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do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Análise e Articulação e domínio do
discussão discurso académico
(expressão escrita
cuidada, coerência / 2.0
coesão textual)
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
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Índice
I. Introdução.................................................................................................................................4
1.1. Objectivos.........................................................................................................................5
1.1.1. Objectivo Geral..........................................................................................................5
1.1.2. Objectivos específicos...............................................................................................5
1.2. Metodologia......................................................................................................................5
1.3. Estrutura do Trabalho........................................................................................................5
II. Revisão Bibliográfica...............................................................................................................6
2.1. Administração local no período colonial..........................................................................6
2.2. A arquitectura do “ Poder local”.......................................................................................8
2.3. As estruturas do poder local..............................................................................................9
2.4. Os órgãos das autarquias locais.....................................................................................9
2.4.1. A assembleia municipal ou de povoação...................................................................9
2.4.2. Os órgãos executivos da autarquia local..................................................................11
2.4.3. O conselho municipal ou de povoação....................................................................11
2.4.4. O presidente do conselho municipal ou de povoação..............................................12
2.5. O modelo de governação local........................................................................................13
2.5.1. O modelo de governação municipal: o regime presidencial.......................................13
2.5.2. O “Presidencialismo municipal”..............................................................................14
2.6. A autonomia local...........................................................................................................14
2.7. O controlo do Estado sobre as autarquias locais: a tutela administrativa.......................14
2.8. Organização da tutela administrativa..............................................................................15
2.9. Os órgãos da tutela administrativa..................................................................................15
2.9.1. Os órgãos de tutela ao nível central.........................................................................16
2.9.2. Os órgãos de tutela ao nível local............................................................................16
2.10. As modalidades da tutela administrativa.....................................................................16
2.11. A dinâmica gradual “do Poder Local”........................................................................17
2.11.1. O “gradualismo” na criação das autarquias locais...................................................17
2.11.2. O “gradualismo” no processo de transferência das competências...........................17
2.12. Os desafios do “Poder Local”.....................................................................................17
2.12.1. A tendência a “recentralização”...............................................................................17
2.12.2. A recentralização financeira....................................................................................18
2.12.3. A recentralização administrativa.............................................................................18
2.12.4. A recentralização do controlo: a introdução da “tutela revogatória”.......................18
III. Conclusão...........................................................................................................................19
IV. Referencias Bibliográficas..................................................................................................20
I. Introdução
O presente trabalho versa sobre o poder local em Moçambique, que circunscreve no âmbito do
poder administrativo, onde o poder local na verdade uma materialização da descentralização, um
sistema em que a função administrativa esta confiada não apenas a nível, mas também a outras
pessoas colectivas.
Desta feita com esse estudo que corresponde o ponto central “o poder local”, no qual apresentar-
se-á a contextualização da descentralização politica em Moçambique desde a independência,
passando pela constituição de 1990 que foi o epicentro desta forma de tratamento de poder do
Estado ate a constituição dos dias de hoje, que melhorou consideravelmente a redacção e o
entendimento do poder local em Moçambique.
A elaboração do presente trabalho foi graças a consulta bibliográfica de diferentes autores que de
forma nobre e diferente contribuíram no entendimento da actual administração política local em
moçambicana.
I.1. Objectivos
I.2. Metodologia
Para GIL (2006:22), pesquisa bibliográfica é aquela que utiliza material já publicado, constituído
basicamente de livros, artigos de periódicos [...]. Sua principal vantagem é possibilitar ao
investigador a cobertura de uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que
poderia pesquisar directamente. No entanto, este trabalho recorre basicamente ao Manual do
Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa, cadeira de Sociolinguística e outras
fontes impressas e digitais…
Os portugueses chegaram a Moçambique nos finais do século XV, a caminho da Índia. Ao longo
da costa fundaram as feitorias de comércio em Sofala (1505) e na Ilha de Moçambique (1507),
que constituíram as primeiras formas de controlar o comércio entre o interior africano e diversos
portos do Oceano Índico. A colonização ocorreu, primeiro, como consequência da procura de
metais preciosos (ouro, prata e bronze), a que se juntou a demanda do marfim e, já no século
XVIII, o comércio de escravos (Newitt, 1997; UEM, 1988).
