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ÍNDICE

Programação anual.......................................................................................................................................................................1
Subsídios teóricos......................................................................................................................................................................11
Apresentação e orientação para o desenvolvimento do trabalho pedagógico...............................................................................16
A proposta do material didático de Arte.......................................................................................................................................20
A proposta metodológica............................................................................................................................................................22
Descrição da estrutura do Caderno e as formas de avaliação propostas......................................................................................25
Orientações didáticas e termos e códigos empregados nas pranchas..........................................................................................27
Orientações sobre as atividades
· 2.o ano...................................................................................................................................................................................28
· 3.o ano...................................................................................................................................................................................65
· 4.o ano.................................................................................................................................................................................112
· 5.o ano.................................................................................................................................................................................154
Referências bibliográficas.........................................................................................................................................................197

Autoras:
Elisabeth Fernandes Nogueira Sennes
Ester Luque Carreiro
Maria Fernanda Bessa Albino
Patricia Sartori Vanni
PROGRAMAÇÃO ANUAL

ARTE
Coordenadora: Prof.a Elisabeth Fernandes Nogueira Sennes
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

Elementos constitutivos da pintura Elementos constitutivos da pintura – Salvador Dalí – Traços e formas
• Alto-relevo – Van Gogh • Distintas manifestações teatrais – Paródias
• Melodrama – Manifestações teatrais • Distintas manifestações da dança – Dança circular
• Expressão corporal – Polca • Os elementos constitutivos da escultura
• Elementos constitutivos – Formas distintas das artes
Proporcionalidade
1.o ANO

Cores fortes – Kandinsky • Identificando elementos teatrais – Jogos teatrais


2 • Elementos da linguagem – Espaço cenográfico • Manifestações culturais na dança
• Gestos corporais – Deslocamentos diversos

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO SEMESTRE

EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR08 / EF15AR10 / EF15AR17 / EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 / EF15AR22 /
EF15AR23 / EF15AR25

Os artistas e a arte Arte e natureza


• Identificando uma obra de arte • Textura tátil e textura gráfica
• As manifestações artísticas • Frottage
• Textura na representação do artista – Max Ernst
Diversidade artística e cultural
2.o ANO

• Todas as artes – O circo Fundamentos da arte


1 • O circo no olhar do artista – Alexander Calder • Ponto e linha – Wassily Kandinsky
• O ponto e a linha na dança

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO SEMESTRE

EAF15AR01 / EF15AR02 / EAF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR7 / EF15AR8 / EF15AR9 / EF15AR10 /EF15AR15 / EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 /
EF15AR21 / EF15AR22 / EF15AR23

–1
N.o DE
ANO PROGRAMA
AULAS

Os artistas e a arte Arte e natureza


• Retratos da sociedade – A arte na Pré-História • As linhas e as formas na natureza
• Arte rupestre • As cores na paisagem
• Arte egípcia • Imaginando a paisagem
• A arte e as questões sociais
Fundamentos da arte
3.o ANO

Diversidade cultural • Artes do corpo


1 • Figura humana • Teatro de bonecos
• Crianças na arte • Teatro de sombras
• Arte brasileira – Arte indígena

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO SEMESTRE

EAF15AR01 / EF15AR02 / EAF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR7 / EF15AR8 / EF15AR9 / EF15AR10 / EF15AR15 / EF15AR17 / EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 /
EF15AR21 / EF15AR22 / EF15AR23 / EF15AR24 / EF15AR25 / EF15AR26

Os artistas e a arte Arte como representação


• Figura humana na arte • Arte e natureza
• Retratos • Paisagem urbana / Paisagem natural
• Autorretratos • Telhados, portas e janelas
• Retratos do Brasil
Arte como expressão
Diversidade artística e cultural • Elementos do teatro
4.o ANO

• Artistas viajantes – pintura histórica • Figurino, acessórios e maquiagem


1 • Xilogravura • Cenografia
• Gravura • Sonoplastia e iluminação
• Matrizes da cultura africana na arte brasileira • Corpo e movimento
• Direção e apresentação

HABILIDADES DA BNCC CONTEMPLADAS NO SEMESTRE

EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 EF15AR07 / EF15AR08 / EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR16 /
EF15AR17 / EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22

Os artistas e a arte – A arte em todos os lugares Diversidade cultural


5.o ANO

• Arte urbana • Arte regional


1 • Lugares que abrigam arte – Museus • Fundamentos da arte
• Bienal • Fotografia
• Natureza e arte – Arquitetura e design • Arte e tecnologia: Pop art, Arte interativa, Ciberarte

2–
ARTE – 2.o ANO
HABILIDADES
CAD. SEM. AULA PROGRAMA
CONTEMPLADAS (BNCC)
1 1 Unidade 1: O artista e a arte – Um pouco de mim, muitos de nós – Corpo e movimento EAF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR08 / EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR15 / EF15AR19

2 2 Pingos e borrifos – Exploração e descoberta EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR05 / EF15AR06


EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR05 /
3 3 Pingos e borrifos – Trabalho com Pollock - Ampliação dos saberes
EF15AR06 / EF15AR07
EF15AR01 / EF15AR02/ EF15AR04 /
4 4 Agora, é a sua vez! – Crie uma obra no estilo de Pollock – Sua criação
EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /
5 5 Conhecendo outras assinaturas – Observe – Sua criação
EF15AR05 /EF15AR06
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 /
6 6 Classificando as manifestações artísticas – Exploração e descoberta
EF15AR07 / EF15AR18
7 7 A arte em nossa vida – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / F15AR06 / EF15AR07

8 8 Avaliação

9 9 Unidade 2: Diversidade artística e cultural – O circo de todos os tempos – Observe EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR18 / EF15AR23
ANUAL

EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07 / EF15AR08 /


10 10 Os artistas do circo: o equilibrista, o malabarista e o trapezista – Corpo e movimento
EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR18 / EF15AR23
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07 / EF15AR08 /
11 11 Mímica e pantomima – Corpo e movimento
EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR18 / EF15AR23
12 12 O Brasil também tem circo – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR23

13 13 O circo no olhar do artista – Calder – Ampliação dos saberes EF15AR01/ EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR07 / EF15AR21/ EF15AR23
EF15AR01/ EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR21 /
14 14 Agora, é a sua vez! – Crie o seu circo – Sua criação
EF15AR23 / EF15AR10 / EF15AR11
15 15 Apresentação dos trabalhos- Sua criação EF15AR01 / EF15AR02

16 16 Unidade 3: Arte e natureza – Pintura em tela – Orientação e desenvolvimento – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

17 17 Pintura em tela – Orientação e desenvolvimento – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05; EF15AR06

18 18 Pintura em tela – Orientação e desenvolvimento – Sua criação EF15AR01/ EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

19 19 Pintura em tela – Orientação e desenvolvimento – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF14AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

20 20 Explorando texturas táteis – Saco-surpresa – Exploração e descoberta EF15AR01 / EF15AR02

–3
ARTE – 2.o ANO
HABILIDADES
CAD. SEM. AULA PROGRAMA
CONTEMPLADAS (BNCC)
21 21 Textura na representação do artista – Max Ernst – Ampliação de saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07

22 22 Experimentando e explorando texturas gráficas – Exploração e descoberta EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

23 23 Composição com as texturas descobertas – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

24 24 Outras texturas – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR20 /


25 25 Unidade 4: Fundamentos da arte – Ritmo e ponto – Sua criação
ANUAL

EF15AR21 /EF15AR22
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07 /
26 26 Tudo começa com um ponto – Wassily Kandinsky – Observe – Sua criação
EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07 / EF15AR08 / EF15AR09 / EF15AR10 /
27 27 Kandinsky e as linhas – Corpo e movimento
EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR20 /
28 28 Linhas em movimento – Sua criação
EF15AR21/ EF15AR22

29 29 O ponto e da linha na dança – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07 / EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22

EF15AR01 / EF15AR02/ EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR20 /


30 30 Cores e formas – Sua criação
EF15AR21 / EF15AR22

4–
ARTE – 3.o ANO
HABILIDADES
CAD. SEM. AULA PROGRAMA
CONTEMPLADAS (BNCC)
1 1 Unidade 1: Os artistas e a arte – Dinossauros – Suas experiências EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR19 / EF15AR25

2 2 Pré-história – Arte rupestre – Observe – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR25
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07 /
3 3 Pré-história no Brasil e grafite – Ampliação dos saberes – Sua criação
EF15AR19 / EF15AR25
4 4 Arte egípcia – Observe EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07 / EF15AR25

5 5 Arquitetura e esculturas egípcias – Ampliação dos saberes – Sua criação EF15AR01/ EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR25

6 6 A arte e as questões sociais – Sebastião Salgado – Observe – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR23 / EF15AR25 / EF15AR26 /
Unidade 2: Diversidade cultural – Agora é com você! – Figura humana – Suas
7 7 EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06
experiências
8 8 Crianças na arte – Observe EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR25

9 9 As meninas – Diego Velázquez – Quadro vivo – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR25
ANUAL

10 10 Personagens da obra – Desenhe o quadro de Velázquez – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR25 / EF15AR26

11 11 Arte indígena – Observe EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR24 / EF15AR25


EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EFAR1405 / EF15AR06 /
12 12 Grafismo indígena – Observe/ Sua criação
EF15AR24 / EF15AR25
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EFAR1405 / EF15AR06 /
13 13 Artefatos indígenas – Observe
EF15AR24 / EF15AR25
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04/ EFAR1405 / EF15AR06 /
14 14 Máscaras indígenas – Observe
EF15AR24 / EF15AR25
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 /EFAR1405 / EF15AR06 /
15 15 Máscaras indígenas (continuação) – Sua criação
EF15AR19 / EF15AR24 / EF15AR25
16 16 Apresentação dos trabalhos EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

17 17 Unidade 3: Arte e natureza – Pintura em tela (preparação) – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

18 18 Pintura em tela – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

19 19 Pintura em tela – Sua criação EF15AR01/ EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

20 20 As linhas e as formas da natureza – Desenho de memória – Suas experiências EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07 / EF15AR25

–5
ARTE – 3.o ANO
HABILIDADES
CAD. SEM. AULA PROGRAMA
CONTEMPLADAS (BNCC)
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07 /
21 21 Tarsila do Amaral e a natureza – Observe – Ampliação dos saberes
EF15AR19 / EF15AR25
22 22 Abaporu – Inventando um bicho – Ampliação dos saberes – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

23 23 As cores na paisagem – Mudando as cores – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR08 / EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR10 / EF15AR11 /
24 24 Natureza e imaginação – Sua criação
EF15AR15 / EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22
25 25 Realidade e representação – Corpo e movimento EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22
ANUAL

EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR08 /


26 26 Unidade 4: Fundamentos da arte – Artes do corpo – Artes do corpo – Suas experiências EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR15 / EF15AR17 / EF15AR19 / EF15AR20 /
EF15AR21 / EF15AR22 / EF15AR26
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR08 /
27 27 Teatro de bonecos – Observe EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR15 / EF15AR17 / EF15AR19 / EF15AR20 /
EF15AR21 / EF15AR22 / EF15AR26
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR08 /
28 28 Fantoches – Sua criação – Corpo e movimento EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR15 / EF15AR17 / EF15AR19 / EF15AR20 /
EF15AR21 / EF15AR22 / EF15AR26

29 29 Teatro de sombras – Sua criação – Corpo e movimento EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

30 30 Avaliação dos trabalhos EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

6–
ARTE – 4.o ANO
HABILIDADES
CAD. SEM. AULA PROGRAMA
CONTEMPLADAS (BNCC)
Unidade 1: Os artistas e a arte – Figura humana na arte – Retratos e autorretratos –
1 1 EF15AR01 / EF15AR02
Observe
2 2 Retratos de família – Observe – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02

3 3 Retrato: realidade ou imaginação – Observe – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

4 4 Simetria – Agora, é com você! – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

5 5 Autorretrato – Observe EF15AR01 / EF15AR02

6 6 Muitos pintores famosos fizeram seu autorretrato – Observe – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

7 7 Retratando o seu colega – Oficina – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

8 8 Retratando o seu colega – Oficina (continuação) – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06
Unidade 2: Diversidade artística e cultural – Retratos do Brasil – Jean Baptiste Debret –
9 9 EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR07 / EF15AR25
Observe
10 10 Aquarelando – Oficina – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06
ANUAL

11 11 Desenho de memória – Suas experiências EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06


EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 /
12 12 Gravura e xilogravura – Johann Moritz Rugendas – Ampliação dos saberes
EF15AR07 / EF15AR25
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 /
13 13 Arte africana – Ampliação dos saberes
EF15AR23 / EF15AR24 / EF15AR25
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 /
14 14 Tecelagem artesanal – Ampliação dos saberes – Sua criação
EF15AR23 / EF15AR24 / EF15AR25
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR08 / EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR15 /
15 15 Dança afro-brasileira – Corpo e movimento
EF15AR17 / EF15AR18 / EF15AR21 / EF15AR23 / EF15AR24 / EF15AR25
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 /
16 16 Cultura afro-brasileira – Observe – Sua criação
EF15AR23 / EF15AR24 / EF15AR25
Unidade 3: Arte e natureza – Arte e representação – Paisagem natural e urbana –
17 17 EF15AR01 / EF15AR02
Exploração e descoberta
18 18 Agora, é com você! – Oficina – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

19 19 Pintura em tela – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

20 20 Pintura em tela – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

–7
ARTE – 4.o ANO
HABILIDADES
CAD. SEM. AULA PROGRAMA
CONTEMPLADAS (BNCC)
21 21 Pintura em tela – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

22 22 Telhados, portas e janelas – Observe EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR25

23 23 Telhados, portas e janelas (continuação) – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR25

24 24 Telhados, portas e janelas (continuação) – Observe – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR25

EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR16 / EF15AR17 /


25 25 Unidade 4: A arte como expressão – Teatro – Personagem – Sua criação
EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22
ANUAL

EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR16 / EF15AR17 /


26 26 Elementos do teatro – Figurino, acessórios e maquiagem – Observe
EF15AR18 / EF15AR19 EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR16 / EF15AR17 /
27 27 Elementos do teatro – Cenografia – Observe
EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR15 / EF15AR16 /
28 28 Elementos do teatro – Sonoplastia e iluminação – Observe
EF15AR17 / EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR08 / EF15AR09 / EF15AR10 / EF15AR11 / EF15AR15 /
29 29 Movimentando-se no espaço cênico – Corpo e movimento
EF15AR16 / EF15AR17 / EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR15 / EF15AR16 /
30 30 Direção teatral – Sua criação
EF15AR17 / EF15AR18 / EF15AR19 / EF15AR20 / EF15AR21 / EF15AR22

8–
ARTE – 5.o ANO
HABILIDADES
CAD. SEM. AULA PROGRAMA
CONTEMPLADAS (BNCC)
Unidade 1: Os artistas e a arte: a arte em todos os lugares – O grafite virou arte! –
1 1 EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07
A história do grafite – Ampliação dos saberes
2 2 Agora, é com você! – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06
Estátua viva – Performance artística em locais públicos – Observe – Sua criação – EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR08 /EF15AR09 /
3 3
Corpo e movimento EF15AR10 / EF15AR18 /EF15AR19 / EF15AR20 / EF15AR21
4 4 Monumentos – Observe – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07 /EF15AR25

5 5 Arte nos metrôs – Observe EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07 /EF15AR25

6 6 Museus diversos e interativos – Observe – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07 /EF15AR26

7 7 Olhar do artista – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07

8 8 Bienal – Sua criação! EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07

9 9 Unidade 2: Natureza e arte – Arquitetura e design – Arquitetura – Observe EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR25

10 10 Olhar do artista – Claude Monet – Observe EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07 /EF15AR25


ANUAL

11 11 Olhar do artista – Antoni Gaudí – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR07 /EF15AR25

12 12 Grandes artistas – Grandes obras – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07 /EF15AR25

13 13 As múltiplas ramificações da arquitetura – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02

14 14 Arquitetura verde – Ampliação dos saberes EF15AR01 / EF15AR02

15 15 Montagem da casa – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06

16 16 Avaliação dos trabalhos

17 17 Unidade 3: Diversidade cultural – Pintura em tela. Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 /EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

18 18 Pintura em tela – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 /EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

19 19 Pintura em tela – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 /EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

20 20 Pintura em tela – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 /EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06
EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 /EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 /
21 21 Arte regional – Iberê Camargo e Aleijadinho – Ampliação dos saberes
EF15AR07 / EF15AR25
22 22 Agora, é com você! – Escultura de argila – Sua criação! EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 /EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06

–9
ARTE – 5.o ANO
HABILIDADES
CAD. SEM. AULA PROGRAMA
CONTEMPLADAS (BNCC)
23 23 Artista imigrante – Alfredo Volpi – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR03 /EF15AR04 / EF15AR05 / EF15AR06 /EF15AR07

24 24 Unidade 4: Fundamentos da arte – Fotografia – Figura humana – Exploração e descoberta EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR26

25 25 Agora, é com você! – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR26
ANUAL

26 26 Pop Art – Figura humana – Exploração e descoberta EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR07 /EF15AR26

27 27 Agora, é com você! – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR26

28 28 Arte interativa – Artzone – Sua criação EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR26

29 29 Arte interativa – Artzone (continuação) – Sua criação! EF15AR01 / EF15AR02 / EF15AR04 /EF15AR05 / EF15AR06 / EF15AR26

