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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:

Contratos Administrativos na Função Pública Moçambicana

Nome: Maria Elisa Renço – Código da estudante : 708215379

Curso: Licenciatura Em Administração pública


Disciplina: Direito Administrativo
Turma: A
Ano de Frequência: 3º Ano; I Semestre

Docente:

Msc. Hélder Lourenço

Beira, Maio de 2023


Folha de feedback

Classificação
Indicadores Padrões Nota
Categorias Pontuação
do Subtotal
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 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0,5
 Conclusão 0,5
 Bibliografia 0,5
 Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectives
 Metodologia
adequada ao objectivo de 2.0
trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico (expressão 2.0
Conteúdo escrita cuidada, coerência
/ coesão textual)

Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica nacional e
2.0
internacionais relevantes
na área de estudo

 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafa, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
edição em  Rigor e coerência
Referências
citações e das citações/referências 4.0
bibliográficas
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Capitulo I........................................................................................................................................5

1. Introdução.............................................................................................................................5

1.1. Objectivos.............................................................................................................................6

1.1.1. Objectivos gerais...............................................................................................................6

1.1.2. Objectivos especificos.......................................................................................................6

1.2. Metodologias........................................................................................................................6

Capitulo II: Fundamentação teórica............................................................................................7

2. Contratos Administrativos na Função Pública Moçambicana..............................................7

2.1. Definição de Contrato Administrativo..................................................................................7

2.2. Regime jurídico de contratação............................................................................................7

2.3. Modalidades de contratação.................................................................................................7

2.4. Principais Espécies de Contratos Administrativos...............................................................8

2.5. A Formação do Contrato Administrativo.............................................................................9

2.6. Cláusulas Essenciais.............................................................................................................9

2.7. Prerrogativas do Contratante..............................................................................................10

2.8. A Execução do Contrato Administrativo............................................................................10

2.9. Exigências de Garantia.......................................................................................................11

2.10. Anualidade dos Contractos Administrativos...................................................................11

2.11. A Extinção do Contrato Administrativo.........................................................................12

3. Conclusão...........................................................................................................................13

4. Bibliografia........................................................................................................................14
Capitulo I

1. Introdução

O presente trabalho de pesquisa da de Direito Administrativo, esmiuça a cerca dos Contratos


Administrativos na Função Pública Moçambicana. Como um instrumento ou meio de acção da
Administração Pública o contrato administrativo poder ser definida como sendo um acordo de
vontades pelo qual é constituída, modificada ou extinta uma relacção jurídica administrativa.

Neste caso a actuação da Administração Pública assenta na bilateralidade e a participação dos


particulares é mais elevada e intensa. Um contrato é administrativo quando a sua matéria é do
Direito Público e seja celebrado ao abrigo da gestão pública.

Normalmente, a Administração Pública actua por via de autoridade e toma decisões unilaterais,
isto é, prática actos administrativos: o acto administrativo é o modo mais caracteristico do
exercicio do poder administrativo, é a forma tipica da actividade administrativa.

Muitas vezes, a administração Pública actua de outra forma, desta feita em colaboração com os
particulares, usando via do contrato, que é uma via bilateral, para prosseguir os fins de interesse
público que a lei põe a seu cargo.

Em Moçambique para a celebração de contratos administrativos, as entidades públicas devem


observar o estatuído no Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, que revoga o Decreto n.º 15/2010, de
24 de Maio, exceptuando as excepções que o próprio decreto assim o define. Neste trabalho
trabalhamos com estes Decreto.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos gerais
 Conhecer os Contratos Administração na Função Pública Moçambicana.

1.1.2. Objectivos especificos


 Definir o contrato administrativo ou da Administração Pública;
 Identificar e explicar cada um dos diversos tipos de contratos administrativos;
 Explicar os poderes ou cláusulas exorbitantes da Administração Pública na execução dos
seus contratos.

