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Elaborado por:
ANA RAQUEL OLIVEIRA
HISTÓRIA A
12ºANO
Módulo 7
I. As Transformações das Primeiras Décadas do Século X
1. Um Novo Equilíbrio Global
1.1.A Geografia Política Após a Primeira Guerra Mundial. A Sociedade
das Nações
Surgiram assim na Europa no final do conflito a Finlândia, Estónia, Letónia, Lituania, Polónia,
Checoslováquia, Jugoslávia e Hungria, na Ásia, a Arábia, Curdistão, Arménia, territórios sob
mandato da SDN, a Síria, Líbano, Mesopotâmia e Palestina.
A Alemanha era, no entanto, a potência mais afetada. Além da perda de territórios na África e
Ásia perdia também o seu enorme poder militar.
Entre os alemães o sentimento de vingança desenvolveu-se ao longo dos anos tendo como
principal alvo a França, considerada responsável pelas duras condições de derrota impostas pelos
aliados, o Diktat.
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perda dos territórios coloniais
separação da Prússia Oriental do território alemão
Devolução dos territórios da Alsácia e Lorena à França…
perda de grande parte da frota mercante.
ocupação pela França das minas do Sarre e da Renânia.
pagamento de indemnizações de guerra
desmilitarização da Alemanha com perda de grande parte do exército e da infantaria
além da frota naval e aviação de combate.
desmilitarização da margem direita e esquerda do Reno com ocupação das regiões de
fronteira com a França, por exércitos deste país.
Vários problemas acabaram por limitar o alcance de intervenção da S.D.N. dificultando a sua
missão e retirando-lhe eficácia:
Os países vencidos pela guerra como a Alemanha não faziam parte da organização e
alguns dos vencedores como Portugal ou a Itália não se mostraram satisfeitos com as
reparações pagas pelos países agressores.
Isolacionismo dos E.U.A.
Regulamentação das fronteiras e a satisfação das reivindicações das minorias nacionais,
muito criticada nos países vencidos criando animosidades e oposição às condições dos tratados
de paz. O Diktat de Versalhes foi por exemplo muito criticado pelos alemães.
As relações estabelecidas entre a Alemanha e alguns dos países vencedores da guerra
dificultaram a tomada de posições contra as manobras e atividades belicistas de Hitler ao longo
dos anos 30.
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As reparações de guerra fizeram com que a S.D.N. perdesse grande parte da sua credibilidade e
margem de manobra.
A situação da Europa no pós-guerra era muito difícil, destruição, quebra demográfica, inflação
galopante e desvalorizações monetárias acentuadas.
A guerra permitiu grande prosperidade aos Estados Unidos da América. No entanto sentiu os
efeitos críticos de um período de excesso de produção, mas a economia conseguiu recuperar
através da adoção generalizada do novo modelo de produção industrial, da concentração
monopolista de empresas beneficiando ainda do relançamento da economia europeia. Também a
adoção pelos países europeus do Gold Exchange Standard permitiu a reanimação do comércio
internacional. Os E.U.A. tornaram-se o grande financiador das economias europeias
nomeadamente a alemã permitindo-lhe o pagamento das reparações e indemnizações que eram
devidas ao Reino Unido e à França.
A imagem de
Autor e o abandono do sistema padrão-ouro que,
Provocou défices enormes na balança de pagamentos
Desconhecid
mais tarde, seria retomado. Só quase 10 anos o está
após o fim da Guerra, se começaram a estabilizar as
licenciada ao
moedas e a controlar os défices orçamentais. abrigo da
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A 1.ª Guerra Mundial provocou a decadência e empobrecimento dos países europeus. Durante a
Guerra, os EUA conseguiram um enorme desenvolvimento económico à custa da Europa que não
conseguia produzir para si nem para os seus mercados internacionais. Assinada a paz, a economia
americana conhece uma depressão, mas consegue a reconversão rápida e a década de 1919-1929
foi de uma grande prosperidade económica, à custa:
O progresso técnico e o “fordismo” são também fatores importantes dessa prosperidade. No início
desta década, os EUA tinham cerca de metade do “stock” de ouro mundial. Os europeus eram os
grandes devedores dos EUA que se tornaram protecionistas, relativamente aos produtos e
imigrantes europeus.
Não trouxeram os efeitos esperados. Por outro lado, em termos políticos, o Conselho dos
Comissários do Povo, controlado por Lenine vai, pouco a pouco, retirando o poder ao Congresso
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dos Sovietes. Mas tudo se agrava com o início da Guerra Civil (entre o exército vermelho e o
exército branco), a partir de abril de 1918. Neste contexto de grandes dificuldades, Lenine
proclama a ditadura do proletariado e implanta o “Comunismo de Guerra” que consiste num
conjunto de medidas que Lenine considera justificadas pelo clima de guerra civil (que se vive na
Rússia entre 1918 e 1921) e que se caracteriza pelo controlo total da economia e pela imposição
duma política de terror contra todos os oposicionistas.
