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DIREITO DA UNIÃO

EUROPEIA
Licenciatura em Solicitadoria e Administração
Licenciatura em Secretariado e Administração

Susana Sardinha Monteiro


2021/2022
Temas

Projetos de integração europeia anteriores à II GM:


A génese das Comunidades Europeias
Evolução das Comunidades Europeias: dos 6 aos 28
27
Instituições da UE
Símbolos da UE
Euro
Países candidatos à adesão
Os projectos de integração europeia
anteriores à II Guerra Mundial
• A guerra de 1914-18:

• O exacerbamento dos nacionalismos


sobretudo nos finais do Sec. XIX.

• A guerra de 1914-18 como expressão da


supremacia da diversidade sobre a unidade da
Europa.
O pós guerra:

• Coudenhove Kalergie e a Paneuropa (1922).


Kalergie dirige a diversos jornais uma
mensagem para instituição de uma União
Paneuropeia ( inspirando-se nos EUA).

• A Nação Europeia e o desabrochar do


federalismo europeu.
• 1924: Manifesto Pan-Europeu, saído do Congresso
Paneuropeu, aprovado em Viena em 1927.
Les États Unis d`Europe, do alemão Wladimir Woytinsky
(Bruxelas, 1927) e a proposta de uma União Aduaneira
Europeia como transição para uma União Europeia do tipo
confederal.

• A crise económica de 1929-32.


1929-30: o memorandum de Aristides Briand: “ uma espécie
de união federal” sem afectar a soberania das Nações que
quisessem participar (só o Reino Unido se mostrou contra a
ideia).
Década de 1930: renascimento dos nacionalismos em especial
na Alemanha.
A GÉNESE DAS COMUNIDADES
EUROPEIAS E DA UNIÃO EUROPEIA

• 1946-1951 – Período determinante para a


integração europeia.

• 1946 – Churchill e o Discurso de Zurique: a


proposta para a criação “ duma espécie de
Estados Unidos da Europa”
Apelo à união dos povos europeus que
passava pela reconciliação entre a França
e a Alemanha e implicava a constituição
entre os dois países de uma
confederação capaz de garantir uma
comunhão de destinos.

Propõe a criação dos Estados Unidos da


Europa.
• 1949- O European Recovery Programme -
Plano Marshall.
Recusa do bloco soviético em participar nele:
a cisão da Europa em dois blocos e o início da
guerra fria.

Generalização dos movimentos federalistas


europeus.
• 1948 – O golpe Estalinista em Praga
demonstra a fragilidade dos Estados isolados.

• Criação da OECE para gerir o plano Marshall.

• Criação pelo Tratado de Bruxelas da União da


Europa Ocidental (U.E.O.).
• Congresso de Haia: criação do
movimento europeu.
As duas correntes:
–federalistas- com a instituição imediata
de uma federação política;
–pragmáticas- agrupava os que
defendiam os contactos
intergovernamentais.
• 1949 – Criação do Conselho da Europa e da
NATO como organizações complementares:
deveriam assegurar respectivamente a
cooperação política e militar entre os Estados
Ocidentais.

• Criação do COMECOM: Conselho de


Assistência Económica Mútua.
Conselho da Europa
• O Conselho da Europa é a maior e mais antiga organização
intergovernamental com carácter político integrando 47
países, incluindo todos os Estados-membros da União
Europeia e 19 países da Europa Central e Oriental. Falta
apenas a Bielorrússia para englobar todos os países da
Europa.
Para além dos Estados signatários, foram aceites pelo Conselho da Europa como Estados
Observadores os Estados Unidos da América, o Canadá, a Santa Sé, o Japão e o México.
Estes Estados têm observadores que podem assistir às reuniões dos órgãos bem como às
reuniões dos grupos e demais conferências.
Existe ainda o estatuto de Estado convidado que é atribuído a Estados que, tenham
manifestado a sua vontade de vir a fazer parte da organização mas cuja adesão ainda está
em fase de estudo.

