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Resumo de Direito da União Europeia:

Matéria do teste:

 História de integração da europa


 Valores e princípios da ordem jurídica europeia (princípios fundamentais da vinculação
institucional)
 Fontes de direito da UE + CDFUE

A história da União europeia:


A história da união europeia é um processo complexo que remete para o período pós-segunda
guerra mundial. Isto provem de uma evolução continua enquanto espaço geográfico que é
resultado de um processo de congregação de vontades livres de países devastados.

- Provem de uma evolução continua enquanto espaço geográfico.


- Resultado de um processo de congregação de vontades livres de países devastados.
- O espaço político tem como objetivo:
 Assegurar a paz
 Estabelecer laços e uma coesão social
 Assegurar o crescimento económico
Plano Marshall
Com isto criou-se o plano Marshall em 1947, plano esse que foi elaborado pelo secretario
norte-americano George Callet Marshall com o objetivo de ajudar a nível económico a
reconstrução europeia, ou seja, este plano tinha como principal objetivo recuperar e
reorganizar as estruturas produtivas e comerciais dos países europeus, criando se assim novos
laços institucionais de cooperação e solidariedade política entre os estados europeus. É um
plano conhecido oficialmente como Plano de Recuperação Europeia.

Os principais objetivos deste plano eram:

 Fornecer ajuda financeira para ajudar na reconstrução económica da europa.


 Estimular o comercio e a cooperação económica entre os países europeus.
 Promover a estabilidade política e social na europa, impedindo o surgimento do
comunismo.
 Reforçar os laços económicos e políticos entre os estados unidos e a europa.

Foi assinado em Paris em 1948, tinha como principal objetivo recuperar e reorganizar a
economia dos países europeus e aumentar as relações comerciais com os estados unidos. Este
plano obrigou á criação de uma organização que ficasse encarregue da gestão de todos os
recursos económicos e financeiros que os americanos iriam fornecer aos estados europeus.

A esse plano deu-se o nome de OECE que tinha como principais objetivos:

 O relançamento económico da Europa.


 A eliminação gradual das restrições quantitativas ao comercio intraeuropeu.
 A criação de uma Uniao Europeia de pagamentos, capaz de assegurar a
convertibilidade das moedas europeias e facilitar o desenvolvimento do comercio
entre os países membros.
 Estados Abrangidos: Este plano foi aceite por 16 estados, nomeadamente: Áustria,
Bélgica, Dinamarca, frança, Grécia, irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, noruega,
holanda, reino unido, suécia, Suíça, Turquia e Portugal.
 Administração do plano: esta administração ficou sob controlo da organização
económica de cooperação europeia.

Discurso de Winston Churchill-1946


Este discurso proferido por Winston Churchill, apos a segunda guerra mundial, onde a europa
se encontrava em ruínas e existia um grande desejo de evitar futuros conflitos devastadores,
Churchill propôs a criação dos estados unidos da europa, ou seja, seria uma europa unida onde
as nações iriam trabalhar juntas em cooperação estreita e se uniriam para garantir a paz e
prosperidade duradoura no continente.
Ao propor a integração dos estados unidos na europa durante o congresso de Haia foram
criadas duas correntes:
 Federalista: Era uma corrente apoiada maioritariamente pelos delegados franceses,
italianos, belgas e holandeses que apoiavam a integração de natureza federal,
insistindo assim num paralelismo (político, jurídico e institucional) entre a unificação
europeia e as experiências federais (Confederação Germânica, e/ou os estados unidos
da América), ou seja, apoiavam que os estados-membros cedessem parte da sua
soberania a instituições europeias mais robustas, criando assim uma união politica
mais estreita entre os países membros com uma perspetiva de ter um governo federal
europeu.
 Soberanista/Unionistas: É uma corrente formada maioritariamente por delegados
britânicos, que apoiavam a suficiência da cooperação intergovernamental, ou seja,
valorizavam a soberania nacional onde os estados-membros matem um alto grau de
autonomia e controle sobre as suas próprias políticas.