30 30 Avaliação dos trabalhos

10 –
Subsídios teóricos
APRESENTAÇÃO E salienta que tais competências
A coleção didática do Sistema Objetivo de Ensino para o Ensino Fundamental é “[...] inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático proposto para
o resultado de uma sólida experiência na elaboração de materiais didáticos e em as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e
sua efetiva utilização. Os Cadernos do aluno e Livros do professor são elabora- Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no desenvolvi-
dos por coordenadores e professores de nossa equipe pedagógica, profissionais mento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB.”
com comprovada experiência na área educacional e atuantes em sala de aula. Considerando esses pressupostos, a BNCC apresenta as dez competências
Isso torna possível oferecer materiais didáticos com alto grau de aplicabilidade, gerais da educação básica para cujo desenvolvimento os diferentes compo-
na medida em que resultam de um profundo e intencional diálogo entre a teoria e nentes do currículo devem concorrer. São elas:
a prática no desenvolvimento das aulas e das propostas de atividades.
Além de oferecer as condições necessárias para a compreensão dos fenôme- 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o
nos envolvidos nas relações que se estabelecem durante a progressão dos mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
processos de aprendizagem, nosso objetivo central é garantir que as ações continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
pedagógicas fundadoras de nossa proposta teórico-metodológica ocorram em justa, democrática e inclusiva.
contextos verdadeiramente significativos. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
Partimos da concepção de que, nos dias atuais, não é mais possível conceber ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imagina-
o processo de ensino-aprendizagem apenas como mera transferência de infor- ção e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
mação. É preciso ir além, criando condições para que o aluno assuma um papel formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
ativo na construção do conhecimento e seja também um produtor do “saber”; com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
da mesma forma, é preciso garantir que o professor possa atuar como media-
dor desse processo, com capacidades aprimoradas de empoderar os alunos 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das lo-
em relação a aprender de maneira progressivamente autônoma, estimulando cais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da pro-
o pensamento reflexivo e a capacidade analítica dos objetos de conhecimento dução artístico-cultural.
vinculados a seus contextos de uso real. Assumimos, assim, nosso respeito ao 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras,
aluno, concebido como sujeito livre, competente, criativo e apto à realização de e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
novas descobertas. das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e par-
Identificamos que tais princípios – seguramente comprometidos com a forma- tilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes con-
ção integral do aluno e amparados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais textos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
(PCNs) – estão alinhados às competências gerais da Educação Básica defini-
das pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular)*. Vale destacar que a noção 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comuni-
de competência é definida pelo documento como sendo cação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
“[...] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilida- sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
des (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer pro-
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do tagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
mundo do trabalho.” 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
* A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define
o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciên-
assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que
preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). cia crítica e responsabilidade.
– 11
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para Procurou-se organizar, nas diferentes áreas de conhecimento, sequências di-
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns dáticas que favoreçam a reflexão, que estimulem a socialização de conheci-
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioam- mentos prévios, o levantamento de hipóteses, que mobilizem recursos cogni-
biental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com tivos, saberes e informações a serem aplicados nas mais diversas situações
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e de aprendizagem.
do planeta.
Partimos do pressuposto de que enfrentar desafios é parte essencial no pro-
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, com- cesso de aprendizagem. Assim, pensamos em situações didáticas que de-
preendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e sestabilizem o saber, para que, diante de desafios, os alunos reconheçam
as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. que aprender vai além da simples reprodução sucessiva daquilo que já sabe-
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, mos; aprender é uma constante sucessão de descobertas.
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos hu- Alguns pressupostos teóricos constituem os pilares dos processos de desen-
manos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e volvimento e de aprendizagem e norteiam nossa prática pedagógica. São eles:
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza. a) Integração
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibili- Consideramos que os aspectos biológicos e sociais são indissociáveis
dade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princí- e exercem influência mútua nos processos de crescimento e aprendiza-
pios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. gem das crianças e adolescentes. Assim, ao interagir com o meio social
influenciamos e somos influenciados, vivenciamos experiências diversas,
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. transformamos e somos transformados. Por essa razão, o desenvolvi-
Brasília, DF, 2017. mento humano deve ser visto como uma ação conjunta e não individual,
principalmente se a relação estabelecida for afetiva, efetiva e significativa.
Para assegurar o desenvolvimento dessas competências, o documento apre- “(...) o homem é um ser essencialmente social, impossível, portanto, de ser
senta um conjunto de habilidades específicas norteadoras para cada área de pensado fora do contexto da sociedade em que nasce e vive. Em outras
conhecimento, que devem ser interpretadas à luz dos contextos específicos em palavras, o homem não social, o homem considerado como molécula isola-
que serão utilizadas. da do resto de seus semelhantes, o homem visto como independente das
Em nosso material serão fornecidos, progressivamente, os conteúdos neces- influências dos diversos grupos que frequenta, o homem visto como imune
sários para o desenvolvimento de tais habilidades, apresentados por meio de aos legados da história e da tradição, este homem simplesmente não existe.”
estratégias pedagógicas que permitirão ao professor integrar valores cognitivos, LA TAILLE, Yves de. O lugar da interação social na
socioemocionais, pragmáticos, culturais e éticos às suas práticas de sala de concepção de Jean Piaget. In: LA TAILLE, Yves de;
aula, observando o respeito às suas diferentes representações. OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa.
Reconhecemos a importância do uso eficaz e consciente das tecnologias que Teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, p. 11.
sustentam o acesso à cultura digital e, alinhados às orientações expressas pela Nossa intenção é evidenciar a atuação do grupo como espaço de dis-
BNCC, reforçamos e expandimos o tratamento transversal dado às tecnologias cussão e troca de ideias, fomentando o desenvolvimento intelectual e
digitais de informação e comunicação. Nossa expectativa é estimular o desen- a (re)organização de diferentes pontos de vista a partir da perspectiva
volvimento do pensamento crítico e favorecer a aprendizagem continuada de do coletivo.
habilidades numa perspectiva integrada e comprometida com a formação de
cidadãos ativos. b) Autonomia
1. Proposta didático-pedagógica No processo de formação de um aluno autônomo, são fundamentais as
A proposta didático-pedagógica desta coleção é dar suporte ao desenvolvi- vivências em situações de cooperação, liberdade de pesquisa, respeito
mento de um processo de ensino-aprendizagem em que haja o predomínio mútuo e também experiência de vida. É a partir dessas trocas que a crian-
da experimentação, da descoberta, do “fazer” e da coautoria na construção e ça desenvolve sua personalidade. Esse processo, no entanto, é longo:
produção do conhecimento. inicia-se antes mesmo de a criança completar um ano de idade, desde
12 –
que lhe sejam oferecidas condições para tal desenvolvimento, e vai se que certamente pode comprometer a plena participação em situações
constituindo mediante a necessidade de tomada de decisões ao longo de diversas de aprendizagem, tão importantes para o seu desenvolvimento
toda a vida. integral.
A conquista da autonomia ocorre, por exemplo, quando temos que esco-
e) Acesso à cultura
lher ou criar caminhos alternativos para a resolução de problemas, para
É inquestionável que a escola tem como uma de suas mais importantes
a organização de ideias, para apreender e utilizar o jogo argumentativo
nas situações do cotidiano, para justificar ao validar ou não descobertas. funções sociais aproximar as crianças da cultura – não transmissiva, mas
Sob essa perspectiva, os conflitos são, portanto, necessários e devem ser sim democrática –, o que pressupõe participação, tendo em vista movi-
vistos como oportunidades educacionais fundamentais para a aquisição mentos de cooperação em favor do desenvolvimento de processos de
da autonomia. aprendizagem de forma real e significativa.
Queremos contribuir para que os nossos alunos se tornem gradativamen- 2. A proposta pedagógica – Base metodológica
te autônomos, com o propósito de que saibam interagir nas mais diversas
Um dos principais aspectos que mobiliza o aluno e o conduz à aprendiza-
situações de comunicação com base em suas escolhas, eleitas a partir de
gem é a superação de obstáculos epistemológicos, provocada pelo desejo
seus sentimentos, necessidades e perspectivas.
de saber, de conhecer, de investigar para então expandir o conhecimento já
c) Identidade estruturado. Esse movimento se dá em múltiplos contextos e se materializa
Aprender a se conhecer é essencial para que o ser humano possa formar mediante interesses e/ou necessidades que se articulam para produzir e
um conceito sobre si mesmo, tendo em vista a construção de imagens criar o novo.
positivas, resultado de processos interligados e dependentes dos recur- Tal princípio se traduz nas propostas oferecidas em nosso material didático:
sos afetivos, cognitivos e sociais presentes em um indivíduo e que podem valoriza-se o saber prévio do aluno como alicerce para a construção do co-
ser ativados para favorecer relações mais saudáveis. A escola é um dos nhecimento; nesse contínuo, as novas informações e descobertas se articulam
espaços que privilegiam tal condição, desde que estabeleça um contato com o conhecimento preexistente e provocam a desestabilização, o que pos-
de respeito com a criança, no lugar de uma relação autoritária ou mesmo sibilita a construção de novos saberes, constituindo, progressivamente, uma
permissiva; o respeito pela diversidade de hábitos, preferências, religiões rede significativa e integrada de conhecimentos. Trata-se de adotar estratégias
e etnias, favorecendo a percepção e a vivência dessa heterogeneidade. para as quais é necessário e conveniente recorrer a procedimentos múltiplos,
Dessa forma, a escola será o meio eficaz para que se construa a noção de assumindo, progressivamente, a complexidade das questões em estudo.
identidade pessoal e o sentimento de pertinência em suas relações sociais.
Atentos a essa perspectiva, optamos por uma concepção de educação que
É necessário, assim, que o educador, em sua prática pedagógica, esta- fomente a reflexão, a livre expressão e a produção de novos saberes por
beleça sólidos vínculos afetivos com as crianças, observe, esteja atento meio de atividades contextualizadas, vinculadas a competências e habilida-
ao mundo particular de cada uma delas, valorize e incentive a diversidade des necessárias para formar indivíduos capazes de compreender o mundo
cultural, a livre expressão do pensamento, possibilitando que construam que os cerca e nele se situarem de forma crítica e responsável, sendo agen-
um conceito cada vez mais respeitoso, confiante e saudável de si mesmas tes de sua transformação.
e do outro.
3. Didática
d) Independência
A didática organiza e orienta a prática educativa, em favor do desenvolvimento
Assim como queremos que as crianças argumentem e saibam justificar e
do processo de ensino e aprendizagem como um todo.
validar suas ideias, coordenando diferentes pontos de vista no momento
Desse modo, é preciso considerar os aspectos descritos a seguir.
da tomada de decisão, também almejamos que nossos alunos materiali-
zem suas ideias com progressiva independência. a) Organização do tempo didático
Ao fazer pelos alunos, o desafio proposto deixa de ser enfrentado, ao O professor tem diferentes formas de organizar seu tempo didático. Isso
mesmo tempo em que se declara, implícita ou explicitamente, que eles envolve o ato de planejar a modalidade mais adequada para que ocorra
não têm as condições para organizar, criar, explicar, revisar e avaliar, o determinada situação de aprendizagem. Quando a organização do tempo
– 13
prevê períodos mais curtos ou de periodicidade constante, pode-se orga- c) Organização social dos grupos
nizar o trabalho didático prevendo, por exemplo: Podemos organizar o grupo de alunos de diferentes formas, sempre tendo
• atividades permanentes: são desenvolvidas semanal ou quinzenal- como objetivo facilitar a troca de experiências e do conhecimento, enri-
mente, com o propósito de criar hábitos de leitura e pesquisa, propor quecendo os processos de aprendizagem e/ou facilitando a superação de
jogos educativos etc.; dificuldades.
• atividades ocasionais: ocorrem quando o professor, ou mesmo um Para a definição das modalidades de agrupamento é fundamental a ob-
aluno, leva para a sala de aula algo que julgou interessante socializar servação atenta do professor para, a partir daí, construir critérios para a
com o grupo (uma notícia, impressão sobre filmes, livros etc.). Tais escolha de uma delas, sem desvinculá-la da atividade que será proposta.
atividades também podem ocorrer quando o professor, por exemplo, Assim, o agrupamento dos alunos pode compreender diversas modalida-
considere valioso compartilhar um livro com os alunos ou levar um des, como a grande roda, a meia-lua ou U, duplas, trios, quartetos, grupos
convidado especial para conversar com a turma, mesmo que não tenha fixos ou móveis.
relação direta com o conteúdo que está sendo trabalhado; Quando a questão é superar obstáculos cognitivos, não há nada mais
• sequência didática: procedimento com as etapas encadeadas, visa a eficaz que combinar as atividades com propostas de agrupamento vol-
tornar mais eficiente o processo de aprendizagem. Tem como principal tadas para envolver, fazer emergir conhecimentos e favorecer a troca de
característica o desenvolvimento de um trabalho organizado de maneira experiências para confirmá-los, refutá-los e reconstruí-los tendo em vista
sistemática, com o propósito de facilitar a compreensão gradativa criar para ampliar a cultura.
de um conceito, um gênero textual ou outro objeto, desvinculado da
simples memorização ou fixação por meio de exercícios repetitivos. No 4. Avaliação
conjunto dessas propostas estão previstas atividades de antecipação A avaliação é vista como importante ferramenta institucional. Por meio
ou levantamento de conhecimentos prévios, leituras diversas, dela é possível identificar avanços e/ou resultados nos vários processos
compreensão, interpretação, análise, síntese, sistematização e de aprendizagem, como também fazer um levantamento de novas
generalização, contemplando eixos que estruturam os planos de aula necessidades, planejar e executar ações, elevando o padrão de qualidade
nas diferentes áreas do conhecimento; do atendimento aos alunos.
• projeto: prevê um período mais longo de trabalho e oferece aos Um processo de avaliação deve apresentar-se organizado, intencional
alunos inúmeras oportunidades de estabelecerem relações de ordem e absolutamente coerente com os princípios eleitos que fundamentam o
prática e/ou conceitual. Ao pensarmos em projeto, a participação dos projeto educacional, buscando, contínua e permanentemente, a participação
alunos na escolha do objeto de estudo é fundamental. Essa estratégia ativa de todos na tentativa de estabelecer uma estreita ligação entre ele e
contribui para envolvê-los no tema e na busca efetiva pelas respostas suas implicações na determinação de novas metodologias de trabalho. Para
ao questionamento que originou a proposta. Este é um recurso didático alcançarmos esse objetivo, a avaliação não pode ser um ato mecânico, mas
que mobiliza a turma e sugere uma disposição para o trabalho em grupo sim uma ação reflexiva, voltada para identificar níveis de aprendizagem dos
que só se constrói sobre uma intensa e produtiva interação entre todos. conteúdos desenvolvidos durante o bimestre. Assim, defendemos o emprego
Os temas transversais podem ser aqui amplamente contemplados. da avaliação formativa ou processual como uma das possibilidades mais
indicadas, uma vez que ela leva em conta o processo de construção do
b) Organização do espaço conhecimento e de formação do sujeito.
A organização do espaço, para todas as faixas etárias, deve propiciar a in- Faz-se necessário, então, criar estratégias diferenciadas para avaliar os
tegração dos alunos por meio de espaços alternativos em sala de aula ou alunos periodicamente, além de ter em mãos instrumentos que possam
fora dela, tendo como objetivo instigar a curiosidade, possibilitar a cons- acolher dados passíveis de reflexão pelos professores, de forma que eles
trução e a desconstrução de ideias ou produtos, o desenvolvimento da tenham condições de reconhecer e destacar os avanços, retrocessos e
independência, a conquista da autonomia e da identidade, com foco em resultados apresentados pela turma no decorrer do cotidiano escolar.
relações mais saudáveis. Para tanto, ela deve prever a disponibilidade Esse modelo de avaliação dá aos professores e alunos o lugar de protagonistas
democrática do conhecimento, facilitando o acesso a materiais diversos que ousam negociar no processo de construção de conhecimento por meio da
selecionados e atrativamente distribuídos. necessária interação discursiva que pode ser estabelecida nesse momento.
14 –
5. O papel do professor alunos e as novas informações que a eles forem apresentadas em diferentes
Ao docente cabe mediar os processos de aprendizagem, gestando o conflito suportes (textos, experiências, leitura de mapas, desafios diversos) geram a
que se instaura quando um conteúdo é problematizado, acompanhando construção de novos saberes.
como os alunos enfrentam, discutem, decidem, procedem e justificam suas Por meio dessa exploração, os alunos têm a oportunidade de (res)significar
descobertas. conceitos, estabelecer outras relações com o objeto de estudo, como resul-
Nessa interação de ideias e saberes, o professor é definitivamente um tado imediato da desacomodação das informações prévias, presentes nos
personagem insubstituível, porque é ele quem vai instigar o processo de sistemas de representação interna que previamente possuem.
descoberta, provocar a expressão do pensamento, relacionando-o ao assunto
em foco.
Nesse contexto, a problematização, concebida como procedimento Ampliação dos saberes
metodológico, e a didática da situação-problema são duas estratégias
fundamentais para que o professor possa desempenhar o papel de mediador
e, assim, contribuir efetivamente para que a escola desempenhe sua função Garantindo o espaço da discussão e organização de novos saberes, as ati-
social, que é, e será ainda por muito tempo, a de oferecer condições para vidades desta seção propõem aos alunos o uso efetivo – em novos e diver-
que os alunos aprendam de forma processual, significativa e real. sos contextos – das descobertas feitas anteriormente. Aqui entram em jogo
habilidades complexas como análise, aplicação, síntese e sistematização,
6. Estrutura da coleção fundamentais para que se amplie significativamente a apreensão do conteú-
Apresentamos a seguir as seções estruturantes nas quais as atividades do do proposto.
Caderno do aluno estão organizadas.
Cabe salientar que destacamos neste momento apenas as seções centrais,
que orientam essa organização em todas as áreas do conhecimento. Cer-
Produção de texto
tamente, os desdobramentos específicos que atendem às necessidades de
cada disciplina serão abordados, de forma específica, nas próximas páginas.
Assim, temos: As situações de produção de texto expressas nesta coleção foram elaboradas
a partir das possibilidades sugeridas pelas diversas áreas do conhecimento.
As propostas oferecem oportunidades para que os alunos reconheçam a
Suas experiências expressão escrita como forma legítima de comunicação, de interlocução,
despertando o interesse para seu uso e desenvolvendo as habilidades
de uso adequado da modalidade escrita, considerando sua legibilidade e
O objetivo desta seção é apresentar atividades que intencionalmente pro- função social.
vocam antecipações e levantam conhecimentos prévios dos alunos sobre o
assunto que será abordado. O foco é estimular o confronto e a socialização
de ideias entre os participantes do grupo. Por meio das previsões e hipóteses
expressas e compartilhadas, criam-se também a expectativa e o interesse Sua criação (Desafio final)
para a apresentação de conteúdos diversos.

As propostas desta seção orientam os alunos a criar novas soluções


para uma determinada situação-problema. Eles são estimulados
Exploração e descoberta
a comunicar suas ideias diante do desafio proposto, a sugerir novos
encaminhamentos que vão além da compreensão ou aplicabilidade de
Esta seção propõe investigações que ajudam os alunos a descobrir novos algo já dado, mobilizando, nesse movimento, seus novos conhecimentos,
aspectos do conteúdo em foco. O diálogo entre o conhecimento prévio dos habilidades e atitudes.
– 15
Apresentação e orientação para o desenvolvimento do trabalho pedagógico

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que As dimensões são:
descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. • Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois materialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em
de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas.
do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artís-
tico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, con-
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
flitos, negociações e inquietações.
– Me ajuda a olhar!
• Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção
Fonte: GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. a novas compreensões do espaço em que vivem, com base no estabeleci-
mento de relações, por meio do estudo e da pesquisa, entre as diversas ex-
Competências específicas de Arte para o Ensino Fundamental periências e manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas. Essa
A BNCC Arte não determina quais conteúdos devem ser ensinados em dimensão articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos
cada ano do Ensino Fundamental. Nestes documentos, são apresentadas seis estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais.
dimensões do conhecimento presentes no componente curricular Arte, que envolve • Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço,
as seguintes linguagens: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Somam-se a ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes
estas áreas as Artes Integradas. materiais. Essa dimensão articula a sensibilidade e a percepção, tomadas
como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em
Arte no Ensino Fundamental – Anos Iniciais: unidades temáticas, sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o
objetos de conhecimento e habilidades protagonista da experiência.
Segundo a BNCC, nessa nova etapa da Educação Básica, o ensino de Arte • Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as cria-
deve assegurar aos alunos a possibilidade de se expressar criativamente em ções subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito in-
seu fazer investigativo, por meio da ludicidade, propiciando uma experiência de dividual quanto coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística
continuidade em relação à Educação Infantil. com os elementos constitutivos de cada linguagem, dos seus vocabulários
Dessa maneira, é importante que, nas quatro linguagens da Arte – integradas específicos e das suas materialidades.
pelas seis dimensões do conhecimento artístico –, as experiências e vivências • Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura
artísticas estejam centradas nos interesses das crianças e nas culturas infantis. para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais.
A BNCC propõe que a abordagem das linguagens articule seis dimensões Essa dimensão implica disponibilidade dos sujeitos para a relação continuada
do conhecimento que, de forma indissociável e simultânea, caracterizam a sin- com produções artísticas e culturais oriundas das mais diversas épocas,
gularidade da experiência artística. "Tais dimensões perpassam os conhecimen- lugares e grupos sociais.
tos das Artes Visuais, da Dança, da Música, do Teatro e as aprendizagens dos • Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações
alunos em cada contexto social e cultural. Não se trata de eixos temáticos ou sobre as fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e cul-
categorias, mas de linhas maleáveis que se interpenetram, constituindo a espe- turais. É a atitude de perceber, analisar e interpretar as manifestações artís-
cificidade da construção do conhecimento em Arte na escola. Não há nenhuma ticas e culturais, seja como criador, seja como leitor.
hierarquia entre essas dimensões, tampouco uma ordem para se trabalhar com Essas seis dimensões são contempladas no decorrer dos cadernos de Arte
cada uma no campo pedagógico". do 2.o ao 5.o ano.
16 –
Ainda segundo a BNCC: "A referência a essas dimensões busca facilitar o 3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente
processo de ensino e aprendizagem em Arte, integrando os conhecimentos aquelas manifestas na arte e nas culturas que constituem a identidade bra-
do componente curricular. Uma vez que os conhecimentos e as experiências sileira –, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as
artísticas são constituídos por materialidades verbais e não verbais, sensíveis, nas criações em Arte.
corporais, visuais, plásticas e sonoras, é importante levar em conta sua nature-
4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação,
za vivencial, experiencial e subjetiva". ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
A BNCC estabelece ainda competências específicas para o Ensino Funda- 5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e
mental, que também são contempladas nos cadernos de Arte nos anos iniciais criação artística.
do Ensino Fundamental:
6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo,
1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artís- de forma crítica e problematizadora, modos de produção e de circulação da
ticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas das comunida- arte na sociedade.
des tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos
e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, 7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnoló-
social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades. gicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e apre-
sentações artísticas.
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas
8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo
integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnolo- nas artes.
gias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas
condições particulares de produção, na prática de cada linguagem e em 9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e
suas articulações. imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo.