1.2. Metodologias
Para a elaboração deste trabalho procurou-se fazer um enquadramento metodológico
baseado nos seguintes aspectos: quanto às origens dos dados e informações, no presente trabalho
utilizam-se as pesquisas do tipo bibliográfica e documental. Ela terá um carácter exploratório,
descritivo e explicativo.
Capitulo II: Fundamentação teórica
2. Contratos Administrativos na Função Pública Moçambicana
2.1. Definição de Contrato Administrativo
Para Gilles Cistac, “os contratos administrativos são aqueles em que o Estado celebra com
particulares, em que para além de estarem reflectidas de um conjunto de prerrogativas, verifica-
se sujeições, todas inspiradas pela finalidade da actividade administrativa”

De acordo com Maria (2001), o contrato administrativo há-de definir-se da sua


subordinação a um regime Juridico de Direito Administrativo: serão administrativos dos
contratos cujo regime seja traçado pelo direito administração: serão civís ou comerciais os
contratos cujo regime jurídico seja traçado pelo Direito Civil ou comercial.

2.2. Regime jurídico de contratação

Para o art. 5 (Decreto 05/2016 de 08 de Março), diz à contratação pública aplicam-se os


seguintes regimes jurídicos:

a) Geral; b) Espcial; e c) Excepcional.

Os Contratos regulados pelo presente Regulamento têm natureza administrativa, regulam-


se pelas normas e preceitos de direito público, aplicando-se lhes supletivamente os princípios de
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

2.3. Modalidades de contratação

A contratação é feita através de concurso público Artigo 44, que é a modalidade de


contrataçãona qual pode intervir todo e qualquer participante interessado, desde que reúna os
requisitosestabelecidos nos Documentos de Concurso.
O Concurso Público observa, pela ordem indicada, as seguintes fases:
a) Preparação e lançamento;
b) Recepção das propostas e dos documentos de qualificação;
c) Abertura das propostas e dos documentos de qualificação;
d) Avaliação, classificação e recomendação do Júri;
e) Anúncio do posicionamento dos concorrentes;
f) Adjudicação, Cancelamento ou Invalidação;
g) Notificação aos concorrentes;
h) Reclamação e Recurso; e
i) Celebração do Contrato.

2.4. Principais Espécies de Contratos Administrativos

Podemos distinguir como algumas espécies de contratos administrativos, as seguintes são


principais:

 Concessão de obras públicas: é um contrato pelo qual um particular se encarrega de


executar e explorar uma obra mediante retribuição a obter directamente dos utentes
através do pagamento de taxas de utilização; trata-se de um contrato com aplicação
restrita ao nível das autarquias locais;
 Concessão de serviços públicos: é o contrato pelo qual um particular se encarrega de
montar e explorar um serviço público, sendo retribuído através de taxas de utilização a
cobrar directamente ao público; trata-se de um contrato que, tal como o anterior, tem uma
aplicação restrita ao nível das autarquias locais;
 Concessão da exploração de domínio público: é o contrato pelo qual a Administração
faculta a um sujeito privado a utilização económica exclusiva de uma parcela do domínio
público, para fins de utilidade pública; este contrato tem maior aplicação, especialmente
nos tempos actuais, ao nível de muitas autarquias no mundo, com destaque para
tratamento e distribuição de água, recolha, instalações turísticas em áreas de domínio
público, etc.
 Fornecimento contínuo: contrato pelo qual o particular se encarrega durante um certo
período de entregar regularmente à autarquia local certos bens necessários ao
funcionamento regular de um serviço público;
 Prestação serviços: contrato pelo qual um particular ingressa nos quadros permanentes
da Administração e presta a sua actividade profissional de acordo com o estatuto
definido;
 Contrato de provimento: contrato pelo qual um particular acorda com a Administração
dar-lhe a sua colaboração profissional com o estatuto da função pública;
 Contrato de transporte: contrato pelo qual um particular se encarrega de garantir a
deslocação de pessoas/ou coisa de interesse público; é igualmente uma área de aplicação
limitada nos municípios, a quem raramente cabe o exercício de atribuições nesta área.
2.5. A Formação do Contrato Administrativo

