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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS E POLITICAS DAS SOCIEDADES


DO EGIPTO

Anifa Bernardo Miguel – 708225027

Curso: Administração Publica

Disciplina: História da Sociologia

Ano de frequência: 1º Ano

Pemba, Junho de 2022

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bibliografia bibliográficas

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Índice

Introdução ............................................................................................................................................ 3

1. Características Socioeconômicas e Politicas das Sociedades do Egipto ......................................... 4

1.1. Características gerais .................................................................................................................... 4

1.1. 2.Principais grupos sociais e a função que exerciam nesta sociedade .......................................... 4

2. Organização Social do Egito: Principais Características ................................................................. 6

2.1. As 9 Classes da Estrutura Social do Egito .................................................................................... 7

1- O faraó ............................................................................................................................................. 7

2- O vizir .............................................................................................................................................. 7

3- Os nobres ......................................................................................................................................... 8

4- Os padres ......................................................................................................................................... 8

5- Os soldados ...................................................................................................................................... 8

6. Os escribas ....................................................................................................................................... 9

7. Os artesãos ....................................................................................................................................... 9

8- Os camponeses .............................................................................................................................. 10

9- Escravos ......................................................................................................................................... 10

Economia e Sociedade no Egito Antigo ............................................................................................ 10

Conclusão........................................................................................................................................... 13

Referências Bibliografica................................................................................................................... 14

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Introdução

O presente trabalho aborda o tema relacionado com: Características Socioeconómicas e Politicas


das Sociedades do Egipto, O Egipto estão localizadas no nordeste da África. Ele está limitado ao
norte com o Mediterrâneo, ao sul com a Núbia, a oeste com a Líbia e a leste com o Mar Vermelho.
O Egipto é um extenso país irrigado pelo Rio Nilo. As cheias do Nilo começam em Julho e vão até
Novembro.

A sociedade do Egipto Antigo possuía uma forma de organização bem eficiente, embora injusta,
garantindo seu funcionamento e expansão. Esta sociedade era hierárquica, ou seja, cada segmento
possuía funções e poderes determinados, sendo que os grupos com menos poderes tinham que
obedecer quem estava acima.

A civilização egípcia antiga permaneceu nas margens do rio Nilo entre os anos de 3200 a.C a 32
a.c, onde se inicia o domínio romano. Por estar em meio ao deserto, o rio Nilo passou a ser
fundamental para o desenvolvimento da civilização egípcia. O rio era utilizado como via de
transporte, pessoas e mercadorias.

Para a elaboração do presente trabalho usou-se as ferramentas de pesquisas bibliográfica tais como
livros, manuais, revistas e Internet para o seu desenvolvimento na íntegra.

Objectivo geral

 Conhecer Características Socioeconómicas e Politicas das Sociedades do Egipto.

Objectivo Especifico

 Identificar as Características Socioeconómicas e Politicas das Sociedades do Egipto;


 Mencionar Características Socioeconómicas e Politicas das Sociedades do Egipto.

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1. Características Socioeconómicas e Politicas das Sociedades do Egipto

1.1. Características gerais

Segundo Adams, (1964), O Egipto está localizado no nordeste da África. Ele está limitado ao norte
com o Mediterrâneo, ao sul com a Núbia, a oeste com a Líbia e a leste com o Mar Vermelho. O
Egipto é um extenso país irrigado pelo Rio Nilo. As cheias do Nilo começam em Julho e vão até
Novembro (p.28).

Neste período, o rio transborda e deposita o lodo e o limo que possibilitam o aproveitamento
agrícola da região. O Rio Nilo é tão importante para a civilização egípcia que os historiadores
dizem: “O Egipto é uma dádiva do Nilo”.

Na perspectiva Aitken, (1961), A sociedade do Egipto Antigo possuía uma forma de organização
bem eficiente, embora injusta, garantindo seu funcionamento e expansão. Esta sociedade era
hierárquica, ou seja, cada segmento possuía funções e poderes determinados, sendo que os grupos
com menos poderes tinham que obedecer quem estava acima (p.9).