O processo de integração da europeia:


A União Europeia teve início na segunda guerra mundial, com o objetivo de incentivar a
cooperação económica na Europa, partindo assim do pressuposto de que os países que
estabelecessem fortes relações comerciais tornando-se economicamente dependentes
acabando assim por se reduzir os riscos de conflitos bélicos. Esta ideia de unificação da
Europa devia começar no terreno económico, determinando assim uma opção que foi
desenvolvida em dois modelos diferentes de integração, que seguem duas fases distintas:
 Uma simples zona de comercio livre
 Um mercado comum

A união europeia é uma parceria económica e política, constituída por 27 países europeus
atualmente.
Plano de Schumann
Nesta altura a Europa encontrava-se completamente destruída (estradas, pontes e
edifícios)  Logo, avançou-se com a produção do ferro para a reconstituição. A criação de
uma comunidade europeia para o carvao e para o aço tinha como objetivo unir os países
europeus numa única estrutura supranacional e assim regulas a produção desses recursos
evitando assim novos conflitos.
Um dos objetivos deste plano é chamado por Reconciliação franco-alemã, que propunha a
gestão comum do aço e do carvão, ou seja, com a regulação destas duas matérias-primas o
problema da produção da região mineira de Ruhr era resolvida e submetia-se a um
controlo comum das condições e circulação destes produtos, pois eram produtos que
alimentavam a guerra.
Esta comunidade permitiu:
 Uma abertura para o exterior
 Uma união com cariz comercial e económico
 Uma autoridade comum para produzir aço através do carvão
 Um esboço inicial daquilo que se tornou a EU
 Génese da livre circulação dos trabalhadores e de uma autoridade comum.
A esta ideia juntaram se para alem da França e da Alemanha, os Países do Benelux (Bélgica,
Holanda e Luxemburgo) e a Itália.
Tratado de Paris, Plano de Schumann
O tratado de paris foi assinado em 1951 e criou-se uma comunidade chamada CECA 
comunidade europeia do carvão e do aço.
O Tratado CECA (1951)
A CECA é a primeira pedra da construção da comunidade europeia e resulta da proposta
constante da Declaração de Schumann. Este tratado implicou, uma clara limitação da
soberania dos Estados em favor de uma entidade comum, em setores da economia vital
para a humanidade, produzindo assim uma profunda alteração nas relações internacionais.
Com isto, os Estados independentes e soberanos abdicaram de forma significativa de
parcelas da sua soberania a favor de uma entidade comum, em nome de alguns valores
que só se forem comuns podem ser assegurados. Atraves deste tratado, os estados
acordaram com o estabelecimento do mercado comum e traçaram alguns objetivos
comuns, nomeadamente:
 A expansão económica
 O aumento do emprego
 A melhoria do nível de vida nos estados-membros.
A CECA tinha como objetivos fundamentais:
 Construir a Europa por meio de realizações concretas que criem, uma solidariedade
efetiva e por meio do estabelecimento de bases comuns de desenvolvimento
económico.
 Contribuir para a melhoria do nível de vida e para o progresso da causa da paz
mediante a expansão das suas produções fundamentais.
 Substituir as rivalidades seculares por uma fusão dos seus interesses essenciais, a
assentar pela instituição de uma comunidade económica, os primeiros alicerces de
uma comunidade mais amplas e mais profunda entre povos.
Para a prossecução dos objetivos comuns, o Tratado CECA instituía os seguintes órgãos:
 A alta autoridade: É um órgão de carater supranacional, que tinha o poder de decisão
independe dos Estados membros, atua no interesse geral da comunidade e não recebia
instruções dos governos nem de quaisquer outros organismos.
 A assembleia: A Assembleia tem o mero poder de controlo, sendo assim composta por
representantes dos povos reunidos na Comunidade.
 O concelho: É o órgão constituído por representantes dos Estados membros que
partilha com a Alta autoridade a tomada das decisões mais importantes que carecem
do seu parecer conforme.
 O Tribunal: Ao tribunal compete garantir o respeito do direito na interpretação e
aplicação do tratado e dos regulamentos de execução.

Tratado de Roma (Criação da CEE e da Euratomo)


Este tratado teve 3 fundadores da UE:
 Criação da comunidade económica europeia CEE
 Criação de regras sobre a energia atómica  CEEA
 Criação de um mercado comum europeu.

