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Objeto da disciplina:
gênese da integraçã o europeia- entre as 2 guerras e pó s-guerra
Integraçã o
Evoluçã o
Configuraçã o atual
Fenô meno que se enquadra na parte, por tratado, que se criou certo tipo de organizaçã o
– a UE
Este fenó meno de integraçã o europeia tem traço específico que em egra nã o existe em
outros sujeitos internacionais.
Terminologia – DUE:
1) Era Direito das Comunidades Europeias
2) Era Direito as Comunidades Europeias e da Uniã o Europeia
3) Depois, foi Direito da Uniã o Europeia
Antes se falava em Direito da CE porque começou com a assinatura - entre 1951 e 1958
– entre Estado, que criou:
A comunidade Europeia do Carvã o e do Aço (CECA), que vigorou 50 anos
https://eur-lex.europa.eu/legal-content/FR/TXT/PDF/?uri=CELEX:11951K/
TXT&from=PT
Mudou porque tudo funcionou até 1990. A partir dai, os tratados foram alterando-se:
Tratado de Maastricht: aqui surge a UE, justapostas as outras 3 comunidades.
Houve da migraçã o econó mica para a migraçã o politica.
Em 2009, houve o Tratado de Revisã o: o Tratado de Lisboa
A primeira comunidade já desapareceu. Justificou o processo da integraçã o
supranacional.
Só havia 2 comunidades e este tratado previu a absorçã o da CEE pela EU.
Ficou de fora a CE da E Ató mica, que manteve regime decalcado, porem autó nomo.
Ainda existe, tem base jurídica em vigor, mas por remissã o.
Euratom: Direito da CE da Energia Ató mica
Mercado Comum criado pela CEE. Havia zona de comercio livre / zona aduaneira/
mercado comum / e hoje a integraçã o econó mica com uniã o econó mica e monetá ria.
- Regras de transporte
- Regras de concorrência.
Hoje diluiu-se neste conjunto de territó rios. As pessoas poderem circular neste
territó rio de forma segura, e combater a criminalidade transfronteiriça.
Há um conjunto de domínios materiais: (á reas que os Estados acometeram à EU –
atribuiçõ es). Podem ser:
Exclusiva da EU. Política da concorrência no mercado interno
Partilhadas: EU e Estados, como por exemplo ambiente
De complemento aos Estados.
É no â mbito dele que se negocia entre os Estados e o Conselho da europa primeiro texto
de direitos humanos – a Convençã o Europeia dos direitos humanos.
Ate hoje, acedemos diretamente ao tribunal que garante estes direitos humanos.
O cidadã o pode recorrer ao Tribunal dos direitos humanos em Estrasburgo caso sejam
violados seus direitos protegidos.
- Vertente política
- Vertente económica – OECE (plano Marshall), Benelux (econó mica mais limitada no
aduaneiro), criaçã o de uma comissã o econó mica da Europa das Naçõ es Unidas.
A carta verde do seguro tem origem aqui. Serve aqui pois se chama Certificado
Internacional de Seguro Automó vel.
Para permitir que na Europa as pessoas pudessem circular e indemnizar as pessoas
pelos acidentes.
É uma realizaçã o desta comissã o.
- Vertente defesa militar. Surgem aqui a Uniã o da Europa Ocidental e a NATO:
componente europeia e transatlâ ntica.
O fenó meno de evoluçã o da Europa teve diferentes dimensõ es que se cruzaram ao longo
das décadas.
Depois da Declaraçã o de Schumann houve 2 iniciativas que nã o tiveram sucesso pois a
França rejeitou:
1952- CE de Defesa
1954 – Tratado Politica Europeia
07703/2023
Há , hoje, novidades trazidas pela Conferencia sobre o futuro da EU, retomou-se modelos
antigos.
6 10 12
Pelo meio, há um tratado novo que veio marcar a integraçã o política. Antes, havia uma
integraçã o econó mica setorial (do carvã o e do aço).
Depois, passou a haver uma integraçã o econó mica global – um mercado interno com
conjuntura de política.
As políticas comuns antes de Maastrich eram poucas:
Concorrência
Transporte
Agrícola
A EU foi criada ex novo. A fundaçã o da Uniã o Europeia foi com base em valores: democracia,
Estado de Direito e direitos fundamentais.
AUE: completar a integraçã o econó mica, ajudando aos alargamentos à sul : Grécia, Espanha
e Portugal. Começou com 6 Estados, mas houve vá rios alargamentos.
Começam a aparecer novas políticas entre a Europa originá ria e a Europa do Sul.
O QUE tem por isso novas políticas, que tem a ver com o ambiente e a coesã o econó mica e
social.
Segundo a doutrina, o Tratado de Nice, veio resolver “os restos” que o Tratado de
Amesterdã o nã o havia abordado.
O Estatuto da Cidadania europeia vem da instituiçã o da pró pria EU, mas faltava-lhe o
“catá logo” dos direitos fundamentais.
