Depois da primeira guerra, os países estavam arruinados,
menos os Estados Unidos. Os países europeus, mesmos os vencedores, enfrentavam uma grave crise e tiveram que recorrer à ajuda dos EUA para recuperar a economia. A Alemanha, que foi responsabilizada pelo Tratado de Versalhes e teve que pagar altas indenizações, também recebeu o apoio dos EUA, que eram contra o Tratado e a Liga das Nações.
A economia americana pós-guerra
Os EUA foram beneficiados com a 1ª Guerra, pois seu
território não foi devastado e a economia cresceu com o conflito. Doutrina Monroe: considerava a América Latina zona de influência do capitalismo dos EUA, fato que fortaleceu ainda mais a economia deles. Os EUA só entraram na guerra para garantir seus investimentos, já que tinha medo da Entente perder e eles não recuperarem o dinheiro investido. No fim da guerra, Os EUA eram a maior potência do mundo. American way of life ou estilo de vida americano: após a guerra e com a economia em alta, os EUA viveram um clima de euforia que consistia em reproduzir um estilo de vida baseado no consumismo e no luxo, mostrando para o mundo que eles eram os melhores. Plano Dawes: plano de ajuda econômica dos EUA à Alemanha, que atrasou o crescimento do nazismo no país europeu.
O Crash da Bolsa de Nova York
A crise de superprodução: as indústrias dos EUA continuavam
a produzir muito, mas com a recuperação de alguns países europeus, a adoção por parte deles de medidas protecionistas e a saturação do mercado interno, os produtos começaram a encalhar, pois faltava mercado para consumir tanto produto. Assim, de acordo com a lei da oferta e da procura, quando há muitos produtos e menos pessoas para comprar, os preços despencam. Isso causou a crise de 29. O auge da crise ocorreu em uma quinta-feira, que ficou conhecida como quinta-feira negra, quando muitas pessoas resolveram colocar suas ações à venda não encontrando compradores fato que quebrou a bolsa, o chamado crack ou crash da Bolsa de Nova York.
A Grande Depressão atinge o mundo
Efeito dominó ou efeito em cadeia: como havia capital dos
EUA em vários países, a crise logo afetou outras regiões do mundo, espalhando o desespero para outros lugares. Os americanos tiraram seus investimentos de outros países, fazendo com que a crise se tornasse global. Era a crise da economia liberal, que ficou conhecida como a Grande Depressão. O Brasil também sofreu com a crise, pois o café era seu principal produto e os EUA era o grande comprador. Com a crise, os americanos deixaram de comprar o café, forçando o governo brasileiro a comprar, estocar e queimar o café para garantir o equilíbrio dos preços. Só a URSS não sofreu com a crise, pois era socialista e não dependia dos EUA.
New Deal – a saída americana
New Deal era um plano econômico elaborado por
economistas, entre eles John Maynard Keynes, que propunha a intervenção do Estado na economia. Era um programa misto cuja proposta estava calcada no equilíbrio das leis de mercado e no respeito pela iniciativa privada, com a intervenção livre e direta do Estado nos diferentes setores da economia americana. Foi implementado por Roosevelt. Algumas medidas do New Deal: Investimento em obras de infraestrutura; legitimação da atuação dos sindicatos; proibição do trabalho infantil e regulamentação do trabalho feminino; criação de agências reguladoras; controle sobre bancos; concessão de subsídios agrícolas; criação de Previdência Social e diminuição da jornada de trabalho.
A Lei Seca e os Gângsteres
Por acreditarem no Destino Manifesto, ou seja, que eram o povo eleito por Deus para guiar o mundo, os americanos estabeleceram uma lei que proibia a venda e consumo de bebida alcoólica, conhecida como Lei Seca. No entanto, com a Grande Depressão, a consumo clandestino de álcool aumentou, fazendo com que aumentasse o contrabando e as pessoas pressionavam pela liberação da venda das bebidas o que poderia gerar empregos. Com a ilegalidade do consumo de bebidas alcoólicas e com a crise, grupos criminosos conhecidos como gângsteres aumentavam seu poder. Um dos criminosos mais conhecidos foi Al Capone.
