças possam realizar a cópia.
Explique às crianças que cada sílaba deve ser escrita em um pedaço de papel.
Circule entre as crianças observando seus registros e realize as intervenções necessárias até
que todos os nomes tenham sido escritos de forma correta. Por exemplo:
Se alguma sílaba estiver errada, oriente-a: Observe esta parte do seu nome na ficha. Está
correto?
Se alguma sílaba estiver faltando, peça que a criança observe a ficha e compare com o que
escreveu.
Após a escrita, recolha a ficha do nome, embaralhe os pedaços de papel com sílabas e desafie
a criança a montá-lo.
Caso alguma criança a presente muita dificuldade incentive-a a consultar o painel de nomes da
sala de aula e quando necessário dê pistas de como encontrar o seu nome.
NOVA ESCOLA
Análise do Projeto:
aluno passa até ser alfabetizado, de modo geral a leitura e a escrita são prática em que se
utiliza de signos linguisticos, e não podem ser compreendidas fora do seu contexto social onde
foi produzida. Nestas circunstâncias deve ser levada em conta a intenção do autor, oque ele
quis representar através do que escreveu ou registrou. " Uma palavra sem significado é um
som vazio; portanto, o significado é um critério da palavra e um componente indispensável"
(VYGOSTKY, 2002, p. 84).
Em estudos como o de Magda Soares pode se constatar que não inicia se na escola, a criança
traz consigo vários saberes e experiências adquiridos em seu cotidiano.
O mesmo ocorre com a criação do plano de aula, pois a partir dos aspectos teóricos abordados
na proposta da Base Nacional Comum Curricular, conseguimos elaborar uma ferramenta a qual
orienta o trabalho docente.
Considerações
Percebemos que não devemos ensinar a ler e escrever mecanicamente, a criança vai
evoluindo, construindo suas hipóteses, passando de desenhar para fazer letras, depois vai
diferenciando as letras e logo após vai fonetizar a escrita, e que os erros também são
construtivos e farão parte do aprendizado. Sabemos que o aluno é protagonista da sua
aprendizagem, que não chegam vazios no ensino infantil, já trazem alguns conhecimentos, pois
ao seu redor, a escrita está presente em tudo que se vê, em jornais, televisão, cartazes, placas
e muito mais, por isso é tão importante o contato com os livros desde pequeno antes mesmo
da sua alfabetização, a leitura para a criança, as cantigas de roda, tudo agregará em seu
desenvolvimento cognitivo.
Para que o aluno alcance a hipótese alfabética é preciso muita técnica, com trabalho
sistemático e diário, não só praticar a leitura de texto e a produção de texto, é preciso trabalhar
com as palavras, brincar com as palavras, jogar com as palavras.
Quando trabalhamos com o diagnóstico das hipóteses de escrita, vimos como devemos avaliar
a evolução de nossos alunos e como planejar as atividades e adequadas para que todas as
crianças avancem até compreendrem o sistema da escrita.
Ao praticarmos a criação do plano de aula vimos como se organizar para dar uma aula, para se
ter exito no processo ensino-aprendizagem, leva nos a pensar oque queremos que nossos
alunos aprendam, nos conteúdos das aulas, os objetivos á alcançar e como iremos avaliar.
Referências
- SOARES, M.Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever. São Paulo: Contexto,
2020.(Biblioteca Pearson).