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III Avaliação

1.

a) Quais os objetivos e quais as medidas econômicas adotadas tanto pelo primeiro


quanto pelo segundo New Deal nos Estados Unidos?
O New Deal foi um programa de recuperação econômica realizado no governo de
Franklin Delano Roosevelt e tinha como principal objetivo reerguer a economia norte-
americana após a crise de 1929, por conta da quebra da Bolsa de Valores de Nova
York. E o governo tinha como objetivos:
1. Acabar com a assistência beneficente;
2. Incorporar os exc luídos, mais de 3.500 pessoas , para trabalharem projetos de
habitação, eletrificação e obras públicas;
3. Criar um vasto programa de seguridade social, incluindo formas iniciais de seguro
desemprego e de aposentadoria.

As medidas utilizadas:

 Era a separação entre bancos comerciais e bancos de investimentos: evitava


que recursos de depósitos à vista nos bancos comerciais fossem aplicados em
títulos ou operações de longo prazo;
 Criação de um fundo de seguro para depósitos em caso de falência de bancos;
 Proibição de pagamentos de juros para depósitos à vista e fixação de tetos
para os juros pagos sobre depósitos a prazo que é chamado de Regulamento
Q.

Em 1935, foi aprovada a Lei Bancária que deu maior poder ao Federal
Reserve no controle da política monetária. Paralelamente, outras medidas
procuravam evitar movimentos especulativos exacerbados e garantir a
estabilidade do sistema financeiro, por exemplo: critérios mais rígidos para a
emissão de ações, limites à alavancagem e seguros para depósitos de
poupança. Portanto, o governo Roosevelt alterou a estrutura do sistema
financeiro norte-americano e introduziu regulamentação mais rigorosa,
estrutura e regulamentação que permaneceram por várias décadas e só foram
totalmente superadas na década de 1990.
b) O que levou ao Fascismo na Itália e quais as medidas e reformas econômicas por
ele adotadas? Na verdade o Partido Fascista havia sido formado no período final da
Primeira Guerra Mundial, em parte, como resultado das insatisfações deixadas pelos
prejuízos italianos no plano internacional, como a perda da Tunísia para a França em
1881, a humilhante derrota para os nativos da Abissínia na tentativa de expansão
imperialista em 1890, e o não recebimento de regiões, como o Fiume ou parte das
antigas colônias alemãs, como retribuição do apoio dado aos Aliados na Primeira
Guerra. No plano econômico, o governo estabeleceu o recolhimento do capital das
empresas que excedessem cinco milhões de liras e interveio na salvação estatal dos
bancos de Roma, de Nápoles e de Sicília. O governo também estimulou a formação de
corporações, por meio das quais controlaria setores da economia. As verdadeiras
reformas, entretanto, viriam na década de 1930. Após a Grande Depressão atingir
parte considerável das economias mundiais, Mussolini, em novembro de 1933,
declarou que “enterraria o liberalismo na Itália”. Um conjunto de medidas foi colocado
em prática: de um lado, seguindo a maioria dos países atingidos pelos efeitos do crash
de Nova Iorque, a Itália iniciou o controle do câmbio provocando desvalorização da
moeda em 1934, e no ano seguinte se despediu do padrão-ouro. Apesar de comandar
o governo italiano por mais de vinte anos, o fascismo de Mussolini não foi capaz de
fazer com que a Itália deixasse de ser um país atrasado no contexto europeu. Apesa de
promover o desenvolvimento de algumas atividades (hidroeletricidade, ferrovias,
indústria eletroquímica, automobilística, aeronáutica, de fibras artificiais), em 1938 a
Itália produzia apenas 2,1% do aço que consumia, 1,0% do ferro gusa, 0,7% do minério
de ferro e 0,1% do carvão e dependia de importações de fertilizantes, petróleo,
borracha, cobre e outras matérias primas. A expressar a fragilidade da economia
italiana, especialmente diante dos esforços necessários para enfrentar a Segunda
Guerra. Essa fragilidade ajuda a entender a precária situação do país ao fim da guerra.

c) Quais os objetivos dos primeiro e segundo planos quinquenais do governo nazista na