Governos Totalitaristas: Nazifascismo
Características do totalitarismo (nazismo e fascismo)
Totalitarismo: contra a democracia e o poder concentrado nas
mãos de um líder. Culto a um único chefe Nacionalismo: valorização extrema da cultura do próprio país. Anticomunismo Violência contra as minorias Antiliberalismo: eram contrários ao liberalismo econômico e político. Unipartidarismo: só tinha um partido Expansionismo: a conquista de novos territórios. Propaganda Militarismo: alto investimento em armas e equipamentos de guerra. Culto à força física Corporativismo: o controle dos trabalhadores pelo Estado. Censura
*No nazismo, ainda havia o arianismo, que era a chamada raça
ariana, ou seja, a ideia de que os alemães eram superiores.
O surgimento do fascismo na Itália
Após a 1ª Guerra, a Itália passou por sérios problemas
econômicos e sociais, o povo italiano procurava um “salvador da pátria” e Benito Mussolini apareceu como essa figura, pois queria trazer de volta à Itália o poder e a glória do antigo Império Romano.
Mussolini e o Partido Fascista
Mussolini fundou o Partido Fascista, que tinha como
emblema o fáscio. A palavra fascio significa feixe de varas, no qual se contra amarrado um machado. O feixe de varas representava a união do povo em torno da justiça do Estado. O Partido Fascista tinha apoio de grandes empresários e de grupos contra o socialismo, comunismo e anarquismo. Camisas Negras: grupo paramilitar fascista que usava a violência por onde passava. Os fascistas passaram a impor suas ideologias usando a violência física. Marcha sobre Roma: marcha organizada pelos fascistas para exigir que o rei Vitor Emanuel III indicasse Mussolini para o cargo de primeiro-ministro. Depois da marcha, o rei acabou cedendo e nomeando Mussolini como primeiro- ministro, mas também o rei tinha interesse de se manter no poder. Carta del Lavoro: documento que dava garantias aos trabalhadores, fato que possibilitou o apoio deles a Mussolini. Tratado de Latrão: solucionava a Questão Romana ao ceder o território do Vaticano ao Papa. Mussolini, assim, conquistava o apoio da Igreja Católica.
A crise pós-guerra na Alemanha
O Ditado de Versalhes, como os alemães chamavam o
Tratado de Versalhes, trouxe muita indignação e um sentimento de vingança em relação aos membros da Entente. A inflação era muito alta, provocando a queda das vendas, da produção e o desemprego.
Hitler e o Partido Nazista
Setores importantes da sociedade alemã viam na figura do
Fürher (líder) a possibilidade de evitar o avanço do comunismo na Europa. Quando Hitler foi preso, escreveu o livro “Minha Luta”, onde expõe suas ideias sobre a superioridade da Alemanha, os judeus, o consumismo e a construção de uma sociedade baseada na pureza da raça ariana. Hitler frequentou a reunião do Partido dos Trabalhadores Alemães e se identificou com eles. Principalmente, com as falas que culpavam os judeus e comunistas pela perda da guerra e exaltava a necessidade de buscar o espírito alemão para reerguer a nação. Depois, Hitler mudou o nome para Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, sendo conhecido como Nazi e seus membros, nazistas. No entanto, o investimento dos EUA na Alemanha atrasou o avanço do nazismo.
O Nazismo em ascensão
Com a crise de 29, os EUA deixaram de investir na Alemanha,
piorando a questão econômica mais uma vez e fazendo com que o nazismo ganhasse força. O Partido Nazista passou a ser maioria no Parlamento e Hitler pressionava o presidente Hindenburg a torná-lo chanceler. Cargo que conseguiu em 1933. Com a morte do presidente, Hitler acumulou cargos e passou a ter muito poder na Alemanha. Os nazistas fizeram atentados e culparam os comunistas, colocando-os na ilegalidade e fizeram uma intensa propaganda para divulgar suas ideias. Com a recuperação da economia, os nazistas ganharam o apoio dos trabalhadores. Holocausto: foi o assassinato em massa de minorias consideradas “inferiores” pelos alemães nazistas. Outros países aderem ao fascismo
Na Espanha, o general Francisco Franco instaurou uma
ditadura fascista após uma guerra civil sangrenta. Em Portugal, o Salazarismo foi um regime autoritário que teve fim com a Revolução dos Cravos. No Brasil, durante o governo Vargas, foi instituída uma ditadura fascista com o Estado Novo.