Lugar onde as habilidades são contempladas


Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades
nos Cadernos dos alunos
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das
artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a Em todas as atividades dos Cadernos do 2.o ao
Contextos e práticas
percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o 5.o ano e na leitura da imagem no módulo 2.
repertório imagético.

(EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitu- Em todas as atividades dos Cadernos do 2.o ao
Elementos da linguagem tivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço,
movimento etc.) 5.o ano e na leitura da imagem do 2.o ano.

Artes Visuais (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas Nas unidades denominadas Diversidade Cultural:
Matrizes estéticas e
matrizes estéticas e culturais das artes visuais nas manifes- módulo 3 do 2.o ano, módulo 5 do 3.o ano, módulo 3
culturais
tações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. do 4.o ano e módulo 5 do 5.o ano.

(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expres-


são artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos,
dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, Em todas as atividades dos Cadernos do 2.o ao
Materialidades
fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, 5.o ano em Sua Criação e nas Oficinas.
instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não
convencionais.

– 17
Lugar onde as habilidades são contempladas
Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades
nos Cadernos dos alunos

(EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de No decorrer das atividades dos Cadernos do
modo individual, coletivo e colaborativo, explorando dife- 2.o ao 5.o ano e na leitura das imagens.
Processos de criação rentes espaços da escola e da comunidade.
Artes Visuais (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas,
para alcançar sentidos plurais.

(EF15AR07) Reconhecer algumas categorias do sistema


No 5.o ano em A arte em todos os lugares –
Sistemas da linguagem das artes visuais (museus, galerias, instituições, artistas,
1.o bimestre.
artesãos, curadores etc.)

(EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de


manifestações da dança presentes em diferentes contex- Nas atividades denominadas Corpo e Movimento,
Contextos e práticas
tos, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade nos Cadernos do 2.o ao 5.o ano.
de simbolizar e o repertório corporal.

(EF15AR09) Estabelecer relações entre as partes do


Dança corpo e destas com o todo corporal na construção do
movimento dançado.
Nas atividades denominadas Corpo e Movimento,
Elementos da linguagem (EF15AR10) Experimentar diferentes formas de orien- nos Cadernos do 2.o ao 5.o ano.
tação no espaço (deslocamentos, planos, direções, ca-
minhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e
rápido) na construção do movimento dançado.

(EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas, como


as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão
Em todas as atividades dos Cadernos do 2.o ao
Materialidades corporal), na natureza e em objetos cotidianos, reconhe-
5.o ano.
cendo os elementos constitutivos da música e as caracte-
rísticas de instrumentos musicais variados.

(EF15AR16) Explorar diferentes formas de registro mu-


sical não convencional (representação gráfica de sons,
Teatro partituras criativas etc.), bem como procedimentos e téc-
nicas de registro em áudio e audiovisual, e reconhecer a
notação musical convencional. Em todas as atividades dos Cadernos do 2.o ao
Notação e registro musical
(EF15AR17) Experimentar improvisações, composições 5.o ano em Agora, é com você!.
e sonorização de histórias, entre outros, utilizando
vozes, sons corporais e/ou instrumentos musicais con-
vencionais ou não convencionais, de modo individual,
coletivo e colaborativo.

18 –
Lugar onde as habilidades são contempladas
Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades
nos Cadernos dos alunos

(EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de


manifestações do teatro presentes em diferentes contex-
Contextos e práticas tos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e Em todas as atividades dos Cadernos do 2.o ano.
cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório ficcional.

(EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida cotidiana,


identificando elementos teatrais (variadas entonações de Em todas as atividades dos Cadernos do 2.o ao
Elementos da linguagem voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens 5.o ano.
e narrativas etc.)

(EF15AR20) Experimentar o trabalho colaborativo, coleti-


Teatro vo e autoral em improvisações teatrais e processos narra- Em todas as atividades dos Cadernos do 2.o ao
tivos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade 5.o ano.
dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de
diferentes matrizes estéticas e culturais.
(EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de conta, ressigni- Nos módulo 5 e 6 do 2.o ano; no módulo 9 do
Processos de criação ficando objetos e fatos e experimentando-se no lugar do 3.o ano, em Artes do Corpo; e no módulo 7 do
outro, ao compor e encenar acontecimentos cênicos, por 4.o ano, em Arte como expressão – Teatro. Estão
meio de músicas, imagens, textos ou outros pontos de
partida, de forma intencional e reflexiva. também no Caderno de música, do 3.o ao 5.o ano.
(EF15AR22) Experimentar possibilidades criativas de Em todas as atividades dos Cadernos do 3.o ao
movimento e de voz na criação de um personagem teatral,
discutindo estereótipos. 5.o ano.

(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos No módulo 3 do 2.o ano, em Todas as artes – O


Processos de criação temáticos, as relações processuais entre diversas lingua- circo; no módulo 3 do 3.o ano, em A Arte e as ques-
gens artísticas. tões sociais – Fotografia; e no módulo 4 do 4.o ano.

(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos,


Matrizes estéticas culturais brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de dife- No módulo 5 do 3.o ano e no módulo 4 do 4.o ano.
rentes matrizes estéticas e culturais.

(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural,


Artes Integradas material e imaterial, de culturas diversas, em especial a
brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, afri- Em todas as atividades dos Cadernos do 3.o ao
Patrimônio cultural canas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a 5.o ano.
construção de vocabulário e repertório relativos às dife-
rentes linguagens artísticas.

(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e recursos Nos Cadernos do 2.o ao 5.o ano, nos processos
digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos,
Arte e tecnologia gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.) de criação em Agora, é com você!, Tecnologia
nos processos de criação artística. e Animação.

– 19
A proposta do material didático de Arte

Ponto de partida Professores e alunos da academia passaram a ministrar aulas nas escolas
Juntamente com as cartas que descreviam o Brasil desde Pero Vaz de primárias e secundárias do Rio de Janeiro, cujas propostas de ensino no século XIX
Caminha, as missões, expedições científicas e artísticas tinham como objetivo e início do XX transitavam entre desenho geométrico para construção de projetos
não apenas desvendar o país, mas também registrar a natureza, fatos e no país que se industrializava, desenhos de ornamentos e/ou de observação.
costumes de uma terra distante para apresentar aos europeus. Nesse mesmo período foram fundados os Liceus de Artes e Ofícios voltados
Alguns artistas integravam essas comitivas e tinham a incumbência de primeiramente para homens da classe operária e posteriormente para mulheres
registrar a sociedade que se constituía. No entanto, esse modo de registro cujos intentos eram preparar trabalhadores para aplicar arte na indústria.
artístico não estava de imediato atrelado ao ensino da arte, este existente Partindo desse contexto e em síntese, esta escola tradicional tinha o
professor como responsável por transmitir aos alunos os padrões exigidos pela
de diversos modos entre povos ameríndios desde muito antes do início da
Academia de Arte. O desenho figurativo e o geométrico eram preponderantes em
colonização.
aulas nas quais os alunos aprendiam a reproduzir o que lhes era apresentado.
A chegada da arte barroca e do rococó junto com os portugueses fez com
No decorrer do século XX foram instituídas as disciplinas Trabalhos
que o aprendizado de artes e ofícios acontecesse em oficinas com mestres e
Manuais, Desenho (geométrico, natural e pedagógico), Música e Canto
aprendizes, cujo caso mais conhecido é o de Aleijadinho, que aprendeu com
Orfeônico em escolas primárias e secundárias cuja proposta educacional
seu pai e seu tio. Até então, a instrução formal nas escolas era promovida pelos
calcava-se na transmissão de conhecimentos técnicos. A criação em 1931 da
jesuítas e pela elite da sociedade que muitas vezes enviava seus filhos para
Superintendência de Educação Musical e Artística no Rio de Janeiro por Heitor
estudar na Europa.
Villa-Lobos garantiu a supremacia do Canto Orfeônico na educação formal e só
As mulheres e os jovens das famílias aristocratas deveriam aprender a tocar
mais adiante a Educação Musical. O Teatro e a Dança inseriam-se no cotidiano
instrumentos musicais, a pintar e a recitar poemas para o deleite de convidados
escolar, sobretudo em períodos festivos como Festa Junina e Natal.
e familiares, e como forma de demonstração da cultura aos seus pretendentes, Com o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932 a concepção da
no caso das mulheres. Segundo José Carlos Libâneo, a educação pode ser pedagogia centrada no aluno mudou significativamente o papel do professor: de
classificada em três modalidades: informal, não formal e formal. A informal detentor e transmissor do conhecimento passou a orientar e a dar oportunidade
é também denominada não intencional, pois acontece nos meios sociais; a à livre e criativa expressão dos alunos, o que mais tarde se denominou ensino
educação não formal e a formal possuem intencionalidade educativa, sendo a expressionista da arte.
não formal promovida por instituições de diversas ordens (museus por exemplo) Experiências no ensino não formal para crianças aconteceram na Escola Bra-
e a formal promovida nas escolas. sileira de Arte na década de 1930 e nos cursos ministrados por Anita Malfatti na
A transferência da Família Real Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808 Biblioteca Infantil do Departamento de Cultura, ambos em São Paulo, nos quais os
provocou inúmeras mudanças no país. Embora tenha funcionado somente a princípios expressionistas da livre expressão e criatividade também se destacavam.
partir de 1826, foi em 1816 que se fundou a primeira escola para ensino formal A fundação da Escolinha de Arte do Brasil em 1948 no Rio de Janeiro deu
da arte no Brasil. Inicialmente denominada Escola Real de Ciências, Artes e continuidade a esses intentos e abriu-se fortemente para as artes populares. Ao
Ofícios, logo depois Academia Real de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura crescer e tornar-se o Movimento Escolinhas de Arte, instituiu sedes em várias regi-
Civil, ou ainda Academia de Artes, posteriormente Academia Imperial de Belas- ões e os cursos para formação de professores de Arte tornaram-se referenciais em
Artes e atualmente Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de um país no qual se formavam artistas que não necessariamente eram professores.
Janeiro, teve como primeiros professores os membros da Missão Artística Na segunda metade do século XX, a proposta de educação pela arte de
Francesa que implementaram não só a arte neoclássica no Brasil mas também Herbert Read e os escritos de Viktor Lowenfeld sobre a capacidade criadora da
o ensino acadêmico da arte. criança foram amplamente difundidos e absorvidos entre educadores da arte.
20 –
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional n.o 4.024 de 1961 § 2.o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,
determinou como um dos fins do ensino primário a expressão da criança e constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação
atividades complementares de iniciação artística para o ginásio e o colegial, básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação
indicou aulas de artesanato e mestria para os cursos técnicos industrial, agrícola dada pela Lei n.o 12.287, de 2010)”
e comercial, porém, não instituiu a obrigatoriedade do ensino da arte. O nome Educação Artística vigente no ensino formal desde 1971 mudou
Em 1971, com a Lei n.o 5692 foi determinada a obrigatoriedade da atividade para Arte em 2005. Grafado no singular, diz respeito a uma grande área de
Educação Artística para alunos do 1.o e 2.o graus, aglutinando em uma única conhecimento que, nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino da
disciplina as aulas de artes plásticas, artes cênicas e educação musical. Arte (PCN-Arte), se subdivide em quatro manifestações artísticas: Artes Visuais,
Movimentos regionais em favor da arte na educação surgiram nos anos Dança, Música e Teatro.
1980, e em 1987 foi constituída a Federação de Arte-Educadores do Brasil/
FAEB cujo movimento passou a denominar a área como arte/educação e defen- Objetivos gerais na área de Arte
deu a obrigatoriedade do ensino artístico nas escolas de modo que se atribuísse
De acordo com os PCNs, o ensino de Arte deve organizar-se de modo que
à Arte igual importância em relação às demais áreas de conhecimento.
Tais iniciativas se consolidaram com a LDB n.o 9394 de 1996 na qual: os alunos sejam capazes de:
“Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma • experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e • compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir
(...) produções artísticas;
§ 2.o O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos
diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento • experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos
cultural dos alunos.” artísticos diversos em arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de
Desde que foi sancionada, a referida Lei vem passando por atualizações modo que os utilize nos trabalhos pessoais, identifique-os e interprete-os
que visam atender aos princípios democráticos da nação. Em 2003 foi inserida na apreciação e contextualize-os culturalmente;
a obrigatoriedade do estudo da cultura afro-brasileira e, por conta de novas • construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal
reivindicações, em 2008 incluiu-se no mesmo artigo a cultura indígena: e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas,
“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, sabendo receber e elaborar críticas;
públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-
• identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico
brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei n.o 11.645, de 2008)
(...) contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e
§ 2.o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos podendo observar as produções presentes no entorno, assim como
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, as demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a
em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos de diferentes
(Redação dada pela Lei n.o 11.645, de 2008)” grupos culturais;
Em 2008 instituiu-se no § 6.o que: • observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,
“A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a
curricular de que trata o § 2.o deste artigo. (Incluído pela Lei n.o 11.769, de 2008)” sensibilidade, argumentando e apreciando arte de modo sensível;
E em 2013 e 2010, respectivamente, foram revistos o Artigo 26 e o § 2.o
• identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do
nos quais:
“Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do trabalho e da produção dos artistas;
ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada • identificar, investigar e organizar informações sobre a arte, reconhecendo
sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversifi- e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções
cada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias;
da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei n.o 12.796, de 2013) • pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em contato com
(...) artistas, obras de arte, fontes de comunicação e informação.
– 21
A proposta metodológica Para articular a Proposta Triangular, elegemos alguns autores de referência
que contribuem para adensar os eixos propostos.
Arte como leitura e conhecimento do mundo Ler
Entendemos que todas as áreas de conhecimento, incluindo a Arte, são Robert Ott apresenta-nos uma proposta para leitura de imagens denomi-
meios para leitura e compreensão de mundo. Temos como premissa que se o nada Image Watching, estruturada em cinco etapas dinâmicas que se comple-
trabalho educativo for desenvolvido à luz dos princípios de uma proposta vol- mentam:
tada para a interdisciplinaridade entre os elementos verbais, visuais, sonoros
e gestuais o trabalho educativo em Arte contribuirá de forma significativa para • Descrevendo: [...] pede aos alunos que observem a obra estudada
materializar condições e alcançar resultados diferenciados nos níveis de apren- primeiro como obra de arte antes de se envolverem com alguma outra
dizagem. Com isso e respeitando suas particularidades, a Arte é compreendida forma adicional de observação. Em outras palavras, “descrevendo”
como área de conhecimento. possibilita que a arte fale primeiro para o indivíduo. [...] os alunos fazem
Temos na unidade de conteúdo escrito ou imagético impresso o nosso prin- uma lista de tudo o que é perceptível sobre a obra de arte que está sendo
cipal disparador. Esse contexto inicial exige do professor uma postura de com- estudada criticamente.
portamento leitor ao interagir com o texto, problematizando e instigando para • Analisando: [...] proporciona dados para investigar intrinsecamente a
alimentar o desejo de saber como um convite ao universo letrado ou imagético, obra de arte, a maneira como foi executado o que foi percebido. Analisar
ambos antes nunca percorridos, visando à compreensão e à interpretação dos uma obra de arte é estimulante [...] quando tiverem cuidado especial para
assuntos pautados. perceber adequadamente todos os detalhes da obra de arte durante o
Além da leitura de textos e de imagens, esse material didático propõe práti- estágio descrevendo.
cas reflexivas a partir de unidades, módulos e atividades. • Interpretando: [...] fornece dados para as respostas pessoais e sensoriais
dos alunos que participam da crítica. Essa categoria permite que os
Proposta Triangular
alunos expressem como eles se sentem a respeito da obra de arte, além
Esse material didático fundamenta-se em uma estrutura para o ensino da de lhes ter proporcionado a oportunidade de perceber suas emoções [...].
arte concebida pela pesquisadora e professora Ana Mae Barbosa. Denominada
Proposta Triangular, articula-se em três eixos: • Fundamentando: [...] acrescenta uma extensão que não é encontrada
nos sistemas de crítica. Essa é uma área na qual a ação dos alunos
de interpretar obras de arte é baseada em um conhecimento adicional
disponível no campo da História da Arte ou em alguma crítica que tenha
sido escrita ou dita a respeito da obra.
[...] A informação adicional proporcionada nesse ponto no sistema tem a
intenção de ampliar a compreensão do aluno e não convencê-lo a respei-
to do valor da obra de arte.
• Revelando: [...] é dada [...] por uma forma artística ou uma transformação.
Uma nova obra é criada pelo aluno. Essa obra tem sido inspirada
na compreensão e conhecimento adquiridos [...] principalmente por
intermédio do que é percebido, compreendido e apreciado no estudo da
arte.
Cabe destacar que essa proposta é abrangente e pode ser articulada com
os eixos Contextualizar e Fazer.