Alemanha e o que foi feito para alcança-los?
A Alemanha, igualmente antiliberal do ponto de vista político e intervencionista no
plano econômico, chegou à Segunda Guerra com uma base produtiva relativamente
sólida, porém insuficiente para sustentar o enorme esforço de anos de conflito. O
primeiro plano quadrienal implementado pelo Nacional Socialismo foi o “Plano de
Criação de Empregos” entre anos de 1933 e 1936. A lei de 1 a de julho de 1933 definia
a “batalha pelo emprego” como objetivo primordial a ser atingido, e para tanto, foram
promulgadas as leis de 15 de julho, que incentivavam os investimentos capitalistas por
meio de isenção de impostos, financiamento e garantias governamentais para
aplicação de recursos em segundo plano quadrienal, grandes investimentos foram
direcionados para as indústrias alemãs: passou-se a produzir materiais ersatz (ou seja,
substitutos às matérias-primas de que o país dependia) e somas consideráveis de
capitais foram gastas no rearmamento. Os Arbeitsdienst, as Frentes para o Trabalho, a
partir de 1935, passaram a recrutar compulsoriamente jovens e adultos escalados para
construção da infraestrutura de “guerra” ou mesmo alistados no exército.
d) Quais os pilares da política econômica adotados pelo ministro Takahashi no Japão?
Takahashi fez muitas contribuições para o desenvolvimento do Japão durante o início
do século XX, incluindo a introdução de seu primeiro sistema de patentes e garantia de
financiamento estrangeiro para a Guerra Russo-Japonesa. Após o início da Grande
Depressão, ele introduziu políticas financeiras polêmicas que incluíam o abandono do
padrão ouro, a redução das taxas de juros e o uso do Banco do Japão para financiar
gastos deficitários pelo governo central. Sua decisão de cortar gastos do governo em
1935 gerou inquietação entre os militares japoneses, que o assassinaram em fevereiro
de 1936. As políticas de Takahashi são creditadas por tirar o Japão da depressão, mas
levaram a um aumento da inflação após seu assassinato, pois os sucessores de
Takahashi tornaram-se altamente relutantes cortar o financiamento ao governo.
e) “Se houve um pais que foi beneficiado com a guerra, esse foi os Estados Unidos”. Por
quê? Se houve um país beneficiado pela guerra, esse foi os Estados Unidos: é certo
que houve perdas humanas de soldados americanos mortos em combate, porém em
número incomparavelmente menor do que de países europeus beligerantes; a
demanda de guerra estimulou de tal modo a produção que permitiu a superação dos
últimos efeitos recessivos da Grande Depressão. Diante de uma Europa fragilizada
pelos efeitos da guerra, a liderança norte-americana no mundo capitalista ocidental se
impôs sem qualquer contestação. A hegemonia norte-americana passava, então, a ser
questionada apenas pela URSS, que mesmo economicamente débil em comparação
aos EUA, era uma potência militar e dividiria o mundo, ideológica e politicamente,
num sistema bipolar.

2.

a. O pós-guerra (1945-1950) nos EUA, Europa e Japão, abordando as situações


econômicas dos mesmos e as políticas e planos de recuperação; Essa recuperação no
imediato pós-guerra não foi fruto da simples ação do mercado; apesar de modesta, ela
envolveu ações deliberadas no sentido de promover a reconstrução das economias
mais seriamente atingidas pela guerra. Diversamente do que se decidirá no Tratado de
Versalhes em 1919, ao fim da Segunda
Guerra não foram impostas aos países derrotados reparações sob a forma de
pagamentos em dinheiro ou espécie.
O esforço de guerra dos Aliados europeus exigirá o apoio material e financeiro
norte-americano. Em março de 1941, o Congresso americano aprovou a Lei de
Empréstimos e Arrendamentos (Lend and Lease) pela qual o presidente dos
Estados Unidos poderia ceder recursos e materiais para os países cuja defesa fosse
vital para a América do Norte. Ainda durante a guerra, os países Aliados contaram
com outro tipo de ajuda: em novembro de 1943 foi criada a Administração das
Nações Unidas para a Ajuda e Reabilitação (conhecida pela sigla UNRRA), cujo
objetivo era fornecer ajuda aos povos libertados do domínio nazista.
Ao fim da guerra, tornava-se cada vez mais evidente que nem os países
conseguiriam restituir os recursos referentes ao Lend and Lease, nem a UNRRA
seria suficiente para promover a efetiva recuperação europeia. Diante desse
quadro, ao qual se somava uma nova configuração política internacional, foi
proposto um esquema de ajuda conhecido como Plano Marshall. Embora os gastos
do Plano Marshall tenham ocorrido apenas durante cerca de quatro anos, os
estímulos da economia americana sobre a economia europeia não se esgotaram
nesse período. A presença americana no território europeu, por exemplo, por
meio da OTAN, continuou a exercer algum efeito sobre a atividade econômica. Nos
anos do pós-guerra, o padrão da economia mundial para as próximas décadas foi
determinado por um lado, a hegemonia norte-americana, apoiada pelas
economias da Europa Ocidental e do Japão; por outro lado, a União Soviética e o
grupo de países do Leste Europeu ligados a ela.

b. A “era de ouro” (1950-1973)


O trauma da Depressão de 1929, o advento do Keynesianismo, a própria estrutura
herdada da Segunda Guerra e o espectro do socialismo levaram à Era de Ouro do
capitalismo, um período com elevado crescimento econômico, baixo desemprego e
controle inflacionário. A Era de Ouro do Capitalismo foi marcada por profundas
transformações e entre elas está a consolidação do envolvimento entre a política e a
economia através da ampliação da intervenção do Estado nas atividades econômicas.
Uma expressão da crise que levaria ao fim a Era de Ouro apareceu no sistema
monetário internacional com o fim da conversibilidade do dólar em ouro, a qual fora
estabelecida ao fim da Segunda Guerra.
c. O “Estado do Bem-Estar”. O Estado do Bem-estar, tal como foi definido, surgiu após
a Segunda Guerra Mundial. Seu desenvolvimento está intimamente relacionado ao
processo de industrialização e os problemas sociais gerados a partir dele. A Grã-
Bretanha foi o país que se destacou na construção do Estado de Bem-estar com a
aprovação, em 1942, de uma série de providências nas áreas da saúde e escolarização.
Nas décadas seguintes, outros países seguiriam essa direção. Ocorreu também uma
vertiginosa ampliação dos serviços assistenciais públicos, abarcando as áreas de renda,
habitação e previdência social, entre outras. Paralelamente à prestação de serviços
sociais, o Estado do Bem-estar passou a intervir fortemente na área econômica, que a
partir da regulamentar a todas as atividades produtivas a fim de assegurar a geração
de riquezas materiais junto com a diminuição das desigualdades sociais.

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