1.1.Principais grupos sociais e a função que exerciam nesta sociedade

Faraó

Na óptica Berger (1970). Era o governante do Egipto. Possuía poderes totais sobre a sociedade
egípcia, além de ser reconhecido como um deus. O poder dos faraós era transmitido
hereditariamente, portanto não havia nenhum processo de escolha ou votação para colocá-lo no
poder (p.9).

O faraó e sua família eram muito ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos entre o
povo. A família real vivia de forma luxuosa em grandes palácios. Ainda em vida, ordenava a
construção da pirâmide que iria abrigar seu corpo mumificado e seus tesouros após a morte.

Sacerdotes
_______ (1970). Na escala de poder estavam abaixo somente do faraó. Eram responsáveis pelos
rituais, festas e actividades religiosas no Antigo Egipto. Conheciam muito bem as características e

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funções dos deuses egípcios. Comandavam os templos e os rituais após a morte do faraó. Alguns
sacerdotes foram mumificados e seus corpos colocados em pirâmides, após a morte (p.9).

Chefes Militares
_______ (1970). Os chefes militares eram os responsáveis pela segurança do território egípcio. Em
momentos de guerra ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o
exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a própria vida (p.13).
Após a expulsão dos hicsos (por volta de 1550 a.C.), os militares passaram a ter força política e
social.

Escribas
_______ (1970). Eram os responsáveis pela escrita egípcia (hieroglífica e demótica). Registravam
os acontecimentos e, principalmente, a vida do faraó. Escreviam no papiro (papel feito de fibras
da planta papiro), nas paredes das pirâmides ou em placas de barro ou pedra. Os escribas também
controlavam e registavam os impostos cobrados pelo faraó (p.23).

Povo Egípcio

Segundo BALBI (1826) Mais da metade da sociedade egípcia era formada por comerciantes,
artesãos, lavradores e pastores. Trabalhavam muito para ganhar o suficiente para a manutenção
da vida. Podiam ser convocados pelo faraó para trabalharem, sem receber salários, em obras
públicas (diques, represas, palácios, templos, etc.) (p.12).

Escravos
Geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista. Trabalhavam muito e não
recebiam salário. Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência. Eram
constantemente castigados como forma de punição. Eram desprezados pela sociedade e não
possuíam direitos.

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Escravos do Egipto Antigo trabalhando na agricultura (pintura feita na parede de uma pirâmide).

Estrutura social do Egipto Antigo

2. Organização Social do Egipto: Principais Características

Na perspectiva de Ball (1939) A organização social do Egipto e sua estrutura hierárquica foram
implantadas na forma de uma pirâmide. Na primeira escada estava o faraó e a família real, e no
fundo estavam os artesãos, agricultores e escravos. O grupo social que tinha vínculos com a alta
hierarquia era aquele que gozava de status social e acesso a poderes económicos (p.308).

Contudo, apenas uma minoria de camponeses e cultivadores conseguiu emergir economicamente se


conseguissem alocar fundos para a educação de seus filhos nas escolas, lideradas por eclesiásticos,
agricultores e artesãos. Os alunos que sabiam ler e escrever podiam se tornar escribas e, assim,
conseguir uma posição no governo.
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O sistema administrativo dos egípcios era excelente, era qualificado e autorizado pelo faraó, que era
a autoridade absoluta, pois os cidadãos professavam que os faraós eram deuses.
De acordo com suas crenças, foram essas divindades que autorizaram e delegaram
responsabilidades nos vários cargos do governo.

As famílias reais egípcias e os aristocratas viviam com luxos e riquezas. Essa classe alta se
inclinava para a arte e a literatura, o que representava distinção social, enquanto fazendeiros e
escravos resistiam à fome.
A sociedade egípcia foi estruturada em 9 classes sociais: o faraó, o vizir, os nobres, os padres, os
soldados, os escribas, os artesãos, os camponeses e os escravos.

2.1.As 9 Classes da Estrutura Social do Egipto

1- O faraó

Ainda na mesma visão Ball (1939) Acreditava-se que ele era um deus supremo encarnado em
humanos que tinha poderes para dominar o Universo, por isso era essencial atender a todas as
suas necessidades para garantir seu bem-estar. A esposa do faraó deve sempre estar ao seu lado.
Quando um faraó morreu, ele foi enterrado nas pirâmides cujo objectivo era abrigar os restos da
realeza (p.323).

