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Como nasceu a união europeia?

falar sobre as origens da união europeia, final da 2º guerra


Mundial, influência grega romana e cristianismo, sec xx
➢ Base é o Direito Romano.
➢ A influência nos povos europeus é: Grega-Romana, Católica (espiritualidade) e de Culturas.
➢ A altura de Alexandre o Grande é considerada a 1ª União Europeia, o inspirador foi Aritóteles, o mar Egeu
era o centro do Mundo.
➢ O grande objectivo da União Europeia: a paz.
1945 - 1959
Uma Europa pacífica – o início da cooperação
A União Europeia é criada com o objetivo de pôr termo às frequentes guerras sangrentas entre países vizinhos, que
culminaram na Segunda Guerra Mundial. A partir de 1950, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço começa a
unir económica e politicamente os países europeus, tendo em vista assegurar uma paz duradoura. Os seis países
fundadores são a Alemanha, a Bélgica, a França, a Itália, o Luxemburgo e os Países Baixos. Os anos 50 são dominados
pela guerra fria entre os países do Leste e os países ocidentais. Na Hungria, as manifestações contra o regime
comunista são reprimidas pelos tanques soviéticos em 1956. Em 1957, o Tratado de Roma institui a Comunidade
Económica Europeia (CEE) – o chamado «Mercado Comum».
1960 - 1969
Um período de crescimento económico
A década de sessenta é um bom período para a economia, favorecida pelo facto de os países da União Europeia
terem deixado de cobrar direitos aduaneiros sobre as trocas comerciais realizadas entre si. Estes países decidem
também gerir em conjunto a produção alimentar, de forma a assegurar alimentos suficientes para todos.
Rapidamente, passam a existir excedentes de produtos agrícolas. O mês de maio de 68 torna-se famoso pelas
manifestações de estudantes em Paris, tendo muitas mudanças na sociedade e a nível dos comportamentos ficado
para sempre associadas à denominada «geração de 68».
1970 - 1979
Uma Comunidade em expansão - O primeiro alargamento
A Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido aderem à União Europeia em 1 de Janeiro de 1973, elevando assim o número
dos Estados-Membros para nove. Na sequência do breve, mas violento, conflito israelo-árabe em outubro de 1973, a
Europa debate-se com uma crise energética e problemas económicos. A queda do regime de Salazar em Portugal,
em 1974, e a morte do General Franco em Espanha, em 1975, põem fim às últimas ditaduras de direita na Europa.
No âmbito da política regional da UE, as regiões mais pobres começam a beneficiar da transferência de montantes
elevados para fomentar a criação de emprego e de infraestruturas. O Parlamento Europeu aumenta a sua influência
na UE e, em 1979, pela primeira vez, os cidadãos elegem diretamente os seus deputados. A luta contra a poluição
intensifica-se. A UE adota legislação para proteger o ambiente e introduz o conceito do «poluidor-pagador».
1980 - 1989
Uma Europa em mutação – A queda do Muro de Berlim
O sindicato polaco Solidarność e o seu dirigente Lech Walesa tornam-se num símbolo por todos conhecido não só na
Europa como no mundo inteiro na sequência do movimento grevista dos trabalhadores do estaleiro de Gdansk
durante o Verão de 1980. Em 1981, a Grécia torna-se o décimo Estado-Membro da UE, seguindo-se-lhe a Espanha e
Portugal cinco anos mais tarde. Em 1987, é assinado o Ato Único Europeu, um Tratado que prevê um vasto
