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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação À Distância - Tete

Trabalho-II

Distribuição da população em África

Turma: F No de Sala:10

Telma Mouzinho Navaia,708200989

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Cadeira: Geografia da População e Povoamento

3º Ano /2022

Tutor: Norbela Horácio Cunamizana

Tete, Julho, 2022


Classificação
Categorias Indicadores Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas

1
Recomendações de melhoria:

2
Índice

1. Introdução ..................................................................................................................... 4

1.1. Objectivos ............................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo geral ................................................................................................. 4

1.1.2. Objectivos específicos ..................................................................................... 4

1.2.Metodologia de trabalho ............................................................................................. 4

2. Distribuição da população em África ............................................................................ 5

2.1.Factores que influencia a distribuição da população em África .............................. 5

2.1.1.Factores que influenciam a distribuição territorial da População ............................ 6

2.1.2.Factor de atração da população ................................................................................ 8

2.1.3.Regiões de maiores concentração populacional em África e em moçambique em


particular ................................................................................................................................. 8

3. Conclusão .................................................................................................................... 11

4.Referências Bibliográficas ........................................................................................... 12

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1. Introdução
O presente trabalho intitulado os factores que influenciam a distribuição territorial surge em
cumprimento parcial dos requisitos exigidos para do grau de Licenciatura em Geografia, a
distribuição da população é influenciados vários factores. As actividades humanas na época
actual, no que concerne as características socio-económicas demográficas da região. Os
inúmeros choques sociais, políticos e culturais causados pela exploração humana, comercial e
pela divisão arbitrária do território pelos países europeus, explicam em parte a fragilidade dos
Estados nacionais africanos. Na África, há regiões em que as condições naturais contribuíram
para maior ocupação e desenvolvimento econômico em prejuízo de extensas áreas que não
apresentavam inicialmente condições favoráveis a um maior povoamento, o que explica em
parte as diferentes ocupações.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


 Analisar os factores que influenciam a distribuição territorial da população.

1.1.2. Objectivos específicos


 Identificar os principais factores que influenciam a distribuição territorial da população a
nível ao nível da Africa;
 Descrever a distribuição da população em África;
 Apontar os factores que influencia a distribuição da população em África;
 Estudar a relação existente entre a distribuição da população e a distribuição territorial
das actividades económicas.

1.2.Metodologia de trabalho
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, na busca de compreender os efeitos das
Distribuição da população em África factores que influencia a distribuição da população em
África e regiões de maior concentração populacional em África. A seguir faz-se a descrição
da metodologia usada por forma a atingirem-se os objectivos definidos. Assim, o presente
método possibilita uma descrição e análise profunda, de modo que possa identificar com
clareza o objecto de pesquisa que é compreender e analisar a distribuição da população.

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2. Distribuição da população em África
Historicamente a distribuição da população nível da África é influenciado por vários factores
como as colônias de exploração, factores hídricos, a pedologia, a vegetação, o relevo e entre
outros muitas das populações sofrem por causa das guerras pela posse da terra.

A dinâmica populacional tem sido alvo de intervenções políticas desde a existência da


humanidade, primeiro para garantir um tamanho populacional que conferisse poder e
vantagem militar para enfrentar as guerras pela conquista de territórios que caracterizaram as
sociedades antigas e, segundo, para garantir a mão-de-obra para o processo produtivo.

2.1.Factores que influencia a distribuição da população em África


A distribuição territorial da população e as actividades económicas; a influência que os
factores fisicos-naturais tem na distribuição territorial da população e, a influência que as
infraestruturas económicas e sociais exercem na distribuição territorial da população da qual a
população se dispõe num determinado território ou seja a forma como é feita a subdivisão da
população em unidades territoriais.

A distribuição da população na superfície terrestre não têm sido ao acaso pois, ela obedece a
uma certa lógica e é determinada por uma variedade de factores. De entre vários autores que
se debruçam sobre esta problemática, destaca-se Claval (1987) que refere que repartição dos
homens sobre a terra traz ao mesmo tempo a marca dos condicionamentos ecológicos e dos
caracteres originais das civilizações. Ainda de acordo com este autor, a maneira como os
grupos humanos se inserem no espaço variam ao mesmo tempo com o seu domínio do meio
ecológico.

