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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho

O impacto e funcionamento dos Contratos Administrativos nas Autarquias Locais


Moçambicanas.

Nome: Valdimiro Mateus Saize Chaleca


Código do Estudante: 708200267

Curso: Administração Pública


Disciplina: Administração e Gestão
de Autarquias
Ano de Frequência: 3° Ano

Tete, Junho, de 2022


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objectivos
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objecto do trabalho
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Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
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dados
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Conclusão 2.0
teóricos práticos
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Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
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Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Índice
1. Introdução....................................................................................................................... 5

1.1. Objectivo geral ........................................................................................................... 5

1.1.2. Objectivos específicos ............................................................................................ 5

1.2. Metodologia ................................................................................................................ 5

2. Contrato administrativo .................................................................................................. 6

2.1. Conceitos básicos ....................................................................................................... 6

3. Funcionamento Administrativo nas Autarquias Locais Moçambicanas ........................ 6

3.1. Tutela das Autarquias Locais ..................................................................................... 7

4. Funcionamento de Contratos administrativos com as autarquias locais Moçambicanas8

5. Impacto dos Contratos Administrativos nas Autarquias Locais Moçambicanas ........... 9

6. Conclusão ..................................................................................................................... 10

7. Referências bibliográficas ............................................................................................ 11

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1. Introdução
A expressão contratos da Administração é utilizada, em sentido amplo, para abranger todos
os contratos celebrados pela Administração Pública, seja sob regime de direito público,
seja sob regime de direito privado. E a expressão contrato administrativo é reservada para
designar tão-somente os ajustes que a Administração, nessa qualidade, celebra com
pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para a consecução de fins públicos,
segundo regime jurídico de direito público.

1.1. Objectivo geral:


 Constitui o objectivo geral da pesquisa, analisar impacto e funcionamento dos
Contratos Administrativos nas Autarquias Locais Moçambicanas.

1.1.2. Objectivos específicos:


 Descrever o funcionamento administrativo nas Autarquias Locais Moçambicanas;
 Descrever o funcionamento de Contratos administrativos com as autarquias locais
Moçambicanas; e
 Analisar o impacto dos contratos administrativos nas Autarquias Locais
Moçambicanas.

1.2. Metodologia
De acordo com os conceitos de Rodrigues (2006) podemos definir a forma de construção
do presente trabalho da seguinte forma, desenvolvido com a natureza de resumo de
assuntos, pois não traz conhecimentos inovadores, mas utiliza trabalhos de outros autores,
com intento para reunir, analisar, avaliar e discutir conhecimentos e informações de
trabalhos já existentes, visando à aprendizagem. O que caracteriza a pesquisa como revisão
bibliográfica. A obtenção das informações foi de forma bibliográfica, a partir de fontes
secundárias por materiais publicados sobre o assunto.

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2. Contrato administrativo

2.1. Conceitos básicos


Segundo Di Pietro (2011), a expressão contrato administrativo revela os ajustes
que a Administração, nessa qualidade, celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas
ou privadas, para a consecução de fins públicos, segundo regime jurídico de direito
público.
Justen Filho (2012), no mesmo sentido, conceitua a figura como um acordo de
vontades, em que uma das partes íntegras a Administração Pública, orientado a constituir
relação jurídica submetida ao regime de direito público e destinada ou a satisfazer de
modo direito necessidades da Administração Pública ou a constituir uma delegação a um
particular da prestação de serviço público.
Dessa forma, pode-se, em apertada síntese, definir contrato administrativo como o
vínculo jurídico regido pelo direito público, no qual um dos pólos sempre será ocupado
pela Administração Pública.
Importante salientar que sua natureza se distingue amplamente dos contratos celebrados
por particulares. Isso porque, em função de princípios da ordem da indisponibilidade do
interesse público e da supremacia do interesse público, os acordos de vontade celebrados
na órbita do Estado possui regramento específico, assentado na Lei nr.º 54/2005, de 13
de Dezembro de 2005.