A criação de concelhos em Moçambique, assim como a urbanização, foi um processo lento, que
esteve associado a uma ocupação colonial gradual e que só se tornou efetiva no século XX. A
Ilha de Moçambique, cidade em 1818, manteve-se como capital até 1898, quando esta foi
transferida para Lourenço Marques, actual Maputo, cujo crescimento esteve ligado à importância
do Transval. A Beira, fundada no final do século XIX, só ganhou estatuto administrativo de
cidade em 1907, depois de iniciada, em 1899, a construção do caminho-de-ferro que ligava o seu
porto à Rodésia (actual Zimbabwe). Porto Amélia, hoje Pemba, só em 1934 foi elevada a
categoria de vila e em 1958 de cidade.
As companhias sucederam aos chamados prazos, criados nos finais do século XVI e que
perduraram até ao século XX. Tratava-se de estruturas feudais importadas da Europa e que
constituíam o modo de exploração na bacia do Zambeze. Segundo Papagno (1980), os prazos
foram um modelo de administração que acabou por ser integrado nas grandes companhias,
nomeadamente a Companhia de Moçambique e a Companhia da Zambézia. Este processo
acelerou-se depois do Ultimatum (1890), como consequência de investimentos ingleses. Neste
formato de concessão, as companhias tinham poderes sobre os habitantes africanos das áreas
concessionadas. Como afirmou Xavier (1888), “o negro habituado a viver escravo, não acha
qualquer diferença em pagar o tributo ao arrendatário em vez de ao seu antigo enfiteuta, mas sem
procurar saber qual dos dois tem direito de exigir o tributo ou o seu trabalho manual”.
Código do Trabalho dos Indígenas da África Portuguesa, de 1928, e o Estatuto Político, Civil e
Criminal dos Indígenas, de 1929, na sequência da lei de trabalho de 1899 e de outros diplomas,
articulavam a relação entre colonos e colonizados. Estes últimos eram forçados pela
administração colonial a diversos tipos de trabalho. O recrutamento de trabalhadores era feito
pelos sipaios, isto é, soldados locais, que actuavam sobretudo nas zonas rurais, mandatados pelos
colonizadores. As autoridades tradicionais serviam de intermediários entre o poder colonial e as
populações indígenas (Newitt, 1997). Entretanto, no começo dos anos de 1960, a política
colonial do Estado português mudou, tendo sido abolido o regime do indigenato. Todos, num
instante, passaram a cidadãos portugueses. Na prática, porém, o dualismo manteve-se,
continuando os africanos a serem considerados cidadãos de segunda, ou cidadãos sem cidadania.
Assim a Lei Fundamental atribui objectivos ao “Poder Local” que este deverá prosseguir.
Contudo, a realização destes objectivos precisa de estruturas, e um grau de autonomia suficiente
para permitir a realização concreta dos interesses e fins consagrados pela Constituição. No
entanto, a criação das autarquias locais não liberta o Estado da sua responsabilidade global sobre
o país e o funcionamento das diversas instituições constitucionalmente existentes; deve, por
conseguinte, exercer algum controlo sobre as autarquias locais.
No que diz respeito ao seu funcionamento, é regulado, no seu princípio, pelo Decreto n.º 35/98,
de 7 de Julho que estabelece os princípios fundamentais dos regulamentos das assembleias
municipais (princípio de legalidade, princípio de legitimidade democrática do eleito local,
princípio de especialidade, princípio de participação dos cidadãos residentes e princípio de
publicidade). Esses princípios devem ser introduzidos em cada um dos regulamentos das
assembleias municipais. O Decreto n.º 35/98, de 7 de Julho precisa, também, que os
regulamentos das assembleias municipais devem, igualmente, prever disposições relativas aos
direitos e deveres dos membros das assembleias municipais quanto ao funcionamento da
assembleia, a suspensão e a perda de mandato dos membros da assembleia, a competência da
assembleia municipal, o quórum, a presença do público às reuniões da assembleia municipal, as
deliberações e as modalidades de voto, a apresentação de sugestões, queixas, e petições dos
cidadãos residentes. A assembleia municipal ou de povoação realiza cinco sessões ordinárias por
ano. O calendário das sessões ordinárias é fixado pela assembleia municipal ou de povoação na
ocasião da primeira sessão ordinária de cada ano. As sessões da assembleia municipal ou
povoação são públicas.