O faraó estava comprometido em criar e implementar as leis, garantindo que o país não fosse
invadido e atacado por inimigos.

____________, Dessa maneira, ele manteve a felicidade de todos os deuses e não provocou sua ira,
manifestada na destruição causada pela inundação do rio Nilo, que danificou plantações e terras
férteis. A nobreza egípcia promoveu o controlo estatal, os recursos agrícolas, o trabalho na terra e
as lavouras, que foram fundamentais para a estabilidade e o progresso do antigo Egipto (p.308).

2- O vizir
Eles eram a mão direita do faraó, lideraram a administração e aconselharam os negócios do reino.
Eles cuidavam dos documentos confidenciais e eram responsáveis pelo suprimento de alimentos,
solução de problemas, gerenciamento e defesa da família real.

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Viziers colectaram impostos em conjunto com oficiais do estado. Eles organizaram projectos de
melhoria e construção de culturas em conjunto com a comissão cobrada e até ajudaram a criar um
sistema de justiça para fornecer segurança e conciliação entre os povos.

3- Os nobres

Os nobres pertenciam à família do faraó e a outras famílias que haviam adquirido favores do faraó,
além de terem recebido privilégio com tesouros e terras.

Eles viviam pacificamente nas províncias que governavam, pois eram proprietários de terras e altos
funcionários do governo.

Eles tinham poder e só eles eram dignos de trabalhar no governo. Os nobres estavam posicionados
abaixo da hierarquia do faraó, eles eram responsáveis por manter as leis e gerar ordem social em
suas províncias.

4- Os padres

A função dos sacerdotes baseava-se em gerar felicidade para os deuses e cumprir suas demandas.
Eles eram os únicos autorizados a liderar e administrar cultos religiosos.

O clero do Egipto era reconhecido por seu bom nome e o poder que possuíam em termos de vida
espiritual e terrena. Ou seja, tiveram grande influência na política e na economia, pois eram os
responsáveis pela administração das riquezas dos templos do antigo Egipto. Os sacerdotes foram os
que registraram e mantiveram o conhecimento espiritual e terreno do Império desde o início da
civilização, bem como toda a sabedoria correspondente às suas numerosas divindades.

5- Os soldados

Eles tinham a responsabilidade de salvaguardar e proteger o Egipto, bem como de expandir seu
território, defender os limites territoriais e as transacções marítimas, preservar a paz, entre outras
funções. Eles também eram encarregados de supervisionar fazendeiros e escravos em canteiros de
obras. Os segundos filhos dos faraós escolheram servir ao país e defendê-lo. Como parte do

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pagamento, eles receberam o benefício de poderem adquirir uma parte da riqueza confiscada dos
inimigos; eles também lhes deram terras.

6. Os escribas

Segundo Basch (1968). A Essa guilda foi a única que teve a sorte de saber ler e escrever:
Os escribas costumavam usar roupas de linho branco e eram responsáveis por manter o equilíbrio
económico da produção agrícola. Eles também receberam e responderam pelos muitos presentes
dos soldados e trabalhadores do reino. Os escribas geralmente pertenciam a famílias ricas,
poderosas e favorecidas pelo governo, para que pudessem receber educação desde tenra idade
(p.23).

Eles foram dedicados à administração da riqueza do estado faraónico: eles documentaram e


contabilizaram por meio de registo escritos as actividades realizadas em todo o Império. A maioria
das informações que se sabe hoje sobre o antigo Egipto é graças a eles.

7. Os artesãos

Na visão de Gorber, (1968). Os artesãos pertenciam ao Estado e trabalhavam em armazéns e


templos. Os pintores adicionaram cor e brilho às paredes e decoraram as colunas com histórias e
costumes egípcios. Os faraós exibiram suas vitórias por meio de relevos, mantendo um registo das
guerras que venceram. Os pintores também fizeram murais com decretos reais (p.23).

