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A partir da citação o processo não quer (no âmbito do princípio da estabilidade da instancia) o
processo não quer modificações, é como se tivéssemos uma fixação em relação às partes e em
relação a objeto.
Há autores que referem que este princípio tem (JRL concorda) algo de ligação e de
compatibilidade com a boa-fé, porque quem olha para o processo vai ver que há estabilidade
através desta cristalização. O efeito produzido deve manter-se inalterado até à sentença.
Se olharmos para o CPC, conseguimos encontrar postulados, caso contrário seria vazio. Assim,
através de outros artigos conseguimos densificar:
Caso Julgado: art.º 619º e 620º: são uma concretização ou postulado deste princípio,
isto porque a decisão vai ter força obrigatória geral.
Regime das nulidades processuais: no caso das nulidades- art.º 195º- “só produzem
nulidade quando a lei declare”, isto quer dizer que existe uma visão restritiva das
nulidades. Se olharmos com olhos de ver para as nulidades processuais vamos ver que
tanto neste como noutros casos, vamos ver uma atitude do legislador com o intuito de
restringir e fechar o efeito das nulidades.
Também no art.º 197º: “a nulidade só pode ser invocada pelo interessado”:
este artigo também tem uma visão restrita. O professor regente vai de acordo
com a opinião do professor Anselmo castro: é de tal maneira fechado e restrito
que significa concretizações deste princípio.
Por fim, é de referir ainda o art.º 202º: que refere que o ato nulo não pode ser
renovado.
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Modificações Subjetivas: não é possível que se verifiquem situações quanto às partes. Surgem
associadas às intervenções de terceiros. o art.º 261º, refere que até o trânsito em julgado
podem existir modificações. O que também vem previsto no artigo seguinte. Assim, de formas
genéricas estas modificações são intervenções de terceiros. estas normas devem sempre ser
interpretadas de forma restritiva e não extensiva, porque o que o legislador pretende e a
estabilidade da instância, compreendendo apenas que podem existir exceções, pelo que não
são permitidas leituras amplas. Em relação a estas intervenções existem alguns pontos a
realçar:
Posição relativa: (tipos de intervenção- formas como o terceiro surge no processo,
relação com os sujeitos)
Principal: a par do A ou do B- autor ou réu. Regime: art.º 311º e ss., do CPC.
Acessória: não é nem pelo réu nem pelo autor. Regime: art.º 321º e ss., do
CPC- o terceiro é chamado como auxiliar do réu. Este tipo de intervenção só é
provocada- art.º 321º e 322º, do CPC.
Impulso:
Espontânea: o terceiro aparece de motu próprio, existe uma iniciativa por
parte do terceiro. O interveniente principal faz valer um direito próprio.
Regime: art.º 312º (o terceiro vai apresentar um próprio articulado, pelo que
esta postura evidencia de forma clara a intenção do terceiro, sendo necessário
que se cumpram os requisitos previstos na lei) + art.º 317º, do CPC.
Pode ser ativa ou passiva, conforme ocorra do lado do autor ou do réu (art.º
311º, do CPC).
Pode ainda ser adesiva ou autónoma: quanto à primeira este aceita a
postura da parte do autor ou do réu na ação, intervém mas não
apresenta fundamentos próprios, tendo assim uma postura adesiva.
Quanto à segunda modalidade, pode acontecer que o interveniente
principal faça valer um direito próprio, apresentando o seu próprio
articulado.
Provocada: existe uma das partes que chama o terceiro. Regime: art.º 316º
(“qualquer das partes pode chamar a juízo o interessado”)- uma parte chama
outra parte.
Se olharmos para as últimas reformas do CPC, podemos dizer que havia desde 39, uma grande
abertura à intervenção de terceiros, já nas reformas de 95 e 96 e mais concretamente na de
2013, o legislador tem apertado a intervenção de terceiros, existindo um menor âmbito. As
intervenções de terceiros são importantes e podem justificar-se em casos limite, pelo que o
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legislador tem vindo a restringir estas intervenções, num âmbito menor do que acontecia
anteriormente.
Modificações objetivas:
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explicada
Oposição provocada - imaginamos que no e.g. em vez de aparecer por livre vontade,
uma das partes vê que a sua posição está fragilizada e chama o N (e.g. M diz que é propriatário
e se não for é o N) 338º e ss.
Embargos de terceiros (342º e ss.)
Em sede da ação executiva surgem os problemas da penhora (apreensão judicial), podemos ter
situações em que o bem eventualmente é de titularidade de outrem
Embargos de Terceiros
Está regulada nos artigos 342.º a 350.º CPC.
