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JÉSSICA LAIANE GUIMARÃES FERREIRA

R.A 8066126

PORTFÓLIO CICLO - 2
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: ASPECTOS DIDÁTICOS-
PEDAGOGICOS

TUTORA: PROFA. ALESSANDRA CORREA FARAGO

MARINGÁ – PR2020
Analisar as escritas de crianças com base na Psicogênese da Língua escrita.
Além dessa identificação, você deverá descrever quais as características da
hipótese para justificar o porquê a escrita infantil se enquadra em tal hipótese.

Hipótese para pré- silábica


A escrita do aluno, nessa hipotese, pode ser grafada com letras, desenhos e
outros símbolos. Dentro dessa hipótese de escrita, os alunos inicialmente
escrevem sem se preocupar com a quantidade de letras e com que letras ou
símbolos deve escrever.
Nível pré-silábico: Neste nível, a criança não estabelece relações entre a
escrita e a pronúncia. ... Aqui, a criança nem desconfia que as letras possam
ter qualquer relação com os sons da fala. Ela só sabe que se escreve com
símbolos, mas não relaciona esses símbolos com a linguagem oral. A criança
descobre a lógica da escrita, percebendo a correspondência entre a
representação escrita das palavras e as propriedades sonoras das letras, mas
pensa que cada letra representa é uma sílaba oral, ou seja, usa ao escrever
uma letra para cada emissão sonora (cada sílaba).
Conflito que levará ao próximo nível: impossibilidade de ler silabicamente o que
os outros escrevem (sobram letras).
Dicas: a hipótese silábica é uma construção da criança e o treino
descontextualizado e mecânico das sílabas não a favorece. O professor
provocará o conflito que a possibilita com intervenções e atividades que ajudem
a perceber a estabilidade da escrita convencional, no confronto com palavras já
conhecidas (nomes dos colegas, produtos). Quando a criança lê o que
escreveu percorrendo a palavra com o dedo percebe que sobram letras
(hipótese pré-silábica) ou faltam (hipótese silábica), facilitando a construção da
hipótese alfabética.
Exemplo:
Hipótese silábica sem valor sonoro
A hipótese silábica sem valor sonoro convencional é um divisor de águas na
aquisição da escrita, pois a criança passa da fase da escrita não fonetizada
para a escrita fonetizada . Relações se estabelecem: os pequenos começam a
representar cada emissão sonora com uma letra. Por isso, nas escritas
silábicas sem valor sonoro convencional, usam uma letra para cada sílaba
(embora não compreendam ainda o conceito de sílaba). Outra marca
importante é que ainda não fazem uso, necessariamente, das letras
correspondentes para escrever as palavras. Justamente por isso, a hipótese é
classificada como “sem valor sonoro convencional”. Em resumo, nessa fase,
acontece a descoberta de que a quantidade de letras pode se relacionar com a
quantidade de sílabas e os pequenos já sabem que têm de variar as letras ao
escrever tanto uma palavra como um conjunto de palavras.

 A criança percebe que é possível representar graficamente a linguagem


oral;
 Conhecimento limitado das letras do alfabeto e de sua forma gráfica;
 Utiliza-se de letras que podem não representar os respectivos sons;
 Após escrever uma palavra acrescenta mais letras;
 Ainda nesta fase, pode escrever uma frase utilizando uma letra para cada
palavra;
Nível silábico- Alfabético
Caracteriza-se pela passagem da hipótese silábica para a alfabética,
representando um conflito entre as duas fases. Acriança questiona a estrutura
silábica, mas ainda falta-lhe repertório fonético para obter sucesso na escrita.

