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Nome : Larissa Rodrigues A.

da silva turno: Matutino SALA :EA

Capítulo 17

Ao fim da Segunda Guerra Mundial havia um enorme contraste entre as condições econômicas dos
Estados Unidos e as dos países mais diretamente envolvidos na guerra e ao fim da guerra, a Europa e o
Japão enfrentavam escassez de meios de produção e de força de trabalho para iniciar o processo de
recuperação. Em março de 1941, o Congresso americano aprovara a Lei de Empréstimos e
Arrendamentos pela qual o presidente dos Estados Unidos poderia ceder recursos e materiais para os
países cuja defesa fosse vital para a América do Norte. em novembro de 1943 foi criada a Administração
das Nações Unidas para a Ajuda e Reabilitação, cujo objetivo era fornecer ajuda aos povos libertados do
domínio nazista, inclusive da Europa Oriental Cada país associado à UNRRA devia contribuir para esse
fundo de assistência; porém a maior parte dos recursos também proveio do governo norte-americano.
Ao fim da guerra, tornava-se cada vez mais evidente que nem os países conseguiriam restituir os recursos
referentes ao Lend and lease, nem a UNRRA seria suficiente para promover a efetiva recuperação
europeia. Diante desse quadro, ao qual se somava uma nova configuração política internacional, foi
proposto um esquema de ajuda conhecido como Plano Marshall. o general George C. Marshall
apresentou um programa para a recuperação das economias europeias que incorriam em grandes
déficits comerciais cobertos por empréstimos norte-americanos de curto prazo. Em 1947, o presidente
norte-americano Harry Truman enviou ao Congresso uma mensagem em que se formulava aquilo que
ficou conhecido como Doutrina Truman. O presidente americano afirmava que era chegada a hora de
bloquear a expansão soviética por meio de uma estratégia de contenção. O Plano Marshall se inseria
nessa estratégia antissoviética, pois os recursos concedidos aos países europeus deviam permitir sua
recuperação e consolidar naqueles países uma economia capitalista, de modo a evitar a possível adesão
ao comunismo. no imediato pós-guerra, havia a proposta de pastorização da Alemanha, ou seja, a
limitação das atividades industriais a fim de impedir que a sua indústria sustentasse uma eventual
tentativa de recuperação do poder bélico perdido durante a guerra. Mas a pastorização também seria
responsável pela redução do bem-estar de parcelas da população alemã, as quais poderiam se sentir
atraídas pelas propostas soviéticas. Além disso, uma Alemanha forte econômica e militarmente seria uma
barreira à expansão soviética para o Ocidente. Assim, na implementação do Plano Marshall, a proposta
de pastorização da economia alemã foi abandonada. Pelo contrário, a noção de recuperação da indústria
europeia era central no plano: modernização da infraestrutura, aumento acelerado da produção,
distribuição mais equilibrada da indústria pesada, racionalização da produção agrícola e manufatureira e
mecanismos para assegurar a estabilidade monetária e financeira estavam entre os principais objetivos
do plano. Os recursos do Plano Marshall foram também oferecidos à União Soviética e aos países que
vinham caindo sob sua influência. Stalin recusou os recursos oferecidos à União Soviética e impediu que
os demais países do bloco os aceitassem. Assim, ao fim de 1947, a Europa estava claramente cindida em
dois blocos. dezesseis países haviam aderido ao Plano Marshall e em 1948, foi constituída a Organização
para a Cooperação Econômica Europeia. A recuperação das economias deste bloco da Europa Ocidental,
aliado dos Estados Unidos, era vista como o elemento central para a contenção do avanço soviético na
Europa. Com esta mesma preocupação, formou-se, em 1949, a Organização do Tratado do Atlântico
Norte que se tratava de um acordo de natureza militar cujo objetivo básico era também a contenção do
avanço soviético. O crescimento do produto norte-americano foi inferior ao da média da Europa
Ocidental e ao dos principais países da região, exceto o Reino Unido. Apesar do crescimento mais lento
da economia norte-americana em relação à europeia a introdução de novos produtos estimulava o
crescimento da economia pelo surgimento de novas linhas de produção; o aumento da renda nos Estados
