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Europa e EUA no Pós II Guerra

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No final da Segunda Guerra Mundial quase toda a Europa tinha ficado destruída, com as


estruturas sociais, políticas e económicas profundamente abaladas. Tornando-se urgente
a sua recuperação e solidificação, para conter o alastramento comunista, foi concebido e
anunciado na Universidade de Harvard a 5 de junho de 1947 o Programa de
Recuperação Europeu, mais conhecido como Plano Marshall, uma vez que quem o
gizou foi George Catlett Marshall, secretário de Estado. Facultando dividendos aos
Estados Unidos (estes pretendiam o controlo económico europeu), proporcionava,
contudo, a necessitada ajuda financeira à Europa (Winston Churchill qualificou este
plano como "o menos sórdido da História"). Foi criada a Organização Europeia de
Cooperação Económica (1948) e, obrigando a uma estreita colaboração económica entre
os países a ajudar, deu-se inevitavelmente uma cisão entre aqueles que seguiam o
regime comunista e os demais. Assim, assistiu-se a um desequilíbrio evolutivo entre as
zonas sob influência da URSS, a Oriente (excetuando a Espanha, que não recebeu ajuda
por causa do regime franquista), e as que se situavam a Ocidente - das quais apenas
dezasseis países aderiram ao Plano, em julho de 1947. Com o intuito de criar uma nova
ordem monetária internacional, e mesmo antes do Plano Marshall, foram tomadas
medidas como os acordos da Conferência de Bretton Woods, em julho de 1944, que
tornaram o dólar o eixo monetário internacional, uma vez que os Estados Unidos
possuíam cerca de 80% das reservas de ouro do mundo. Apoiando esta política, o Fundo
Monetário Internacional concedeu empréstimos reembolsáveis aos países que se
encontravam endividados, e o Banco Internacional para a Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD) custeava os investimentos a médio e longo prazo. No
Congresso dos Estados Unidos, em abril de 1948, foi também aprovado o Programa de
Recuperação Europeia, que previa uns 90% de doações e 10% de empréstimos aos
países, tendo sido recebidos por governos europeus, entre 1948 e 1952, cerca de treze
mil milhões de dólares (a Itália e a França, com a ameaça comunista mais premente,
receberam um pouco mais que outros). No mês de abril de 1949 surgia uma nova
organização, a OTAN ou NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, da qual
fizeram parte países como Portugal, Itália, Canadá, Estados
Unidos, Noruega, Islândia e Dinamarca), cuja principal finalidade era a de criar tratados
permanentes em que os Estados Unidos se obrigavam a promover a segurança das
potências democráticas e obrigava todos os membros a socorrer os demais em caso de
ataque.

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