Antes de haver este catá logo, as fontes de direito dos cidadã os da EU eram:
DUDH - OJE
Carta Social Europeia - OJE
Convençã o Europeia dos Direitos do Homem - OJE
As respetivas constituiçõ es nacionais dos Estados-membro - OJN
Portanto: OJUE : 0 (no ordenamento Jurídico da Uniã o Europeia)
OJE : ordenamento jurídico dos Estados (que recebiam a nível internacional)
OJN: ordenamento jurídico nacional
O problema dos direitos fundamentais se colocou porque precisava clarificar quem pode
controlar o direito da EU.
No começo da integraçã o, o Tribunal Constitucional da Alemanha e da Itá lia, se
consideravam aptos para apreciar a constitucionalidade dos tratados – se abrogavam esta
competência.
Luxemburgo disse: como nã o há catá logo, vamos buscar “aquelas fontes”. Foi por isso que
depois, em 1992, ficou expresso o elenco dos direito fundamentais, no direito originá rio.
Este catá logo é muito relevante, pois ali estã o todos os direitos conferidos aos cidadã os da
UE.
Este catá logo tem como fonte os tratados e também as fontes tradicionais,
Esta carta inspira-se na CEDH, e devem ser interpretados por esta.
Este catá logo nã o foi elaborado como um tratado internacional, é diferente pois uso um
método novo (método convencional): um grupo de pessoas fizeram o texto e tinham
diferentes legitimidades, em 3 momentos convencionais.
Houve entã o um período de reflexã o. O Conselho Europeu deu mandato à uma conferencia
intergovernamental, que resultou no Tratado de Lisboa.
DIREITO DA UNIÃ O EUROPEIA: cada autor se refere de uma forma diferente. Alguns usam
Direito das Comunidades, Direito das Comunidades Europeias, etc.
Em 2004, houve um Tratado de Constituiçã o para a Europa. Foi um fracasso pois 2 países
chumbaram no referendo.
Por se chamar “constituiçã o” implicou reticencias e inseguranças.
O Direito Euro Comunitá rio dá para os dois lados. A professora diz isso porque aquilo que
estava por trá s das comunidades, mantem-se hoje.
O Direito da Uniã o Europeia insere-se no Direito europeu, enquanto conjunto dos direitos
desta regiã o do mundo – Europa.
A Europa tem tendência a unir-se, houveram vá rios meios de uniã o com alianças, Império
Romano, Igreja Catolica, etc. Tem este tendência de 2 forças:
Que relevâ ncia teve o Congresso da europa para a integraçã o da Europa? Levou a
criaçã o do Conselho Europeu. Permitiu também a adesã o dos direitos humanos,
numa primeira fase. Esta foi uma antecâ mara para as comunidades europeias.
09/03/2023
AUE: ato de alargamento ao Sul. Houve 2 coisas que passaram a ser importantes:
1) O Conselho europeu é uma instituiçã o que aparece pela primeira vez aqui
2) Previsã o da CPE (Cooperaçã o Política Europeia).
O ó rgã o que tinha poder para decisã o nã o estava no PE/CE, estava no ó rgã o
representativo dos Estados : o Conselho de Estado. O ó rgã o que decidiu o 1º pilar, nã o
foi o mesmo que decidiu o 2º e o 3º.
Há sindicabilidade judicial
Com o Tratado de Lisboa, criou-se o Tribunal de contas e o BCE – este utimo nã o é como
as outras instituiçõ es. Gere a politica monetá ria com atribuiçõ es exclusivas da EU. Os
Estados já nã o podem emitir moedas pró prias. O BCE é independente, tem
personalidade jurídica autonoma e ó rgã os pró prios. Te, regime jurídico independente.
O banco responde pelas açõ es do banco.
OS TRIBUNAIS DA UE
Inicialmente, era 1. Sofreu fusã o para julgar causas das 3 comunidades. Depois,
dissolveu-se em 2 ó rgã os: Tribunal, e Tribunal de 1ª instancia.
Depois, criaram-se tribunais especializados, e um tribunal da funçã o publica.
Depois, houve uma reforma onde o tribunal da funçã o publica foi extinto.
Tribunal Geral: funciona como se fosse de primeira instancia. Foi reforçado, tem
hoje muitos juízes. Julga as açõ es gerais
Tribunal Superior: há um juiz para cada Estado-membro .Tem uma figura
peculiar: o advogado geral, que atua com independência e apresenta conclusõ es
sobre o caso tratado. De Portugal, o advogado geral ofi o Fr. Poiá s Maduro.
MOMENTOS HISTÓRICOS DA EU
União Ocidental
Apó s a 2ª guerra mundial, foi assinado em 1948, no Tratado de Bruxelas.
Com 10 estados membros, 6 associados, 6 observadores, 5 parceiras associadas.
Em seu Art 4º dizia que deviam colaborar com a NATO.
A Assembleia é com os representantes parlamentares nacionais.
Lançou satélite e fez operaçõ es.
Em 1997, criou um Comitê Militar.
Passou a constituir a agência da EU.
Foi integrada na EU, e foi dissolvida.