CEE  É a comunidade económica europeia que tinha como objetivo o estabelecimento no


mercado comum geral com regras que eram aplicadas a todos os domínios da atividade
económica.
CEEA  É a comunidade europeia da energia atómica tinha o mesmo objetivo que a CECA,
uma solidariedade setorial no setor específico da energia atómica.
 Representa a integração económica dos Estados fundadores, nomeadamente, a frança,
Alemanha e Italia. Com a criação da comunidade europeia juntou-se a Benelux.
Existia uma organização internacional supraestadual, constituída por:
1. Orgãos Próprios
2. Personalidade jurídica própria
3. Sujeitos com direitos e deveres próprios
O tratado de CEE estabelece alguns objetivos principais, nomeadamente:
 Estabelecer os fundamentos de uma união cada vez mais estreita entre os povos
europeus
 Assegurar o processo económico e social dos países, eliminando as barreiras que
dividem a Europa
 Alcançar a melhoria constante das condições de vida e de trabalho dos seus povos
 Garantir a estabilidade na expansão económica, o equilíbrio nas trocas comerciais e a
lealdade na concorrência.
 Reforçar a unidade das economias e assegurar o seu desenvolvimento harmonioso
pela redução das desigualdades entre as diversas regiões e do atraso das menos
favorecidas.
 Consolidar, pela união dos seus recursos, a defesa da paz e da liberdade.
Para a prossecução dos objetivos o Tratado dotou a comunidade de uma estrutura
institucional, em que se destacam alguns órgãos como:
 O Conselho: É um órgão composto por representantes dos estados membros que
asseguram a coordenação das politicas económicas gerais e dispõe de um poder de
decisão ao nível do alargamento da competência dos órgãos comunitários, o poder
normativo na aplicação do Tratado, o poder de adotar decisões de natureza
constitucional. A regra de votação das deliberações do Conselho é a da maioria.

 A Comissão: É um órgão independente dos Estados membros, em que os seus


membros exercem as suas funções com total independência, no interesse geral da
comunidade, não solicitando/aceitando assim instruções do governo ou de outra
qualquer entidade. A comissão é a “guardiã” dos Tratados zelando assim pela
aplicação das suas disposições, bem como das medidas tomadas pelas instituições,
competindo-lhe formular recomendações ou pareceres sobre as matérias previstas no
Tratado, dispõe também do poder de decisão próprio, participando na formação dos
atos do Conselho e do Parlamento Europeu;

 O Parlamento Europeu: O Parlamento Europeu, inicialmente era a Assembleia, é um


órgão que contem poderes meramente consultivos em matéria legislativa, é composto
por representantes dos povos dos Estados reunidos na comunidade, e são eleitos por
sufrágio universal direto.
 O Tribunal de Justiça: O tribunal de justiça garante o respeito do direito e na
interpretação e aplicação do tratado.
Criou-se o mercado interno também conhecido como mercado comum, que tinha como
objetivo a eliminação dos direitos aduaneiros nas relações entre os 6 e a aplicação de uma
pauta aduaneira comum nas relações com os países terceiros, logo assegurava se a liberdade
de circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais.
Com a criação deste mercado comum existiu a defesa da competição comunitária saudável, ou
seja, a produção de uns não podia minimizar a produção dos outros, a adoção de uma politica
comercial comum a terceiros, a adoção de politicas comuns num setor de transportes e as
politicas de coesão economia, social e territorial, isto fez com que os estados soberanos
abdicassem de parcelas de soberania a favor de uma entidade comum, em nome de diversos
valores que só em comum podiam ser assegurados.

Período transitório: Deveria durar cerca de 12 anos, mas todavia, as economias dos Estados-
membros passaram por um período de alguma prosperidade e desenvolvimento, permitindo
assim a antecipação do fim do período transitório.
Comissão: É composta por 26 comissários e um presidente, era independente e tinha uma
responsabilidade face aos estados. Garante, protege e defende os tratados. Atualmente ainda
existem comissários por cada estado-membro, ou seja, por exemplo Portugal tem o direito de
ter um comissario, mas esse não responde ao Governo europeu.
Conselho: Ao contrário do conselho europeu e do conselho da europa, quem estava
representado no Conselho eram os Estados, sendo assim um órgão de expressão politica da
União, a regra era a maioria, ou seja, nem todos os Estados tinham de estar de acordo com um
dado documento aprovado, desde que a maioria estive. O representante poderá variar, mas
normalmente é um ministro, por exemplo se o assunto for a educação sera o ministro da
educação.
Parlamento: O parlamento europeu, atualmente, tem poderes essencialmente consultivos e de
fiscalização. Foi constituído no final dos anos 50 e desde então tem como objetivo ser eleito
por sufrágio universal, inicialmente não era assim era eleito por delegados como na CECA.
Tratado de Maastricht (1992)
O tratado de Maastricht foi assinado em 1992, é formalmente conhecido como o Tratado da
União Europeia (TUE), teste tratado foi muito importante para na história da união europeia e
com isso introduziu diversas mudanças significativas.