__________, (1963): Esses antigos artesãos usavam a pedra para esculpir estátuas que podiam medir
até 20 metros, e os joalheiros se encarregavam de desenhar as coroas dos faraós.
Padres forçaram escultores a modelar imagens religiosas. Os alfaiates ficaram
encarregados de confeccionar os trajes do faraó, de sua esposa e do restante da
realeza para eventos e rituais. Havia também tecelões, que trabalhavam com couro,
além de sapateiros e oleiros. Todos esses artistas foram pagos com o tesouro do
estado (p.24).

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8- Os camponeses

Segundo Balout (1967) Este grupo de indivíduos constituía grande parte da população e era
responsável pelo cultivo das terras do faraó. As colheitas abundantes eram propriedade do estado
faraónico e de suas famílias. Além disso, os agricultores tiveram que pagar uma taxa de trabalho
para actuar em projectos de irrigação e construção (p.22).

Os camponeses eram pagos pelo seu trabalho de plantar, colher e armazenar com uma pequena
quantia do produto da colheita, que representava muito pouco para viver. Eles moravam em casas
pequenas e muito precárias e suas roupas eram simples.

9- Escravos
Na mesma perspectiva Balout (1967): diz que os escravos eram prisioneiros sequestrados em batalhas nas
quais seus povos foram derrotados pelo Faraó, portanto estavam na disposição absoluta do estado
faraónico. Em alguns casos, eles foram vendidos. O trabalho dos escravos consistia na construção
dos edifícios funerários, das pirâmides, nos trabalhos nas pedreiras e nas minas e na construção de
monumentos dedicados aos deuses. Os escravos também foram designados para embalsamar e
mumificar (p.26).

Eles careciam de qualquer tipo de direitos e eram forçados a fazer trabalhos pesados. Além de
homens de plantão, havia também mulheres e crianças em serviço.

Economia e Sociedade no Egipto Antigo

Economia
Na óptica de Monteil, (1968): A economia baseava-se na agricultura e na pecuária. Eram cultivados cereais,
como a cevada e o trigo, legumes e abundantes árvores frutíferas. Eram criados porcos, cabras,
bois e mais tarde cavalos. Com o papiro, que era encontrado nas margens do Nilo, fabricavam-se
papel, cordas, cestas, sandálias e esteiras. Os egípcios eram “mestres” na arte de tecer, portanto a
tecelagem era bem desenvolvida. A caça e a pesca eram largamente praticadas (p.116)

Havia um comércio interno bastante desenvolvido, apesar de não haver moedas, o que dificultava a
negociação, a qual era feita da forma a monetária. O comércio com o exterior era fraco, pois

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dependia exclusivamente do faraó. Mas os egípcios exportavam cereais, vinho, óleos vegetais,
papiro e móveis e importavam pedras preciosas, marfim, perfumes e madeiras.

O estado egípcio era proprietário dos meios de produção, incluindo terras e instrumentos de
trabalho. Os camponeses recebiam terras para o cultivo, mas pagavam tributos para usá-las, a forma
de pagamento era na forma de produtos ou de trabalho (Monteil, p117-24).

2.2. Sociedade
Na visão de Basch (1968) A sociedade egípcia era hierárquica e de limitada mobilidade social. No
alto da pirâmide, estava o faraó, que era considerado um deus vivo, depois vinham os nobres, os
altos funcionários, os sacerdotes, os guerreiros, os escribas, os artesãos, os trabalhadores
comuns, os camponeses, que eram a maioria da população, e os escravos (p.46).

Os camponeses tinham as piores condições, pois tinham uma dura fiscalização dos administradores.
Os escravos egípcios eram frutos da captura nas guerras, do comércio, dos filhos dos escravos e
como forma de tributos das regiões dominadas. Quanto ao tratamento que lhes eram dados, variava
muito. Os escravos domésticos, os artesões e os artistas recebiam um tratamento melhor do que os
dados aos escravos que trabalhavam nas minas e pedreiras.

_______, (1968) A mulher egípcia, comparada com a mulher das civilizações antigas, tinha uma
boa situação. Tinha personalidade jurídica, podia adquirir propriedade, legar bens e fazer
testamentos. Os egípcios valorizavam a família, daí o respeito e consideração por suas mães.
No casamento dos egípcios predominava a monogamia (ter uma mulher apenas), já o faraó tinha
várias esposas, inclusive era comum haver a prática de endogamia (casar com alguém da sua
família, como uma irmã, por exemplo) (p.49).