Contextualizar
Tornou-se hábito no ensino da arte contextualizar obras de arte na
biografia de artistas, na História da Arte ou na Crítica de Arte. Entretanto, cada
22 –
obra se insere em múltiplos contextos e não se restringem a esses itens. É seguir, a ideia de que o artista não pensa de maneira tão atenta e penetrante
possível – por exemplo – contextualizar uma obra de arte na história geral ou quanto o investigador científico é absurda”.
em particularidades, na política de gêneros, nos estudos culturais e sociais, Sendo a elaboração e o fazer estético entendidos como processos de
na antropologia, nos conceitos intrínsecos à arte etc., de modo que múltiplas cognição e inteligência, uma experiência completa nesse sentido será possível
relações possam ser estabelecidas. ao permitir que os alunos coloquem em prática suas ideias nas quais:
Elegemos para adensar este eixo aspectos do pensamento pós-colonialista. Coisas físicas [...] são fisicamente transportadas e fisicamente levadas a
Ana Mae Barbosa introduziu o tópico na arte/educação brasileira por se tratar de agir e reagir umas sobre as outras, na construção de um novo objeto. O milagre
um país que passou por longo período de colonização, cujos traços ancestrais, da mente é que algo parecido ocorre em uma experiência sem transporte nem
populares ou das minorias em uma cultura (artística ou não) híbrida, mestiça, montagem físicos. A emoção é a força motriz e consolidante. Seleciona o que é
sincrética ou a denominação que se queira atribuir, possuem valores nem congruente e pinta com suas cores o que é escolhido, com isso conferindo uma
sempre reconhecidos pelas culturas hegemônicas ou dominantes. unidade qualitativa a materiais externamente díspares e dessemelhantes. Com
Por sua vez, uma postura pós-colonialista reconhece os valores do isso, proporciona unidade nas e entre as partes variadas de uma experiência.
colonizado como agentes na construção e transformação da cultura e da arte, Quando a unidade é do tipo já descrito, a experiência tem um caráter estético,
para o qual os valores colonizadores são transformados e reconhecíveis em mesmo que não seja predominantemente uma experiência estética.
múltiplos contextos. Ana Mae cita como exemplo dessa consciência a chegada Complementando nossa concepção de prática artística como experiência,
da Missão Artística Francesa no Rio de Janeiro em 1816 para fundar a Academia Elliot Eisner indica que:
Imperial de Belas-Artes na qual os artistas, “Quando chegaram, encontraram “[...] como afirmou Dewey, e é uma lição que vale a pena reaprendermos, a
um barroco florescente. Importado de Portugal, o barroco havia sido modificado solução para a excessiva rigidez não é o laissez-faire, e também não é solução
pela força criadora dos artistas e artífices brasileiros, e podemos dizer que já adotar o meio termo. O que se deve fazer é elaborar um programa da prática
existia um barroco brasileiro bem diferente do português, do espanhol e do educacional baseada em uma concepção adequada da experiência. Para a
italiano, muito mais sensual, sedutor e até mais kitsch [...]”. experiência ter valor e significado educacional, o indivíduo deve experimentar
Nesse sentido, eleger contextos tendo postura pós-colonialista é perceber desenvolvendo a habilidade de lidar inteligentemente com problemas que ele
que todo e qualquer contexto é elegível, trazendo para o ensino da arte a inevitavelmente encontrará no mundo.”
possibilidade de uma educação multi ou intercultural na qual a relação dominante/ É embasada nesses princípios que nossa proposta se inicia.
dominado (quer seja nas concepções de cultura, nação, etnia, gêneros, erudito,
popular, social, religioso, partidário etc.) não é tratada em concepções rígidas Abordagem Triangular
e/ou hierárquicas, tornando a aula de arte aberta para o reconhecimento da A Proposta Triangular é dinâmica e não pressupõe uma ordem de ações
alteridade e possibilitadora de relações com os temas transversais propostos que comece na leitura, passe pela contextualização e termine no fazer artístico.
pelos PCNs. Assim como a proposta de leitura de Robert Ott não possui delimitação entre
Com isso, “[...] usar a arte (e seus muitos contextos) como meio de clarificar as categorias e nem sequência predeterminada, é possível abordar de diversos
os modos pelos quais o mundo social, econômico e político atuam e como modos a Proposta Triangular.
isso pode ser incrementado. Isso significa, naturalmente, a arte a serviço da Desde que foi publicada pela primeira vez em 1991, os três eixos que a
responsabilidade social”. compõem vêm sendo entendidos de diferentes modos por arte-educadores,
escolas e demais instituições educacionais. Ciente dessa riqueza de possibi-
Fazer lidades, Ana Mae organizou junto à também professora Fernanda Pereira da
O fazer artístico é aqui entendido como a atividade prática com materiais que Cunha uma pesquisa sobre essas aplicabilidades e percebeu que a proposta
visam à produção artística. Tal eixo na Proposta Triangular permite que o aluno inicial não é um método fechado para o ensino da arte mas que recebe diversas
tenha uma experiência processual a partir das concepções estéticas percebidas abordagens.
na dinâmica da proposta. Agregando a esse item, John Dewey indica que: Dentre tantas possibilidades atendentes à atual LDB e aos PCNs para
“Como a percepção da relação entre o que é feito e o que é suportado constitui o ensino da Arte, elegemos para completar a concepção desse material a
o trabalho da Inteligência, e como o artista é controlado, em seu processo de abordagem que a professora Regina Machado fez sobre a Proposta Triangular,
trabalho, por sua apreensão da conexão entre o que ele já fez e o que fará a na qual:
– 23
“[...] a Abordagem Triangular não estabelece o que fazer nem aponta como A habilidade de conceber se dá no plano imaginativo e se manifesta
fazer. Desenha um cenário de campos de conhecimento inter-relacionados, um como desenhos mentais, sonhos, hipóteses, perguntando o que pode vir a ser,
terreno no qual o ensino e a aprendizagem podem ocorrer. Enquanto estrutura dirigindo-se ao que ainda não existe, mas pode existir, seja como ideia ou na
de possibilidades, caracteriza o fenômeno da Arte enquanto um objeto de co- realização concreta.
nhecimento na sua especificidade, distinguindo-o de outros objetos de conheci- A habilidade de perceber refere-se à observação de formas e aconteci-
mento. Imagino que desde o início da humanidade, mesmo exercendo as mais mentos da cultura e da natureza. Observar é estabelecer relações críticas, for-
diferentes funções dentro do conjunto de ações simbólicas de cada cultura hu- mais ou afetivas entre qualidades que se apresentam fora e dentro do sujeito
mana, o fenômeno que hoje chamamos Arte sempre foi apreendido, ensinado e que observa. [...]
transmitido por meio da produção de formas, da leitura/observação/contempla-
A habilidade de concretizar refere-se à materialização de desenhos
ção dessas formas e do pensamento que as contextualiza em diversos planos,
imaginários e perceptivos. A concretização de uma obra de Arte, por exemplo,
relacionando-as entre si.”
dá-se numa forma que é fruto de escolhas ao longo de um processo de conceber
Com isso, cada um dos três eixos da proposta inicial se desdobra em outros
e observar.
três eixos:
Abaixo se apresentam os eixos ou campos de conhecimento propostos
tendo como parâmetro a abordagem de Regina Machado:
• Leitura de obras de arte:
– No eixo conceber: intenções e sonhos que poderiam ter originado a
obra.
– No eixo perceber: relações formais que a estruturam, materiais, técni-
cas e impactos que a obra provoca.
– No eixo concretizar: a partir do conceber e do perceber, vivenciando
experiências artísticas e estéticas, fruto da compreensão, da intimida-
de e do contato do aluno com a obra de arte no momento da leitura.
• Fazer artístico:
– No eixo conceber: no plano imaginativo, técnicas e materiais no pro-
cesso de visualizar o sonho da obra.
– No eixo perceber: relações entre qualidades de materiais e técnicas,
estados afetivos e reflexões.
– No eixo concretizar: configurar a maneira particular e única de produzir
um trabalho artístico.
A Abordagem Triangular acima representada apresenta-nos inúmeras • Contextualização de obras de arte:
possibilidades de trabalho por envolver campos de conhecimento e focos de – No eixo conceber: desenhos históricos, culturais, estilos e tendências,
ação distintos, porém, complementares, durante cada percurso vivenciado imaginar os diferentes contextos da Arte.
pelos alunos como experiência através da arte.
– No eixo perceber: relações significativas entre os diferentes contextos
São três os movimentos didáticos: ler, fazer e contextualizar que, por sua
e as características que os qualificam.
vez, e em cada um deles, acolhem as atividades voltadas para conceber,
perceber e concretizar em um planejamento, caracterizando as condições para – No eixo concretizar: formulações particulares e únicas por meio de tex-
trazer à tona experiências estéticas. Segundo Regina Machado: tos, pesquisas, avaliações do próprio trabalho e dos outros.
24 –
Descrição da estrutura do Caderno As formas de avaliação propostas
Estrutura dos Cadernos de Atividades Avaliação nas aulas de Arte
O Caderno do aluno é organizado em unidades bimestrais subdivididas em Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, a avaliação no ensino e na
módulos que se complementam. aprendizagem da arte:
Cada unidade possui como eixo condutor uma questão da arte a ser “[...] não pode se basear apenas e tão somente no gosto pessoal do professor,
explorada nos módulos da respectiva unidade. mas deve estar fundamentada em certos critérios definidos e definíveis e os
Os módulos são estruturados em seções didáticas que se repetem, porém conceitos emitidos pelo professor não devem ser meramente quantitativos.
em ordens variadas, mas com procedimentos didáticos facilmente identificados. O aluno que é julgado quantitativamente, sem conhecer a correspondência
O número de módulos não é fixo, pois visa atender às necessidades de qualitativa e o sentido dos conceitos ou valores numéricos emitidos, passa a se
cada unidade. Cada módulo possui conteúdo textual, imagético e atividades. submeter aos desígnios das notas, sem autonomia, buscando condicionar sua
O conteúdo de cada módulo é acompanhado por informações complemen- ação para corresponder a juízos e gostos do professor. Esse tipo de avaliação
pode até constituir como controle eficaz sobre o comportamento e a obtenção
tares presentes em sites indicados no Portal Objetivo da web. Essas mesmas
de atitudes heterônomas (guiadas por outrem), mas não colabora para a
informações podem ser acessadas pelo código QR. QR é a abreviatura de
construção do conhecimento.”
Quick Response, que em português significa resposta rápida, uma versão do
Uma vez que esse material se estrutura em unidades, módulos e sequências
código de barras formado por composições diversas de quadriláteros brancos
didáticas: “Um entendimento da avaliação nessa concepção abre espaços
ou pretos decodificados por aplicativos instalados em telefones celulares ou
para ações também prospectivas na prática educacional, pois a construção de
tablets. Aplicativos para ter esses códigos (QR readers) são facilmente encon-
sequências de unidades didáticas e projetos pode ser definida com maior clareza.
trados para download gratuito em celulares ou tablets. Tal entendimento impulsiona processos de criação e aprendizagem definindo
Quanto à linguagem, deve-se procurar estabelecer diálogos com os alunos. com particular felicidade a construção de formas artísticas e promovendo a
Seções didáticas em Arte: educação estética”.
Com isso, tornam-se múltiplos os papéis e as tarefas da avaliação que, se-
As seções didáticas desenvolvidas a partir da proposta aqui descrita têm gundo Libâneo, precisa verificar, qualificar e apreciar qualificativamente:
como “[...] objetivo do ensino dos procedimentos que os alunos adquiram
progressivamente autonomia para concretizá-los por si”.
Para tanto, estruturam-se nos seguintes eixos curriculares:
– Horizontal: fundamentado em questões da arte que definem os conteúdos
bimestrais.
– Vertical: inicia-se com conhecimento mediado e caminha para a autonomia
dos alunos perante o conhecimento artístico.
– Transversal: permite que sejam inseridos os temas transversais indicados
nos PCNs.
– Transitórios: visa atender às necessidades dos alunos em momentos de
mudança de nível.
A saber:
– 2.o ano – acolhimento do 1.o ano;
– 6.o ano – acolhimento do Ensino Fundamental 1;
– 9.o ano – preparação para o Ensino Médio.
– 25
Desse modo: • [...] função de diagnóstico permite identificar progressos e dificuldades
• Verificação: coleta de dados sobre o aproveitamento dos alunos, por dos alunos e a atuação do professor que, por sua vez, determinam
meio de exercícios realizados em sala, ou de meios auxiliares, como ob- modificações do processo de ensino para melhor cumprir as exigências
servação de desempenho durante a realização das atividades etc. dos objetivos.
• Qualificação: comprovação dos resultados alcançados em relação aos • [...] função de controle se refere aos meios e à frequência das verificações
objetivos e, conforme o caso, atribuição de notas ou conceitos. e de qualificação dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico
• Apreciação qualitativa: avaliação propriamente dita dos resultados, re- das situações didáticas.
ferindo-os a padrões de desempenho esperados. Em nossa proposta, destaca-se a inserção desses itens nos processos de
Assim, a avaliação escolar deve cumprir ao menos três funções: aprendizagem realizados, nos quais as avaliações objetivam analisar como os
estudantes articulam os conhecimentos artísticos entre os eixos propostos de
leitura, contextualização e fazer artístico. Com isso, as avaliações expressam:
[...] resultados em notas ou conceitos que comprovam a quantidade e a
qualidade dos conhecimentos adquiridos em relação aos objetivos. A análise
dos resultados de cada aluno e do conjunto de alunos permite determinar a

- eficácia do processo de ensino como um todo e as reorientações necessárias.


As notas ou conceitos traduzem, de forma abreviada, os resultados do
processo de ensino e aprendizagem. A nota ou conceito não é o objetivo do
ensino, apenas expressa níveis de aproveitamento escolar em relação aos
objetivos propostos.
Assim, ao formular avaliações cabe a nós arte-educadores termos
constantemente em vista os objetivos gerais e específicos presentes em cada
unidade, sequência didática ou projeto desenvolvido.
Nesta fase do 2.o ao 5.o ano consideramos que a avaliação deverá ser
apenas baseada na observação e no resultado das atividades. Não cabe a essa
faixa etária uma avaliação formal.
Segue o modelo de planilha avaliativa aplicada nas unidades de São Paulo/
Capital.

Para tanto:
• [...] função pedagógico-didática se refere ao papel da avaliação no
cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar.
26 –
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
As orientações didáticas se encontram escritas em vermelho na mesma Roda da conversa
página das atividades. Para melhor aproveitamento, os procedimentos estão
organizados nos seguintes itens: Todos os questionamentos que o professor propuser aos seus alunos
chamaremos de Roda da conversa. Questionar não significa fazer perguntas
cujas respostas já estão previstas, mas querer ouvir a opinião da criança,
Objetivo: valorizando-a e respeitando-a. Preferencialmente na Roda da conversa os
Neste item, é apresentado sinteticamente o objetivo da atividade. alunos deverão, se possível, estar reunidos em círculo para que todos tenham
oportunidade de visualizar o grupo todo.
Roda da conversa:
Geralmente os alunos estarão em círculo. São levantados os conhecimentos
Exploração e descoberta
prévios por meio de perguntas pertinentes ao conteúdo proposto, que servem
tanto para preparar a aula quanto para pontuar a mediação. O aluno desenvolve atividades que têm como propósito facilitar o percurso de
um raciocínio e, por meio de uma exploração (questões a responder, hipóteses
a testar), chegar à descoberta, ou seja, a novos saberes.
Sugestão:
Este item é composto por sugestões de encaminhamento e de aplicação
das atividades.
Ampliação dos saberes

Observação: Pelo desenvolvimento de uma atividade em que o aluno terá a oportunidade


de saber um pouco além do assunto a ser estudado, como leitura de um texto,
Nem todas as atividades são contempladas por este item, composto por participação em uma discussão.
situações merecedoras de especial atenção do professor.

Orientações didático-metodológicas para cada unidade, bem como Sua criação


para as atividades propostas:
O aluno será exposto a uma situação que exija uma resposta nova, original.
Essas orientações devem dar suporte ao trabalho do professor, de forma
Será solicitado a mobilizar novos conhecimentos, novas habilidades e atitudes,
a assegurar a adequada utilização do material didático, e conter sugestões de
enfim, criar algo novo a partir de suas experiências.
alternativas e ampliações a serem feitas, se houver interesse do professor.

TERMOS E CÓDIGOS EMPREGADOS NAS PRANCHAS Corpo e movimento

Organização das sequências didáticas Este símbolo significa uma atividade de expressão corporal (teatro ou dança).
O Caderno do aluno está organizado em unidades bimestrais e em módulos
que se complementam. A proposta do trabalho se estrutura em sequências
Observe
de aprendizagem apresentadas em seções didáticas organizadas e, por
consequência, nomeadas considerando o processo de construção dos saberes O aluno irá realizar uma leitura de imagem mediada pelo professor seguindo a
a ser percorrido pelo aluno, de acordo com a ilustração a seguir: proposta de leitura de Robert Ott.
– 27
Arte 2.o ANO
anual
E N S I N O F U N D A M E N TA L

Número de aulas sugerido para as unidades e para 9 Analisar o circo sob o olhar do artista.
9 Conhecer palhaços brasileiros.
os módulos Total de aulas: 7
Estrutura sugerida para unidades e módulos Módulo 3 – Todas as artes – o circo
Cada ano letivo do 2.o ao 5.o ano do Ensino Fundamental é composto por Objetivos específicos
um Caderno anual de atividades. 9 Vivenciar a postura corporal do artista circense.
Cada uma das unidades é planejada para ser ministrada bimestralmente
com uma aula semanal. 9 Estimular a imaginação desenvolvendo a linguagem gestual.
Total de aulas: 7
A saber:
Unidade 3 – Arte e natureza (3.o bimestre)
2. ano
o
Objetivos
Unidade 1 – Os artistas e a arte (1.o bimestre) 9 Identificar texturas táteis na natureza aplicando a técnica da frottage.
Objetivos 9 Reconhecer diferentes tipos de textura através do tato.
9 Compreender a importância da assinatura do artista para identificar o tex- Total de aulas: 9
to na obra de arte. Módulo 4 – Textura tátil
9 Identificar diferentes assinaturas existentes numa obra de arte.
9 Analisar as diferentes linhas usadas nas assinaturas dos artistas. Objetivo específico
9 Analisar e conhecer as diferentes linguagens da arte. 9 Representar graficamente as texturas percebidas pelo tato.
Total de aulas: 8 Total de aulas: 9
Módulo 1 – Identificando uma obra de arte Unidade 4 – Fundamentos da arte (4.o bimestre)
Objetivos específicos Objetivos
9 Conhecer a si e a seus colegas e suas preferências.
9 Identificar o ponto, a linha, as formas e a cor como elementos visuais.
9 Criar a sua assinatura.
9 Explorar e conhecer o espaço, utilizando o corpo para apresentação. 9 Reconhecer os elementos básicos da arte aplicados na dança.
Total de aulas: 5 Total de aulas: 6
Módulo 2 – As manifestações artísticas Módulo 5 – Ponto e linha
Objetivos específicos Objetivo específico
9 Analisar e classificar as manifestações artísticas. 9 Identificar tipos de linhas e pontos na obra de Kandinsky.
9 Relacionar essas manifestações da arte ao cotidiano do aluno. Total de aulas: 3
Total de aulas: 3
Módulo 6 – O ponto e a linha na dança
Unidade 2 – Diversidade artística e cultural (2.o bimestre)
Objetivo específico
Objetivos 9 Conhecer a peça de teatro Lúdico, da Cia. Druw, baseada nas obras de
9 Identificar as diversas manifestações artísticas no circo. Kandinsky.
9 Conhecer os diferentes tipos de circo. Total de aulas:
28 –
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 2.o ano / 1.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Compara as obras
Utiliza Cria e constrói
Explora várias observadas,
Utiliza o corpo Descreve corretamente Reconhece as formas plásticas
possibilidades estabelecendo Finaliza os
como forma de verbalmente obras diferentes materiais manifestações e visuais em TOTAL
no movimento critérios de trabalhos.
expressão. observadas. explorando as suas artísticas. espaços diversos
corporal. semelhanças e
características. (bidimensionais).
diferenças.
AVALIAÇÃO

(1,5) (1,0) (1,5) (1,0) (1,0) (1,5) (1,5) (1,0) (10,0)

– 29
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 2.o ano / 2.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Cria e constrói Compara as obras


formas plásticas, observadas,
Identifica as diferentes Reinterpreta obras
Atende à proposta Descreve verbalmente visuais ou cênicas estabelecendo
manifestações utilizando diferentes Finaliza os trabalhos. TOTAL
feita pelo professor. obras observadas. em espaços diversos critérios de
no circo. materiais.
(bidimensionais e semelhanças e
tridimensionais). diferenças.
AVALIAÇÃO

(1,5) (1,0) (1,5) (1,5) (2,0) (1,5) (1,0) (10,0)

30 –
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 2.o ano / 3.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Compreende as instruções do
Diferencia texturas através Utiliza tintas e pincéis Trabalhou a tela com
professor em relação ao uso Finaliza os trabalhos. TOTAL
do tato. corretamente. facilidade e capricho.
da tela.
AVALIAÇÃO

(2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (10,0)

– 31
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 2.o ano / 4.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Compara imagens
Consegue representar observadas,
Compreende os Identifica o ponto e a Explora várias
Descreve verbalmente com o corpo os estabelecendo
conceitos ponto linha numa obra possibilidades do Finaliza os trabalhos. TOTAL
obras observadas. movimentos do ponto critérios de
e linha. de arte. movimento corporal.
e da linha. semelhanças e
diferenças.
AVALIAÇÃO

(1,5) (1,5) (1,5) (1,5) (2,0) (1,0) (1,0) (10,0)

32 –
– 33
O personagem Zito é curioso e gosta muito de arte.
Seu nome foi escolhido por sua mãe, que também aprecia arte e quis homenagear o
artista José Almeida Júnior.
Ele foi criado para ilustrar e participar como mascote de Arte do Ensino Fundamental 1.
No Caderno, Zito vai ser o companheiro dos alunos, participando com dicas, sugestões
e contando sobre a vida dos artistas...

34 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: explorar e reconhecer o espaço criando movimentos corporais para se apresentar e conhecer os colegas.
Roda da conversa: o professor iniciará propondo aos alunos que fiquem em círculo, sentados ou em pé. Cada um deverá dizer o seu nome criando um movimento para cada sílaba, expressando-se livremente,
com movimentos corporais, gestuais e/ou sonoros, por exemplo: Pe (bater palmas) dro ( dar um pulo). Os demais deverão repetir o nome e o movimento do colega.
Sugestão: além da atividade acima, poderão ainda ser acrescentadas mais duas atividades:
2.a atividade: os alunos deverão estar sentados em círculo, e um aluno de cada vez caminha ao redor do círculo, parando em frente a um dos demais. Nesse momento, diz o seu nome e faz um gesto de
acolhimento, por exemplo, apertar a mão do companheiro, abraçar etc.
Após a atividade, os alunos são convidados a dizer o nome de cada um dos colegas.
3.a atividade: andando pelo espaço livremente, em ritmo rápido, cada aluno fala bem alto uma frase que o identifique acompanhando o ritmo da caminhada. Esta atividade poderá ser acompanhada por
uma música.
Por exemplo: “Eu me chamo Pedro, gosto de desenhar e jogar bola.”
Cada um vai repetindo a sua frase. Depois de algum tempo, o professor pedirá aos alunos que alterem o ritmo durante a caminhada, tornando-o normal ou lento.
Deverá, também, orientar os alunos no sentido de que diminuam o ritmo e abaixem a altura da voz até chegar à postura imóvel.
Terminadas as atividades, o professor solicitará que voltem à grande roda, conversando com eles sobre o que realizaram, e pedirá que registrem na prancha, por meio de um desenho, o que acharam das
atividades.

