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História Econômica do Século XX – 02/2020

Fichamentos da Unidade 3
FICHAMENTO 1 (OBRIGATÓRIO - ALTERNATIVO):

SAES, F. & SAES, A. M. História econômica geral. São Paulo: Saraiva, 2013.
cap.17

(1) Objetivos do texto:

O texto nos mostra o quadro da economia mundial pós a segunda guerra mundial,
dadas as consequências também da primeira guerra e da crise surgida em decorrência
de 1929, que se extendeu à década seguinte. Os países tinham objetivo de deixar o
conflito para traz de forma diferente de como foi ao final da primeira guerra, para que
não se repetissem os mesmos conflitos.

O autor descreve então como a economia do pós-guerra se desenvolveu em um


mundo dividido pelo capitalismo liderado pelos Estados Unidos, desta vez os Estados
Unidos desempenhando um papel mais ativo na dinâmica internacional,
especialmente na reconstrução das potências europeias e do Japão. Na Ásia. Por outro
lado, os comunistas, liderados pela União Soviética, tiveram grande influência na
Europa Oriental e tentaram expandir sua influência na Ásia e nas Américas. Com
isso, o autor expõe o cenário da “era de ouro” do capitalismo e do estado de bem-estar
social. A primeira envolve o crescimento econômico, principalmente quando ocorre
pelas potências econômicas, ou o que é conhecido como crescimento econômico de
primeiro mundo nesse período. A segunda discute as ações que os estados estão
tomando para reduzir a desigualdade demográfica, mudando as atitudes em relação à
pobreza e ao desemprego.

(2) Argumentos desenvolvidos no texto:

O autor inicia sua argumentação falando do processo de recuperação adotado pelas


principais nações envolvidas no conflito. Primeiro ele fala que a recuperação não foi
um fruto das do mercado, mas sim envolveu as ações deliberadas dos governos dos
países que estavam envolvidos no conflito. É importante também destacar o fato de
não ter se repetido o pagamento em dinheiro como forma de punir os perdedores do
confronto não seria suficiente para garantir a recuperação dos países derrotados,
porém evita o enorme peso destes encargos, que dado as circunstâncias seriam
praticamente impossíveis de arcar. Uma diferença, foi a partilha do território alemão,
que foi dividido entre os países vencedores, para simplificar, a parte Ocidental ficou
sob a administração do bloco capitalista e a parte Oriental pelo bloco Socialista,
igualmente Berlim, situada no lado ocidental também foi divido em duas partes.

Com isso foi adotado o Plano Marshall que se inseria como uma estratégia
antissoviética, pois os recursos concedidos aos países europeus deviam permitir sua
recuperação e consolidar naqueles países uma economia capitalista, de modo a evitar
a possível adesão ao comunismo. Recursos do Plano Marshall também foram
oferecidos à União Soviética e aos países que vinham caindo sob sua influência.
Porém Stalin recusou os recursos oferecidos à União Soviética e impediu que os
demais países do bloco os aceitassem. Assim, ao fim de 1947, a Europa estava
claramente cindida em dois blocos. Então a recuperação das economias da Europa
Ocidental, que eram aliadas dos EUA, isso era visto como um elemento crucial para
impedir o avanço soviético pela Europa. Então a definição destes dois blocos
marcava, de certo modo, o início da chamada Guerra Fria entre o Leste e o Oeste.