Declaração Schulmann
Em 1950, 5 anos apos a 2ª Guerra Mundial.
França, ministro Robert Shculmann
Plano de Jean Monnet
Em 1949 – RFA
Objetivo: era a criaçã o de uma federaçã o europeia
Falhava portanto. Porem tinha um novo método: o da integraçã o funcionalista
“Método os pequenos passos “
Supranacionalidade
Interesse comum/ base paritá ria
Anuncia tudo quanto as distintos modelos de integraçã o comunitá ria
Disposiçõ es Finais
TUE TFUE
TJUE
TRIBUNAIS NACIONAIS
NOTAS:
a) A comunitarizaçã o: houve parcelas do 3º pilar que foram para o método da
integraçã o.
b) Esta diferença de método ainda hoje é importante. O Tratado de Lisboa acabou
com a estrutura de pilares. A Uniã o sucedeu à CE. Passou a ser una entre entes
judiciais.
Alguma doutrina diz que houve uma falsa eliminaçã o dos pilares, mas ainda é Uniã o com
métodos diferenciados.
Tratado de lisboa:
Tratado da União
+
Tratado de Funcionamento da União Europeia
O artigo 24º TUE diz que a PESC está sujeito à metodologia diferente. A diferença que
havia entre a PESC e o resto, ates, continua agora.
O artigo 40º TUE: espécie de controlo. Se o ato foi aprovado com base na PESC, manda o
CE.
13/03/2023
A integraçã o ia a correr bem mas houveram crises na Europa, por isso deu-se uma ideia
de relançamento.
Era uma estrutura piramidal. Na base, estavam os cidadã os. E mais 2 camadas: o
funcionamento dos painéis de cidadã os europeus e no cimo da pirâ mide, o plená rio da
Conferencia.
No topo da pirâ mide (plená rio) ia-se concentrar um debate final – já nã o só com as
legitimidades das convençõ es anteriores, mas a legitimidade popular pela participaçã o
direta, incluindo um certo nú mero destes.
O que saiu como resultado, se nã o houvesse atuaçã o das instituiçõ es, iria ficar no vazio.
As concretas decisõ es vã o depender de cada uma delas.
O legislador vai integrar as propostas em seu procedimento. Podem também vir a ser
revisã o de tratado.
A natureza jurídica desta declaraçã o comum nã o reveste efeito vinculativo. Era uma
forma de acordo interinstitucional.
A Carta dos direitos fundamentais CELEX_12016P_TXT_PT_TXT.pdf quando saiu, foi uma
proclamaçã o conjunta. Só mais tarde com o tratado de Lisboa teve cará ter vinculativo,
foi acolhendo como direito originá rio, como se fosse um tratado.
Este sentido aqui é de um autolimite. O ó rgã o administrativo pode indicar o que vai
observar. Isto se aplica à EU.
Nó s, cidadã os, podemos intentar uma açã o contra a Comissã o por nã o prosseguir com
nenhuma das 325 medidas e 49 propostas. A prá tica veio demonstrar o empenho das
instituiçõ es em dar seguimento à s propostas e de incorporar na prá tica da Uniã o este
tipo de participaçã o.
Estas propostas têm de fazer rever os tratados e ser objetos de leis. Só aí passam a
incorporar a juridicidade, que se mede pela sua sindicabilidade.
Ex: há algumas questõ es que se resolveram fora dos tratados. Foram 49 propostas.
Nã o se resolveram questõ es nos tratados, mas celebrando-se tratados paralelos: o da
estabilidade.
Ex: livre circulaçã o de Schengen.
O PE nesta matéria adotou algumas posiçõ es que nã o apontam só para o PE exercer suas
competências no processo legislativo.
O PE abrir logo a via da revisã o dos tratados. Já concretizou esta via. Aprovou uma
resoluçã o sua para despoletar a revisã o e apresentou um conjunto de propostas:
minorar quando decide por unanimidade, incrementar o PE como legislador da Uniã o.
Pede que este processo tenha lugar com uma convençã o. O PE diz que a revisã o deve ser
aberta, deve ser efetuada com intervençã o de um começo e uma conferencia
intergovernamental.
Quanto ao CE, já adotou iniciativas. Faz uma avaliaçã o técnica preliminar e revista para
saber que seguimento poderia dar à s propostas: quais poderia fazer sozinho ou quais
iria precisar das outras instituiçõ es.
Há 3 temas em particular:
Reduçã o do desperdício alimentar
Mundo virtual
Aprendizagem e mobilidade
21/03/2023
Na aula anterior, falamos acerca de o PE já ter aberto o processo de revisã o dos tratados,
tem de notificar os parlamentos nacionais.
Há a exceçã o da regra: unanimidade
Os poderes do PE: é o co-legislador, começou com o Maastrich.
O Artigo 6º diz que a Carta, mesmo nã o estando reproduzida nos textos, tem o mesmo
valor jurídico dos tratados.
O Estado e as instituiçõ es sã o obrigados a respeitar a Carta.