– 35
Procedimentos didáticos
Objetivo: reconhecer diferentes tipos de linhas usadas para identificar as assinaturas de obras de arte.
Roda da conversa: levantamento de conhecimentos prévios – o professor deverá dividir os alunos em pequenos grupos (duplas ou trios) e pedirá que respondam às questões da prancha, realizando a leitura
da imagem segundo os passos propostos por Robert William Ott, encontrados na página 18: descrevendo, analisando, interpretando, fundamentando e revelando, sendo que o item revelando será realizado
na atividade da prancha 13.
Sugestão: estimular os alunos a darem sua opinião a respeito da obra mediando o diálogo de acordo com as respostas obtidas.

36 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: conhecer como Pollock pintava usando a pintura gestual.
Contextualizar a pintura de Jackson Pollock.
Roda da conversa: na grande roda, cada grupo irá compartilhar as respostas dadas na prancha anterior. O professor, como mediador, deverá registrar as respostas mais significativas de cada grupo na lousa.
Em seguida irá contar como Pollock costumava pintar, lendo junto com os alunos o texto que está na prancha. Após realizar a leitura do texto da prancha, o professor fará algumas perguntas, como: “O que
diferencia Pollock dos outros artistas? Por quê? Você alguma vez já pintou igual a ele? Por que Pollock pintava dessa forma?”
Sugestão: o professor poderá apresentar mais obras do artista, como também o trecho de um vídeo que mostra o artista pintando, disponível no Portal Objetivo.
Desafio: “Só olhando a obra na prancha anterior você consegue saber o autor dela? Por quê?” O professor deverá propor, então, que os alunos descubram onde estão a assinatura e a mão do artista na
imagem da prancha anterior.

– 37
Procedimentos didáticos
Objetivo: aplicar a técnica da pintura gestual de Pollock. Esta atividade finaliza a leitura da imagem realizada na prancha 9.
Roda da conversa: o professor irá propor aos alunos que criem uma obra de arte baseada na pintura gestual de Pollock.
Observação: para esta atividade, deverão ser colocados à disposição potes de tinta guache de cores variadas e pincéis. Sugerimos pincéis redondos e um para cada cor.
O trabalho poderá também ser realizado em grupo, no papel kraft, em tela, em papelão, tecido etc.

38 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: identificar outras formas de assinatura.
Roda da conversa: o professor dividirá a classe em três grupos. Cada grupo deverá escolher uma imagem e realizar a leitura dela seguindo os passos propostos por Robert William Ott (ver página 18).
Discussão – Após a leitura dos grupos, os alunos voltam à grande roda para compartilhar com a sala como realizaram a leitura da imagem escolhida. Ao final, o professor fará algumas perguntas: “Vocês
encontraram a assinatura dos artistas? Se não tivesse assinatura, vocês saberiam o autor da obra? O que vocês notaram de igual ou diferente nas assinaturas? Por quê? Que tipo de linhas eles usaram? A
assinatura do artista combina com a sua obra? Por que é importante uma assinatura na obra?”

– 39
Procedimentos didáticos
Objetivo: criar uma assinatura usando diferentes tipos de linha.
Roda da conversa: em círculo, o professor dará início a uma conversa sobre as assinaturas dos artistas e poderá propor que os alunos
criem a sua.
Sugestão: propor que a assinatura seja utilizada para identificar os trabalhos no decorrer do ano.

40 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: identificar as diversas manifestações artísticas.
Roda da conversa: em duplas, os alunos deverão escolher e classificar as imagens do anexo 1.
Observação: o professor deverá explicar sobre os desenhos que representam cada manifestação. Depois de realizar a atividade, voltar à grande roda para que os alunos possam compartilhar as escolhas. O
momento de exposição das respostas deve ser mediado pelo professor, que irá questionar os critérios utilizados pelos alunos para a classificação.

– 41
Procedimentos didáticos
Objetivo: conhecer a preferência dos alunos em relação às diversas manifestações artísticas e como a arte está inserida no cotidiano deles.
Roda da conversa: levantamento de conhecimentos prévios – o professor deverá conversar com os alunos sobre as diversas manifestações da arte, quais suas preferências em relação a elas etc.:
“Com que frequência vocês vão ao teatro, ao museu e ao cinema? Você escolhe as músicas que ouve?”
Sugestão: conversar com os alunos sobre as artes disponíveis no cotidiano. Cada aluno deverá responder às questões da prancha e compartilhar suas respostas com a turma toda. Dessa forma, o
professor passa a conhecer melhor seus alunos, suas preferências e como a arte está inserida (ou não) em suas vidas.

42 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: reconhecer as manifestações artísticas existentes no circo.
Roda da conversa: levantamento de conhecimentos prévios – em uma conversa sobre o circo, com os alunos
na grande roda, sugerimos ao professor que lance perguntas como: “Quem já foi a um circo? O que viu? Como
ele era? Tinha um nome específico? Faz muito tempo? Tinha palhaço? Você conhece algum palhaço? Qual?
Você viu esse palhaço no circo? Onde?”
Sugestão: o diálogo poderá ser oral ou escrito.
Observação: todos os questionamentos levantados servirão ao professor para iniciar a atividade.

– 43
Procedimentos didáticos
Objetivo: conhecer os diferentes circos no decorrer da história.
Roda da conversa: ainda na grande roda, o professor deverá fazer um levantamento de conhecimentos prévios realizando a leitura das imagens segundo Robert Ott.
Quais delas os alunos já conhecem?
Sugestão: para a leitura das imagens, seguem algumas sugestões de perguntas: “essas imagens são pinturas? O que vocês veem nelas que identificam que são de circo? Todas têm figura humana? Em quais
imagens não aparece a figura humana? Mas ainda é possível identificar que ela representa um circo? Por quê? Todas elas têm palhaço? Descreva os palhaços que aparecem nas imagens. Eles são todos iguais?
Por quê?”

44 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: vivenciar a postura corporal dos artistas circenses.
Roda da conversa: o professor iniciará esta proposta com uma atividade de
aquecimento do corpo, solicitando aos alunos que mexam vagarosamente
cada articulação. Depois, organizará a classe em grupos de 5 alunos. Os
demais observarão cada grupo. O professor irá falando para o grupo os
objetos imaginários que serão carregados. A um sinal combinado anterior-
mente, o grupo “congela” o movimento e os outros alunos devem falar se
os objetos supostamente carregados são grandes, pequenos, leves, pesados,
moles, duros etc.
Para tanto, o professor pedirá aos alunos que observem os movimentos corpo-
rais necessários para carregar cada objeto. Usando caneta hidrocor e lápis de
cor, os alunos desenharão os movimentos observados.
Sugestão 1: o professor deverá relacionar esta atividade à que é realizada
pelo equilibrista do circo. “O que os equilibristas do circo carregam? Será que
os artistas ensaiam muito para conseguir não derrubar os objetos ou pessoas?”
Sugestão 2: os alunos andarão sobre uma linha reta, feita no chão pelo
professor com fita adesiva, como se fossem equilibristas. É importante in-
centivar o movimento corporal necessário para este fim: colocar um pé após
o outro, abrir os braços e olhar para a frente. Esta atividade pode ser reali-
zada inicialmente sobre um banco de madeira.
Roda da conversa: para esta atividade, o professor deverá, anteriormente,
separar bolas de três tamanhos diferentes. A seguir, dividirá a classe em
grupos de acordo com a quantidade de material disponível e pedirá aos
alunos que experimentem passar as bolas, uma de cada vez, de uma mão
para a outra sem deixá-las cair no chão. Dificultar a atividade aumentando
o ritmo e /ou o número de bolas. Perguntar: “Quem já viu um malabarista?
Você já viu malabaristas nas ruas da cidade? Quais as dificuldades que você
encontrou ao realizar a atividade?”

– 45
Procedimentos didáticos
Objetivo: estimular a imaginação desenvolvendo a linguagem gestual (sem a fala).
Roda da conversa: o professor dividirá a classe em duplas, e os alunos deverão ficar em pé e em círculo. Cada dupla combina
uma ação do cotidiano e apresenta sob a forma de mímica para a classe. Os alunos seguem até que todos tenham atuado.
Sugestão: observar com os alunos quanto à posição e os movimentos que antecedem a prática da atividade
proposta, por exemplo, ao realizar uma mímica que represente o café da manhã, prestar atenção nos movimentos
de colocar a xícara na boca, engolir, colocar a xícara sobre uma mesa.
Observação: mímica é um conjunto de expressões fisionômicas que têm uma função paraverbal (comunicação de
um sentimento ou sensação).
A pantomima é uma peça teatral representada em linguagem de ação ou mímica.

46 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: conhecer palhaços brasileiros.
Roda da conversa: levantamento de conhecimentos prévios – “Você já ouviu falar desses palhaços? Você conhece outros palhaços? Quais? Como eles se apresentam?
Descreva a pintura facial deles. Onde eles atuam? Vocês conhecem alguma música desses palhaços ou sobre o palhaço? Qual?”
Sugestão: o professor poderá colocar uma música de palhaço ou providenciar outras músicas relacionadas ao assunto.

– 47
Procedimentos didáticos
Objetivo: o aluno deverá criar seu personagem de circo.
Roda da conversa: o professor irá propor ao aluno representar um personagem do circo.

48 –
– 49
Procedimentos didáticos
Objetivo: criar um circo explorando diversos recursos. Esta atividade finaliza a leitura de circo da Unidade 2, Módulo 3.
Roda da conversa: com os alunos em círculo, o professor deverá ressaltar que o circo é um espetáculo que traz memórias afetivas e vivências importantes, explorar essas memórias e o fascínio do circo como
estímulo para o trabalho. Em seguida, dividir a classe em pequenos grupos e propor que criem o seu circo utilizando as propostas da prancha.

50 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: reconhecer diferentes tipos de textura por meio do tato e transpor em uma representação artística essas texturas.
Roda da conversa: cada aluno deverá enfiar a mão no saco surpresa e, por meio do tato, falar a sensação que o objeto lhe
causou.
O professor estimulará os alunos a descreverem a textura desse objeto, se é liso ou áspero, e pedirá que façam relações com algo
que conhecem e que causa a mesma sensação.
Em seguida, deverão realizar o desafio proposto na prancha: “Como representar a textura no desenho?”
Sugestão: para esta atividade, o professor deve preparar anteriormente um saco com objetos diversos que apresentem diferentes
texturas (lixa, esponja, papéis amassados, retalhos de tecido, escova, papel camurça etc.).

– 51
Procedimentos didáticos
Objetivo: aplicar a técnica de frottage com materiais diversos.
Roda da conversa: o professor irá propor aos alunos que pesquisem diferentes texturas dentro e fora da sala de aula. Para isso, eles deverão destacar a prancha e, com lápis ou giz de cera deitado, procurarão
representar diferentes texturas no ambiente da escola. Os alunos poderão colocar a prancha sobre o chão, a parede, uma mesa, folhas ou troncos de árvores.
Frottage é uma palavra de origem francesa que significa esfregar. Diz respeito à técnica que envolve a fricção em uma superfície texturizada usando um material de desenho.

52 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: organizar plasticamente as texturas encontradas na realização da frottage.
Roda da conversa: os alunos estarão reunidos na grande roda para trocar experiências sobre a atividade da prancha anterior, e o professor irá questioná-los sobre o que acharam dessa experiência, o que
sentiram em relação às texturas, se gostaram de utilizar a técnina da frottage e se o resultado gráfico obtido foi satisfatório.
Sugestão: composição, nas Artes Visuais, é a organização dos elementos visuais (no caso, texturas). Os alunos poderão recortar, colar e utilizar, ainda, o desenho e a pintura para complementar a composição.

– 53
Procedimentos didáticos
Objetivo: identificar texturas na obra do artista Max Ernst.
Roda da conversa: aplicar a leitura da imagem segundo Robert Ott (ver página
18). Contextualizar a obra do artista Max Ernst e a técnica da frottage aplicada
na obra.
Sugestão: o professor poderá apresentar outras obras do artista.

54 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: observar as texturas criadas por impressões digitais.
Roda da conversa: levar o aluno a observar as linhas e as formas que aparecem nas suas impressões digitais.
Sugestão: o professor colocará à disposição dos alunos tinta guache ou tinta a dedo de várias cores e solicitará que eles passem a tinta
sobre os dedos e as mãos e carimbem na folha. Os alunos poderão usar também papel sulfite.

– 55
Procedimentos didáticos
Objetivo: acompanhar o ritmo da música utilizando pontos.
Roda da conversa: os alunos ouvirão a música. Depois, poderão acompanhar
a música cantando. Em seguida, acompanharão o seu ritmo com palmas, ou
ainda, batendo algum objeto, por exemplo, o lápis na carteira marcando o
ritmo (pulso). Depois desses exercícios, o professor proporá aos alunos que
acompanhem o ritmo da música agora marcando pontos no círculo que se
encontra na prancha.
Sugestão: os pontos podem ser realizados com canetinhas de uma só cor ou
de várias cores.
O professor pode escolher outra música.

56 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: conhecer o ponto como elemento visual.
Roda da conversa: fazer a leitura da obra de Kandinsky aplicando a proposta para leitura de imagem de Robert William Ott.
Sugestão: a palavra colagem vem do francês, collage. Esta palavra é usada em muitos idiomas para se referir à técnica artística que utiliza sobre um suporte materiais variados, colados. Essa colagem pode
utilizar diferentes materiais, como pedaços de papel, pedaços de tecido, folhas de árvore e muitos outros. Também é possível colar objetos entre si para construir esculturas.

– 57
Procedimentos didáticos
Objetivo: estimular o processo criativo fazendo uso do ponto.
Roda da conversa: o professor irá propor que os alunos façam uma colagem utilizando pontos.

58 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: identificar tipos de linha na obra de Kandinsky.
Roda da conversa: levantamento de conhecimentos prévios – realizar a
leitura da imagem segundo Robert Ott. O professor discutirá com os alunos as
questões apresentadas na prancha e pedirá que façam movimentos corporais
para representar as linhas.
Sugestão: nesta atividade, o professor poderá comentar um pouco sobre a vida
desse artista, como ele se dedicou, a princípio, à música, tornou-se professor e
se apaixonou por uma tela do artista Claude Monet.

– 59
Objetivo: perceber que as linhas podem transmitir movimento.
Roda da conversa: os alunos receberão um pedaço de barbante com o qual farão movimentos, de acordo com as sugestões do professor: esticando,
enrolando, fazendo curvas e descobrindo outros movimentos.
Sugestão: pode ser colocada uma música para os alunos realizarem os movimentos com o barbante e no momento do registro.

60 –
Procedimentos didáticos
Objetivo: conhecer um espetáculo de dança inspirado na obra do artista Wassily Kandinsky.
Roda da conversa: realizar a leitura da imagem segundo Robert Ott.
O professor fará a contextualização, contando que a imagem da cia. de dança faz parte da última cena da coreografia, na qual os
bailarinos exploram com o corpo e com o cenário a obra Tensão em Vermelho, que é uma pintura de Wassily Kandinsky.

– 61
Procedimentos didáticos
Objetivo: expressar, por meio do gesto, os elementos visuais (ponto e linha).
Roda da conversa: na grande roda, o professor perguntará aos alunos do que eles mais gostaram do pequeno trecho a que assistiram do espetáculo de teatro Lúdico. A seguir, dividirá os alunos em grupos e
poderá propor que escolham um elemento visual que gostariam de representar corporalmente (ponto, linha ou outro elemento). O professor deve orientá-los a “congelar” a ação, formando um quadro vivo
de linhas e formas. Depois, os alunos deverão escolher e registrar a apresentação de um dos grupos.
Sugestão: o registro poderá ser realizado por meio de desenho, pintura, colagem ou fotografia.

62 –
– 63
64 –
Arte 3.o ANO
anual
E N S I N O F U N D A M E N TA L

Número de aulas sugerido para as unidades e para Módulo 2 – Retratos da sociedade – A arte egípcia
os módulos Conteúdo
A arte egípcia e suas características: pintura, escultura e arquitetura.
Estrutura sugerida para as unidades e módulos Total de aulas: 2
Como já afirmamos anteriormente, cada ano letivo do 2.o ao 5.o ano do Módulo 3 – A arte e as questões sociais
Ensino Fundamental possui um Caderno anual de atividades.
Cada uma das unidades é planejada para ser ministrada bimestralmente Conteúdo
com uma aula semanal. A arte e as questões sociais. Como os artistas trabalharam essas questões
A saber: usando a pintura e a fotografia.
Total de aulas: 1
3.o ano
Unidade 2 – Diversidade cultural (2.o bimestre)
Unidade 1 – Os artistas e a arte (1. bimestre)
o

Objetivos gerais
Objetivos gerais 9 Analisar como os artistas representaram a figura humana, mais
9 Conhecer a arte através dos tempos. especificamente a criança.
9 Refletir sobre a relação entre arte e sociedade e a maneira como cada 9 Praticar o desenho da figura humana.
9 Conhecer a arte indígena.
artista registrou esses acontecimentos.
Objetivos específicos
Objetivos específicos
9 Identificar as diferentes maneiras de representar a figura humana.
9 Conhecer a arte rupestre e suas especificidades. 9 Reconhecer, identificar e valorizar as manifestações indígenas como
9 Identificar as caraterísticas da arte egípcia. verdadeiros documentos de nossa cultura.
9 Analisar a arte e sua relação com as questões sociais. Neste bimestre reservamos também uma aula para a preparação do
9 Conhecer o fotógrafo Sebastião Salgado e suas obras. presente para o Dia dos Pais. Como já dissemos anteriormente, se o professor
Total de aulas: 6 não realizar essa atividade, poderá estender mais as atividades do bimestre.
Reservamos duas aulas para a confecção do presente para o Dia das Mães.
Módulo 4 – Figura humana
Caso o professor não realize essa atividade, poderá acrescentar em suas
aulas mais atividades sobre os assuntos tratados no bimestre. Conteúdo
9 Figura humana.
Módulo 1 – Retratos da sociedade – Dinossauros 9 Observação das diferentes maneiras de os artistas representarem a
criança em diversas épocas.
Conteúdo
9 Análise da obra As meninas, de Diego Velásquez.
9 Dinossauros – Os habitantes da Terra 9 Representação de um quadro vivo tendo como base a obra de Diego
9 A arte da Pré-História, arte nas cavernas Velásquez As meninas.
Total de aulas: 3 Total de aulas: 5
– 65
Módulo 5 – Arte brasileira – arte indígena Módulo 8 – Imaginando a paisagem

Conteúdo Conteúdo
9 A produção de utensílios indígenas como manifestação da cultura de Identificar realidade e representação na arte.
um povo. Total de aulas: 1
9 Grafismos, máscaras e diferentes artefatos produzidos por diferen-
Unidade 4 – Fundamentos da arte (4.o bimestre)
tes tribos.
Total de aulas: 5 Objetivo geral

Unidade 3 – Arte e natureza (3.o bimestre) Desenvolver a expressão gestual, oral e plástica.
Objetivos específicos
Objetivos gerais
9 Identificar o corpo e seus movimentos como expressão artística.
9 Observar as linhas e as formas dos elementos da natureza. 9 Conhecer as diferentes expressões das artes cênicas.
9 Conhecer a vida e a obra da artista Tarsila do Amaral. 9 Desenvolver o teatro de fantoches.
9 Identificar a ilustração científica como arte. 9 Aplicar o teatro de sombras.
Objetivos específicos
Módulo 9 – Artes do corpo
9 Exercitar o desenho de memória.
9 Observar as diferentes maneiras de representação da cor nas paisagens Conteúdo
naturais. As artes do corpo.
9 Desenvolver a observação mais detalhada dos elementos da natureza. Total de aulas: 1
9 Conhecer a história da obra Abaporu, de Tarsila do Amaral.
Módulo 10 – Teatro de bonecos
9 Conhecer a ilustradora científica Margaret Mee.
Conteúdo
Módulo 6 – As linhas e as formas na natureza
9 Teatro de bonecos.
Conteúdo 9 Fantoches.
9 Desenho de memória. Total de aulas: 5
9 Tarsila do Amaral e a sua relação com a natureza.
Reservamos 6 aulas para esse bimestre para que o professor possa usar
9 A história do Abaporu. as aulas que não foram utilizadas para essa atividade para fazer a avaliação
9 Ilustração científica – Margaret Mee. dos trabalhos.
Total de aulas: 6

Módulo 7 – As cores na paisagem

Conteúdo
9 Análise e observação das diferentes cores das paisagens.
9 Perceber como a cor interfere na paisagem.
Total de aulas: 1
66 –
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 3.o ano / 1.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Cria e constrói Compara as obras


Realiza sempre Compreende que
formas plásticas observadas,
Identifica a arte Reconhece as uma leitura a arte também
Utiliza-se de e visuais em estabelecendo Finaliza os
rupestre e suas características da compreensiva pode ser crítica TOTAL
memória visual. espaços diversos critérios de trabalhos.
características. arte egípcia. das imagens em relação à
(bidimensionais e semelhanças e
apresentadas. sociedade.
tridimensionais). diferenças.
AVALIAÇÃO

(1,0) (1,0) (1,5) (1,5) (1,0) (1,5) (1,5) (1,0) (10,0)

– 67
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 3.o ano / 2.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Compara as obras
Cria e constrói formas
Reconhece as observadas, Desenvolve iniciativa Explora as
plásticas e visuais
manifestações Compreende a arte e estabelecendo e criatividade manifestações
em espaços diversos. Finaliza os trabalhos. TOTAL
artísticas de épocas as questões sociais. critérios de utilizando diferentes artísticas de
(bidimensionais e
diferentes. semelhanças e materiais. diferentes naturezas.
tridimensionais).
diferenças.
AVALIAÇÃO

(1,5) (1,0) (1,5) (1,5) (1,5) (1,5) (1,5) (10,0)

68 –
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 3.o ano / 3.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Identifica as diferenças de Compreende a proposta feita


Utiliza adequadamente tintas Realiza o trabalho na tela com
linhas, formas e cores na pelo professor em relação à Finaliza os trabalhos. TOTAL
e pincéis. facilidade e capricho.
natureza. pintura na tela.
AVALIAÇÃO

(2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (10,0)

– 69
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 3.o ano / 4.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Utiliza a expressão gestual, Organiza com facilidade uma Cria o teatro de sombra
Entende a linguagem do
oral e plástica aplicada ao sequência de fatos ao criar desde a história, o cenário e a Finaliza os trabalhos. TOTAL
teatro como arte.
teatro. uma história. representação.
AVALIAÇÃO

(2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (10,0)

70 –
– 71
72 –
– 73
74 –
– 75
76 –
– 77
78 –
Procedimentos didáticos:
Objetivos: estimular a livre expressão e a criatividade; experimentar materiais que foram usados pelos homens das cavernas.
Roda da conversa: como você pode representar uma ideia ou um acontecimento de sua vida utilizando carvão ou gesso?
Sugestão 1: estimular a livre expressão, utilizando material como carvão ou gesso. Os alunos podem construir uma caverna, com o auxílio das carteiras montadas na sala de aula. Eles podem
desenhar por baixo, nos espaços vazios.
Sugestão 2: os alunos também podem preparar suas tintas a partir de corantes naturais, gema de ovo, terra etc.
Sugestão 3: montagem com papel canson de um grande mural com desenhos da classe.