programa para seis anos destinado a eliminar os entraves que se opõem ao livre fluxo de comércio na UE, criando
assim o «Mercado Único». Com a queda do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989, dá-se uma grande
convulsão política: a fronteira entre a Alemanha de Leste e a Alemanha Ocidental é aberta pela primeira vez em 28
anos o que leva à reunificação das duas Alemanhas.
1990 - 1999
Uma Europa sem fronteiras
Com o desmoronamento do comunismo na Europa Central e Oriental, assiste-se a um estreitamento das relações
entre os europeus. Em 1993, é concluído o Mercado Único com as «quatro liberdades»: livre circulação de
mercadorias, de serviços, de pessoas e de capitais. A década de noventa é também marcada por dois Tratados: o
Tratado da União Europeia ou Tratado de Maastricht, de 1993, e o Tratado de Amesterdão, de 1999. A opinião
pública mostra-se preocupada com a proteção do ambiente e com a forma como os europeus poderão cooperar em
matéria de defesa e segurança. Em 1995, a União Europeia acolhe três novos Estados-Membros: a Áustria, a
Finlândia e a Suécia. Uma pequena localidade luxemburguesa dá o seu nome aos acordos de «Schengen», que,
gradualmente, permitirão às pessoas viajar sem que os seus passaportes sejam controlados nas fronteiras. Milhões
de jovens estudam noutros países com o apoio da UE. Torna-se mais fácil comunicar à medida que cada vez mais
pessoas começam a utilizar o telemóvel e a Internet.
2000 – 2009
Continuação do alargamento
O euro é a nova moeda de muitos europeus. Ao longo da década, o número dos países que adotam o euro aumenta.
O 11 de Setembro de 2001 torna-se sinónimo de «guerra contra o terrorismo», depois de aviões desviados
embaterem em edifícios em Nova Iorque e Washington. Os países da UE começam a trabalhar cada vez mais em
conjunto para lutar contra a criminalidade. As divisões políticas entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental são
finalmente sanadas quando dez novos países aderem à União Europeia em 2004, seguidos pela Bulgária e a Roménia
em 2007. A economia mundial é abalada por uma crise financeira em setembro de 2008. O Tratado de Lisboa é
ratificado por todos os países da UE antes de entrar em vigor em 2009, dotando a UE de instituições modernas e de
métodos de trabalho mais eficientes.
2010 - Presente
Uma década de desafios
A crise económica mundial tem repercussões profundas na Europa. A UE ajuda a vários países de enfrentar as suas
dificuldades e cria a «União Bancária» para garantir bancos mais seguros e mais fiáveis. Em 2012, a União Europeia
recebe o Prémio Nobel da Paz. Em 2013, a Croácia torna-se o 28.º Estado-Membro da UE. As alterações climáticas
continuam a ser uma prioridade e os dirigentes chegam a acordo para reduzir as emissões nocivas para o ambiente.
Com as eleições europeias de 2014, o número de eurocéticos no Parlamento Europeu aumenta. Na sequência da
anexação da Crimeia pela Rússia, é estabelecida uma nova política de segurança. O extremismo religioso intensifica-
se no Médio Oriente e em vários países e regiões em todo o mundo, conduzindo a conflitos e guerras que resultam
num grande número de pessoas que fogem dos seus países e procuram refúgio na Europa. Além de ter de fazer face
aos problemas decorrentes desta onda de refugiados, a UE torna-se o alvo de vários atentados terroristas.