• Foi criada em 5 de maio de 1949 por 10 Estados


democráticos.
Conselho da Europa
• Foi criada no final da II Guerra
Mundial com o intuito de promover a
defesa do Direitos Humanos e
concluir acordos à escala europeia
para alcançar uma harmonização das
práticas sociais e jurídicas em
território europeu.

• Winston Churchill foi o seu principal


impulsionador, apelando, no decorrer
da IIGM à constituição desta
organização. No discurso proferido
em Zurique (19.9.1946) destacou a
necessidade de criação de “uma
estrutura com vista à manutenção da
paz, segurança e liberdade da família
europeia”.
É a organização por excelência dos Direitos Humanos e tem como principais
objetivos:

• Defender os Direitos Humanos;


• Defender a democracia pluralista e o Estado de Direito;
• Favorecer a valorização da identidade cultural da Europa e da sua
diversidade;
• Procurar e propor soluções para os problemas sociais (estatuto de
minorias, proteção do ambiente, xenofobia, intolerância,
toxicodependência, crime organizado, entre outros);
• Preservar a qualidade de vida dos europeus;
• Desenvolver a estabilidade democrática na Europa mediante o apoio das
reformas políticas, legislativas e constitucionais.

Com este propósito debruça-se sobre as questões mais importantes, com


exceção das matérias de defesa, nas áreas da cooperação jurídica, educação,
cultura (designadamente património cultural), saúde, ambiente, economia e
questões sociais, juventude, desporto, media e democracia local.
Conselho da Europa
A nível de funcionamento e tomadas de decisão, os
órgãos constitutivos do Conselho da Europa são:
• Comité de Ministros: órgão intergovernamental de decisão e o
órgão executivo do Conselho da Europa. É composto pelos ministros dos
NE dos Estados membros ou pelos seus delegados, embaixadores
permanentes junto do Conselho da Europa;
• Assembleia Parlamentar: principal órgão de cooperação
europeia que representa os 47 parlamentos nacionais. É constituída por
representantes eleitos pelos parlamentos nacionais e representa, ainda
que indiretamente, os cidadãos;
• Secretariado-Geral: composto por cerca de 1800 funcionários
provenientes dos 47 Estados membros é dirigido por um Secretário
Geral -Eleito pela Assembleia Parlamentar para um período de
5 anos é o responsável pelo planeamento estratégico e direção
do programa e orçamento do Conselho da Europa. Lidera e
representa a Organização.
Conselho da Europa
Dentro da organização têm ainda poderes outras instituições
que atuam em áreas específicas e cujas decisões tem carácter
vinculativo para os Estados signatários:
• Tribunal Europeu dos Direitos do Homem: órgão jurisdicional
inovador, instituído na sequência da CEDH. Tem por objetivo a
garantia efetiva dos direitos fundamentais da pessoa humana
consagrados na CEDH e seus Protocolos. Foi tornado permanente e
qualquer pessoa singular, coletiva, organização não governamental
ou grupo de particulares que se considere vítima de violação, por
qualquer Estado parte na Convenção, de um dos direitos
reconhecidos na CEDH e seus Protocolos, pode recorrer ao TEDH,
depois de esgotadas as vias de recurso internas. Os seus acórdãos
têm força vinculativa, comprometendo-se os Estados a executá-las.
• Comissário para os Direitos Humanos: alerta de forma
independente para as violações dos direitos humanos
• Congresso dos Poderes Locais e Regionais: é o órgão responsável
pelo reforço da democracia local e regional.
Portugal no Conselho da Europa
Portugal iniciou relações com o Conselho da Europa, em 1974,
manifestando a sua vontade de adesão a esta organização.
Depois de reunidas as condições internas para a referida
adesão, a 22 de Setembro de 1976, Portugal depositou o
instrumento de adesão tornando-se o 19º Estado-membro do
Conselho da Europa.