Exemplo:

Silábico com valor sonoro


Na etapa silábico-alfabética, os alunos que antes representavam cada emissão
sonora com apenas uma letra não se contentam mais com isso, e nessa
construção do conhecimento passam agregar mais letras para representar uma
determinada emissão sonora. Há momentos em que ele escreve atribuindo a
cada sílaba uma letra, e outros em que ele representa as unidades sonoras
menores, os fonemas.
Isso quer dizer que a criança alterna o uso de duas letras para representar a
mesma emissão sonora. É assim: a criança escreve a mesma sílaba em uma
palavra usando uma letra e em outra palavra a mesma sílaba é escrita de
forma diferente, com as letras adequadas. Conhecimento da maioria das letras
do alfabeto e de sua forma gráfica;
 Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
 Ainda acontece de escrever uma palavra e acrescentar mais letras;
 Também é possível que que escrevam uma frase utilizando uma letra para
cada palavra;
Exemplo:
Nível silábico-alfabético

No nível silábico-alfabético, a criança passa a entender que as sílabas


possuem mais de uma letra. Porém, para entender os fonemas, é importante
que a criança também pratique sílabas só com uma letra intercalada com
sílabas maiores.
 A criança descobre que a sílaba não pode ser considerada como unidade,
mas que ela é composta por elementos menores – as letras
 Procura acrescentar letras à escrita da fase anterior (silábica);
 Grafa algumas letras completas e outras incompletas (com uma só letra por
sílaba). Usa as hipóteses dos níveis silábico e silábico-alfabético ao mesmo
tempo;
 Nesta fase a criança inicia a leitura independente de textos, palavras, dos
livrinhos de literatura, entre outros portadores de textos;
 As crianças tem dificuldades na leitura e escrita de palavras que são
iniciadas por vogais. Como saída, elas podem fazer a inversão das letras
tanto na leitura como na escrita;

Exemplo:
Nível alfabético

Caracteriza-se pela correspondência entre fonemas e grafemas, quando a


criança compreende a organização e o funcionamento da escrita e começa
a perceber que cada emissão sonora (sílaba) pode ser representada, na
escrita, por uma ou mais letras.
 Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;
 A criança consegue estabelecer uma vinculação mais coerente entre
leitura e escrita;
 Ela concentra-se na sílaba para escrever;
 Surge a adequação do escrito ao sonoro;
 As unidades linguísticas (palavras, sílabas, letras) são tradas como
categorias estáveis (antes não tinham para a criança nenhuma relação
entre si);
 Escreve do jeito que fala (presença da oralidade na escrita);
 Leitura com imagem ou sem imagem;
 Surgem os problemas relativos à ortografia.
 Pode ainda não separar todas as palavras nas frases;
 As crianças atingem a hipótese alfabética quando compreendem que,
na escrita, as letras combinadas representam os sons da fala e que a
escrita obedece regras convencionadas socialmente. Alfabetizaram-se.

Exemplo:
REFERÊNCIAS:

PICOLLI, Luciana; CAMINI, Patrícia. Práticas pedagógicas em alfabetização:


espaço, tempo e corporeidade. Porto Alegre: Edelbra, 2013.

MULTIEDUCAÇÃO. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria


Municipal de Educação. MULTIRIO. Disponível
em: http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/cime/ME02/ME02_010.html.

COUTINHO, M. de L. Psicogênese da língua escrita: O que é? Como intervir


em cada uma das hipóteses? Uma conversa entre professores. In: MORAIS, A.
G. de; ALBUQUERQUE, E. B. C. de e LEAL, T. F. (Orgs.). Alfabetização:
apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte:

ABREU, Ana Rosa. Como se aprende a ler e escrever. In: ABREU, A. R.


Alfabetização: livro do professor Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000, p.
10-149. ABREU, A. R. Alfabetização: livro do professor Brasília:
FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000.

LEAL, Telma Ferraz; MORAIS, Artur Gomes de. O aprendizado do sistema de


escrita alfabética: uma tarefa complexa, cujo funcionamento precisamos
compreender. In: LEAL, Telma Ferraz; ALBUQUERQUE, Eliana Borges
Correia; MORAIS, Artur Gomes de (Orgs.). Alfabetizar letrando na EJA:
fundamentos teóricos e propostas didáticas. Belo Horizonte: Autêntica Editora,
2013.

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