É um meio de reação de um terceiro contra um ato, judicialmente ordenado, de
apreensão ou entrega de bens que ofenda a sua posse ou um seu direito que seja
incompatível com a realização ou o âmbito da diligência.
Por exemplo: B é julgado e continua a não pagar, o património desse devedor tem de
responder pelas dívidas. Há uma penhora (apreensão judicial dos bens do devedor), mas foram
apreendidos bens de terceiro que não eram do devedor. O terceiro pode reagir e dizer que o
bem é dele e não do B. O cônjuge de B também pode reagir, exemplo: é uma dívida apenas de
B, o cônjuge reage pois não é uma dívida comum.
Porque por ex: A intenta contra B uma ação no valor de 800 mil euros e B , antes do Despacho
Saneador , atravessa uma passadeira de peões e um carro desgovernado atropela-o e mata-o.
Estava em curso uma ação judicial entre A e B , e agora? A ação prossegue e se sim como é que
prossegue? Será preciso intervir com um terceiro. Até agora as intervenções eram
“voluntárias”.
Se formos para a extinção da instancia – 277º - há inutilidade superveniente como causa e).
Será que há sempre esta inutilidade se a parte desaparece? Não , nem sempre.
Quando B morre A não tem interesse que a ação termine, então esta pode prosseguir. Ao
prosseguir tem de ocorrer 2 momentos : a ação suspende-se (269º - quando falecer algumas
das partes) e uma habilitação (351º- ver quem são os sucessores para estes se habilitarem a
posição do de cujus). Há aqui uma modificação subjetiva da instância, apesar de bastante
singular e diferenciada, mas nós não podemos dizer que a habilitação não tem por
consequência uma modificação subjetiva da instância.
Habilitação – substituição
Está regulada nos artigos 351.º a 357.º CPC.
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Vicissitude que pode promover mudança subjetiva na instância.
Corresponde à prova da aquisição, por sucessão ou transmissão, da titularidade de um
direito ou complexo de direitos ou de outra situação jurídica ou complexo de situações
jurídicas;
A habilitação possibilita a mudança da parte inicial por uma parte subsequente;
O Professor Bonifácio Ramos entende que o artigo 263.º tem os seguintes pressupostos:
Exige que exista pendência da ação;
Tem que haver um direito litigioso -579º n3 Ccivil;
Transmissão da coisa ou do direito litigioso;
Conhecimento: o juiz terá de ser informado de se procedeu a uma substituição
N.º 1: o transmitente tem legitimidade para levar a ação até ao fim; o adquirente só substitui
se o juiz concordar. – Causa autónoma de legitimidade, o transmitente continua a ter
legitimidade, não pelo artigo 30º, mas por este artigo!
N.º 2 1.ª parte: a substituição só é válida se a parte contrária (autor) estiver de acordo.
N.º 2 2.ª parte: se a parte contrária (autor) não estiver de acordo, deve recusar-se a
transmissão se se entender que a mesma ocorre para tornar mais difícil a posição da parte
contrária
O Professor Bonifácio Ramos entende que o artigo 263.º ganha várias funções:
Proteger a parte estranha à transmissão: para que a substituição seja válida, a parte
contrária é chamada, por isso, tem uma relevância importante na transmissão;
Proteger os interesses do transmissário;
Proteger os interesses do tráfego jurídico;
Garantir o princípio da economia processual: permite que, na mesma ação, haja uma
substituição; logo, promove a verdade do direito substantivo
Livro do José Alberto Reis – código anotado- Diz que habilitação mortis causa é obrigatória, a
intervivos é facultativa.
Parte dos dois planos – pedir à Ana
Há um direito litigioso. Artigo 356.º CPC: procedimento para a habilitação ser realizada. O
notificado pode impugnar a validade do ato ou alegar que a transmissão foi feita para tornar
mais difícil a sua posição no processo.
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2. No decurso de uma ação declarativa haver uma vicissitude de transmissão
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Olhando para este artigo 263º/1 e 2 CPC a nossa fórmula não é idêntica aos outros
ordenamentos jurídicos. Quais as funções deste artigo? – opinião da prof. Paula Costa e Silva
– este desenho, regime legal serve para alinhar/proteger a parte estranha à transmissão. Se o
juízo imediatamente substituísse B por C iria desproteger a parte estranha à transmissão, ou
seja, A perante C.
Segunda função, deste artigo, para alem de se proteger os interesses da parte estranha à
transmissão, se protegem os interesses do transmissário (C é o transmissário), porque o B
transmitiu a sua posição a C, mas o C pode ter interesse em aparecer cá me baixo como réu ou
não (por exemplo: se C tiver uma estratégia mais aguerrida e quiser entrar, podemos dizer que
este artigo, por um lado também aceita proteger os interesses do transmissário que é C,
porque este regime não impede a substituição de B por C, ou seja, este regime não colocar nas
mãos de A a substituição por C, sendo que o C entrar, é porque tem interesses distintos de B,
significa que o regime jurídico não está apenas a proteger os interesses de A, MAS de outra
maneira, de equilíbrio também pondera os interesses de quem quer entrar, e o regime jurídico
não impede que ele entre).