A representação portuguesa no Comité de Ministros é


assegurada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e pelo
Representante Permanente de Portugal junto do Conselho da
Europa. Na Assembleia Parlamentar Portugal tem 7
representantes. Portugal está também representado no
Congresso dos Poderes Locais e Regionais e tem, ainda, um
juiz no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
• 1950 – Plano Schuman, inspirado por Jean
Monnet: proposta de um mercado comum em
dois sectores económicos que até então
haviam sido utilizados para fins militares: o
carvão e o aço.

Colocar o conjunto da produção do carvão e


do aço sob o controlo de uma alta autoridade
comum, numa organização aberta à
participação de outros países da Europa.
• Os governos alemão, italiano, e do Benelux
acolheram a proposta francesa.

• 18 de Abril de 1951: assinatura em Paris do


Tratado CECA.

• 27 de Maio de 1952: Assinatura do Tratado da


CED- Comunidade Europeia de Defesa;
• 10 de Março de 1953: Aprovação, pela
Assembleia ad hoc, do projecto de Tratado da
Comunidade Política Europeia.
• 1954: Recusa pela Assembleia Nacional
Francesa da ratificação do Tratado CED.

Consequências imediatas:
– frustada a criação da CPE;
– revisão do Tratado de Bruxelas relativamente à
UEO.

• 1955 – Pacto de Varsóvia, réplica oriental do


Pacto do Atlântico.
• 1955:
Relançamento da integração europeia na
Conferência de Messina (Reunião no âmbito
do Conselho CECA para substituição de Jean
Monnet), em que foi constituído um grupo
presidido por Paul Henri Spaak.

Este grupo foi encarrregue de estudar a


preparação de novos projectos destinados
para prosseguir a integração europeia
• 1956 – Relatório Spaak que propunha a
criação de duas comunidades: a CEE e a CEEA.
Reunião de Veneza: os Seis aprovaram o
relatório Spaak.

• 25 de Março de 1957: assinatura em Roma


dos três Tratados:

- T. C.E.E.- Tratado da Comunidade


Económica Europeia,
- T. C.E.E.A -Tratado Comunidade Europeia
da Energia Atómica ou EURATOM, e

- Convenção relativa a certas instituições


comuns às comunidades Europeias ( que
criou para as três comunidades uma única
Assembleia, um único Tribunal e um único
Comité Económico e Social.
• 4 de Janeiro de 1960 – O Reino Unido e mais
seis Estados, entre os quais Portugal,
concluem a Convenção de Estocolmo, que
cria a EFTA com fins económicos mas no plano
estritamente intergovernamental.

• Dezembro de 1960: substituição da OECE pela


OCDE, com o seu alargamento aos EUA e ao
Canadá.
A criação das Comunidades Europeias não
marcou, portanto, um início, mas sim a
continuação de um processo que já vinha de
longe, designadamente da época
imediatamente posterior à I Guerra Mundial.

• “ A Europa é uma comunidade de destino”


Edgar Morin
BREVE NOTA HISTÓRICA DA EUROPA COMUNITÁRIA
DESDE A SUA CRIAÇÃO ATÉ À UNIÃO EUROPEIA DOS
NOSSOS DIAS

• 1961- Pedido de adesão do Reino Unido às


Comunidades Europeias.

• 1962- Recusa Francesa do alargamento e da


adesão do Reino Unido ao clube dos Estados
comunitários.
• 1965- Tratado de Fusão dos Executivos, que
instituiu um Conselho e uma Comissão únicas.

• 1967- 2º pedido de adesão do Reino Unido e


novo veto à adesão.

• 1969- Cimeira de Haia sob o lema


aprofundamento (UEM), alargamento e
acabamento (PAC).
• 1969- 3º pedido de adesão do Reino Unido.
• 1970- Início das negociações com o RU, a que
se juntaram como candidatos a Dinamarca, a
Irlanda e a Noruega.

O processo terminou dois anos mais tarde


com a assinatura de quatro Tratados de
adesão.
• 1972- 1º alargamento das Comunidades
Europeias com a adesão do Reino Unido,
Dinamarca e Irlanda;

Entrou em vigor a 1.1.1973.