– 79
80 –
– 81
Procedimentos didáticos:
Sugestão: utilizar argila ou sucatas para desenvolver os artefatos. O professor pode pedir para os alunos pesquisarem exemplos desses artigos.

82 –
Procedimentos didáticos:
Objetivos: refletir sobre a relação entre arte e sociedade e a maneira como cada artista registrou o acontecimento
representado em suas obras; conhecer o fotógrafo Sebastião Salgado.
Roda da conversa: em uma grande roda, o professor-mediador provoca as crianças com as perguntas da prancha.
Comente com os alunos sobre os detalhes dessa obra e discuta com eles se essas imagens são atuais. Se necessário,
converse com a professora de História sobre esse fato histórico.

– 83
84 –
Objetivo: praticar o desenho da figura humana.
Procedimento didático: formar duplas. Um dos componentes da dupla faz uma pose e o outro desenha. Depois, trocam de lugar.

– 85
Procedimentos didáticos:
Objetivo: descobrir como os artistas retrataram crianças em diversas épocas.
Roda de conversa: em círculo, conversar com os alunos fazendo-os observar como as crianças foram
representadas pelos artistas: que tipo de roupa estão usando, em que lugar estão, se foram representadas
fielmente como eram na época em que o artista viveu; fazer uma relação com as crianças de hoje.
O professor também poderá relacionar as obras com as ações que fazem parte do cotidiano dos alunos.

86 –
Procedimentos didáticos:
Realizar a leitura de Robert Ott e montar um quadro vivo com os alunos.
Sugestão: produzir roupas com tecido ou papel, filmar ou fotografar a cena.

– 87
� Ampliação dos saberes Personagens da obra

00
N
ru
O)
u:::

(1) A infanta Margarida;


(2) Dona Isabel de Velasco;
(3) Dona María Agustina Sarmiento de Sotomayor;
(4) A anã Mari Bárbola (Maria Bárbola);
(5) Nicolás Pertusato;
(6) Dona Marcela de Ulloa;
(7) guarda-damas, Diego Ruiz de Azcona;
(8) Dom José Nieto Velázquez;
(9) Velázquez;
(1 O) Rei Filipe IV refletido no espelho;
(11) Mariana de Áustria, esposa de Filipe IV, refletida
no espelho.

Procedimentos didáticos:
Objetivo: desenvolver a criatividade e possibilitar a observação de si e do outro.
Roda da conversa: conversar com os alunos sobre as crianças representadas pelos artistas; fazê-los observar a figura humana parada e em movimento;
comentar sobre a liberdade dos artistas de representar as crianças utilizando seu próprio estilo; propor a eles a representação de um quadro vivo.

NOME:------------------------------------------ 3<? ANO - DATA: __!__!__

88 –
– 89
Procedimentos didáticos:
Objetivo: reconhecer a arte indígena como parte da cultura brasileira.
Discussão: pergunte se as crianças já tinham visto pinturas indígenas, não apenas as que são feitas nos corpos dos índios, mas também as presentes em
vasos, cestas, redes, etc.
Observação: comente com os alunos que os indígenas produzem suas próprias tintas a partir de sementes e plantas e que as cores que comumente apa-
recem são o vermelho, o amarelo, o preto e o branco.

90 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: criar padrões gráficos com texturas visuais inspiradas na produção indígena.
Sugestão: na prancha seguinte, o aluno irá criar seu próprio padrão de linhas e de cores com palito de
churrasco ou pena de galinha e nanquim.
Observação: chame a atenção do aluno para a geometrização e repetição das formas e das cores.

– 91
92 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: reconhecer, identificar e valorizar as manifestações indígenas como verdadeiros documentos de nossa cultura.
Sugestão: permitir que o aluno escolha algum tipo de artefato indígena para executar, de acordo com seu interesse. Explique, por exemplo, sobre a geometrização das pinturas corporais, cestarias e máscaras.
Observação: utilizando os textos, imagens e fotos como introdução, o aluno terá uma noção histórica e estética que servirá como base para seu trabalho.

– 93
Procedimentos didáticos:
Objetivo: realizar uma produção a partir da cultura indígena.
Sugestão: escolher algumas das máscaras e pedir para os alunos as representarem de formas diferentes:
por meio de um poema, uma dança indígena, um conto ou uma letra de música.
Observação: caso algum aluno não queira realizar essa segunda parte da proposta, o professor deve
respeitar a sua vontade.

94 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: observar as linhas e as formas existentes nos elementos da natureza.
Roda da conversa: a primeira atividade do módulo tem o objetivo de preparar os alunos para o trabalho com o
tema e de levantar o conhecimento prévio deles. Procure extrair o máximo de informações sobre os detalhes que
observaram nos elementos da natureza. Como eram as linhas e as formas dos elementos observados?

– 95
96 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: conhecer a vida e a obra da artista Tarsila do Amaral.
Roda da conversa: contar sobre Tarsila do Amaral.
Sugestão: acessar, na sala de Informática, link em que estão disponíveis outras obras de Tarsila do Amaral,
desenvolvendo um trabalho interdisciplinar com essa disciplina.

– 97
Procedimentos didáticos:
Objetivo: conhecer a história da obra Abaporu.
Roda da conversa: conversar com os alunos sobre as histórias de assombração que Tarsila escutava quando criança.
Sugestão: acessar link com outras obras de Tarsila do Amaral.

98 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: criar um bicho a partir da história sobre o Abaporu.
Roda da conversa: com um pedaço de barbante, o aluno deverá criar formas sobre o papel até encontrar uma que lhe agrade e que represente um bicho ou um personagem inventado. Em seguida, deverá colar
o barbante e desenhar os detalhes (olhos, nariz, etc.). Incentive os alunos a criarem personagens engraçados, diferentes do comum. Pode ser dado um nome ao bicho inventado.
Sugestão: estabelecer uma relação entre os bonecos e personagens do universo infantil.

– 99
Procedimentos didáticos:
Objetivo: observar as diferentes maneiras de utilização da cor nas paisagens naturais.
Roda da conversa: inicie a conversa verificando o que os alunos observaram sobre as cores nas obras. A classe poderá
ser dividida em grupos. Cada grupo irá escolher uma imagem e realizar a leitura segundo Robert Ott. Estimular os
alunos para que observem as cores e os diferentes tons presentes nas obras, relacionando-os com fenômenos da
natureza, como, por exemplo, o dia e a noite.
Ressaltar a maneira como cada artista registrou esses momentos.

100 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: perceber como a cor interfere na paisagem.
Roda da conversa: propor aos alunos que escolham uma paisagem em jornais ou revistas, recortem essa paisagem ao meio e continuem o desenho dela imaginando cores diferentes. Após a realização da
atividade, discutir com os alunos se ocorreu uma mudança na paisagem ao utilizar cores diferentes.
Quais as cores que mais lhe agradaram e por quê?

– 101
102 –
Procedimentos didáticos:
Objetivos: identificar a influência da luz no ambiente natural e aplicá-la na pintura; fixar o conceito de cor primária.
Roda da conversa: inicie a prática propondo aos alunos que sentem, fechem os olhos e, ouvindo o som de uma música trazida pelo professor, imaginem uma paisagem com suas cores e sons. O professor
poderá ler lentamente a sugestão proposta na prancha anterior.

– 103
Objetivo: desenvolver a expressão gestual relacionando a realidade com a sua representação.
Expressão gestual: desenvolver a imaginação através da reprodução de postura adequada às sensações propostas.
Roda da conversa: trabalhe em grupos de cinco ou seis crianças. Inicialmente as crianças deverão estar posicionadas como se estivessem dentro de um barco (cada
barco conterá um grupo de 5 alunos).
Os alunos devem estar atentos aos estímulos citados pelo professor e agir corporalmente nas situações diversas. Por exemplo:
– Sintam a brisa leve e suave em seus rostos.
– Sintam um vento forte vindo pela direita, pela esquerda, pela frente, pelas costas.
– Agora começa a chover e o mar fica revolto.
– Uma onda gigante cobre o barco.
Neste momento peça que desçam do barco e andem pela sala, em todas as direções.
Depois de andarem durante aproximadamente três minutos, com voz lenta, o professor enumera os fenômenos meteorológicos, dando um tempo para que o grupo
possa se manifestar.
– O sol está muito quente.
– Chove por onde vocês caminham.
– O vento está tão forte.
– No caminho vocês encontram um lindo jardim, com várias flores. Sintam o perfume.
– Relâmpagos, trovoadas e chuva de pedra.
Nesta atividade, os alunos atuam em rodízio ou todos juntos, dependendo do espaço disponível.

104 –
Na semana anterior a esta aula, peça aos alunos que tragam um boneco na aula seguinte, caso
tenham um.
Junto com o grupo, realize as perguntas da prancha.
Em seguida, os alunos deverão criar um boneco, que será o personagem de sua história.

– 105
106 –
Objetivos: desenvolver a expressão gestual, oral e plástica; desenvolver a percepção da sequência de fatos (noção espaço-temporal).
Roda da conversa: o professor poderá expor diversos contos, quadrinhas, jogos verbais, rimas de palavras ou frases.
O teatro de bonecos é uma técnica educativa; para a criança, um jogo.
O teatro de bonecos é real para ela, dentro da realidade do jogo.
O professor deve explicar aos alunos que, ao trabalhar com fantoche, o olhar do boneco, seja ele imaginário ou visual, deve ser conduzido ao foco de interesse.
Sugestão: confecção do boneco
Seguem algumas sugestões de tipos de bonecos que podem ser produzidos com os alunos:
• A mão como fantoche – mão com luva
• Fantoche de vara
• Fantoche de copinho
• Fantoche de cone
• Fantoche de saquinho de supermercado
• Fantoche de pano ou meia
• Fantoche com recursos da natureza – galhos, legumes e folhas
• Fantoche com objetos (utensílios de cozinha)
Materiais para a confecção de bonecos: papéis, tecidos, plásticos, madeira, recursos da natureza, sucatas, fios, tintas, pincéis.
Em grupos, montar uma história com começo, meio e fim na qual apareçam os personagens (bonecos) e apresentá-la para a classe.

– 107
Objetivo: aplicar o teatro de sombras.
Roda da conversa: após a leitura das imagens, confeccionar silhuetas com papel color set preto para criar o teatro de sombras. Esta atividade pode ser realizada em grupo.
Montar o cenário para o teatro de sombras e apresentar as histórias ou pequenas cenas criadas pelos alunos.

108 –
– 109
110 –
– 111
Arte 4.o ANO
anual
E N S I N O F U N D A M E N TA L

Número de aulas sugerido para as unidades Unidade 2 – Diversidade artística e cultural (2.o bimestre)

e para os módulos Objetivos gerais:


9 Analisar o olhar do estrangeiro sobre o Brasil nos séculos XVII e XIX e
Estrutura sugerida para as unidades e módulos
refletir sobre ele.
Lembramos que o Caderno de atividades é anual e planejado para ser 9 Examinar os registros de artistas viajantes sobre o Brasil.
ministrado com uma aula semanal, a saber:
9 Reconhecer, identificar e valorizar as manifestações artísticas africanas
Unidade 1 – Os artistas e a arte (1.o bimestre) como verdadeiros documentos de nossa cultura.
9 Entender a dança como elemento representativo da cultura popular
Objetivos gerais: africana.
9 Praticar o desenho da figura humana.
Objetivos específicos:
9 Desenvolver o autoconhecimento.
9 Conhecer artistas que realizaram autorretratos. 9 Conhecer as pinturas dos artistas viajantes.
9 Aprimorar a criatividade. 9 Reconhecer a riqueza das pinturas históricas, seja pelo seu valor artístico,
seja por conta dos pontos de vista acerca da nossa terra.
Objetivos específicos: 9 Identificar os vários planos existentes nessas composições.
9 Entender o retrato como um registro pessoal. 9 Conhecer a técnica da aquarela.
9 Reconhecer que as fotografias familiares contam um pouco da história 9 Reconhecer a influência da arte africana sobre a arte brasileira.
de uma família.
9 Analisar como a fotografia possibilitou a liberdade do artista na criação de Módulo 3 – Artistas viajantes – pintura histórica
retratos e autorretratos.
Conteúdos:
Módulo 1 – Retratos 9 Artistas viajantes e suas pinturas históricas
9 Retratos do Brasil
Conteúdos:
9 A técnica da aquarela
9 Retratos
9 Gravura, xilogravura, cologravura e isogravura
9 Retratos de família
Total de aulas: 4
9 A figura humana
Total de aulas: 4 Módulo 4 – Matrizes da cultura africana na arte brasileira
Módulo 2 – Autorretrato Conteúdos:
Conteúdos: 9 Escultura e pintura africanas
9 Autorretratos de pintores famosos 9 Tecelagem artesanal
9 Conhecimento de si e do outro através do autorretrato 9 Capoeira
Total de aulas: 4 Total de aulas: 4
112 –
Unidade 3 – Arte e natureza (3.o bimestre) Unidade 4 – Arte como expressão (4.o bimestre)

Objetivos gerais: Objetivos gerais:


9 Ampliar a curiosidade e a observação. 9 Entender o teatro como arte.
9 Praticar o desenho de memória. 9 Conhecer os elementos cênicos.
9 Refletir e tomar contato com o que está acontecendo ao seu redor. 9 Criar e representar uma peça teatral.
9 Desenvolver a visão crítica.
Objetivos específicos:
9 Atentar-se para os vários tipos de imagens presentes em seu cotidiano.
9 Criar um personagem.
Objetivos específicos:
9 Entender a importância dos elementos cênicos.
9 Fazer leituras comparativas. 9 Escrever um roteiro teatral.
9 Observar as diferenças existentes nas paisagens.
9 Praticar o desenho, a pintura e a colagem. Módulo 7 – Teatro – elementos do teatro

Módulo 5 – Paisagem urbana/paisagem natural Conteúdos:

Conteúdos: 9 Planos no palco: baixo, médio e alto


9 Elementos cênicos: sonoplastia, iluminação, figurino, acessórios,
9 Paisagem urbana
maquiagem, cenário e dramaturgia
9 Paisagem natural
Total de aulas: 6
Total de aulas: 3

Módulo 6 – Telhados, portas e janelas

Conteúdos:
9 Portas, janelas e telhados na arquitetura
9 Trabalho tridimensional usando portas, janelas e telhados
Total de aulas: 3

– 113
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 4.o ano / 1.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Compara as obras
Realiza sempre uma
Identifica as Reconhece as Identifica a diferença observadas,
leitura compreensiva Utiliza-se de memória
diferenças entre características entre retrato e estabelecendo Finaliza os trabalhos. TOTAL
das imagens visual.
desenho e fotografia. da figura humana. autorretrato. semelhanças e
apresentadas.
diferenças.
AVALIAÇÃO

(1,0) (1,0) (2,0) (1,5) (1,5) (1,5) (1,5) (10,0)

114 –
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 4.o ano / 2.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Comparara as
Compreende que Cria e constrói formas
obras observadas,
Identifica os diferentes Realiza sempre uma os artistas viajantes Identifica na arte plásticas e visuais Consegue expressar-
estabelecendo
planos nas imagens leitura compreensiva contaram a história brasileira a influência em espaços diversos se utilizando o corpo TOTAL
critérios de
apresentadas. das imagens. do Brasil sobre a sua da arte africana. (bidimensional e em movimento.
semelhanças e
visão. tridimensional).
diferenças.
AVALIAÇÃO

(1,5) (1,5) (1,5) (1,5) (1,5) (1,5) (1,0) (10,0)

– 115
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 4.o ano / 3.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Compreende as instruções do Consegue se expressar


Utiliza adequadamente tintas Realiza seu trabalho com tinta
professor em relação ao uso através do desenho e da Finaliza os trabalhos. TOTAL
e pincéis. com facilidade.
da tela. pintura.
AVALIAÇÃO

(2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (10,0)

116 –
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 4.o ano / 4.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Compreende
Reconhece os Consegue
Consegue Entende a Consegue escrever a importância
Compreende Consegue criar diferentes planos representar sua
movimentar-se importância do o roteiro de uma dos elementos
o teatro como uma personagem no espaço cênico personagem TOTAL
usando todo o diretor numa peça peça para o teatro cênicos do teatro:
linguagem da arte. com facilidade. (baixo, médio no teatro com
espaço cênico. teatral. com facilidade. sonoplastia e
e alto). facilidade.
iluminação.
AVALIAÇÃO

(1,0) (1,0) (1,5) (1,5) (1,0) (1,5) (1,0) (1,5) (10,0)

– 117
118 –
– 119
120 –
– 121
122 –
– 123
124 –
– 125
126 –
– 127
128 –
– 129
Procedimentos didáticos:
Objetivos: reconhecer a riqueza das produções reproduzidas na prancha, seja pelo seu valor artístico, seja pela sua contribuição com interessantes pontos de vista acerca da nossa terra; identificar os vários
planos existentes nessas composições.
Roda da conversa: proponha a leitura das imagens segundo Robert Ott. Quais as semelhanças e as diferenças entre essas obras? O que está acontecendo em cada uma delas? O professor será o mediador
de uma conversa entre os alunos a respeito das imagens, incentivando a participação de todos e sugerindo a observação das cores, planos (questões formais) e fatos históricos.

130 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: promover uma observação mais detalhada das obras do artista.
Roda da conversa: conversar com os alunos sobre a técnica empregada
pelo artista (aquarela).
Sugestão: propor um exercício em aquarela, com papel grosso (Canson
A3 ou A4), em prancha avulsa.