3. Funcionamento Administrativo nas Autarquias Locais Moçambicanas

O artigo 09 da Lei n.° 13/2018, de 17 de Dezembro, diz que as autarquias locais gozam de
autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
Autonomia administrativa compreende os seguintes poderes:
 Praticar actos definitivos e executórios na área da sua circunscrição territorial; e
 Criar, organizar e fiscalizar serviços destinados a assegurar a prossecução das suas
atribuições.
A autonomia financeira compreende os seguintes poderes:
 Elaborar, aprovar, alterar e executar planos de actividades e orçamento;
 Elaborar e aprovar as contas de gerência;

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 Dispor de receitas próprias, ordenar e processar as despesas e arrecadar as receitas
que, por lei, forem destinadas às autarquias;
 Gerir o património autárquico; e
 Recorrer a empréstimo nos termos da legislação em vigor.
A autonomia patrimonial - consiste em ter património próprio para a prossecução das
atribuições das autarquias locais.
Portanto, apesar de serem autónomas as autarquias moçambicanas, o Estado intervém na
sua actuação e actividades com o fundamento da unicidade do Estado e de garantir os
interesses nacionais e da sua participação. E a forma mais comum dessa intervenção é o
exercício de tutela.

3.1. Tutela das Autarquias Locais

No sentido administrativo, tutela é um conjunto de poderes de intervenção de uma pessoa


colectiva pública (o Estado) na gestão de uma outra pessoa colectiva pública (autarquia
ou empresa pública) ou privada, para assegurar a legalidade ou o mérito de sua actuação.

O artigo 12 da Lei n.° 13/2018, de 17 de Dezembro, diz que as autarquias locais estão
sujeitas à tutela administrativa do Estado, segundo as formas e nos casos previstos na lei.
E a tutela administrativa sobre as autarquias locais consiste na verificação da legalidade
dos actos administrativos dos órgãos autárquicos nos termos fixados na lei.
No seu n.° 3 e 4 da Lei n.° 13/2018, explica que o exercício do poder tutelar, pode ser
ainda, aplicado sobre o mérito dos actos administrativos, apenas nos casos e nos termos
expressamente previstos na lei. E as autarquias locais podem impugnar contenciosamente
as ilegalidades cometidas pela autoridade tutelar no exercício dos poderes de tutela.
No artigo 13 da Lei n.° 13/2018, de 17 de Dezembro, diz que no que tange a Órgãos de
tutela - o exercício da tutela administrativa do Estado sobre as autarquias locais é
efectuado através de órgão próprio cuja acção se desenvolve no território nacional e os
pressupostos, requisitos, processo e forma de exercício dos poderes tutelares e seus efeitos
são definidos por lei.
A autarquia local no seu funcionamento desenvolve as suas actividades em estreita
obediência à Constituição, aos preceitos legais e regulamentares e aos princípios gerais de
direito, dentro dos limites dos poderes que lhes estejam atribuídos e em conformidade
com os fins para que os mesmos lhes foram conferidos.
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4. Funcionamento de Contratos administrativos com as autarquias locais
Moçambicanas

O contrato administrativo envolve um acordo de vontade entre duas ou mais pessoas,


como qualquer outro contrato, só que uma delas é uma entidade que integra a
Administração Pública e que em vez de uma manifestação unilateral de autoridade, como
acontece com o acto administrativo, estabelece esse acordo de vontades. Mas em vez de
se apresentar destituída de poderes de autoridade, como acontece com os contratos de
direito privado, aparece provida de poderes especiais. Diz-se contrato administrativo o
acordo de vontades pelo qual é constituída, modificada ou extinta uma relação jurídica
administrativa.
Podemos distinguir como algumas espécies de contratos administrativos as seguintes
principais:
 Concessão de obras públicas: é um contrato pelo qual um particular se encarrega
de executar e explorar uma obra uma obra mediante retribuição a obter
directamente dos utentes através do pagamento de taxas de utilização; trata-se de
um contrato com aplicação restrita ao nível das autarquias locais;
 Concessão de serviços públicos: é o contrato pelo qual um particular se encarrega
de montar e explorar um serviço público, sendo retribuído através de taxas de
utilização;
 Concessão da exploração de domínio público: é o contrato pelo qual a
Administração faculta a um sujeito privado a utilização económica exclusiva de
uma parcela do domínio público, para fins de utilidade pública; este contrato tem
maior aplicação, especialmente nos tempos actuais, ao nível de muitas autarquias
no mundo, com destaque para tratamento e distribuição de água, recolha,
instalações turísticas em áreas de domínio público, etc.
 Fornecimento contínuo: contrato pelo qual o particular se encarrega durante um
certo período de entregar regularmente à autarquia local certos bens necessários ao
funcionamento regular de um serviço público;
 Prestação serviços: contrato pelo qual um particular ingressa nos quadros
permanentes da Administração e presta a sua actividade profissional de acordo
com o estatuto definido;
 Contrato de provimento: contrato pelo qual um particular acorda com a