• 1979: Adesão da Grécia às Comunidades.
Apresentou o pedido em 1975, assinou o
Tratado de adesão em 1979, tendo entrado
em vigor em 1981.

• Fevereiro de 1985 - Diminuição da área


geográfica das Comunidades, devido à
retirada da Gronelândia.
• 12 de Junho de 1985- Assinatura do Tratado
de adesão de Portugal e Espanha;
Apresentaram o pedido de adesão em Março
e Junho de 1977, respectivamente.
• Acto Único Europeu: Primeira grande revisão
dos Tratados comunitários.
Fevereiro de 1986: Assinatura do Acto Único
Europeu.
1.7.1987- Entrada em vigor do AUE.
• 1989- Queda do Muro de Berlim.

• Outubro de 1990 - Alargamento da


âmbito geográfico das Comunidades, em
virtude da integração da antiga RDA, que
passou a fazer parte do território
comunitário em consequência da
reunificação alemã.
• Tratado da União Europeia
Segunda grande revisão dos Tratados
Comunitários.

• Dezembro de 1990- Convocação das CIG`s


sobre a União Política e sobre a UEM.

• Fevereiro de 1992- Assinatura do TUE , que


entrou em vigor em Novembro de 1993.
• Junho 1994 - Assinatura do Tratado de adesão da
Áustria, Suécia, Finlândia e Noruega à União
Europeia, que entrou em vigor em 1.1.1995.

• Tratado de Amesterdão
Terceira revisão dos Tratados comunitários e primeira
revisão do TUE.
A CIG foi oficialmente aberta em Turim, a 29.3.1996,
sendo encerrada a 16/17.6.1997.
2.10.1997- Assinada a versão definitiva do Tratado de
Amesterdão, que entrou em vigor em Maio de 1999.
• Tratado de Nice
Quarta revisão dos Tratados comunitários, e
segunda do TUE.
A 14.2.2000 tiveram início os trabalhos da CIG,
sob presidência Portuguesa, que terminaram a
7/9.12.2000. A versão final dos Tratados foi
assinada a 26.2.2001.
Tratado entrou em vigor a 1.2.2003.
• Outubro de 2003- Início dos trabalhos da nova
CIG tendo como base um projecto de Tratado
de uma Constituição para a Europa elaborado
pela Convenção sobre o Futuro da Europa
presidida por Valéry Giscard d`Estaing.
• Maio de 2004- Adesão à União Europeia de
10 novos Estados:
• Chipre
• Eslováquia
• Eslovénia
• Estónia
• Hungria
• Letónia
• Lituânia
• Malta
• Polónia
• República Checa
NOTA:

• Para fazerem parte da União Europeia estes


Estados tiveram que proceder a uma
reestruturação das antiquadas estruturas
económicas e políticas. Privatizaram indústrias
e bancos, liberalizaram mercados e preços,
criaram novas administrações para garantir
regras de concorrência leal e regular o
mercado.
• Procederam a uma reforma dos seus sistemas
judiciais e procederam às necessárias
alterações legislativas para adoptarem todo o
enquadramento legal da União Europeia.

• Tornaram-se democracias estáveis, condição


essencial para a adesão. Os conflitos entre
vizinhos, as disputas fronteiriças e os
problemas com minorias foram resolvidos.
• A transformação para economias de mercado
funcionais está praticamente concluída, e as
reformas económicas estão a dar origem a
estruturas competitivas.
• De qualquer forma nem tudo está perfeito. Em
vários casos, as reformas da administração
pública e do sistema judiciário têm que continuar.
O combate à corrupção ainda não terminou. A
reestruturação industrial precisa de ser
completada. Todos os compromissos assumidos
durante as negociações para a adesão têm que
ser totalmente respeitados e aplicados.
• Este alargamento foi orientado e imposto pela
força moral e considerações políticas e
estratégicas. Esta foi a resposta da União
Europeia, há muito aguardada, aos trágicos
acontecimentos do Sec. XX (conflitos militares
e consequente divisão da Europa em dois
blocos). Foi uma aposta na paz e na
estabilidade através da integração,
compreensão e cooperação.
• É por isso que este alargamento foi e é
verdadeiramente histórico. Foi a oportunidade
única de unir um Continente artificialmente
dividido.
• 29 de Outubro de 2004: Assinatura por parte
dos Chefes de Estado ou de Governo dos 25
Estados Membros da União Europeia da
versão definitiva do Tratado que estabelece
uma constituição para a Europa.