Os principais aspetos e implicações do Tratado de Maastricht são:

 Criação da União Europeia (EU): Este tratado deu origem á união europeia tal como a
conhecemos hoje, pois favoreceu a expansão das competências e os objetivos da
Comunidade Europeia (CE) e tornou a UE a nível político e económico mais amplo.
 Três Pilares: Introduziu a ideia de existirem 3 pilares na UE:
 O primeiro pilar, Comunidade Europeia (CE, CECA, Euratom), que lidava
com questões económicas, com o mercado comum e a política monetária.
 O segundo pilar, a política externa e de segurança comum (PESC) que
visava coordenar a política externa e de segurança dos Estados membros.
 O terceiro pilar, A cooperação em justiça e assuntos internos (JAI), que
tratava de questões como a imigração, asilo, cooperação policial e
judiciaria.
 Criação da Cidadania da União: O tratado de Maastricht estabeleceu a cidadania
europeia, concedendo aos cidadãos certos e determinados direitos e privilégios, tanto
o direito de circular e residir livremente dentro da UE como o direito de votar e de se
candidatarem as eleições municipais e europeias no seu país de residência.
 Introdução da União Económica e Monetária (UEM): Este tratado estabeleceu
também alguns critérios para a adoção da moeda única, o euro, definindo um
cronograma para a implementação da União Económica e Monetária (UEM). Ele
estabeleceu o Banco central Europeu (BCE) como o banco responsável pela política
monetária da zona do euro.
 Cooperação em Assuntos Internos e de Justiça: O tratado de Maastricht fortaleceu a
cooperação entre estados-membros em questões relacionadas á imigração, asilo,
cooperação policial e judiciaria. Isso inclui a criação de instituições como a Europol (a
agência de polícia da UE) e o sistema Schengen de livre circulação de pessoas dentro
de certas áreas da UE.
 Instituições da União Europeia: O tratado introduziu mudanças significativas nas
instituições da UE, incluindo a criação do cargo de presidente da comissão europeia e a

Tratado de Nice
É um dos tratados fundamentais da União Europeia (EU), assinado em 2001, foi elaborado com
o objetivo de reformar as instituições da UE e preparar a União para a sua expansão apos a
adesão de novos estados-membros.