A Carta passa a ser um padrã o de validade dos atos da Uniã o. Podemos invocar num
tribunal nacional contra o estado para fazer valer um direito.
Esse padrã o pode ser invocá vel.
Artigo 4º TUE: “em especial, a segurança nacional”…. O Tratado elenca e qualifica como
exclusivas, certas atribuiçõ es do Estado.
Há uma clausula geral de atribuiçõ es partilhadas, é levada a cabo pela Uniã o e pelos
Estados.
Os cidadã os devem participara na vida democrá tica da Uniao, pode significar que
possam ser inseridos num “livro branco”, e esta participaçã o apó s Tratado de Lisboa
considere outras formas de participaçã o.
Artigo 11º TUE: podem propor leis, desde que hajam pelo menos, um milhã o.
Nas alteraçõ es de Nice – artigo 7º- poderia haver um tripé de sá bios e haver uma fase
prevetiva acerca da violaçã o.
- O Conselho Europeu (no Ato Ú nico Europeu, prá tica das Cimeiras nos anos 60 e 70)
passou a constar do elenco.
28/03/2023
1) O processo legislativo
Como se adota os atos normativos na EU.
Há o procedimento legislativo ordinário, que é o herdeiro da codecisã o (do
Tratado de Maastrich). Aprova-se o ato legislativo que intervém em ó rgã o
decisor.
A omissã o de apresentar a proposta de legislaçã o é uma omissã o contrá ria aos
Tratados.
A iniciativa legislativa da Comissã o é significativa.
Há um conjunto de regras de procedimento deste processo ordinário:
- proposta
- transmissã o ao Conselho
- leituras no Parlamento
- pode haver convergências
É um procedimento moroso.
OBS: No site do Eurolex, podemos ver o modelo real de um.
- Entre a iniciativa e o fim, pelo meio, podem intervir 2 ó rgã os consultivos.
O grande instrumento da EU é o procedimento legislativo ordiná rio.
No Tratado de Lisboa também tem o processo legislativo especial: nã o é uma
codecisã o, é quando intervém uma instituiçã o com a participaçã o do outro a
título constitutivo.
2) Percorrendo os tratados todos, há disposiçõ es que se prevê atos sem processo
legislativo.
A natureza legislativa de um ato apó s o Tratado de Lisboa é dada segundo o
procedimento usado: processo legislativo ordiná rio, podendo ser um
regulamento, uma diretiva, uma decisã o.
Temos de ver os tratados, pois eles nos dizem qual deve ser o procedimento
adotado sobre certa matéria.
- Artigos 294º e 275º do TFUE
- Artigo 7º/2: o Conselho Europeu delibera por unanimidade. Para cada matéria,
ver qual o processo de tomada de decisã o que se aplica: a resposta está sempre
nos tratados. Se forem violadas as formalidades, gera um vício de um ato. É
sindicá vel.
O processo é relevante. Todos os comportamentos sã o sindicá veis: estã o sujeitos
á legalidade latu sensu/ regras de maioria deliberativa/ regras de deliberaçã o dos
tratados.
30/03/2023
A execuçã o dos atos da EU é levada a cabo pelos Estados: em regra. Em alguns casos,
pode haver uma reserva de execuçã o.
Se o Estado nã o cumprir o que foi determinado, aplica-se uma sançã o até que ele cumpra – quem
aplica é Estrasburgo.
O primeiro caso em que Portugal foi condenado na sançã o pecuniá ria (por dia) foi sobre a
revogaçã o sobre a lei velha da responsabilidade do Estado. Lei 48051: previa a responsabilidade
baseada na culpa.
Foi feita uma lei nova em 2007, que continuava a prever o requisito da culpa, mas havia uma
diretiva, que dizia que há responsabilidade objetiva. A Comissã o entendeu que a nova lei violava
a diretiva de recursos por causa do requisito da culpa.
Houve um acó rdã o sobre isto.
Bastava Portugal revogar a lei antiga, ou entã o nã o prever o requisito da culpa.
Houve entã o uma 2ª açã o por incumprimento com a lei nova em 2007. A contenda foi, neste
caso, sobre o valor a pagar.
Há na EU dois tribunais:
- O Tribunal Europeu, que cabe recurso para:
- O Tribunal de Justiça Europeu
Cooperações reforçadas:
Artigo 20º TUE e 326º e 334º do TFUE
Na Uniã o, há vá rias velocidades: uns Estados andam mais rá pido que outros.
No artigo 20º TUE, diz que uns Estados podem decidir avançar mais rá pido, por decisã o pró pria.
Exemplo: Em 2017, houve um regulamento para criar a Procuradoria europeia, para combater
uma conduta lesiva dos interesses da EU: interesses financeiros, nomeadamente nos crimes de
falsificaçã o.
Artigo 46º cooperaçã o estruturada permanente
11/04/2023
INTEGRAÇÃO:
ELEMENTOS SUPRANACIONAIS DE INTEGRAÇÃO +
ELEMENTOS INTERGOVERNAMENTAIS +
ELEMENTOS FEDERAIS
NOTAS: A relaçã o entre o nível de cima (supranacional ou federal) e o nível de baixo, nos
Estados-membros.