Na perspectiva de Zelinsky (1969,p. 59-83),pondera que existem três factores que influenciam
a repartição da população a saber:

 Físicos;
 Económicos;
 Histórico-culturais.

A distribuição espacial da população de um país é resultante da influência dos factores


fundamentalmente do tipo económico, e ainda mais de ordem geográfico, ecológico,
demográfico e sociocultural que historicamente, influenciam para originar em cada momento
um assentamento particular e destaca a complexidade das actividades humanas e a era

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moderna como sendo necessários ao conhecimento de volumes e características económicas,
demográficas e sociais dos habitantes de um país (Rincon, 1984,p.2).

Em conformidade com Nakata e Coelho (1985,p.138), considera que os factores económicos


como os que estabelecem uma relação forte entre o grau da complexidade das actividades e a
intensidade de povoamento. E preciso ainda ter em conta que tal como afirmou Rincon (1984)
existem relações recíprocas entre o comportamento demográfico de uma população e o
desenvolvimento nacional e o campo.

2.1.1.Factores que influenciam a distribuição territorial da População

Económico e social. É também natural que a população se concentre ao redor dos lugares
onde se centraliza o desenvolvimento económico e social e que, como agentes principais e
mais dinâmicos dos sistemas espaciais representam, por outro lado, a força produtiva e forma
conjunto de consumidores.

Em Africa, as leis da repartição da população, urbanização e emigração têm sido largamente


influenciados pelos factores históricos, condições físicas, processo e tendência do
desenvolvimento económico e o impacto da tecnologia sobre a sociedade africana (Clarke,
1972).

Na linha de pensamento de Caldwell (1975,p.119),exorta que a distribuição da população na


África Ocidental esteve na base das condições físicas:

 Vegetação;
 Clima;
 Solos ou pedológico;
 Hidrologia que influenciaram as concentrações humanas que ainda hoje se registam.

Ao contrário encontra-se uma população dispersa na zona desértica do Sahel mais a norte do
continente. A pane das terras altas da África Oriental com predominância de solos vulcânicos
e aluvionares, justificam as grandes concentrações da população na região dos Grandes Lagos
(Caldwell, 1975,p. 122), citando Hance refere que as regiões de solos férteis originários das
cheias e constante sedimentação dos rios da qual a população se dispõe num determinado
território ou seja a forma como é feita a subdivisão da população em unidades territoriais.

A distribuição da população na superfície terrestre não têm sido ao acaso pois, ela obedece a
uma certa lógica e é determinada por uma variedade de factores. De entre vários autores que

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se debruçam sobre esta problemática, destaca-se Claval (1987) que refere que repartição dos
homens sobre a terra traz ao mesmo tempo a marca dos condicionamentos ecológicos e dos
caracteres originais das civilizações.

De acordo com Araújo (1988,p.179),sustenta que a distribuição da população rural


moçambicana era reflexo destes dois processos diferentes o domínio da agricultura
empresarial colonial se por outro lado afastava a população rural, levando-a a uma dispersão
fora do território que lhe fora alienado, por outro lado utilizava mão-de-obra recrutada entre
essa população e funcionava como factor de atracção demográfica. Ainda de acordo com este
autor, a população rural, atraida pela oferta de empregos ou constrangida a vender a sua força
de trabalho a essas unidades produtivas, instalava sua residência e suas machambas familiares
no espaço circundante, mas segundo uma organização territorial dispersa e irregular.

Originavam-se assim manchas de maior densidade demográfica, factores que influenciam a


distribuição territorial. A maior concentração da população em grande parte do território
moçambicano o litoral deve ser atribuída ao maior desenvolvimento económico que desde há
muito caracterizava esta faixa do território (Araújo, 1988,p.85).

Para Muanamoha (1995-24), realça também que a localização das cidades quase
exclusivamente na região costeira, em consequência principalmente de circunstâncias
históricas e económicas, determinou para Moçambique um povoamento costeiro.

Há também que referir o efeito das grandes bacias hidrográficas que constituíram desde ao
longo tempo da história a fixação das primeiras pessoas, à berma das suas margens, por outro
lado, serviram de vias de comunicação e essencialmente a navegabilidade de alguns nos
permitiu as primeiras trocas comerciais como costa.