O Ato Único Europeu


Foi assinado em 1986 e foi um marco bastante importante na historia da integração europeia
estabelecendo varias mudanças significativas nas politicas e instituições da comunidade
económica europeia (CEE). Existem alguns aspetos principais e implicações no que toca ao ato
único europeu:
 Mercado Único Europeu: O AUE foi elaborado com o objetivo principal de criar um
mercado único europeu ate ao final de 1992. Isso envolveu a remoção de barreiras
comerciais entre os Estados membros da CEE, facilitando assim a livre circulação de
mercadorias, serviços, capitais e pessoas dentro deste mercado único.
 Procedimento de Cooperação: O AUE introduziu o procedimento de cooperação, que
permitia ao Parlamento Europeu exercer um papel mais ativo na formulação de
políticas, consultando-o em questões importantes e dando-lhe os poderes de veto em
certas aéreas.
 Decisões por Maioria Qualificada: O AUE expandiu o uso da votação por maioria
qualificada no Conselho da CEE, o que facilitou o processo decisório e tornou mais ágil
a tomada de decisões da Comunidade.
 Instituições da Comunidade Europeia: O AUE introduziu várias mudanças nas
instituições da CEE, incluindo o fortalecimento do papel da Comissão Europeia na
formulação de políticas, a ampliação dos poderes do Parlamento Europeu e a criação
do Comitê Economico e Social Europeu para representar os interesses dos grupos
sociais económicos.
 Implicações para os Estados Membros: O AUE teve implicações significativas para os
Estados membros da CEE, incluindo a necessidade de harmonização das legislações
nacionais com as regras e regulamentos do mercado único europeu e a adaptação das
instituições nacionais para acomodar o novo sistema de cooperação europeia.
União económica e monetária
É uma instituição política monetária comum entre os Estados-Membros através do Banco
Central Europeu. Desta maneira, os estados deixam de usar expedientes monetários
competitivos com recurso á desvalorização cambial da moeda para obter ganhos nas relações
de concorrência tornaram as exportações mais baratas e assim permitiram a livre circulação de
capitais.
Tratado de Amesterdão
Este tratado foi assinado em 1997, este tratado resulta uma nova estrutura, a união europeia
assenta em 3 pilares:
 As comunidades europeias focadas na concretização da união económica e monetária
 Na política externa de segurança comum
 Cooperação judiciaria e policial entre os estados-membros no domínio da justiça e
assuntos internos. Densificação do espaço de liberdade segurança e justiça ESLJ-
Junção da PESC com a JAI.
Estes três pilares podem ser também:
1. Pilar comunitário: matérias políticas e domínios comunitários
2. Pilar da política externa e segurança comum (pesc): Acordos de Schegen +
conselho europeu
3. Pilar da justiça e assuntos interno- JAI- princípios e valores instituídos na EU.
Expansão e evolução da UE:
Desde a criação da União Europeia em 1957, o número dos países que a constituem passou de
6 para 28 países. Os seis países 􏰀fundadores da CEE, Bélgica, Alemanha, França, Itália,
Luxemburgo e Países Baixos (Holanda). Em 1 de janeiro de 1973, dá-se o primeiro
alargamento: o Reino Unido, a Dinamarca e a Irlanda ingressaram na Comunidade.
A partir de 1973, grande parte dos restantes países da Europa Ocidental 􏰀oram
gradualmente aderindo à UE. Com o colapso dos regimes “comunistas do bloco de leste em
1989, uma série de países da Europa Central e Oriental tornaram-se membros da União
Europeia em duas vagas de adesões, respetivamente, em 2004 e 2007. Em 1 de janeiro de
1981 regista-se o segundo alargamento com a entrada da Grécia. Logo se haveria de seguir, em
1 de janeiro de 1986, o terceiro alargamento com a entrada de Portugal e de Espanha.
Entretanto, em 1 de janeiro de 1995, verifica-se o quarto alargamento, com a adesão da
Áustria, da Finlândia e da Suécia. Em 2004 inicia-se o alargamento a leste com a adesão de 10
países: Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Polónia, República Checa, Le-tónia, Lituânia,
Malta e Chipre. Em 2007 dá-se a adesão da Bulgária e da Roménia. Finalmente em 2013, a
Croácia tornou-se o 28.° Estado membro da União Europeia. Para aderir à União, qualquer País
tem que respeitar os princípios inerentes à liberdade de circulação de pessoas, capitais,
mercadorias e serviços.
Tratado de lisboa
O Tratado de Lisboa é um dos tratados fundamentais da União Europeia (UE) e foi assinado em
13 de dezembro de 2007, entrando em vigor em 1º de dezembro de 2009. Ele é uma reforma
significativa dos tratados anteriores da UE, em particular o Tratado da União Europeia (TUE) e
o Tratado de Funcionamento da União Europeia (TFUE). Aqui estão os principais aspectos e
implicações do Tratado de Lisboa:

Reforma Institucional: O Tratado de Lisboa introduziu mudanças nas instituições da


UE para torná-las mais eficientes, transparentes e democráticas. Isso incluiu a criação
do cargo de Presidente do Conselho Europeu, responsável por presidir as reuniões dos
líderes da UE, e do Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a
Política de Segurança, encarregado de coordenar a política externa da UE.
Fortalecimento do Papel do Parlamento Europeu: O tratado ampliou os poderes do
Parlamento Europeu, aumentando sua capacidade de co-decisão com o Conselho da UE
em muitas áreas políticas. Isso deu ao Parlamento um papel mais proeminente na
formulação de políticas da UE e no processo legislativo.
1. Expansão da Cooperação em Justiça e Assuntos Internos: O Tratado de Lisboa
ampliou a cooperação entre os Estados membros em questões de justiça, liberdade e
segurança. Isso incluiu medidas para fortalecer a cooperação policial e judiciária, bem
como para promover a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos da UE.
2. Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia: O tratado incorporou a Carta dos
Direitos Fundamentais da União Europeia ao direito primário da UE, tornando-a
juridicamente vinculativa. Isso reforçou a proteção dos direitos fundamentais dos
cidadãos da UE e residentes na UE.
3. Sistema de Votação por Maioria Qualificada no Conselho da UE: O Tratado de Lisboa
expandiu o uso da votação por maioria qualificada no Conselho da UE, o que facilitou o
processo decisório e tornou mais ágil a tomada de decisões da UE.
4. Papel dos Parlamentos Nacionais: O tratado reforçou o papel dos parlamentos
nacionais na supervisão da legislação da UE, dando-lhes um papel mais ativo no
processo legislativo da UE e a possibilidade de contestar propostas legislativas da
Comissão Europeia.