– 131
Procedimentos didáticos:
Objetivo: experimentar a técnica da aquarela e seus efeitos.
Sugestões: utilizar papel mais encorpado, como Canson A3 ou A4; usar guache diluído em água ou aquarela em pastilha.
Observação: explicar aos alunos sobre a secagem rápida possibilitada por essa técnica e sobre a consequente agilidade com que deve ser realizado o procedimento.

132 –
– 133
Procedimentos didáticos:
Objetivo: possibilitar ao aluno a percepção da nossa
história, de sua paisagem e de seu cotidiano sob a
perspectiva do artista, ou seja, por meio da arte.
Roda da conversa: inicie a conversa verificando o que
os alunos observaram nas obras dos vários artistas. Em
grupos, a classe irá escolher uma imagem e realizar a
leitura dela segundo Robert Ott. Estimular os alunos a
falar sobre o que viram e sentiram a partir de questões
como: Qual a imagem de que você mais gostou? Você já
realizou uma gravura?
Sugestão: a propósito do contato com tantas técnicas
e artistas, inicie um processo de gravura em isopor
(cologravura e isogravura).

134 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: possibilitar o experimento da técnica da cologravura.
Sugestões: 1. Em uma bandeja de isopor, faça um desenho levemente e passe cola no contorno dele. Em seguida, cole barbante e deixe secar. Na aula seguinte, pinte a bandeja com tinta guache grossa e
pressione-a sobre o papel.
2. Isogravura: em uma bandeja de isopor, e usando caneta esferográfica, desenhe fazendo vincos com diferentes profundidades. Em seguida, utilizando um rolinho de espuma, passe guache espesso sobre
toda a área da bandeja. Posicione a bandeja sobre o papel e pressione-a para transferir a tinta nele. Tire o isopor com cuidado. Faça mais de uma cópia.

– 135
136 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: familiarizar-se com as diversas formas de produção artística.
Sugestões: 1. Criar uma estamparia utilizando carimbos feitos com legumes a partir da sobreposição de papelão ou, ainda, com objetos que tenham textura (ralador de queijo, espremedor de batatas etc.).
Estampar em tecido ou em papel.
2. Fazer uma vestimenta em tecido ou papel, caso os alunos mostrem interesse em realizar essa atividade.

– 137
Procedimentos didáticos:
Objetivo: reconhecer a capoeira como elemento representativo da cultura popular afro-brasileira.
Roda da conversa: depois de assistirem aos vídeos, os alunos devem apresentar como eles poderiam criar movimentos típicos
dessa expressão artística.
Sugestão: dividir a sala em dois grupos e sugerir um breve ensaio para a formação de um grupo de dança e outro de produção
de sons (palmas, batidas com objetos etc.), que deve acompanhar o ritmo da dança. Compartilhar a experiência.

138 –
Procedimentos didáticos:
Objetivos: conhecer a produção artística afro-brasileira;
compreender a influência exercida pelos africanos na
arte brasileira.
Roda da conversa: após os alunos terem assistido
ao filme sobre a África (outros filmes poderão ser
vistos para mostrar imagens de artistas brasileiros
afrodescendentes), conversar com eles sobre o que,
nele, mais lhes chamou a atenção referente às cores,
geometrização das formas, variedade de materiais e
técnicas empregadas.
Sugestões: 1. Trabalhar a tridimensionalidade usando
a forma geométrica como elemento norteador de sua
experiência (relevo no papel).
2. Experimentar materiais como barbante, palitos,
sementes, tecidos coloridos, contas, botões, pedaços de
madeira, criando uma escultura. Comente o resultado da
obra.

– 139
Procedimentos didáticos:
Objetivos:
1. Fazer leitura comparativa.
2. Observar as diferenças existentes nas paisagens e refletir sobre elas.
3. Aprofundar o conhecimento sobre paisagem natural e urbana.
Roda da conversa: inicie a conversa verificando o que os alunos observaram nas imagens das paisagens. A classe poderá ser dividida em grupos. Cada grupo irá escolher uma imagem e realizar sua leitura
segundo Robert Ott.
Estimular a turma a observar os elementos que compõem as paisagens natural e urbana. Ressaltar a maneira como cada artista registrou a imagem.
Sugestão: apresentar outras obras e/ou paisagens naturais e urbanas representadas por outros artistas.

140 –
– 141
142 –
– 143
144 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: criar um personagem.
Roda da conversa: o aluno deverá inventar um personagem e descrever vários aspectos referentes a ele e a uma cena da qual participa: quem ele é (características físicas e psicológicas); onde ele está
(local); o tempo histórico da cena em que está atuando; aquilo que o personagem está fazendo.
O aluno pode indicar as relações de tempo e espaço como quiser.
Observação: pedir para os alunos trazerem para a próxima aula acessórios, como chapéu, lenço, cachecol, tiara, luvas, óculos etc.

– 145
Procedimentos didáticos:
Objetivo: conhecer figurinos, acessórios e maquiagem próprios do teatro.
Roda da conversa: discuta com os alunos as diferentes maneiras de se criar um figurino e sobre o processo de criação dele.
O professor deve enfatizar a importância do uso de produtos adequados para a pintura do rosto e corpo.

146 –
Procedimentos didáticos:
Objetivos: conhecer cenários de teatro e elaborar um
cenário para uma cena ou peça criada anteriormente.
Roda da conversa: estimular os alunos a observar as
diferentes maneiras de se criar um cenário utilizando
vários materiais, como papéis, papelão, tecidos e cordas.

– 147
Procedimentos didáticos:
Objetivo: conhecer a sonoplastia e a iluminação utilizadas no teatro, reconhecendo sua importância.
Roda da conversa: o professor pode se utilizar de vários objetos sonoros ou instrumentos musicais. Os alunos podem escolher uma trilha
sonora com músicas variadas e adequadas ao texto teatral encenado. Para a iluminação, podem ser usadas lanternas.

148 –
Movimentando-se no espaço cênico

Procedimentos didáticos:
Objetivos: trabalhar objetos cênicos e o espaço no palco.
Sugestão 1
Ao som de uma música, movimentar-se no espaço cênico utilizando os planos alto (estar em pé), médio (estar com
o corpo um pouco curvado) e baixo (estar no chão). Explorar vários movimentos corporais.
Sugestão 2
Montar uma cena improvisada, com começo, meio e fim, ocupando os planos alto, médio e baixo e usando alguns
objetos. Cada um desses objetos deverá ser utilizado em um plano. A improvisação precisa estruturar-se em começo,
meio e fim e ter duração de 1 a 2 minutos. Exemplo: um chinelo será utilizado no plano baixo e no começo da
cena; um vaso, utilizado no plano médio, é inserido no meio da cena; uma bola, utilizada no plano alto, aparece
no final da cena.
Observação: indica-se que todos os participantes (personagens) utilizem os objetos. Se isso não for possível, todos
eles, ainda que não toquem nos objetos, devem estar no mesmo plano em que esses itens estão inseridos.
Sugestão 3
Movimentar-se no espaço cênico com foco na boca de cena, meio de palco e fundo de palco.
Ao som de palmas, estar na boca de cena; ao som de um assovio, estar no meio do palco; ao som de batidas de
pés, estar no fundo do palco.

– 149
Procedimentos didáticos:
Objetivos: entender a função do diretor e escrever um roteiro para teatro.
Roda da conversa: explicar que o diretor tem a função de organizar a peça teatral, sendo o responsável por ela.
O aluno deverá escrever o roteiro a partir dos personagens criados e das improvisações realizadas em aulas anteriores.

150 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: apresentar a peça teatral.
Roda da conversa: organizar o espaço cênico e apresentar a peça teatral para os demais grupos ou mesmo para outras salas de aula.

– 151
152 –
– 153
Arte 5.o ANO
anual
E N S I N O F U N D A M E N TA L

Número de aulas sugeridas para as unidades Módulo 3 – Bienal


e para os módulos Total de aula: 1

Estrutura sugerida para as unidades e módulos Unidade 2 – Natureza e arte – arquitetura e design (2.o bimestre)
Como os demais cadernos do 2.o ao 4.o ano, o Caderno de atividades do 5.o Objetivos gerais:
ano é anual e planejado para ser ministrado com uma aula semanal, a saber: 9 Reconhecer a arquitetura e o design como arte através dos séculos.
9 Conhecer os diferentes tipos de arquitetura.
Unidade 1 – Os artistas e a arte – a arte em todos os lugares (1.o bimestre)
9 Entender o que é arquitetura verde.
Objetivos gerais: 9 Conhecer a função do designer.
9 Identificar os diferentes lugares nos quais a arte pode ser encontrada.
9 Reconhecer a arte urbana. Objetivos específicos:
9 Identificar a arte nos diferentes tipos de museus. 9 Identificar a arquitetura no tempo.
9 Desenvolver a criatividade. 9 Analisar a visão do artista em relação à arquitetura.
Objetivos específicos: 9 Conhecer alguns arquitetos famosos, tanto brasileiros como estrangeiros.
9 Perceber que a arte pode ser encontrada nas ruas, nas estações de metrô, 9 Reconhecer a importância da arquitetura verde.
nos museus e galerias. 9 Identificar o design como uma forma de arte.
9 Reconhecer que os monumentos também são arte. 9 Favorecer a criatividade.
9 Entender a importância dos museus e suas características.
9 Analisar a importância das bienais. Módulo 4 – Arquitetura
Conteúdos:
Módulo 1 – Arte urbana – o grafite virou arte!
9 Arquitetura no tempo
Conteúdos: 9 Olhar do artista
9 Grafite 9 Grandes artistas – grandes obras
9 Estátua viva 9 Arquitetura verde
9 Monumentos 9 Projeto arquitetônico
Total de aulas: 5 Total de aulas: 5

Módulo 2 – Lugares que abrigam arte – museus Unidade 3 – Diversidade cultural (3.o bimestre)
Conteúdos: Objetivos gerais:
9 Museus 9 Conhecer a arte brasileira e suas diversidades.
9 Museus diversos 9 Identificar os diferentes ritmos e danças das regiões brasileiras.
9 Museu interativo 9 Conhecer obras de alguns artistas imigrantes.
Total de aulas: 2 9 Conhecer obras de artistas estrangeiros.

154 –
Objetivos específicos: Objetivos específicos:
9 Identificar a arte das regiões brasileiras. 9 Aplicar a técnica da caricatura baseada numa fotografia da figura humana.
9 Conhecer e identificar danças e ritmos brasileiros. 9 Conhecer a história da fotografia e sua importância na arte.
9 Perceber a importância dos artistas imigrantes na arte brasileira. 9 Aplicar a tecnologia na arte.
9 Conhecer a vida de Frida Kahlo. 9 Usar a criatividade.
9 Conhecer o próprio corpo e suas possibilidades.
Módulo 6 – Fotografia – figura humana
Módulo 5 – Arte regional – cores e formas da cultura brasileira
Conteúdos:
Conteúdos:
9 Fotografia
9 Artesanato regional 9 Grandes fotógrafos
9 Artista imigrante – Alfredo Volpi 9 Caricatura
9 Artista estrangeiro – Frida Kahlo 9 Charge
9 Danças e ritmos das diferentes regiões brasileiras. 9 Arte e tecnologia – pop art
Total de aulas: 7 9 Arte interativa
Total de aulas: 7
Unidade 4 – Fundamentos da arte (4.o bimestre)
Objetivos gerais:
9 Fotografia
9 Reconhecer a importância da aplicação da tecnologia na arte.
9 O que é ciberarte e arte interativa.

– 155
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA – PAC
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 5.o ano / 1.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Compara as obras
observadas,
Percebe a diferença Consegue realizar Reconhece a Entende o que
Reconhece o que é estabelecendo
entre arte urbana e a proposta de imitar importância da arte é a Bienal e sua Finaliza os trabalhos. TOTAL
arte urbana. critérios de
arte nos museus. uma estátua viva. dos museus. importância na arte.
semelhanças e
diferenças.
AVALIAÇÃO

(1,5) (1,5) (1,0) (1,5) (1,5) (1,5) (1,5) (10,0)

156 –
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA – PAC
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 5.o ano / 2.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Consegue realizar
um projeto de
Reconhece a Consegue analisar Entende o que é Consegue realizar a
Entende o que é design proposto Finaliza seus
mudança da a visão do artista de arquitetura verde e proposta de criar um TOTAL
design. pelo professor trabalhos.
arquitetura no tempo. acordo com a época. sua importância. projeto arquitetônico.
com facilidade e
criatividade.
AVALIAÇÃO

(1,5) (1,5) (1,0) (1,5) (1,0) (2,0) (1,5) (10,0)

– 157
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA – PAC
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 5.o ano / 3.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Compreende as explicações Realiza as propostas do


Utiliza adequadamente tintas Realizou um projeto para
do professor em relação à professor relacionadas às Finaliza seus trabalhos. TOTAL
e pincéis. pintura na tela com facilidade.
pintura na tela. oficinas.
AVALIAÇÃO

(2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (10,0)

158 –
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA – PAC
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Artes Visuais

Aluno(a):_____________________________________________________________ 5.o ano / 4.o bimestre    Valor total


HABILIDADES

Realizou a proposta do Aplicou a técnica do “Pop


Compreende a importância da Aplica a tecnologia com
professor relacionada à Arte – a arte interativa” com Finaliza os trabalhos. TOTAL
tecnologia na arte. criatividade.
fotografia. facilidade no computador.
AVALIAÇÃO

(2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (2,0) (10,0)

– 159
Informações complementares Estátuas vivas
As estátuas vivas são performances temáticas de extremo controle dos mo-
O grafite vimentos, nas quais o artista permanece estático por longos períodos, com
O grafite é uma forma de arte contemporânea de características essencialmente pausas estratégicas e perfeitas. Elas têm origem na Grécia e seus primeiros
urbanas. São pinturas e desenhos feitos em paredes e muros públicos. Não personagens saíram do teatro. Na Roma Antiga, para fazer crítica ao governo,
é simplesmente uma pichação, mas uma expressão artística com intenção de artistas usavam mímicas. Mais tarde, surgiram as estátuas vivas na Europa.
interferir na paisagem da cidade, transmitindo diferentes ideias. Hoje é comum vê-las espalhadas por praças, ruas, shoppings e espaços não
convencionais da cidade.
A história do grafite Muitos artistas trabalham como estátua viva por diversão, porque acham legal.
O movimento do grafite surgiu nos anos de 1960, na cidade de Nova York, quan- “Entretanto, é muito importante educar o povo para admirar e prestigiar esses
do jovens começaram a marcar as paredes da cidade que nunca dorme. Nova artistas anônimos que, sem patrocínio nem salário, passam horas em pé”, res-
York, nessa época, era uma cidade violenta, decadente e com alta taxa de de- salta Marcello Zago, que trabalha como estatuísta.
semprego, principalmente, entre os jovens. Esse cenário gerou três fenômenos Com as apresentações pela Europa, esse tipo de apresentação vai ganhando
que repercutem até hoje: o punk, o rap e o grafite. seguidores e hoje as estátuas vivas são presença em muitas ruas das cidades
Com o passar do tempo, essas marcas foram se desenvolvendo cada vez mais do mundo.
e evoluindo por meio de diferentes técnicas e desenhos que passaram a ser
introduzidos na arte. Curiosidade
Keith Haring foi um dos grandes nomes dessa arte urbana. Ele começou a se in- Em 1987, António dos Santos Aka Staticman começa as suas criações de está-
teressar por grafiteiros como Lee, Fab Five Freddy e Samo, codinome de Jean- tuas vivas na rua Rambla, em Barcelona e, em 1988, bate o recorde de imobili-
-Michel Basquiat. dade no livro Guinness (15 horas, 2 minutos e 55 segundos).
Os primeiros trabalhos públicos de Haring, no entanto, não foram grafites, mas
Museus
desenhos feitos a giz sobre cartazes pretos, nas estações do metrô. Ele dizia
que usava giz porque era mais barato que a latinha de spray. A falta de dinheiro Os museus têm o potencial de nos oferecer contato, integração, descoberta: um
dá uma ideia do tipo de vida que ele levava na época. fórum de troca e discussão de ideias.
Nos projetos de exposição, cada vez mais se busca explorar a pluralidade de
Basquiat, Haring e Kenny Scharf formariam o trio que tirou o grafite das ruas e o
significados que um objeto histórico, artístico ou científico pode ter em diferen-
levou para as galerias de arte. Haring e Scharf tiveram um papel decisivo nessa
tes contextos.
passagem.
O museu é produtor ativo de conhecimento, e está cada vez mais longe de ser
Por definição, grafite é a manifestação artística criada em espaços públicos apenas intermediário, pois pesquisa e processa informações de modo a gerar
como paredes, edifícios, ruas etc. Porém, para muitas pessoas, trata-se de um novos saberes.
tipo de inscrição feita em paredes. A ida ao museu ou a uma exposição de arte em qualquer tipo de instituição
Por isso, há quem entenda que as primeiras manifestações do gênero surgiram cultural implica a mobilização de muitos saberes, não só os específicos da arte,
milhares de anos atrás. Alguns exemplos são desenhos feitos pelos habitantes mas de muitos outros campos do conhecimento.
das cavernas nos locais em que viviam, no Antigo Egito e também no Império Com a visita ao museu, o aluno compreende melhor os conceitos de patrimônio
Romano. e identidades culturais, história, arquitetura e cidadania. Ele passa a entender
A ideia principal era ressaltar o grafite em si, e não o autor. O objetivo era exaltar a necessidade de preservação dos acervos e o seu valor para a coletividade.
essa vontade de se expressar para todos, uma forma de arte, direto das ruas,
na rua e para a rua. Mediação cultural
Com essa filosofia, o grafite foi crescendo e ganhando cada vez mais espaço. A mediação cultural facilita o desvelamento das obras com o objetivo de provo-
Mas, na era contemporânea, seu surgimento se deu mesmo nos Estados Uni- car descoberta e encantamento. Para que o aluno possa investigá-las, percebê-
dos. -las e analisá-las.
O grafite chegou ao Brasil no final de 1970, em São Paulo. As mensagens pas- É muito importante assessorar os visitantes na elaboração de sentidos, tanto
sadas pelos artistas brasileiros são bem diversas e abordam temas de cunho para as obras como para a exposição em geral, bem como incentivar a experi-
político, cultural, social, humanitário e, sobretudo, artístico. ência de expor ideias, ouvir uns aos outros, dialogar e comparar opiniões. Para
No Brasil, destacam-se os nomes de Alex Vallauri, Waldemar Zaidler e Carlos tanto, é preciso ficar atento ao momento mais adequado para ler os créditos das
Matuck. Também se destacam artistas de vanguarda como os Gêmeos (Otávio obras. Essas informações devem ser consideradas como estímulos para novas
e Gustavo), Boleta, Nunca, Nina, Speto, Tikka, T. Freak e Kobra. discussões e não como dados a serem memorizados.
160 –
Exemplos de mediação Para finalizar
Algumas formas de mediação apenas despejam informações sem muitas vezes “Aprendemos uns com os outros mediatizados pelo mundo.”
ter total domínio do assunto, apenas repassam a ideia do curador. Muitas insti- Paulo Freire
tuições ainda se apegam a roteiros, direcionando o olhar do espectador apenas O papel do professor é o de mediar as relações dos aprendizes com o mundo
para as obras sobre as quais os mediadores se prepararam para falar. que devem conquistar pela cognição.
Pedagogia questionadora é uma das melhores formas de mediação, um bom
exemplo é o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Galerias de arte
Galeria de arte é um espaço arquitetônico que expõe e comercializa adequada-
Obras no museu mente as obras de arte.
No museu as obras podem estar expostas por ordem cronológica, movimentos Visitar exposições é um exercício fundamental para a formação de qualquer
artísticos da arte, entre outros. educador que atua em instituições educativas e culturais.
Serota propõe um museu que eduque pela experiência para a interpretação – À medida que toma contato com conceitos curatoriais, processos artísticos e es-
combinando obras de diferentes artistas – uma sequência determinada não pela tratégias de mediação cultural, o professor amplia seu repertório de referências
cronologia, mas por alternâncias de concentração necessárias à interpretação – e, simultaneamente, desenvolve relações mais próximas com a arte.
respiração interpretativa. O tempo histórico é ressaltado por comparações entre As primeiras impressões, sensações e pensamentos diante de trabalhos artís-
artistas e não por sequencialidade. ticos podem se tornar pontos de partida interessantes para posterior desenvol-
Tão importante quanto apresentar uma série de informações sobre a obra é vimento de propostas, fonte de imaginação para projetos futuros ou referências
plásticas, metodológicas e contextuais.
deixar o aluno descobrir significados ao interagir com o universo da arte, por
isso deve-se evitar priorizar os conhecimentos técnicos e oferecê-los apenas Bienal
na medida em que se façam necessários para aprofundar a construção coletiva
Bienal é uma exposição realizada de 2 em 2 anos.
de significados.
A ideia de realizar uma bienal no Brasil foi do empresário Francisco Matarazzo
Sobrinho, conhecido como Ciccillo. A vontade de organizar essa experiência
Visita ao museu nasceu de seu contato com a Bienal de Veneza, que acontece na Itália desde
É importante planejar uma visita ao museu que contemple uma atividade na 1895.
escola, outra no museu e uma após a visitação. As Bienais de São Paulo tornam-se ponto de encontro entre arte, educação e
Cada grupo de alunos realizará a visita focando em um tema sugerido. outras áreas do conhecimento presentes nos trabalhos dos artistas, curadores
Temas / grupos: e mediadores de suas exposições.
• Retrato Já aconteceram mais de 30 bienais. Para cada uma delas é criado um cartaz
• Álbuns de família (cenas do cotidiano) que divulga a exposição por todo o país.
• Como manda o figurino (trajes de outros tempos) Sugestão:
Palestra “Bienais, arte e a possibilidade de perceber-se contemporâneo”, de
• Um cardápio bem recheado (natureza morta) Valquíria Prates.
• Conhecendo lugares
Arte contemporânea
Diário de bordo As manifestações da arte contemporânea são marcadas por múltiplas ideologias
Escreva sobre sua aventura no museu. e pela ausência de princípio organizado uniforme. Além disso, abarcam valores
Do que mais gostou? e crenças que atravessam contextos locais e globais, procurando transformar
Do que não gostou? Por quê? situações e ideias enquanto desenvolvem projetos, ações e acontecimentos,
Tente se lembrar de todos os detalhes, desde a sua chegada ao museu, de trabalhando com e no presente, sem a pretensão de reescrever o passado ou
todas as suas sensações, tintim por tintim! o compromisso de garantir o futuro.
Anote tudo no diário de bordo! Como agentes de transformação de ideias, professores e mediadores podem
Quer que mais pessoas saibam sobre sua aventura? também se tornar participantes das proposições de contato com questões locais
Escreva dois cartões-postais e mande notícias para seus amigos sobre a visita e globais da atualidade, estabelecendo diálogos com repertório e contextos de
que fez ao museu. todos os envolvidos.
– 161
Tecnologia Software
O educador deve estar constantemente em busca de conhecimento sobre o uso É uma sequência de instruções escritas para serem interpretadas por um
das tecnologias e como podem ser aproveitadas em sua prática docente, uma computador com o objetivo de executar tarefas específicas. Também pode ser
vez que a maioria dos estudantes chega à escola com alguma bagagem de definido como os programas que comandam o funcionamento de um computa-
informação, por vezes, bem maior que a do próprio professor. dor.
A docência contribui para aprofundar os conhecimentos referentes ao tema pro-
posto, bem como para propiciar ao aluno novas experiências na utilização das Ciberespaço
tecnologias como forma de aprimorar seu processo de ensino-aprendizagem, É o conjunto formado pela rede de computadores e serviços que compõem a
proporcionando-lhe o lugar de sujeito ativo de uma sociedade, que constrói sua internet.
aprendizagem por meio de diferentes linguagens.
Art Zone
Dicas para tirar uma boa fotografia: Os interativos NGAkids oferecem uma introdução divertida e informativa à arte e
1. Limpe sempre a lente antes de usar o celular, a máquina fotográfica ou o tablet. à história da arte. Apresentando uma variedade de ferramentas que incentivam
a exploração e a criatividade, essas atividades baseadas em computador são
2. Use todos os recursos disponíveis como luminosidade, contraste, saturação adequadas para todas as idades. Pode-se aprender sobre cada programa cli-
e P&B (foto em preto e branco) na função “editar”. cando na imagem em miniatura associada. É possível fazer o download desses
3. Fixe sua atenção no rosto de alguém e observe se existe luz em algum ponto, aplicativos para o computador com Windows ou solicitar os CDs gratuitos. Há
por exemplo, na cabeça, isso não deixa a imagem nítida. também uma versão para iOS. Essas interações não estão mais disponíveis
4. Foque em uma expressão facial e crie sua foto ousando novas cores e contras- para o jogo online. Para baixar uma versão do Art Zone ou o NGAkids App para
tes. Você também pode desfocar o fundo da imagem, se achar interessante. o computador, seguem os links abaixo:
5. Você pode usar os aplicativos gratuitos como Color Pop, Photo Splash, Pic • Para Mac OS X, disponível em: <https://www.nga.gov/education/kids/ngakids-
Collage, Fotocam, PopArt etc. -mac.html>.
6. Descubra todas as possibilidades. • Para Windows, disponível em: <https://www.nga.gov/education/kids/ngakids-
Depois dessa experiência, sugira aos alunos que enviem para os amigos ou -pc.html#parmain_columnheader>.
imprimam. Essa atividade pode ser realizada em casa.
Proponha vários temas como natureza, animais e figura humana. Arte interativa
É a forma de arte que permite a comunicação com o espaço de dados de com-
Pop art putador. Também é chamada de Ciberart, porque ocorre nos espaços físico e
Segundo William Fleming, “ocorrido nos anos 60, o movimento pop utilizava-se virtual.
da linguagem trivial, de objetos vindos do dia a dia e de assuntos banais, nor-
teados pela aceitação ambígua, entre cínica e lúdica, do materialismo moderno
e a enxurrada de material comercial da mídia de massa. Com seu imaginário
acessível, a Pop art celebra e parodia o lugar-comum da sociedade de consumo
conspicuamente dependente dos supermercados, da propaganda, dos outdoors
e das histórias em quadrinho. A Pop art ofereceu, paradoxalmente, assuntos
facilmente relacionáveis à vida cotidiana da classe média e buscou possibilitar o
acesso à produção artística pela reprodução de imagens deslocadas dos meios
de comunicação de massa, ao mesmo tempo em que se tornava um estilo den-
tro das galerias e instituições do mundo da arte, mais uma vez, distantes do
consumo da massa”.

