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Marilande Batista da Silva

Resumo Cap I, Mundo do Trabalho: Construção Histórica e Desafios Contemporâneos


BORGES, Lívia de Oliveira; YAMAMOTO, Oswaldo Hajime.O mundo do trabalho.In:
Zanelli,JoséCarlos. Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed,
2004. p. 24-62.

Resumo apresentado à disciplina Psicologia Organizacional do


Trabalho, do curso de Graduação em Psicologia da Faculdade Anísio
Teixeira, solicitada pela Professora Roberta Lima Machado de Souza
Araújo como requisito parcial obrigatório para obtenção do grau de
Bacharel em Psicologia.

FEIRA DE SANTANA – BAHIA


22/10/2020
O capítulo I Mundo do Trabalho: Construção Histórica e Desafios Contemporâneos,
autoria de Lívia de Oliveira Borges e Oswaldo H. Yamamoto, pertencente ao livro
Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil, tem como objetivo explicitar e ampliar
as concepções a respeito da palavra trabalho.

O texto refere-se a concepção do trabalho, sendo o ponto principal a sua degradação


e a sua glorificação, aborda a trajetória do conceito de trabalho, desde os antigos
tempos, quando os autores começam a discutir utilizando as ideias dos filósofos,
Platão e de Aristóteles sobre o que seria trabalho no período do Império Romano,
com o aparecimento do capitalismo e as concepções capitalistas liberais que
chegaram de repente e as concepções marxistas que nasceram posteriormente, as
duas últimas concepções são inseridas para retratar uma nova filosofia sobre o
trabalho. Os autores deste capítulo com a finalidade de representar suas convicções
sobre trabalho expõe as ideias de vários autores com diferentes pensamentos com
relação ao sentido de trabalho, pois para uns o trabalho torna-se o centro de tudo,
outros consideram como sendo uma mercadoria e uma forma de exploração e alguns
admitem que o trabalho glorifica o homem e traz o crescimento pessoal para o
mesmo. O texto também diserta sobre as tentativas de formulação e transformação
do conceito do trabalho após o capitalismo e as crises que a ele acompanharam. Com
a interferência do positivismo no século XIX teve surgimento a chamada
“administração cientifica”, tendo como principais pensadores Taylor e Fayol, sendo as
ideias de Fayol completares das concepções tayloristas. Apesar da administração
cientifica ter uma visão integrativa acabou por intensificar o processo de exploração
e alienação no trabalho. Igualmente com essa visão integrativo os outros pensadores
do capítulo trazem o movimento do fordismo, desenvolvido por Henry Ford, que
introduz no formato de trabalho a cadeia de montagem com o intuito de uniformizar
as produções e estabelecer um andamento controlado de trabalho. Embora, estes
modelos introduzirem inovações que geraram impacto na organização e gestão do
trabalho acabaram por também intensificar características como o parcelamento das
atividades e a monotonia do trabalho, assim resultaram por renovar e/ou reafirmar a
concepção capitalista tradicional do trabalho gerando uma negação das lutas de
classe.
Os autores também expõe, sobre a Construção do Estado do Bem-estar e a
Consolidação do Gerencialismo, retrata as construções gerenciais e
socioeconômicas para superação dos fatores históricos ocorridos na primeira metade
do século XX (a Grande Depressão, ascensão do nazismo e a Segunda Guerra
Mundial) que abalaram severamente o mundo do trabalho. Devido os acontecimentos
relatados anteriormente, foi preciso realizar mudanças no plano econômico e
destacou-se o surgimento do keynesianismo, que surgiu com ideias opostas as ideias
liberais (como o clico progressista), que eram centrais no capitalismo daquele
momento, pois Keynes acreditava que o capitalismo liberal era incompatível com a
estabilidade econômica, assim a ideia, tinha um ponto de vista mais complexa sobre
trabalho. Mediante essas novas ideias surge um novo modelo de desenvolvimento
que em seus acordos coletivos de trabalho apresentam instrumentos para lidar com
os conflitos capital-trabalho, este novo modelo recebe o nome de Estado do Bem-
estar (Welfare State). Após a efetivação desse modelo ouve um aumento da produção
de conhecimento sobre o ato de gerenciar, surgindo diversas abordagens e teorias
sobre o assunto, pois o gerencialismo possuía consigo diversos eixos relacionados a
economia. O modelo do Estado de Bem-estar foi responsável por uma onda de
progresso associada à ideia de bem-estar social, assim o trabalho passa a manter um
papel econômico/salarial e também possibilita qualidade as relações interpessoais e
de bem-estar, porém este modelo não aplicado de forma homogênea no mundo.
Do esgotamento e superação do Estado de Bem-estar e seus Impactos, retrata as
consequências das transformações históricas que ocorreram no quarto final do século
XX, como o declínio do “socialismo real” e a decadência do Estado de Bem-estar, e
como a sociedade lidou com tais transformações e em quais concepções de trabalho
resultaram. As modificações organizacionais e o esgotamento do Estado de Bem-estar,
explica que ao decorrer do esgotamento do modelo de Estado de Bem-estar as
organizações passaram a se modificar, usando tecnologias mais modernas na
produção, revolução também nos meios de comunicação, e surgimento de novos
estilos de administração, são as mudanças mais impactantes que ocorreram. No
entanto, com a resistência dos trabalhadores sobre essas novas mudanças, à
cadência da máquina o capital percebeu que não iria conseguir eliminar a iniciativa
operaria e nem privar o saber operário, então foi necessário criar estratégias para
lidar com esses trabalhadores e uma delas foi dando abertura à participação para
eles. Mesmo com o progresso de planos para os trabalhadores se conformarem com
as novas formas de trabalho, as tecnologias, em partes, ainda estavam gerando
agitação.

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