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Administração dar-lhe a sua colaboração profissional com o estatuto da função
pública;
 Contrato de transporte: contrato pelo qual um particular se encarrega de garantir a
deslocação de pessoas/ou coisa de interesse público; é igualmente uma área de
aplicação limitada nos municípios, a quem raramente cabe o exercício de
atribuições nesta área.
Os contratos administrativos podem ser contratos económicos, contratos financeiros,
contratos relativos aos bens da Administração.

5. Impacto dos Contratos Administrativos nas Autarquias Locais Moçambicanas

Através da tutela administrativa moçambicana, o funcionamento da Administração


Autárquica Local moçambicana tem impactado positivamente na prestação dos serviços
públicos pós.
Os feitos acima arrolados referentes aos Contratos Administrativos nas Autarquias Locais
Moçambicanas, podem se perceber que, eles assumem um papel preponderante na medida
em que servem-se de espelho, as autarquias locais constituem uma administração pública
indirecta, uma vez que são entidades jurídicas são criadas pelo Estado para certo fim
(satisfação das necessidades colectivas de uma comunidade) e que estão investidas de
poderes administrativos e que ficam sob a sua tutela.
Ao nível político e do poder local, é nas autarquias locais moçambicanas que se estrutura e
se concretiza a prática da democracia local, constituindo um limite importante às possíveis
tendências tentaculares de omnipotência do Estado e do Poder Central.
Também, economicamente, as autarquias têm uma importância ainda maior, pois
assumem, no conjunto da administração e governação local, um significativo número de
serviços que devem prestar às comunidades locais, responsabilizando-se por uma série de
investimentos públicos.

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6. Conclusão
O Estado moçambicano é uma pessoa colectiva que desempenha sob a direcção do
Governo a Administração directa do Estado, que compreende os serviços públicos
directamente prestados pelos órgãos do Estado, desde logo: os órgãos centrais,
independentes, locais e de representação do Estado no estrangeiro.

A Autarquia Local é uma entidade administrativa que actua de modo autónomo do poder
central. E ser autónomo significa que não são órgãos locais Estado e nem se confundem
com o Estado, ou melhor elas tem margem de liberdade para o exercício das suas
atribuições, fazer uma planificação cuidada e uma gestão rigorosa para prosseguir todos os
interesses locais em benefício dos munícipes.

O contrato administrativo envolve um acordo de vontade entre duas ou mais pessoas, como
qualquer outro contrato, só que uma delas é uma entidade que integra a Administração
Pública. O contrato pode resultar de ajuste directo entre as partes, de um concurso
limitado, em que há um número restrito de concorrentes, ou de um concurso público. A
escolha da modalidade do contrato pode não depender exclusivamente do órgão
competente, mas sim do valor em causa, estipulado pela lei.

O regime jurídico geral aplicável aos contratos administrativo é previsto no Decreto nº


54/2005, de 13 de Dezembro (aprova o Regulamento de Contratação de Empreitada de
Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviço ao Estado).

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7. Referências bibliográficas

Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. (2011). Direito Administrativo. São Paulo: Atlas.

Fernando, G. Noé. Manual de gestão e administração de autárquica. Beira. Moçambique:


UCM.

Justen Filho, Marçal. (2012). Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos.


São Paulo: Dialética.

Legislação

 Lei nr.º 54/2005, de 13 de Dezembro de 2005


 Lei n.° 13/2018, de 17 de Dezembro

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