Simbolicamente a cerimónia teve lugar na


mesma sala do Capitólio de Roma, onde há 47
anos atrás os Pais-fundadores da actual União
Europeia assinaram os dois Tratados de Roma.
• O Tratado Constitucional deveria entrar em
vigor em 2007,quando todos os Estados
tivessem ratificado o seu texto de acordo com
as respectivas normas constitucionais (art.48º
TUE).
• Este processo sofreu um importante revés
quando em dois Estados membros, ambos
fundadores das Comunidades Europeias,
França e Holanda, o povo chamado a
pronunciar-se em referendo sobre o texto do
Tratado Constitucional, disse “não”.
• Assim, os processos de ratificação agendados
para os restantes países foram suspensos
dada a necessidade de repensar o futuro da
construção europeia em geral, e o “Tratado
que estabelece uma Constituição para a
Europa”, em particular.

Em Portugal o referendo estava agendado


para Outubro de 2005 sendo os portugueses
chamados a pronunciar-se sobre a seguinte
questão:
“Concorda com a Carta de direitos
fundamentais, a regra das votações por
maioria qualificada e o novo quadro
institucional da União Europeia, nos termos
constantes da Constituição para a Europa”.
• 1 de Janeiro de 2007 – Data da realização do
quinto alargamento da União Europeia com a
adesão da Bulgária e da Roménia.
Os Tratados de adesão foram assinados em Abril
de 2005 entre os 25 Estados membros e os dois
países candidatos.

Com a adesão destes dois novos Estados


concluiu-se o processo iniciado com o fim da
Guerra fria e a queda do Muro de Berlim, que
incluiu várias revisões dos Tratados e em Maio de
2004 a adesão de 10 Estados, maioritariamente
da Europa Central e de Leste
• Após um período de impasse e reflexão,
decorrente dos resultados negativos dos
referendos em França e na Holanda, foi
tomada a decisão de a União avançar.

• Assim, durante o 1.º semestre de 2007, coube


à presidência alemã da UE, elaborar um
mandato a ser atribuído à presidência
portuguesa, com as regras e as indicações a
seguir na redacção do novo Tratado.
• No decorrer do 2.º semestre de 2007 e sob
presidência portuguesa, decorreu a CIG
encarregue de redigir um Tratado Reformador
que, menos ambicioso que o TC, respondesses
aos desafios da União do séc. XXI.
• A 13 de Dezembro de 2007, sob a Presidência
do Conselho da União Europeia, foi assinado o
Tratado de Lisboa.
• O Tratado de Lisboa entrou finalmente em vigor
a 1 de Dezembro de 2009, depois de resolvidos
os problemas decorrentes do impasse provocado
pelo primeiro referendo negativo na Irlanda, as
dificuldades levantadas na Republica Checa e na
Polónia.
• O Tratado de Lisboa reformula os Tratados
existentes, mantendo a estrutura assente em dois
Tratados:
– o TUE – Tratado da União Europeia e
– o TFUE - Tratado sobre o Funcionamento da União
Europeia(anterior TCE).
Tratado de Lisboa -principais
objectivos
• Reforçar a vertente democrática da UE;
• Aumentar a eficácia decisória e de actuação
da UE;
• Preparar a UE e aumentar a sua capacidade
para fazer face aos novos desafios de uma
sociedade global do séc. XXI (alterações
climáticas, segurança, desenvolvimento
sustentável.
• 1 de Julho de 2013: Data da realização do
sexto e último alargamento à UE, com a
adesão da Croácia.
A Croácia apresentou o seu pedido em 2003,
tendo as negociações com vista à adesão sido
iniciadas em 2005. Grande parte da população
era contra esta adesão.
BREXIT
• 23 de junho de 2016: realização do referendo que deu
a vitória ao sim – exit
• 29 de março de 2017: RU aciona formalmente o art.
50.º TUE
• 27 de novembro de 2018: os Chefes de Estado ou de
Governo dos 27 Estados membros da União, reunidos
em Bruxelas, no seio da reunião extraordinária do
Conselho Europeu, ratificaram o acordo com o
governo do Reino Unido para o Brexit
• 31 de janeiro de 2020 – 23h: Reino Unido saiu da UE
Instituições da UE
• Conselho Europeu
• Conselho da União Europeia
• Comissão
• Parlamento Europeu
• Tribunal de Justiça
• Tribunal de Contas
• Banco Central Europeu
Símbolos da UE
• Bandeira europeia