A integraçã o nasce por via de fontes típicas de direito internacional pú blico: os tratados
internacionais.
Na natureza jurídica da EU, o que interessa é que há um conjunto de interaçã o entre o nível de
cima e o de baixo. A prossecuçã o dos interesses da EU envolve os 2 níveis.
Neste nú mero 4, diz que há limites para o processo de integraçã o europeia, há garantias do
Estado de Direito.
Os Estados vã o limitar uma parte da sua soberania quando permitem os Estados façam normas
na Uniã o – princípio da especialidade das atribuições.
A regra é que os tratados tem que ser modificados por acordos entre os Estados e tem de haver
vinculaçã o interna em cada Estado.
No DUE, há o contencioso que ocorre por exemplo quando um Estado nã o cumpre as normas
impostas.
Os artigos 258º a 260º TFUE trata da açã o por incumprimento.
O objetivo do contencioso é interpretar o DUE.
O juiz aplica uma sançã o da desconformidade do DUE.
Aplica a sançã o do principio do primado, ao nível da eficá cia (quando a norma de baixo viola a
norma de cima).
O Estado tem “linha vermelha” pois as atribuiçõ es das competências da EU sã o derivadas: quem
dá as atribuiçõ es sã o os Estados.
Na esfera pró pria de cada um, as vezes há harmonia, e as vezes há confrontos.
Ler Acó rdã o 422/20 : primeiro do TC português sobre o Artigo 8º/4 da CRP
13/04/2023
Princípio da subsidiariedade
Princípio do estado de Direito democrático
Princípio da cooperação leal
Princípio da aplicabilidade direta
Princípio do efeito direto: criado apó s o Acó rdã o Francovich. Cada um de nó s pode
invocar uma norma de DUE. Há um cará ter preciso, claro e incondicional da norma
Princípio do primado: precedência aplicativa do direito da cima para o espaço da EU.
Princípio da responsabilidade dos Estados: quando os Estados violem princípios da
EU. O tribunal criou este principio em referencia à violaçã o do dever de transpor uma
diretiva até determinado prazo, findo o prazo, é um corolá rio das condutas. Quando o
tribunal criou este principio, os pressupostos de violaçã o dos Estados quanto á s normas
da Uniã o vêm de cima. Os Estados nã o podem exigir pressupostos mais exigentes. Os
critérios sã o aqueles que Luxemburgo determinou.
É preciso saber a quem se vai imputar a responsabilidade. Nos casos onde há a intervençã o dos 2
níveis, é difícil percebe quem é o responsá vel. Quando há competências partilhadas, nã o é
evidente.
FRANCOVICH
FOTO-FROST: processo de questõ es prejudiciais. Diz respeito entre a cooperaçã o que há
entre o tribunal de Luxemburgo e os tribunais nacionais - Artigo 267º TFUE
FACTORTAME: primado
O princípio do primado essencial da EU visa a nã o discriminaçã o em razã o da nacionalidade. O
UK quis uma maneira de evitar que as armadas espanholas pilhassem a pesca do UK e registou
os navios. O problema é que nã o pode haver discriminaçã o em razã o da nacionalidade.
O princípio do primado é proeminência do DUE.
Quando uma norma do nível de baixo viola uma norma de cima, há invalidade. É a desaplicaçã o
de uma lei que é contrá ria á Luxemburgo.
Luxemburgo decretou a anulaçã o da providência cautelar emitida pelo UK.
Só o tribunal de Luxemburgo pode considerar um ato da Uniã o, como sendo invá lido.
Um ato da EU nã o pode ter um sentido para um Estado, e outro sentido para outro Estado.
O Profº Lucas Piris diz que se trata de uma uniã o de povos e Estados: A Uniã o nã o existe
sem a participaçã o dos cidadã os.
Tese internacionalista: a EU é criada por Tratados internacionais, desde que os Estados
ratifiquem. Estas relaçõ es de tratados entre Estados dizem mais respeito à s relaçõ es
intergovernamentais, em linha reta. Cria-se um ente com determinadas características.
Tese supranacionalista: traços de novidade no regulamento jurídico. O regulamento é
uma fonte de subordinaçã o que os Estados aceitam dando uma parcela da sua soberania.
Tese confederalista: os Estados determinam entre si, mas o alcance da transferência da
soberania é irreversível. A medida que se transfere da parcela de soberania é muito
grande.
Tese federalista: a EU nã o é um Estado, mas há traços federalistas. Há atividades
exclusivas: a moeda ú nica, por exemplo. Entretanto, há que se considerar que este
federalismo nã o é jurídico. Se a norma nacional violar a norma da EU, tem que ser
afastada. No sistema jurídico da EU, há um ú nico verdadeiro traço de federalismo
jurídico: está no Protocolo 4, no artigo 14º, relativo a BCE. O Estado nã o pode exonerar
um governador do BCE, a nã o ser nos termos restritos previstos na EU ,pois integra as
atribuiçõ es exclusivas da EU.