No alicerce de Zelinsky (1969,p.72), refere que os padrões básicos de emigração são partes
das aspirações globais de uma sociedade, dentro da qual se relacionam os comportamentos de
tipo económico-social.

Para Rincon (1984,p.32), enaltece que a mobilidade espacial da população é hoje em dia um
dos aspectos demográficos de maior actualidade e interesse. A migração interna, por outra
parte é um processo que envolve uma ampla gama de problemas económicos, políticos,
sociais; de complexidade muito variada e de interesses muito amplo.

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As decisões políticas e sociais têm um impacto muito diversificado sobre o mapa de
população e são perceptíveis em qualquer escala territorial. Desde a menor unidade territorial
até ao planeta inteiro (Zelinsky, 1969,p.85).

Mas em África, um outro fenómeno que exige atenção especial; são os grandes movimentos
provocados por perturbações sociopolíticas diversas, incluindo os conflitos armado (Araújo,
1997: 25). O autor refere ainda que a distribuição e redistribuição é um assunto que inquieta
os governos de numerosos países, muito particularmente nos países subdesenvolvidos para
diversos dos quais este fenómeno tem sido uma das preocupações do domínio dos estudos
populacionais (p. 138).

2.1.2.Factor de atração da população

Os Factores de atração da população procura identificar e compreender como algumas das


características existentes nas unidades territoriais e podem configurar-se como factores
atrativos ou repulsivos de população para esses territórios, condicionando o crescimento
económico em África e no território moçambicano.

O desenvolvimento de um território pode estar intrinsecamente ligado a vários factores


associados a esse mesmo território, por exemplo:

 Densidade e dinâmica demográfica existente;


 Características da população residente e atributos do capital humano disponível,
porque sustenta ou condiciona a estratégia das políticas públicas tendentes ao
crescimento ao nível das atividades económicas, do emprego e da educação;
 Poder económico, associado à estrutura de emprego;
 Recrutamento de mão-de-obra especializada e local atrativo para os quadros;
existência de infraestruturas adequadas assim como de serviços às empresas;
 Ligações/acessibilidades aos mercados.

2.1.3.Regiões de maiores concentração populacional em África e em moçambique em


particular
Os principais espaços urbanos de Moçambique são o resultado de um complexo processo de
origem alógena, que se implantaram em território estranho, reproduzindo formas de
organização espacial estranhas ao ambiente local. Com a independência nacional, esses
espaços têm sofrido profundas alterações e reajustamentos que, apesar de tudo, não têm
eliminado o carácter segregador que caracteriza estes espaços como duais.
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A distribuição da população na superfície terrestre ou seja a forma como é feita a subdivisão
da população em unidades territoriais, não tem sido ao acaso pois, ela obedece a uma certa
lógica e é determinada por uma variedade de factores. Um estudo deste nível pressupõe a
recolha coerente de informações sobre a distribuição da população, a sua análise e as relações
com aspectos do meio e todas as mudanças que se operam ao longo do tempo. A história da
distribuição territorial da população em Moçambique está intimamente relacionada com
factores de ordem física econômica e social.

Quando se procura analisar o contexto da distribuição da população em Moçambique, ele


mostra que o desenvolvimento econômico relativo do litoral, dos corredores de transporte dos
centros urbanos, das margens dos principais rios, são áreas que concentram elevados índices
populacionais.

A revolução industrial e o desenvolvimento do capitalismo como sistema de organização


social e económica, contribuíram para uma mudança radical no modo de pensar a relação
entre população e desenvolvimento.

Quando, numa situação de espaços urbano s já criados, se assiste a um aumento considerável


de fluxos humanos oriundos do meio rural, como aconteceu nos últimos anos em
Moçambique e em muitos outros países de África subsaariana, a transferência cultural vem
provocar situações de relações conflituosas e desiguais, provocando o surgimento de espaços.