De acordo com o Decreto nº 15/2010 de 24 de Maio:

 Os contratos previstos no presente Regulamento, cujo valor seja superior ao limite


previsto no n.o 3 do artigo 113 devem ser reduzidos a escrito, obedecendo aos modelos
constantes dos Documentos de Concurso que são parte integrante do presente
Regulamento.
 Celebrado o contrato, a Entidade Contratante deve, nos termos previstos em legislação
específica, submetê-lo ao Tribunal Administrativo para efeitos de fiscalização.

2.6. Cláusulas Essenciais

O artigo 112 do Decreto 05/2016 de 08 de Março aponta alguns aspectos que devem
compor as cláusulas essenciais:

1. Os Contratos devem mencionar, designadamente:

a) Identificação das partes contratantes;


b) Objecto do Contrato, devidamente individualizado;
c) Prazo de execução da obra, fornecimento de bens ou prestação de serviços, com indicação das
datas do respectivo início e termo;
d) Garantias relativas à execução do Contrato, quando exigidas;
e) Forma, prazos e demais cláusulas sobre o regime de pagamento;
f) Encargo total estimado resultante do Contrato;
g) Sanções aplicáveis em caso de falta de cumprimento;
h) Foro judicial ou outro, para a solução de qualquer litígio emergente do Contrato, seja na sua
interpretação, ou na sua execução;
i) Inclusão obrigatória de uma cláusula anti-corrupção; e
j) Outras condições que as partes considerem também essenciais à boa execução do Contrato.

2. O Contrato pode prever a adopção de arbitragem independente para solução de conflitos


resultantes da interpretação e execução do Contrato, a ser realizada em Moçambique e em língua
portuguesa, com observância da legislação específica sobre a matéria.

3. Os Contratos para fornecimento de bens e prestação de serviços poderão ser prorrogados, por
igual período, uma única vez, desde que mantidas as condições contratuais iniciais.

4. É vedado qualquer pagamento, sem a correspondente contraprestação, excepto, mediante


apresentação de Garantia para Pagamento do Valor Adiantado, nos termos do artigo 104.

2.7. Prerrogativas do Contratante

O Artigo 116 do Decreto 05/2016 de 08 de Março versa que a Entidade Contratante tem a
prerrogativa de, nos termos previstos no presente Regulamento:

a) Rescindir unilateralmente o Contrato;

b) Fiscalizar a execução do Contrato, directamente ou por fiscal por si contratado;

c) Suspender a execução do Contrato; e

d) Aplicar as sanções pela inexecução total ou parcial do Contrato.

2.8. A Execução do Contrato Administrativo

 A Contratada deve garantir a exacta e pontual execução do Contrato, em cumprimento do


convencionado, não podendo esta transmitir a terceiros as responsabilidades assumidas
perante a Entidade Contratante.
 Em caso de atraso na execução do Contrato pela Contratada, tem a Entidade Contratante
o direito a ser ressarcido pelos prejuizos causados nos termos definidos no Contrato.

2.9. Exigências de Garantia


 A Entidade Contratante deve exigir que a Contratada preste garantia definitiva adequada
ao bom e pontua! cumprimento das suas obrigações.
 A apresentação da garantia do bom e pontual cumprimento das obrigações da Contratada
é condição prévia de celebração do contrato.
 A garantia definitiva poderá ser dispensada nos casos de contratação de empreitada de
obras, fornecimentos de bens e prestação de serviços de pequena dimensão e na selecção
de pessoas singulares para a prestação de serviços de consultoria.
 Não é permitido o pagamento de adiantamento sem apresentação de garantia no mesmo
valor.