O Tribunal Constitucional Alemã o considera ser uma associaçã o de Estados
Há 3 grandes categorias:
18/04/2023
SUJEITOS
Procedimento de revisão dos tratados: Na versã o pó s Lisboa de hoje, está no artigo 48º do
TUE.
Há uma dualidade e trilogia ao mesmo tempo:
Dualidade Trilogia
Processo de revisã o ordiná ria – artigo Há um processo de revisã o ordiná ria, e um
48º nú meros 2 a 5 do TUE e; processo de revisã o simplificado , com 2 tipos
Processo de revisã o simplificado de de processos simplificados.
tratados – artigo 48º nú meros 6 e 7 do
TUE
A propó sito do Parlamento Europeu, o processo descrito no artigo 48º/2 do TUE pode ser
alterado por um Estado-membro, pela Comissã o ou pelo PE, que abre o processo de revisã o
formalmente.
O processo de revisã o foi despelotado pelo caso da Ucrâ nia.
O Parlamento Europeu quer reivindicar mais esfera de legislador.
O processo de revisã o ordiná rio pode ser feito com ou sem convocaçã o para uma Convençã o
(esta reú ne vá rios legitimados).
Podem, contudo, haver alteraçõ es pontuais nos Tratados - artigo 355º/6 do TFUE.
Há também o Provedor de Justiça: ó rgã o de garantia da EU, de controlo da boa atuaçã o das
instituiçõ es.
20/04/2023
É diferente porque integra junto com os Bancos Centrais. É um traço federal pois um Estado nã o
pode exonerar o governador do Banco Central. O BCE tem personalidade jurídica e ó rgã os
pró prios, com dualidade.
Ao longo da integraçã o, o equilíbrio de poder entre estas instituiçõ es principais do artigo 13º
TUE, a evoluçã o espelha diferentes tipos de poderes.
O sentido de “checks and balances” tem mudado ao longo dos tempos.
O PE quer mais poder, quer reivindicar o poder de ser um verdadeiro legislador, por ter
legitimidade democrá tica.
O artigo 308º TFUE dispõ e que há outro ó rgã o com personalidade jurídica: o Banco Europeu de
Investimento.
Estã o no Título III que se pode rever na revisã o simplificada, deram origem as agencias e
organismos europeus descentralizados.
Na Uniã o Europeia há um fenó meno: a cometologia: podem ser instituídos comités de diferentes
categorias para acompanhar a execuçã o de atos da EU pela Comissã o. Estes comités sã o
regulados em atos de direito derivado.
Os cidadã os sã o destinatá rios de normas, que detém direitos, assentes num catá logo de direitos
fundamentais.
A tutela destes direitos é o catá logo pró prio dos direitos fundamentais e os direitos da cidadania.
27/04/2023
Há um meio contencioso: processo das questõ es prejudiciais (nã o há federalismo jurídico na EU)
- artigo 267º TFUE.
A estrutura institucional e orgâ nica da EU tem um carater complexo. Há ó rgã os específicos e
especiais.
Principais instituições da EU
Parlamento Europeu:
Representa a legitimidade democrá tica. A partir de 1979, pode-se eleger
democraticamente seus representantes. O PE nã o pode ter mais do que 750 deputados +
Presidente, os quais sã o eleitos por sufrá gio universal. Cada Estado, dentro de um tempo
em comum para todos, faz a votaçã o.
A representaçã o dos cidadã os é proporcional digressivamente para cada Estado, com um
mínimo de 6, e um má ximo de 90 lugares para cada Estado-membro.
O nú mero é fixado por ato derivado: processo de tomada de decisã o atípico.
Conselho Europeu:
Tem legitimidade integrativa conforme os artigos 13º e 15º TUE, e 235º e 236º TFUE
Tem mais impulso politico na EU, nele tem assento o Chefe político da EU.
É composto pelo presidente do Conselho, com mandato de 2 ½ anos.
Competências:
Sã o competências gerais, de impulso do desenvolvimento da UE, definindo as
prioridades.
Tem competências para:
- eleiçã o do pró ximo Presidente;
- adota por unanimidade, por iniciativa do PE e com aprovaçã o destes, uma decisã o que
determine a composiçã o do PE - artigo 14º/2 / 2º pará grafo TUE
- tem poderes para vincular o Governo do respetivo Estado-membro e exercer o direito
de voto – artigo 16º/2.
- fixa as formaçõ es dos Conselhos (com exceçã o dos Negó cios Estrangeiros)- artigo 31º/
2 e 4 do TUE
- processos de tomada de decisã o da EU, nomeadamente os processos por
incumprimento dos valores da EU (artigo 7º/2 TUE) e determinaçã o dos objetivos da
PESC – artigo 22º TUE
A Comissã o Europeia está para o Conselho Europeu, como a Carta está para a Uniã o
Europeia.
02/05/2023
Funções:
1) Com a Comissã o e o Alto Representante, assegura a coerência com os Estados
2) Elabora a execuçã o da PESC (tudo o que é PESC, é do Conselho) Artigos
48º/49º/50º TUE: O Conselho tem papel fundamental na PESC.