Regiões de maiores concentrações populacional em África e em moçambique em particular,


após a grande guerra, e sobretudo a partir da década 60/70, a África Subsaariana, foi a que
mais contribuiu para a dinâmica do crescimento da população mundial. Na década 80/90
atingiu o pico, próximo da taxa de 3%, em termos de crescimento anual. Na década de
1990/2000, houve uma certa estabilização da taxa de crescimento situando-se no intervalo
entre 2% e 3%.

De acordo com Thumerelle e Pierre-Jean (1995), oferta que a maior parte dos países viu a sua
população duplicar em duas décadas (entre 1975 e 1995), como sucedeu com os países da
SADC. Esse crescimento, a partir da década de 80, foi liderado pela Rep.D.Congo, seguido da
África do Sul, Tanzânia e Moçambique embora, em 1975, a RSA detivesse maior peso
populacional.

O cenário na maior parte da região Subsaariana é o povoamento concentrado e o fenómeno de


guetização nas áreas mais urbanizadas. O êxodo rural, em virtude da desertificação, da

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instabilidade devido às guerras e que levou ao desincentivo económico, ao longo de décadas,
permitiu que as populações rurais, porque mais vulneráveis, invadissem paulatinamente os
grandes centros.

a) Luanda e Maputo

Na generalidade dos casos, a periferia das capitais africanas aparece associada ao


paradigmático de uma ocupação territorial desregrada e simultaneamente ao registo de uma
densidade populacional elevada, Luanda e Maputo, apresentam fenómenos preocupantes de
concentração e de congestionamento na ocupação do espaço.

b) Malawi

No Malawi, o cenário é de «maior densidade populacional, maior concentração, e maior


movimento pendular fronteiriço», devido ao aumento do comércio na fronteira. No Malawi, já
são notórios os efeitos da maior densidade populacional e da exiguidade do espaço, pois o
aumentado na construção de habitação de residência, esta a gerar maior saturação de recursos
como a madeira.

c) O Egipto e a África do Sul

O Egipto e a África do Sul, na década de 60, registavam taxas de urbanização semelhantes aos
dos países industrializados; nas décadas seguintes, sofreram uma desaceleração no sentido da
estabilização.

A dinâmica do processo de urbanização em África (comparando13 países: A. Sul, Egipto,


Congo, Zaire, Zâmbia, Somália, Camarões, Nigéria, Zimbabwe, Angola, Moçambique,
Malawi e Botswana), foi caracterizada por uma assinalável alteração de Posições, no ranking
dos países, entre 1960 a 1993.

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3. Conclusão
Pelo exposto permite concluir pôde-se inferir que com a independência nacional em 1975 e a
subsequente guerra civil (fins da década 70 e início de 1990), afectou de forma significativa
no padrão de distribuição e redistribuição espacial da população, pelas diferentes unidades
que constituem o país. Para o país em particular, durante a guerra civil havia uma tendência
geral da população refugiar-se para as zonas mais seguras.

Ficamos claro que o papel dos factores histórico-culturais na determinação do padrão de


distribuição espacial da população tem uma grande influência em Moçambique, pois durante a
época colonial a distribuição da população no território fazia-se de acordo com os interesses
do regime colonial português, pode-se destacar as áreas de povoações mais antigas, casos de
estabelecimentos rurais, antigas missões católicas que concentravam em seu redor pequenas
aglomerações populacionais.

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4.Referências Bibliográficas
1. Araújo, MM. (1988). As aldeias comunais em Moçambique-Tese para Doutoramento
Lisboa;
2. Casal, Adolfo Yanez. (1996). Antropologia e Desenvolvimento. Aldeias Comunais de
Moçambique. Lisboa;
3. Clarke, Josh. (1972). Population Geography. Pergamon Press. London 2 Edition.
4. Claval, Paul. (1987) Geografia do Homem Livraria Almedina. Coimbra;
5. Derruau, Max (1991). Géographie Humaine. Armand Colin. 4 Edition refondue Paris;
6. Derruau, Max. (1977). Geografia Humana I. Volume I. 3 Edição Editora Presença
Portugal;
7. Derruau, Max. (1982). Geografia Humana II. Volume II. 3ª Edição. Editora;
8. Dias, Saul. (1981). Glossário Toponimia, Histórico-Administrativo Geografico e
Emográfico de Moçambique Lisboa.

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