Unidos desde o imediato pós-guerra, na Europa a partir dos anos 1950 criava a demanda para essa
infinidade de bens e serviços, por outro lado as próprias empresas estimulavam essa demanda por meio
da introdução de novos produtos e pela intensa propaganda. O modelo dessa economia de consumo era
o mercado americano (o chamado american way of life), pois ali estavam as matrizes das grandes
empresas que forneciam o objeto (os produtos) e o estímulo (a propaganda) para a intensificação e
diversificação do consumo. o New Deal, do Presidente F. D. Roosevelt e a Teoria Geral de J. M. Keynes.
Embora o final da guerra, ao reduzir a necessidade imperiosa de ação dos governos para garantir o
esforço bélico, pudesse estimular propostas liberais de retração do Estado, o medo do retorno da
recessão fez prevalecer o compromisso dos governos com a busca do pleno emprego O setor empresarial
dos Estados Unidos opôs-se fortemente ao empenho explícito do governo a favor do pleno emprego,
argumentando que isso poderia destruir a empresa privada. Uma proposta de Lei do Pleno Emprego foi
diluída para se tornar a Lei do Emprego a lei aprovada indicava uma espécie de compromisso entre o
setor empresarial, preocupado com a dimensão do governo o lado conservador não pôde impedir
totalmente a adoção de medidas favoráveis ao pleno emprego, conseguiu aprovar, em 1947, a Lei Taft-
Hartley , que impunha medidas restritivas à ação dos sindicatos de trabalhadores de modo a evitar
pressões para a elevação dos salários. Na França, ao fim da Segunda Guerra, iniciou-se nova onda de
estatizações: o governo do General De Gaulle tinha a participação do Partido Socialista e do Comunista,
os quais defendiam a nacionalização de empresas privadas. O objetivo principal do planejamento era o
de estimular o crescimento da economia, em adição às políticas anticíclicas tipicamente keynesianas. o
planejamento francês se fundava na definição de setores-chave em que o investimento seria
concentrado ou estimulado .Na Grã-Bretanha, houve intervenção do Estado a aplicação dos princípios
keynesianos a essa política substancial nacionalização de empresas privadas durante o governo
trabalhista do pós-guerra. A Itália é outro exemplo de forte presença estatal na economia. As origens
dessa intervenção datam do governo fascista de Benito Mussolini: em 1933 foi criado o IRI, cujo objetivo
foi o de “salvar” bancos que haviam comprado ações de empresas industriais. o caso do Japão aí o setor
produtivo estatal não teve maior expressão, porém por meio de intervenção e planejamento, influência
do governo sobre o desenvolvimento da economia foi fundamental A recuperação da economia japonesa
pôde ser acelerada com a Guerra da Coreia: os Estados Unidos, preocupados com a ameaça comunista da
Coreia do Norte (e também da China), passaram a considerar a recuperação japonesa, nos moldes
capitalistas, fundamental para evitar o avanço comunista na região. Alemanha é exemplar da importância
da intervenção do Estado nos anos 1950 e 1960. ao ministro da Economia, Ludwig Erhard, foi atribuída a
proposta de uma “economia social de mercado” na prática, está política consistiu na quebra dos cartéis e
na desnacionalização de setores da economia e foi aprovada a Lei para a Promoção da Estabilidade e do
Crescimento da Economia e instituído o Conselho para a Política Anticíclica. Desse modo, pode-se afirmar
que a Alemanha Ocidental se aproximou dos principais países europeus que associavam políticas
keynesianas à intensa presença do Estado na economia. o Estado do Bem-Estar (Welfare State) também
procura garantir, para toda a população, adequadas condições de existência e de segurança no futuro.
Em cada país, a proteção social oferecida pelo Estado envolve uma gama específica de garantias e
serviços: aposentadoria por idade, seguro desemprego, serviços de saúde e de educação gratuitos,
subsídios para habitações ou construção de moradia para locação a preços reduzidos são algumas das
formas dessa proteção social. Uma expressão da crise que levaria ao fim a Era de Ouro apareceu no
sistema monetário internacional com o fim da conversibilidade do dólar em ouro, a qual fora
estabelecida ao fim da
Segunda Guerra.

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