O Conselho nã o tem uma só formaçã o, tem vá rias, consoante as matérias que trata.
Tem um Presidente mas os Estados, por rotaçã o, presidem.
A Decisã o 908/2009 com a versã o Nº 2016/1316 estabelece a lista das presidências rotativas.
Há um trio de presidência com rotatividade de 6 meses.
A preocupaçã o era nã o deixar que alguns poucos Estados grandes decidissem, por isso há
minoria de bloqueio de 4 Estados Membro.
04/05/2023
Tribunal de Justiça
É uma instituiçã o desdobrada em 2 tribunais, que repartem entre si os meios contenciosos:
1) Tribunal Geral
2) Tribunal de Justiça (com advogados gerais e um juiz por cada EM).
Nas fontes de DUE, a jurisprudência do Tribunal da Uniã o tem grande e relevante importâ ncia na
ordem jurídica da EU.
Nos acó rdã os, promove a integraçã o com a respetiva interpretaçã o do Direito. Atualiza a criaçã o
jurisprudencial de princípios, que nã o estã o escritos nos Tratados. Ex: primado, efeito direto,
principio da responsabilidade do Estado, etc.
A Carta nã o vinculativa foi observada do Tratado de Nice ao Tratado de Lisboa, mas trouxe 2
novidades:
- os direitos fundamentais estavam elencados (maioritariamente), passando a ser vinculativa;
- proteçã o do CE: aderiu-se à Convençã o Europeia para a proteçã o.
Contudo, a adesã o formal à Carta ainda nã o ocorreu. Para que houvesse o entendimento de se
aderir, precisou-se alterar a Convençã o – o que ocorreu no protocolo 14.
Há um projeto de 2013 e um parecer negativo do TJ sobre esta adesã o – artigo 218º TFUE.
Agora, há uma renegociaçã o com vistas a adesã o para ultrapassar os comentá rios negativos do
TJ.
NOTA: Ver o Praesidium nas anotaçõ es à Carta, nos artigos 2º, 3º e 4º da CEDH.
09/05/2023
A aplicabilidade do DUE implica o respeito pela Carta. Isso tem gerado conflitos com os
Tribunais Constitucionais, inclusive o Alemã o, como por exemplo na base de dados na luta
contra o terrorismo (pode haver assuntos relacionados com o DUE e outros que sã o de cariz
nacional, por isso neste caso nã o se coloca a questã o prejudicial9.
Exemplos de situações:
a) Se disserem: vamos apreender dados da net dos operadores nacionais.
As empresas atuam no mercado interno, os Estados tem de respeitar
a Carta.
4) A Carta tem como fonte material a CEDH. Na relaçã o do TEDH com o sistema da Carta, os
Estados sã o parte e sã o demandados por violaçã o nos casos alusivos aos emigrantes.
Há uma doutrina que o Tribunal tem evitado: em princípio podemos controlar a integraçã o da
EU.
O Tribunal Europeu tem a mesma postura: admite que controla a violaçã o da Convençã o, mas
abstém-se a apreciar quanto ao nível de proteçã o da Carta.
Hoje os Estados podem ser demandados no CEDH quando estã o a aplicar o DUE.
Na ú ltima década, o Tribunal de Luxemburgo tem um diá logo uniformizante com o TEDH com
alguma tendência na proteçã o dos direitos fundamentais.
Efeitos Jurídicos da Carta
16/05/2023
CEDH – Adesão
Intuito da adesão:
Em geral, é melhorar a proteçã o dos direitos fundamentais da Europa, de forma mais alargada.
O valor mais alargado da adesã o é se a EU aderir, o sistema da CEDH deixa de apreciar somente
os Estados, mas passa a apreciar a pró pria EU.
Hoje, o TEDH aprecia os EM, incluindo os EM da Uniã o (mesmo quando aplicam o DUE, como nos
casos de asilo político).
Se a Uniã o aderir, o TEDH passa a poder demandar a EU em Estrasburgo.
O protocolo 14 diz respeito ao CEDH. Sem este protocolo, nã o podia projetar-se a adesã o.
Questões jurídicas quanto a adesão:
Mecanismo do protocolo 16: os tribunais nacionais podem colocar o mesmo sistema antes de
julgar.
As questõ es prejudiciais interpretam, dã o validade e só podem ser por questõ es colocados por
tribunais nacionais.
Entretanto as questõ es prejudiciais sã o facultativas, mas seus efeitos sã o sempre vinculativos.
23/05/2023
Há 2 disposiçõ es essenciais:
- O artº 2 e o art 7º do TUE. Poder de sancionar os riscos de violaçã o manifesta, e sançõ es
quando seja declarado que o EM violou o DUE.
A Conferencia sobre o futuro da Europa debruçou-se sobre isto e deu propostas de melhora
dos instrumentos de controlo do Estado de Direito.
Este processo que foi pensado na década de 90 chegou ao momento de aplicar-se na prá tica.