O autor cita que mesmo após o período do Plano Marshall, as políticas econômicas
americanas, por meio de OTAN, continuaram a exercer algum efeito sobre a atividade
econômica. As ações americanas também se extenderam à Ásia. Com o início da
Guerra da Coreia, a economia japonesa também recebeu recursos norte-americanos
por meio de gastos realizados no território japonês.
Apresentando agora o contexto geral da chamada “Era de Ouro”, o primeiro país
citado será os Estados Unidos. A supremacia americana ao fim da Segunda Guerra
Mundial era incontestável, tanto do ponto de vista econômico como do militar. Essa
supremacia garantiu a posição hegemônica dos Estados Unidos na esfera mundial
durante a Era de Ouro. No entanto, ao longo do período, a distância entre os Estados
Unidos e os principais países europeus se reduziu. Porém apesar do crescimento mais
lento da economia norte-americana em relação à europeia, não se trata de um período
de estagnação: trata-se efetivamente de “anos dourados” também para a economia
norte-americana. A expansão da economia americana (e de certo modo também a
europeia) conjugava o crescimento da renda das famílias com a oferta de novos bens
derivados da inovação e uma estrutura empresarial que oferecia esses novos bens e
induzia seu consumo por meio de intensa propaganda.
Mas houve, claro, diferença entre a atuação dos estado e a dos europeus, como por
exemplo, o planejamento na França se fundava na definição de setores-chave em que
o investimento seria concentrado ou estimulado, admitindo que a expansão da
capacidade produtiva nesses setores induziria o crescimento do conjunto da
economia. Na Grã-Bretanha, também houve substancial avanço na intervenção do
Estado, sem adesão à proposta de planejamento econômico. A aplicação dos
princípios keynesianos também se fez de forma sistemática, agregando-se a essa
política substancial nacionalização de empresas privadas durante o governo
trabalhista do pós-guerra. No caso do Japão: aí o setor produtivo estatal não teve
maior expressão, porém por meio de intervenção e planejamento, a influência do
governo sobre o desenvolvimento da economia foi fundamental.
O caso da Alemanha é um exemplo da importância da intervenção estatal nas décadas
de 1950 e 1960. No final da Segunda Guerra Mundial, os Aliados pressionaram pela
ocupação do território alemão. Durante a ocupação americana, britânica e francesa da
Alemanha Ocidental, foram tomadas medidas para reduzir a participação do estado na
economia. Apesar destas medidas de privatização, o peso do Estado na economia
alemã continua elevado. Em suma, pelo menos na década de 1960, a Alemanha
Ocidental abandonou as propostas de uma economia mais próxima do livre mercado.
Portanto, a participação do Estado foi a base para o funcionamento econômico da
idade de ouro, e assim se desenvolveu o chamado Estado de bem-estar. No entanto, os
países principalmente da Europa Ocidental vão além: o estado de bem-estar também
busca garantir condições de vida adequadas e segurança para toda a população no
futuro. Em cada país, a segurança social fornecida pelo Estado cobre um leque
específico de garantias e serviços: pensões, seguro desemprego, serviços médicos e
educativos gratuitos, subsídios à habitação ou a construção de habitação de
arrendamento de baixo custo são algumas dessas formas. proteção social.
É claro que nem tudo veio após a Segunda Guerra Mundial, e novamente o que
aconteceu foi a enorme expansão desses direitos que levou muitos autores a
posicionar o estado de bem-estar como uma característica da Idade de Ouro. A
proporção da população coberta pela seguridade social, inicialmente apenas
trabalhadores industriais, foi ampliada para incluir os autônomos, trabalhadores
agrícolas e trabalhadores domésticos; ao mesmo tempo, os gastos sociais aumentaram
significativamente. Para concluir a argumentação o autor descreve que o impacto
positivo da inovação tecnológica dependia de condições que não lhe eram inerentes.
Desse modo, para Hobsbawm, a reestruturação do capitalismo (rumo a uma economia
mista) e a internacionalização da economia foram fundamentais para a prosperidade
da Era de Ouro.
Essa combinação não foi o resultado da livre ação do mercado cita o autor, mas sim
foi uma construção política que envolveu, primeiro, um consenso entre a direita e a
esquerda dos países ocidentais. Adicionalmente, exigiu um consenso entre patrões e
organizações trabalhistas para atender as reivindicações dos trabalhadores. Estas
deveriam ser mantidas dentro de limites que não afetassem os lucros correntes, nem
as expectativas futuras de lucro de modo a garantir os investimentos que geravam o
aumento da produtividade do trabalho.
No início da década de 1970, manifestaram-se sinais de que as bases desse pacto
passaram a ser colocadas em questão. Uma expressão da crise que levaria ao fim a
Era de Ouro apareceu no sistema monetário internacional com o fim da
conversibilidade do dólar em ouro.

(3) Impressões do estudante sobre o texto:

Nos fichamentos de textos de períodos passados, percebia que os EUA já eram no


período entreguerras, referência econômica mundial. Porém, não assumia seu papel
de influência internacional, algo que mudou após a segunda guerra mundial, já com
sua posição industrial, financeira e militar consolidadas como referência mundial.
Consegue-se perceber também a corrida para os primeiros passos da guerra fria que
viveria momentos de tensão entre as potências socialistas e capitalistas alguns anos
depois. Também vimos diferença entre o final das guerras, principalmente no que diz
respeito ao ônus carregado pelo perdedor. Dessa vez, só foi assegurado que a
Alemanha não tivesse condições de reestruturar sua indústria bélica, mas também foi
incluída na reconstrução do continente.

(4) Trechos que por alguma razão você queira destacar (com indicação de
página):

 Em suma, pode-se afirmar que, com pequenas variações, os países da Europa não
comunista caracterizaram-se por elevada participação do Estado na economia e pela
adoção de políticas econômicas de caráter keynesiano com objetivo de evitar tanto a
recessão como a inflação. Ou seja, a economia europeia na Era de Ouro afastou-se
radicalmente do modelo liberal de livre mercado que ainda era defendido por influentes
segmentos das sociedades.9 Tão ou mais expressivo desse afastamento do modelo liberal foi
a constituição do chamado Estado do Bem-Estar.
Página 464

FICHAMENTO 1 (OBRIGATÓRIO - ALTERNATIVO):

MAZZUCCHELLI, F. Os dias ao sol:a trajetória do capitalismo no pós-guerra.


Campinas: Facamp, 2013. cap.1

(1) Objetivos do texto:

(2) Argumentos desenvolvidos no texto:

(3) Impressões do estudante sobre o texto:

(4) Trechos que por alguma razão você queira destacar (com indicação de
página):

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