• Hino

• Dia da Europa – 9 de maio

• Divisa da UE: Unida na diversidade


Euro
• Moeda: Euro - moeda oficial de 19 dos 28
Estados membros (Alemanha, Áustria, Bélgica,
Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda,
Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta,
Holanda e Portugal)
Euro
Principais objetivos:
• Eliminar os custos das taxas de câmbio
• Estimular o comércio transfronteiriço das empresas
• Facilitar e estimular a livre circulação de mercadorias, pessoas
e serviços
• Promover a estabilidade dos preços
• Promover convergência económica
• Promover a estabilidade das taxas de juro
• Promover o investimento, a criação de riqueza e emprego
• Tornar mais fáceis e transparentes as compras no estrangeiro,
na net e a comparação entre preços
• Promover o crescimento económico
• Reforçar papel e imagem da Europa no mundo
• Garantir a criação de um bloco económico que permita resistir
a choques de dimensão mundial (euro, Iémen)
Países candidatos à adesão:

• A Turquia, a Antiga República Jugoslava da


Macedónia, a Islândia e o Montenegro, Sérvia e
Albânia são actualmente os países candidatos à
adesão, mas que se encontram em diferentes
fases do processo de adesão.

Assim:
- A Antiga República Jugoslava da Macedónia tem
estatuto de país candidato desde Dezembro de
2005, após ter apresentado o pedido no ano
anterior. Acontece que antes de iniciadas as
negociações, terão que resolver os problemas com
a Grécia e a Albânia.
- Quanto à Turquia , apesar de membro associado
desde 1963, o seu pedido foi apresentado em
1987. No entanto só viu reconhecido o seu
estatuto de candidata em 1999. Espera-se que as
negociações, que se iniciaram em 2005 se
prolonguem por sensivelmente uma década.
- Quanto à Islândia, formalizou o seu pedido em Julho
de 2009, mas as negociações com o governo islandês
foram suspensas em maio de 2013 (a pedido do
governo que entretanto assumiu o poder). Em março
de 2015 o governo islandês requereu que a "Iceland
should not be regarded as a candidate country for EU
membership".
- A Albânia apresentou o seu pedido de adesão em 24
de abril de 2009. Em junho de 2014 o Conselho
atribuiu à Albânia o estatuto de país candidato à
adesão.
- Montenegro apresentou o seu pedido de adesão em
15 de dezembro de 2008, tendo as negociações tido
início a 29 de junho de 2012.
- A Sérvia formalizou o pedido de adesão a 22 de
dezembro de 2009 e a primeira reunião da CIG entre
UE e Sérvia teve lugar a 21 de janeiro de 2014.
Potenciais países candidatos à adesão:

• Os países da antiga Jugoslávia, como a Bósnia-


Herzegovina e o Kosovo, estão também a
voltar-se para a União Europeia, para
cimentarem a sua democracia, acelerarem a
sua reconstrução económica, melhorarem as
suas relações mútuas, deterioradas por
questões étnicas e religiosas.

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