A Comissã o (como o procedimento é muito exigente e há o risco de violaçõ es sistêmicas do
Estado de Direito), entendeu que nã o é á gil, pode por em perigo o poder judicial.
O novo quadro da Comissã o desde 2014 nã o surtiu efeito, nã o se passou da fase preventiva.
2) 2ª ETAPA:
a) Na sequência de varias iniciativas do PE que propunha o diá logo estruturado sobre o
Estado de Direito, a Comissã o aprovou e instituiu um mecanismo sobre o Estado de
direito
b) Aqui, há um ato de direito derivado atípico: relató rios sobre Estado de Direito
c) Aprecia e diz o que está mal. No relatório de 2022, apresentou recomendações ao EM,
tal como fazia no novo quadro.
d) Problema: as recomendações não são vinculativas. Tem um efeito político de
transparência por indiciar o que está mal no EM, mas não tem grande eficácia nem é
vinculativa.
3) 3ª ETAPA:
a) Adoçã o de instrumento com natureza vinculativa
b) Reveste a natureza de regulamento ou diretiva
c) Aprovou-se um regulamento.
d) Em 2020, aprovou-se no quadro orçamental de 2021-2027, este regulamento
plurianual.
e) Serve para identificar violaçõ es do principio do Estado de Direito, o princípio da
legalidade, etc.
f) A Comissã o pode propor medidas ao Conselho, de ordem financeira. Pagamentos a
ser feitos ou suspensã o de benefícios ao EM que cometeu tal violaçã o.
g) Se o Conselho adotar estas medidas, o EM fica sem receitas.
NOTAS:
Este instrumento é o ú nico que obriga o Estado, e nã o considera a violaçã o como um fim, mas
como um meio: sã o para por termo ao orçamento, há uma afetaçã o direta dos interesses
financeiros da EU.
Até hoje é o ú nico instrumento de proteçã o financeira da EU.
Há 2 fatos importantes:
A invalidade deste regulamento foi posta em causa, mas mesmo assim entrou em vigor.
30/05/2023
Há uma dificuldade de eficá cia destes instrumentos: o artigo 7º/1 acerca do PE e da Comissã o:
nã o foi possível chegar a um consenso sobre a maioria que deve haver nestes casos.
O relató rio do Estado de Direito contem recomendaçõ es, mas este relató rio nã o tem efeito
vinculativo.
Na Conferencia sobre o futuro da Europa, houve um painel que se pronunciou sobre o Estado de
Direito e apresentou propostas: extensã o dos mecanismos de condicionalidade financeira à
todas as outras á reas.
A adoçã o destes vá rios instrumentos novos dá -se em paralelo com o fato de o TJ ter um papel de
proteçã o do Estado de Direito, enquanto valor da Uniã o.
1) A afirmaçã o de que o Estado de Direito está em conexã o com o artigo 19º TUE (tutela).
Os tribunais nacionais juntamente com Luxemburgo têm a tutela e a garantia do Estado
de Direito.
2) O tribunal a propó sito das questõ es prejudiciais, aprecia as violaçõ es dos princípios do
Estado de Direito, em particular a independência judicial – vale para o nível de cima e
para o nível de baixo.
O caso mais importante é o L & M. Tem a ver com as falhas sistémicas do sistema judicial.
Queria saber se podia recusar um mandato invocando o visado.
Sem independência nã o há tutela, nem garantia.
Pode haver situaçõ es onde o juiz pode avaliar o direito fundamental, que prejudica o
sistema judicial.
O tribunal nã o diz o que sã o as falhas sistémicas.
3) Houve a sistemá tica condenaçã o da Poló nia por açã o por incumprimento. Violaçã o do
DUE e do princípio do Estado de Direito.
As açõ es por incumprimento podem ser em 1º ou 2º grau.
A Poló nia nã o executou a decisã o do tribunal, e tem que pagar uma multa até cumprir.
O tribunal veio buscar esta jurisprudência sobre o Estado de Direito e seguiu o caminho
da abertura.
Exemplo disto foi o modo como o Tribunal (no caso dos juízes portugueses), fixou o que se
entende por independência do poder judiciá rio. Esta independência ocorre em 2 esferas:
Sobre a imparcialidade e distanciamento das Autonomia sem vinculaçõ es, com superiores
partes do litígio. hierá rquicos
Dever de imparcialidade para se julgar os Nã o Subordinaçã o em relaçã o a quem quer
casos que seja
Considera-se o direito fundamental de poder
obter uma decisã o imparcial
Neste acó rdã o, os juízes diziam que nã o podiam ter cortes salariais pois sua profissã o nã o
permite que aufiram rendimentos de outra atividade profissional.
Críticas:
O tribunal nã o densificou o conceito de Estado de direito e o conceito de deficiência (falha)
sistêmica.
Neste acó rdã o piloto, quando se decide um caso, os outros casos ficam logo resolvidos.
Nestes acó rdã os, identifica-se primeiro a violaçã o estrutural, e infere respeito à independência
do sistema judicial.