a fase de integração e da cooperação, ver soberania (tratado de Paris)


Tratado de Paris e a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (1951)
Juridicamente, a declaração Schuman veio a dar um impulso político efetivo para um novo Tratado de direito
internacional, o Tratado de Paris que criou a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). Este tratado
foi celebrado entre os Países do Benelux, França, Alemanha e Itália, e foi a primeira etapa da construção
europeia que hoje encontramos com um prolongamento da UE.

A criação da CECA representa a primeira concretização do modelo comunitário, proposto pela declaração de
Schuman. No entanto, o Tratado de Paris tinha um quadro institucional muito mais complexo do que um
tratado de direito internacional clássico visto que criou um órgão do tipo parlamentar, um tribunal e um
órgão representante dos EM, paralelamente à Alta Autoridade.

A lógica do tratado CECA que se mantém até aos dias de hoje é a seguinte:

• Quadro institucional complexo (órgãos politico legislativos e jurisdicionais)


• Sistema de fontes de direito capaz de criar direitos e obrigações tanto para os EM como
para os particulares

Não obstante o processo de construção europeia ter começado pela instituição de uma organização,
dotada de poderes supranacionais ao serviço de objetivos bem definidos de natureza económica, o
pragmatismo adotado foi substituído mediante a criação de uma Comunidade Europeia da Defesa, em
1952. No entanto, esta intenção não procedeu uma vez que o tratado não foi ratificado por todos os
Estados.
TRatados, semelhanças e diferenças entre contrato constitucional e tratado de Lisboa
Tratados da UE
A União Europeia assenta no Estado de Direito. Isso significa que todas as suas iniciativas têm por base Tratados que
foram aprovados voluntária e democraticamente por todos os países da UE. Por exemplo, se um domínio de
intervenção não for mencionado num Tratado, a Comissão não pode propor legislação nesse domínio.
Os Tratados são acordos vinculativos entre os países da UE, que definem os objetivos prosseguidos pela UE, as regras
de funcionamento das instituições europeias, o processo de tomada de decisão e as relações entre a UE e os países
que a constituem.
Por vezes, os Tratados são alterados para melhorar a eficácia e a transparência do funcionamento da UE, preparar a
adesão de novos países ou alargar a cooperação entre os países da UE a novos domínios, como no caso da moeda
única.
Ao abrigo dos tratados, as instituições europeias podem adotar legislação que, em seguida, é aplicada pelos países
da UE.

Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (considerado o mais importante pelo valor
simbólico)
Assinatura: 18 de abril de 1951
Entrada em vigor: 23 de julho de 1952
Termo de vigência: 23 de julho de 2002
Finalidade: tornar os setores do carvão e do aço interdependentes para que um país deixasse de poder mobilizar as
suas forças armadas sem que os restantes tivessem conhecimento, dissipando assim a desconfiança e a tensão
existentes entre os países europeus depois da Segunda Guerra Mundial; o Tratado CECA atingiu o termo de vigência
em 2002.

Tratados de Roma – Tratados CEE e EURATOM


Assinatura: 25 de março de 1957
Entrada em vigor: 1 de janeiro de 1958
Finalidade: instituir a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica
(Euratom)
Principais mudanças: aprofundamento da integração europeia, que passa a abranger a cooperação económica

Tratado de Fusão – Tratado de Bruxelas


Assinatura: 8 de abril de 1965
Entrada em vigor: 1 de julho de 1967
Finalidade: simplificar o funcionamento das instituições europeias
Principais mudanças: criação de uma Comissão única e de um Conselho único para as três Comunidades Europeias
(CEE, Euratom, CECA); revogado pelo Tratado de Amesterdão

Ato Único Europeu


Assinatura: 17 de fevereiro de 1986 (Luxemburgo)/28 de fevereiro de 1986 (Haia)
Entrada em vigor: 1 de julho de 1987
Finalidade: proceder à reforma das instituições para preparar a adesão de Portugal e de Espanha e simplificar a
tomada de decisões na perspetiva do mercado único
Principais mudanças: extensão da votação por maioria qualificada no Conselho (tornando assim mais difícil que um
único país possa vetar uma proposta legislativa), introdução de processos de cooperação e de comum acordo que
conferiram maior peso ao Parlamento

Tratado da União Europeia – Tratado de Maastricht


Assinatura: 7 de fevereiro de 1992
Entrada em vigor: 1 de novembro de 1993
Finalidade: preparar a União Monetária Europeia e introduzir elementos para uma união política (cidadania, política
comum em matéria de relações externas e assuntos internos)
Principais mudanças: criação da União Europeia e introdução do procedimento de codecisão, que confere mais peso
ao Parlamento no processo de tomada de decisão; novas formas de cooperação entre os governos dos países da UE,
nomeadamente no quadro da defesa, da justiça e dos assuntos internos

Tratado de Amesterdão
Assinatura: 2 de outubro de 1997
Entrada em vigor: 1 de maio de 1999
Finalidade: proceder à reforma das instituições para preparar a adesão de mais países à UE
Principais mudanças: alteração, renumeração dos artigos e consolidação dos Tratados UE e CEE, reforço da
transparência do processo de tomada de decisão.

Tratado de Nice
Assinatura: 26 de fevereiro de 2001
Entrada em vigor: 1 de fevereiro de 2003
Finalidade: proceder à reforma das instituições por forma a que UE pudesse continuar a funcionar eficazmente após
o seu alargamento a 25 países
Principais mudanças: método para alterar a composição da Comissão e redefinição do sistema de votação do
Conselho.