2.10. Anualidade dos Contractos Administrativos


É comum observarmos os orgãos judiciar julgarem casos comprovados de fraudes e
ocorrências da prática de acto de improbidade administrativa onde, muitas vezes, os condenados
juridicamente não devovem aos cofres públicos os valores recebidos, valores estes considerado
“enriquecimento ilicito” ou mesmo “sem causa” vindo a causar revolta aos clientes comuns que
somente assistem de camarote pela média os diversos contractos administrativos celebrados
diariamente que possuem algum indíciode irregularidade.

O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa nos Contractos Administrativos,conjugado,


ou seja, agregado ao princípio da equidade e ao princípio da moralidade, não“Acoberta”, ou seja,
não dá legalidade, nos contractos administrativos, a indemnizaçãoum particular que, usando de
meios comprovadamente ilícitos, der causa à nulidade docontrato.
2.11. A Extinção do Contrato Administrativo

Segundo o decreto nº 05/2016 de 08 de março (Artigo 125): esta lei prevê que os contractos
se suspendem:
1. Os contratos cessam:
a) Pelo integral cumprimento das obrigações da Entidade Contratante e da Contratada;
b) Por mútuo acordo entre a Entidade Contratante e a Contratada; e
c) Por rescisão unilateral fundamentada em incumprimento de obrigações contratuais.
2. No caso de Pessoa Singular, a incapacidade ou morte determina a cessação do Contrato,
podendo a Entidade Contratante autorizar a continuação do Contrato pelos representantes legais
ou herdeiros, nos termos da legislação vigente sobre a matéria.
3. No caso de Pessoa Colectiva, a falência determina a cessação do Contrato, podendo a
Entidade Contratante autorizar a continuação do Contrato desde que haja acordo de credores, nos
termos da legislação vigente sobre a matéria.
4. A Contratada não pode ceder a sua posição contratual, no todo ou em parte, sem prévia
autorização da Entidade Contratante, sob pena de esta rescindir unilateralmente o Contrato.
5. A cessação do Contrato por mútuo acordo ou por rescisão unilateral é obrigatoriamente
feita por escrito.
3. Conclusão

No final deste trabalho conclui que os contratos administrativos são sempre consensuais, e, em
regra, formais, onerosos, comutativos e realizados intuitu personae (devem ser executados por
quem os celebrou, não se admitindo, regra geral, a subcontratação). Além dessas características,
os contratos administrativos devem ser precedidos de licitação, somente inexigível ou
dispensável nos casos expressamente previstos na lei. O contrato administrativo é um ajuste
celebradoentre a administração pública e terceiros para consecução de objetivos de interesse
público, regido por normas de direito público.

A principal distinção entre os contratos de direito privado e os contratos administrativos é que


nesses, a administração pública tem prerrogativas, consubstanciadas nas chamadas decláusulas
exorbitantes, que caracterizam a preponderância do interesse público, a posição desuperioridade
da administração em relação ao contratado.

O contrato administrativo é exigido na prestação de serviços públicos e na utilização privativade


bem público, tem como característica a presença da administração como Poder Público, visando
sempre através do instrumento contratual a consecução de uma finalidade pública.
4. Bibliografia

 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella.(2014). Direito administrativo. 27ª ed. São Paulo:
Atlas, 2001.
 Gilles Cistac, artigo proferido no Workshop on administrative law, Hotel Cardoso,
Mozambique, 1 – 4 April, 2009 – O Direito Administrativo em Moçambique.

Legislação

 Decreto nº 05/2016, de 08 de Março. (2016).


Aprova Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento
de Bens e Prestação de Serviços ao Estado. B.R, I Série nº 28, Maputo, Imprensa
Nacional Moçambique.
 Decreto nº 15/2010, de 08 de Maio. (2010).
Aprova Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento
de Bens e Prestação de Serviços ao Estado. B.R, I Série nº 20, Maputo, Imprensa
Nacional Moçambique.

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