Por um lado, o presidente do conselho municipal não pode dissolver a assembleia municipal ou
de povoação, e por outro lado, a assembleia municipal ou de povoação não pode aprovar uma
moção de censura contra o presidente do executivo local. Esta ausência de responsabilidade
encontra a sua justificação na necessidade de evitar que mudanças políticas ou alianças pessoais
fragilizem o executivo local. Do mesmo modo, pode-se observar semelhanças a nível das
responsabilidades dos dois presidentes nos diferentes sistemas; nos dois casos, os presidentes são
investidos como responsável do executivo e da direcção do conjunto dos serviços administrativos
da autarquia local.
O princípio da autonomia das autarquias locais é consagrado pela Constituição no Artigo 8 e n.°
3 do Artigo 276 e pela lei. Em especial, a lei consagra três tipos de autonomia:
a) A autonomia administrativa;
b) A autonomia financeira;
c) A autonomia patrimonial das autarquias locais.
2.7. O controlo do Estado sobre as autarquias locais: a tutela administrativa
A autonomia de que beneficiam as autarquias locais significa, igualmente, que não há relação de
subordinação hierárquica das autarquias locais ao Estado. Contudo, a não subordinação
hierárquica não significa que as autarquias locais tornaram-se independentes do poder central.
Por outras palavras, a criação das autarquias locais não liberta o Estado da sua responsabilidade
global sobre o país e o funcionamento das diversas instituições constitucionalmente existentes.
Após a elaboração do presente trabalho concluiu-se que o poder local em Moçambique teve
diferentes etapas e sofreu imensos ajustes, de modo a satisfação dos interesses da comunidade
moçambicana, a nível local. Por isso, nesse exaustivo processo investigativo sobre o poder local
em Moçambique. O poder local remota no período colonial. Com a independência de
Moçambique o poder que estava praticamente destruído nas localidades, foi centralizado. E na
fracassada tentativa de responder a necessidades e objectivos do estado, foram redistribuídos
poderes a nível local, de modo que houvesse mais aproximação com o cidadão. Assim conclui se
que, com a descentralização consagrada na segunda e demais constituições foram criadas
autarquias locais, cujas estas foram munidas de autonomia financeira, administrativa, patrimonial
e normativas. Portanto sendo uma entidade diferente do estado, foram criadas, também órgãos
locais de poderes especiais para responderem face a nova estrutura administrativa local.
IV. Referencias Bibliográficas
CISTAC G., Manual de Direito das Autarquias Locais, 1 edição, Plural editora, Maputo.
2012.
Decreto n.º 33/2006, de 30 de Agosto.
Decreto n.º 35/98, de 7 de Julho.
Decreto n.º 56/2008, de 30 de Dezembro
Diploma Ministerial n.° 144/2009, de 24 de Junho
Diploma Ministerial n.º 23/2008, de 31de Março.
file:///C:/Users/Maida%20Jacqueline/Downloads/
Lei_1.2018_Revisao_pontual_Constituicao_Republica_Mocambique_2018.pdf
Lei n.° 6/2007, de 9 de Fevereiro
Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro
Lei n.º 10/97, de 31 de Maio
Lei n.º 2/97, de 18 de Fevereiro.
NEWITT, M.. História de Moçambique. Mem Martins: Europa-América. 1997.
OLIVEIRA A. Cândido (DE)., Direito das autarquias locais, Coimbra, Coimbra Editora
– 1993.
RODRIGUES, E. (1998). Municípios e poder senhorial nos Rios de Sena na segunda
metade do século XVIII. In Vieira, A. (Org.), O município no mundo português.
Funchal: Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA).
UEM (Universidade Eduardo Mondlane). História de Moçambique. Maputo: Imprensa
da UEM. (1988).
XAVIER, A. C. A Zambézia. Nova Goa: Imprensa Nacional. 1888