Mídia
São os meios de comunicação social, como o jornal, a televisão, o rádio etc.
162 –
Biografias posições individuais em São Paulo e algumas no Rio de Janeiro, com destaque
para as retrospectivas no Paço das Artes, São Paulo (1994), no Centro Cultu-
Regina Silveira (1939 – RS) ral Light, no Rio de Janeiro (1997), e na Galeria Brito Cimino, em São Paulo
Regina Scalzilli Silveira – artista multimídia, gravadora, pintora, professora – (2002 e 2003). Escrevendo a respeito da arte contemporânea na história geral
conclui, em 1959, bacharelado em pintura no Instituto de Artes da Universidade da arte no Brasil, Walter Zanini observou sobre o artista: “Seu humor neodada
Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFGRS), onde estuda com Aldo Locatelli era como uma arma disparando em direções diversas ao mesmo tempo. No
(1915-1962) e Ado Malagoli (1906-1994), entre outros. No início da década de instante em que se propôs a reverenciar a arte, utilizou tecidos superpostos de
1960, tem aulas de pintura com Iberê Camargo (1914-1994), e de gravura com diferentes cores, visíveis somente pela abertura de zippers (série Homenagem
Francisco Stockinger (1919-2009) e Marcelo Grassmann (1925-2013), no Ateliê a Fontana). Fazendo uso sagaz das ideias, como em seus múltiplos quadros e
Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Como bolsista do Instituto de Cul- objetos de apurada construção, ou em astuciosos ambientes e happenings, o
tura Hispânica, em 1967, estuda na Faculdade de Filosofia e Letras de Madri. compromisso maior, por ele assumido, sempre era o da participação do público,
Em 1969, é convidada a ministrar cursos na Faculdade de Artes e Ciências da o que conseguia em situações as mais inesperadas.” Tem obras nos acervos do
Universidade de Porto Rico. Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e da Pinacoteca
Iberê Camargo (1914 – RS) do Estado.
Iberê Bassani de Camargo – pintor, gravador, desenhista, escritor e professor – em Mestre Cardoso (1930 – PA)
1928, estuda pintura com Frederico Lobe e Salvador Parlagreco (1871-1953) Raimundo Saraiva Cardoso, o mestre Cardoso, nasceu no interior do Pará em
na Escola de Artes e Ofícios, em Santa Maria, Rio Grande do Sul. Entre 1936 e 1930 e faleceu em Icoaraci, distrito a 18 km de Belém, onde morava com a es-
1939, em Porto Alegre, faz o curso técnico de arquitetura do Instituto de Belas posa, Dona Inês Cardoso, no dia 10 de abril de 2006. O mestre Cardoso foi um
Artes de Porto Alegre e estuda pintura com Fahrion (1898-1970). Muda-se para renomado artista da cerâmica marajoara do estado do Pará.
o Rio de Janeiro em 1942 e, com bolsa de estudos concedida pelo governo Mestre Saúba (1953 – PE)
do Rio Grande do Sul, frequenta por pouco tempo a Escola Nacional de Belas
Antônio Elias da Silva, conhecido como Mestre Saúba, nasceu em 1953, em
Artes – Enba. Não satisfeito com a proposta acadêmica, estuda com Guignard
Carpina, Pernambuco. Seu apelido faz referência a uma façanha: ainda jovem,
(1896-1962) e funda, em 1943, com outros artistas, o Grupo Guignard. Em 1947
ele conseguiu retirar um relógio de dentro de um formigueiro (em Pernambuco
recebe como prêmio uma viagem ao exterior e vai para a Europa no ano se-
as formigas chamam-se saúbas). Mestre Saúba aprendeu a confeccionar bone-
guinte.
cos de mamulengo na juventude. Considerado um dos melhores escultores do
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730 – MG) gênero no Brasil, ficou famoso por alguns de seus trabalhos, como a boneca em
Escultor, entalhador e arquiteto mineiro da arte barroca, é considerado o maior tamanho humano com quem ele dançava, as obras de mamulengo que formam
escultor do período barroco. Era filho de uma escrava com um mestre de obras um conjunto e são articuladas (como a casa de farinha e a casa de escravos) e
português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho de os bonecos em cima da bicicleta que se movimentam sob orientação da mão.
seu pai, que também era entalhador. Por volta dos 40 anos de idade, começou No passado, apresentava-se com frequência com os mamulengos, mas atu-
a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exa- almente se dedica basicamente à fabricação dos personagens. Vendeu suas
tamente qual foi a doença, mas, provavelmente, pode ter sido hanseníase ou obras para artistas como Antônio Nóbrega, para o grupo Mamulengo Só-Riso
alguma enfermidade reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos de seu estado e outros grupos.
pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos Adir Sodré de Souza (1962 – MT)
para poder esculpir e entalhar. Demonstrou um esforço fora do comum para
Pintor e desenhista, em 1977, frequenta o Atelier Livre da Fundação Cultural de
continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continuou trabalhando
Mato Grosso, onde é orientado por Humberto Espíndola (1943) e Dalva (1935).
na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
Nos dois anos seguintes, integra, com Gervane de Paula (1962) e outros ar-
Nelson Leirner (1932 – SP) tistas, um grupo que procura renovar a arte mato-grossense. Nessa época,
Filho da escultora Felícia Leirner, entre 1947 e 1952, residiu nos Estados Uni- participa de exposições coletivas organizadas pelo Museu de Arte e de Cultu-
dos, onde estudou engenharia têxtil em Lowel, Massachusetts. De volta a São ra Popular da Universidade Federal de Mato Grosso (MACP/UFMT). Participa
Paulo, estudou pintura com Joan Ponç, em 1956, e com Samson Flexor, em também, entre outras, das coletivas Como vai você, geração 80?, na Escola de
1958. Realizando uma obra de caráter eminentemente crítico, participou de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), no Rio de Janeiro, em 1983,
salões nacionais e da Bienal de São Paulo, a partir de 1963, com prêmio de e Modernidade, arte brasileira no século XX, no Museu de Arte Moderna de Pa-
aquisição em 1967 e sala especial na 25.a edição. Em 1967 participou também ris, em 1987. Em sua produção aborda temas relacionados à cultura regional e
da Bienal de Tóquio, no Japão. A partir dos anos de 1960, realizou muitas ex- questões acerca dos povos indígenas.
– 163
164 –
– 165
Procedimentos didáticos:
Objetivos:
1. Aprofundar o conhecimento sobre a arte urbana como uma manifestação na
qual a cultura está em permanente transformação.
2. Identificar a arte dos grafites na cidade.
Roda da conversa: iniciar o diálogo verificando o que os alunos conhecem sobre
grafite: Já viram algum? Conhecem algum artista?
Após a leitura do texto “Ampliação dos Saberes”, o professor deve incentivar os
alunos a se inspirarem para realizar uma produção coletiva.
É importante que cada grupo tenha seu “mural” de kraft preso à parede para
que o aluno vivencie a ação do grafite.
Sugestão: incentivar os alunos a procurar grafites nos caminhos que percorrem
cotidianamente e os registrar com uma selfie.

166 –
– 167
Procedimentos didáticos:
No processo de criação, os alunos devem se ajustar, organizando os pensamentos, sentimentos e sensações, formando hábitos de trabalho.

168 –
Procedimentos didáticos:
Objetivos:
1. Relacionar as artes cênicas com o urbanismo, resultando numa ação que instiga a curiosidade das pessoas.
2. Incentivar a descoberta e a invenção de novas experiências perceptivas.
3. Aperfeiçoar processos que desenvolvem a imaginação, a observação, o raciocínio e o controle gestual.
Roda da conversa: o professor pode abrir espaço para manifestações que possibilitam o trabalho com as diferenças, o exercício da imaginação, a autoexpressão, a diversidade de valores, sentidos
e intenções.

– 169
Procedimentos didáticos:
Para ter sucesso, esta atividade precisa ser bem combinada, elaborada e dirigida.
O professor deve estar atento e ressaltar para os alunos a importância de respeitar
as representações dos colegas.

170 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: compreender a importância dos símbolos em
nossa vida.

– 171
Sugestão: o professor pode aproveitar alguma celebração ou acontecimento que esteja ocorrendo em sua cidade, bairro ou na própria escola.

172 –
Procedimentos didáticos:
Objetivo: desenvolver o senso
crítico e o reconhecimento da
arte nos caminhos urbanos.
Roda da conversa: estabelecer
um bate-papo, buscando a
opinião dos alunos sobre
o fato de a pressa e as
preocupações do dia a dia
inibirem a percepção da arte
ao redor.
O professor pode aproveitar
para questionar os alunos
sobre museus e / ou locais
que abrigam arte da sua
cidade ou região, de forma
a introduzir o assunto que
será abordado no próximo
módulo: “Museus”.

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176 –
Procedimentos didáticos:
Objetivos:
1. Reconhecer diferentes obras de arte, coleções e museus.
2. Conhecer os artistas, seus estilos, suas obras e onde estão situadas.
Roda da conversa: após os alunos conhecerem os diversos tipos de museus
abordados e realizarem a criação de sua “própria coleção de arte”, o professor
pode dividi-los em pequenos grupos e pedir que escolham uma obra de arte
apresentada, realizando a leitura da imagem segundo os passos propostos por
Robert Willian Ott.

– 177
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– 179
Procedimentos didáticos:
Objetivos:
1. Elaborar análises com base em acontecimentos atuais; observar fatos e levantar hipóteses.
2. Desenvolver uma forma pessoal de expressão, adquirindo uma linguagem própria.
Roda da conversa: o professor deve promover uma discussão entre os alunos sobre as manifestações artísticas atuais.
Sugestão: pode ser montado um painel na escola mostrando todos os cartazes criados.

180 –
A – Torre Eiffel – 1889, Paris, França. Gustave Eiffel. B – Memorial da América Latina – 1987, São Paulo. Oscar Niemeyer

Procedimentos didáticos:
Objetivo: reconhecer a arquitetura como arte através dos séculos. C – Catedral da Sé – 1958, São Paulo. Maximilian Emil Hehl. D – Coliseu – 70 d.C., Roma, Itália.
Roda da conversa: fazer o levantamento de conhecimentos prévios a
partir de uma conversa, sem citar os autores e os locais onde essas obras
se encontram, a partir dos passos propostos por Robert Ott. Estimular os
alunos a dar suas opiniões e aguardar os comentários de todos antes de
dar a resposta.
Sugestão: tendo como referência A. Gaudí, o professor pode propor
a realização de uma fachada frontal de um prédio, igreja, hospital,
mercado, parque, praça que identifique sua cidade e aplicar em um
detalhe (telhado, porta) a técnica do mosaico (retalhos de E.V.A., papéis
coloridos, pastilhas coloridas), em prancha de Canson A3 ou A4. E – Oca – Espaço Cultural, São Paulo. Oscar Niemeyer. F – Catedral Metropolitana de Brasília – 1958, Brasília. Oscar Niemeyer.

– 181
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– 183
Procedimentos didáticos:
Objetivo: ampliar o olhar do aluno através do olhar do artista.
Sugestão: para melhor compreensão desta atividade, o professor deve providenciar antecipadamente duas ou três imagens de obras de arquitetura e propor um breve exercício de estudo sobre
monocromia. Pedir aos alunos que escolham uma das imagens e, com um novo olhar, apresentá-la aplicando a técnica da monocromia, usando mais o branco ou o preto.
Monocromia – pintura que emprega vários tons da mesma cor.

184 –
– 185
Procedimentos didáticos:
Objetivo: despertar no aluno a necessidade dos cuidados com
o meio ambiente e de preservar a natureza.
Roda da conversa: propor uma conversa sobre a questão
ambiental que leve o aluno a refletir sobre o futuro das
próximas gerações. Estimular todos a darem sua opinião.
Sugestão: pensando no presente e no futuro do planeta,
realizar uma fachada em 3D, utilizando o anexo 1, após a
explicação do professor.

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Museu de Cera Rosa e azul – As meninas Detalhes esculturais da O pensador, 1880-81
Madame Tussauds, Cahen d'Anvers, de fonte do mosaico e do (bronze), Rodin,
Londres. Pierre-Auguste Renoir, animal no parque Guell, Auguste (1840-1917)
Limoges, França (1841- em Barcelona, Espanha. / Coleção Burrell,
1919). Arquitetura ornamentada, Glasgow, Escócia /
Óleo sobre tela vista de baixo no pôr © Cultura e Esporte
(119x75,5cm), Museu de do sol, cores vibrantes Glasgow (Museus) /
Arte de São Paulo Assis e formas de torção de Bridgeman Images.
Chateaubriand – Doação Antonio Gaudí.
do povo de São Paulo.

Uma moeda de dólar americano Susan Cortar a bela Vênus de Milo – Pintura de Oslo –
B. Anthony de 1979 é vista em Nova máscara de morte Grécia Antiga, O grito, de Edvard
York no domingo, 18 de dezembro de de ouro amarelo Museu do Louvre, Munch.
2011. A moeda impopular, introduzida de Tutankhamon, Paris, França.
em 1979, nunca ganhou nenhum Museu Egípcio,
impulso na oferta da Casa da Moeda Cairo, Egito.
para substituir o dólar em papel e, em
2005, para caracterizar um presidente.
Como a demanda é tão baixa, a Casa da
Moeda produzirá agora apenas o mesmo
número de moedas em dólar que os
colecionadores pedem, em vez dos 70 a
80 milhões de dólares estampados por
presidente. Há quase US $ 1,4 bilhão
em moedas excedentes nos cofres de
armazenamento do Federal Reserve.
(© Richard B. Levine)

Quarto em Arles, Mulher chorando. Óleo sobre Mona Lisa, por Trieste, Civico Museo Sartorio
por Vincent van tela. Autor: Pablo Picasso Leonardo da Vinci, (Museu de Arte), Tinteiro em
Gogh, Museu (1881-1973). Localização: Museu do Louvre, forma de sapato, porcelana,
d'Orsay, Paris, Tate Gallery, Londres, Grã- Paris, França. século XVIII / Biblioteca de
França. -Bretanha. Imagens Agostini / A. Dagli
Orti / Bridgeman Images.

194 –
– 195
196 –
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tempo e corporeidade. Porto Alegre: Edelbra, 2012.
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