No Egipto Antigo o poder político estava totalmente concentrado nas mãos do faraó
O poder do faraó

No Egipto Antigo, o governo era monárquico e teocrático (poder político fundamentado no poder
religioso). O faraó era o rei, considerado o filho do deus Sol e representante dos deuses na Terra.
De acordo com a mitologia egípcia, o faraó mandava no mundo terrestre, assim como os deuses

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governavam o mundo celestial. Logo, o poder político no Egipto Antigo ficava concentrado nas
mãos do faraó. (BASCH, 1968, P.23)

Os faraós herdavam o poder de seus pais. Desta forma, o poder era hereditário e ficava, por grandes
períodos, numa mesma família (dinastia).

Justiça e leis

Era o faraó que criava e decidia sobre a aplicação das leis no Egipto. Quem não cumpria as leis
faraónicas poderia ser castigado de diversas formas. Entre os castigos mais comuns, podemos citar:
prisão, pagamento de multas, açoites e até mesmo a pena de morte.

Nas cidades egípcias existiam os tribunais de justiça. Os faraós possuíam um grande número de
escribas e funcionários, que os ajudavam na administração do reino. Todos esses órgãos
governamentais formavam o Estado Egípcio.

Os nomos
O Egipto era dividido em nomos (espécie de províncias). Cada nomo era governado por um
príncipe, que tinha como seu superior o faraó.

Manutenção do governo
Grande parte dos rendimentos arrecadados pelos faraós, usados para manter o funcionamento da
máquina administrativa e a vida luxuosa da corte, vinha dos impostos pagos pelas camadas mais
pobres da sociedade (agricultores, artesãos e pequenos comerciantes). O governo egípcio também
usava a mão-de-obra escrava na execução de grandes obras públicas (canais de irrigação, templos,
diques, reservatórios de água, etc.) e privadas (palácios, pirâmides, etc.). Baumgartel, 1955, p28).

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Conclusão

Ao que parece, diante do trabalho realizado, verifica-se que a derrocada de cada civilização, desde a
egípcia, mesopotâmica, grega, romana e até o fim do absolutismo se deu em virtude de uma
usurpação do poder, a qual explorou demasiadamente aqueles que se encontravam em desvantagem
social e económica. Historicamente, considerando a época, é possível perceber alguns problemas na
construção de estado e sociedade.

Conclui-se que há na civilização ocidental uma repetição de padrão na medida em que desde a
história antiga até o surgimento da burguesia e o estado democrático de direito, temos uma classe
dominando a massa, legalizando seus interesses próprios e adequando o estado às suas necessidades
como por exemplo protegendo a propriedade conforme fora positivado desde a Revolução de 1789.
Vejamos que actualmente, assim como em 1789, a massa não era detentora da propriedade, mas sim
da força de trabalha. Dessa forma, foge do entendimento a lógica de protecção a um bem que
sempre pertenceu a poucos.

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Referências Bibliografica

Adams, W. Y. 1964. “Post-Pharaonic Nubia in the light of archaeology”. JEA, 50 (28)

Aitken, M. J. 1961. Physics and archaeology. London, Intersc. Pub. Ltd. X + 181 p. (9).

Al-bakri. 1968. “Routier de l’Afrique blanche et noire du Nord-Ouest (Cordoue, 1068)”. Trad.
Monteil, V. BIFAN, B: 30-9, 116 (24).

Balbi, A. 1826. Atlas ethnographique du globe ou Classification des peuples anciens et modernes
d’apres leurs langues. Paris (12).

Ball, J. 1939. Contributions to the geography of Egypt, Survey and Mines Dept. 308 p. (16).

Balout, L. et al. “Fiches typologiques africaines”, 9 cadernos publicados a partir de 1967 sob a
égide dos Congr. PPEQ (22).

Basch, M. A & Gorber, M. A 1968. “Estudios de arte rupestre nubio”. Memorias de la Mision
arqueologica en Egypto, 10, Madrid (23).

Baumgartel, E. J. 1955. The Culture of prehistoric Egypt. Oxford (28).

Berger, R. 1970. “Ancient Egyptian chronology”. PTRS, 269, 1193: 23-36 (9).

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