Em terceiro lugar, tem ainda uma função do principio de economia processual, ou seja,
promover assentar este principio, porque mostra que a mesma ação pode ser aproveitada no
âmbito da concretização, aprofundamento deste princípio.
Em ultimo, também este artigo protege os interesses do transmitente B, porque de alguma
sorte o B pode ser querer ver livre disto – se B transmitir ao juiz é porque tem interesse de sair
deste litígio, sendo que a substituição processual não é impedida por A. Promovendo aquilo
que é importante do direito civil e processual civil, que é o tráfego jurídico, comercial idade,
transmissibilidade, ou seja, não haver entorses no tráfego jurídico/comercio jurídico.
No âmbito deste direito processual civil, não deve haver muito entraves a este trafego.
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Práticas – PROCESSO
Aula º1 – 27/02
Do lado do autor vai haver a matéria da prova (muito pesada, muito completa), sendo que esta
matéria esta toda junta. Se juntar testemunhas o que é que acontece? – prova testemunhal,
documental entre outras – que o autor vai ter que provar.
Vamos também dar o instituto da inversão do contencioso – surgiu em 2013. Já não é sempre
obrigatório intentar a ação principal.
Matérias do primeiro semestre que ainda vamos recapitular neste semestre – intervenção de
terceiros (em princípio não sai no teste); coligação – acumulação de pedidos.
A procuração vai ter que ter um termos de autenticação igual ao ato que se vai aplicar. A
confissão a desistência e a transação, é uma das perguntas que vai aparecer na frequência.
Primeira pergunta:
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A intervenção de terceiros é uma exceção, não pode ser espontânea visto que não é o autor
que esta a chamar. Analise do artigo 321º CPC, se virmos o enunciado do acaso verificamos que
a certa altura o próprio réu aproveita a ação ao abrigo do principio da economia processual,
permite que o réu quando citado para contestar ele próprio também pode fazer um pedido –
pedido reconvencional – que é exigida a conexão objeto do 266º do CPC e por isso aqui o facto
de dizer réu não é impeditivo porque o próprio réu no nº2 al c). A duvida aqui é que fala o réu
tenha ação de regresso contra terceiro – é um bocado complicado de dizer aqui que há ação de
regresso sobre a atividade empregadora. Em principio o mais fácil seria a entidade
empregadora como testemunha.
Eu tenho arrumado qualquer testemunha posso troca lá em principio, por isso é melhor
colocar sempre qualquer testemunha para depois troca-lá se quisermos.
A assistência também não cabia – a entidade empregadora não tem nada a ver com a relação.
O caso que poderia ser assistência, poderia ser
No ponto 1 começa-se por dizer que problemas vão ser as sessões de mérito – 576º 571º do
CPC – vamos ter exceções que fazem com que o juiz vá analisar o mérito da causa. Temos aqui
uma confissão, ele dá o facto como assente (temos que saber se o facto é verdade ou mentira,
sendo que por regra o que não se impugnar dá-se como provado – artigo 574º do CPC – tudo o
que eu não impugnar por regra considera-se admitido. No nosso caso o autor tem que saber se
o António foi ou não despedido e por que motivos? – não tem, aqui no contrato nada nos diz,
portanto estamos perante uma impugnação, ao mesmo tampo que o réu vai admitir o facto
por acordo, portanto é um facto assente, ou seja, este facto não vai ser alvo de matéria de
prova (o supremo não analisa matéria de facto, só analisa de direito, por isso é que é muito
importante assentarmos a nossa contestação, visto que o que se der como facto não vai ser
analisado e vai-se dar por assente). O artigo 577º diz que se o réu não contestar não se irá
olhar para a matéria de facto só apenas matéria de direito.
No ponto 2 o réu esta a tentar inferir a ideia de que o que o autor esta a alegar é mentira. O
autor baseia a sua posição para findar o contrato no facto de que a empresa cessou com ele o
contrato – a imobiliária vem impugnar o novo elemento – estamos portanto aqui outra vez
numa impugnação.
No ponto 3 - será que temos aqui alguma cumulação de pedidos – 553º; 554; 555º. Aqui a
questão do pedido reconvencional. Há aqui alguma cumulação; analisar onde é que esta aqui a
cumulação se há uma ou mais que uma. Ver se há mais que uma cumulação – alternativa ou
simples
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