Tratado de Lisboa
Assinatura: 13 de dezembro de 2007
Entrada em vigor: 1 de dezembro de 2009
Finalidade: tornar a UE mais democrática e eficaz e mais apta a fazer face a problemas mundiais, como as alterações
climáticas, permitindo-lhe falar a uma só voz
Principais mudanças: reforço dos poderes do Parlamento Europeu, alteração dos processos de votação no Conselho,
introdução da iniciativa de cidadania europeia, criação dos cargos de Presidente do Conselho Europeu e de Alto
Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política e Segurança, bem como de um novo serviço diplomático da
UE
O Tratado de Lisboa clarifica a repartição de competências:
- competências da UE
- competências dos países da UE
- competências partilhadas
Os objetivos e valores da UE estão consagrados no Tratado de Lisboa e na Carta dos Direitos Fundamentais da UE.

O Tratado que estabelece uma Constituição, com objetivos idênticos aos do Tratado de Lisboa, foi assinado mas não
chegou a ser ratificado.

Se o tratado de lisboa é constitucional ou não?


O Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa foi adoptado pelo Conselho Europeu em 18 de Junho de
2004 e assinado em Roma, no mesmo ano, na presença do Presidente do PE, Josep Borrell Fontelles. Depois de
aprovado pelo PE (relatório Méndez de Vigo-Leinen), o Tratado foi rejeitado pela França (29 de Maio de 2005) e pela
Holanda (1 de Junho de 2005), em referendos nacionais.
No seguimento da rejeição do Tratado Constitucional, os Estados-Membros começaram a trabalhar no Tratado de
Lisboa.
Os Tratados nesta versão dada pelo Tratado de Lisboa passaram a elencar, pela 1ª vez, as competências exclusivas
da união, o Tratado de Lisboa deu, finalmente, consagração à Carta dos Direitos Fundamentais da UE (CDFUE),
nomeadamente, no art.6/1 TUE, que atribui à carta o mesmo valor jurídico que aos tratados.
Em matéria de revisão constitucional, a UE distingue-se claramente de uma federação, já que, nesta última, quem
protagoniza a revisão são os órgãos da poria federação, não sendo necessário que as alterações aprovadas sejam
ratificadas por todos os membros, bastando maioria qualificada.

Declaração Schuman de 9 de maio 1950


Declaração Schuman (1950)
Quem defendia a via federal na questão fundamental já descrita tinha noção que os Estados europeus que
tinham sido grandes potências internacionais não estariam dispostos a construir ou associar-se a uma ia
federal, cujo exemplo mais conhecido são os EUA. É neste contexto que surge a Declaração Schuman.

A Declaração Schuman é um texto político que foi redigido pelo ministro dos negócios estrangeiros de
França, onde fica muito clara a sua intenção federal. No entanto, este autor defendia que a via federal
deveria ser concretizada pela via económica, e não pela defesa e diplomacia, cujo caso era o dos EUA.

A primeira etapa para a criação da federação europeia seria a criação de um mercado comum do carvão e do
aço, uma vez que em 1950 eram as matérias-primas essenciais. Para construir um mercado comum do carvão
e do aço achava-se que “a fusão dos interesses indispensáveis introduziria uma comunidade mais larga e
profunda entre Países há muito tempo opostos por divisões sangrentas”. A realidade é que resultou, 60 anos
depois é impensável uma guerra entre França e a Alemanha.

Para a criação desta comunidade seria necessário que os Estados que a ela se associasse renunciassem aos
seus poderes soberanos relativamente ao aço e ao carvão, e deixassem que fosse uma Alta Autoridade
Comum Europeia, independente dos EM, a ser incumbida dessa competência. Esta Alta Autoridade seria
composta por personalidades independentes e não representativas dos governos dos EM, numa lógica de
transferência de soberania para uma entidade independente dos EM. Atualmente, a instituição que
corresponde a esta Alta Autoridade é a Comissão Europeia, uma vez que é um órgão decisório e não
representativo dos EM.

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