Neste tratado houve a última alteração aos tratados; os tratados anteriores estão
incorporados no TUE e no TFUE; simplificou as regras de votação e os métodos do trabalho;
criou a figura do presidente do Conselho Europeu; criou novas estruturas para uma UE mais
preponderante na cena mundial; aboliu e substituiu a expressão comunidade por união;
consagra a unificação da UE; o TCE é substituído pelo TFUE; o TUE e o TFUE têm o mesmo valor
jurídico; passa a existir apenas uma organização, a UE; concede um valor vinculativo à CDFUE;
Para aderir à UE, qualquer país tem de respeitar os princípios inerentes à liberdade de
circulação de pessoas, capitais, mercadorias e serviços; 3 fases de processo de integração:

1. Fases das comunidades até ao tratado de Maastricht


2. Fase da criação da UE
3. Fase da união (tratado de Lisboa)

Unifica também duas organizações:

1. A Comunidade- instrumento de integração económica e social


2. A União- instância de cooperação de coordenação políticas.

Os princípios e objetivos da UE:


 Estão previstos nos art. 1,2,3 do Tue e no preambulo
 A UE não deve intervir em toda e qualquer circunstância.
- Só quando não se pode atuar a nível local
- Princípio da subsidiariedade- As decisões devem ser tomadas sempre a um nível
próximo dos cidadãos, ou seja, a UE só deve intervir apenas e quando os objetivos não
podem ser alcançados pelos Estados membros individualmente seja a nível local,
regional ou nacional. Fazendo assim com que a UE intervenha apenas quando
necessário e respeitando sempre a autonomia dos estados-membros.
- Quem está mais próximo do problema, é quem melhor o conhece e melhor o pode
resolver
Objetivos iniciais que os fundadores pretenderam atingir:
 Alcançar a paz duradoura
 Objetivos de execução imediata
 Objetivos de natureza económica  criação de um mercado comum
Se o estado não cumpre os princípios do art.2 não entra não ue
Se um tratado aprova leis que violem princípios:
- Art.7 TUE
- A verificar:
 O risco de violação
 A condenação por violação grave
 O estado pode opor-se no primeiro voto
 Voto por maioria enão por unanimidade, case o estado em questão continue a
violar o princípio, o estado perde o direito ao voto e prova de má-fé.

A personalidade jurídica da UE:


Art. 24  o tratado atribui capacidade jurídica á UE para celebrar acordos internacionais.
Fontes de EU
2 meios diferentes de fontes:
 As originarias (direito primário) - os tratados (desde o constitutivo, o de roma e as suas
alterações)
 O direito derivado (direito secundário) - deriva, resulta da atividade dos órgãos da UE
que tem competência legislativa (comissão europeia, parlamento europeu e conselho
da união europeia).
Este tratado tem uma parte dispositiva.
Princípio da integração- dentro da união europeia, todos os estados com uma evolução
similar e o processo da união europeia consiste numa alienação gradual de soberania por
parte dos estados-membros para com os órgãos e instituições da união europeia.
Processo legislativo ordinário
Art.288 TFUE
Art.289 TFUE
Princípio da atribuição (art.2 a 6 do TFUE)
Fontes derivadas da união europeia:
Vinculativas- regulamentos (carater geral e abstrato, vinculam estados-membros, cidadãos
e pessoas coletivas, sendo obrigatórios em todos os seus elementos, tem aplicabilidade
direta), diretivas, decisões (tem obrigatoriedade alternativa.
Princípio do efeito direto da união europeia
ART.8 nº4 CRP
O TJE no acórdão francovich diz que a diretiva também tem aplicabilidade direta, mesmo
deferida, ato formal.
Atos pré-jurídicos não vinculativos: se os estados-membros não aceitarem (uso da máscara
na pandemia)
Atos delegados e atos executivos:
Atos delegados: São atos que servem para completar ou alterar atos legislativos e quem os
pratica é a comissão europeia, no sentido de completar ou alterar um aspeto não essencial
e só os pode praticar se não houver oposição do parlamento ou do conselho ou se forem
urgentes.
Atos executivos: Pormenorizam, concretizam a posteriori, permitindo assim ajudar a
entrada em vigor dos atos legislativos europeus (art.24 e 26 TUE)
Cidadania europeia: (Art. 39 a 46 da carta. Artigo 18 a 23 da TFUE): Exclusivos dos
nacionais dos estados-membros.
É subsidiaria ou complementar- acresce á dos Estados membros. E por esse motivo há
quem lhe chame cidadania imperfeita

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