Terminada a Guerra Civil com a vitória do “exército vermelho” e estando o país a atravessar uma
grave crise económica, bem evidente na diminuição da produção agrícola e industrial, Lenine
decidiu adotar, a partir de 1921, uma Nova Política Económica que se caracterizou por um
conjunto de medidas de liberalização económica controlada que, na prática, consistiram
na liberalização do comércio interno, na privatização das pequenas empresas e na autorização a
investimentos estrangeiros. Só os transportes, a banca, o comércio e a indústria pesada
permaneceram sob controlo estatal. É claro que estas medidas representaram um “passo atrás” na
construção de uma sociedade sem classes, ao fazerem surgir novos-ricos (os “Kulaks” pequenos
proprietários de terras e os “Nepmen” homens de negócios ligados à pequena indústria e ao
comércio interno).
O Partido Comunista é o único partido então permitido na Rússia. É a ele que compete a
condução da Revolução e a vigilância do funcionamento das estruturas do regime soviético. No
ano da revolução (1917) apregoou-se a democracia dos Sovietes (onde estavam representados os
operários, camponeses e soldados), mas agora impõe-se o centralismo democrático de todas as
instituições soviéticas (Estado e Partido Comunista).
É uma estrutura piramidal, em que os membros de cada órgão são eleitos pela
organização que o antecede na escala hierárquica. Mas são as instâncias superiores que
nomeiam os quadros mais importantes.
A III Internacional (“Komintern”) ou “Internacional Comunista” reuniu-se regularmente na
Rússia, a partir de 1919, com o objetivo de incentivar, em termos internacionais, a luta contra o
capitalismo, incentivando a formação de partidos comunistas revolucionários noutros países,
prontos a seguir o exemplo russo.
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Na conjuntura das grandes dificuldades com que se debateram os países europeus do pós-
guerra, os regimes parlamentares e as democracias liberais não conseguiram resolver os reais
problemas com que se debatiam as populações:
crise económica
desemprego
inflação
agitação social
E, por isso, viraram-se para soluções autoritárias.
Estas mudanças políticas foram acompanhadas, também por importantes transformações em
termos de vida urbana. Devido ao progresso dos transportes, à concentração industrial e aos
surtos migratórios dos meios rurais, a população urbana cresceu ininterrompidamente na 1.ª
metade do séc. XX. Este facto traz consigo novos problemas:
novos modos de vida
hábitos consumistas
novas sociabilidades
casos de marginalidade e de anomia social
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alguns sectores empobrecidos e proletarizados engrossaram as fileiras da agitação
revolucionária;
a maioria humilhada na sua honra e dignidade, indignada e revoltada contra a ascensão
de alguns sectores do proletariado, amantes da ordem e da disciplina, sente-se facilmente
atraída pela propaganda nacionalista e pelas promessas de autoridade e disciplina
anunciadas demagogicamente por forças políticas em forte ascensão.
Era o tempo das ditaduras que se aproximava com o avanço da extrema-direita e o triunfo de
regimes totalitários na Hungria, na Itália, na Turquia, na Espanha, na Albânia, na Lituânia, na
Polónia, na Jugoslávia e Portugal.
Mas era a evolução política da Alemanha aquela que prenunciava consequências mais trágicas
para a História do século XX europeu.
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No séc. XX, assiste-se a uma reação antipositivista e antirracionalista. Na origem deste
fenómeno está a mudança de atitude dos homens da ciência. De facto, surgem novas e
revolucionárias conceções científicas entre as quais, o relativismo, segundo o qual todo o
conhecimento é relativo (dependendo dos fatores contextuais e circunstanciais).
A teoria da relatividade apresentada por Einstein, entre 1905 e 1915, punha em causa as
antigas conceções da matéria e sustentava que o espaço e o movimento não eram
absolutos, mas relativos um ao outro. Os objetos não têm só três dimensões, mas uma
quarta, a dimensão do tempo.
No campo das ciências humanas, surge a Psicanálise, criada por Sigmundo Freud, numa
tentativa de compreensão do comportamento humano, explorando o seu subconsciente e/ou
inconsciente. As outras ciências humanas repensam, igualmente, as suas metodologias.
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Expressionismo Sobrevalorização do Eu e das
angústias da existência,
dramatismo na utilização de tons
fortes e ambientes pesados onde
o pessimismo está presente
rejeitando o classicismo
romântico.
Cubismo analítico Decomposição do espaço
tridimensional e geometrização
multidimensional da realidade.
Os objetos expõem várias
facetas do Eu simultaneamente
atingindo uma essência.
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Surrealismo Projetava o inconsciente e
onírico na obra de arte
explorando o psiquismo dos
autores. Terreno de divagação
de várias correntes técnicas o
surrealismo sublinhava o retrato
do mundo inconsciente dos
sujeitos.
À semelhança do que aconteceu nas artes, e pelas mesmas razões, a literatura, no início do
século XX, conheceu também uma verdadeira revolução que pôs em causa, às vezes de forma
radical, os valores e as melhores tradições literárias. Assistiu-se a uma libertação da obra
literária face à realidade completa:
algumas obras voltaram-se para a vida psicológica e interior das pessoas, rejeitando, por
vezes, as regras da moral, da família e da sociedade.
Com a participação na Guerra, Portugal viu agravarem-se os seus problemas económicos que,
por tradição vêm dos séculos anteriores. A Guerra representou um grande custo financeiro e
ocupou parte significativa da mão-de-obra masculina jovem. Por isso, as dificuldades foram
maiores.
No domínio agrícola, Portugal adiou a “reforma agrária” e continuou carente de trigo para
fazer o pão, recorrendo a importações que ajudava a pagar para manter o preço do pão o mais
baixo possível, evitando assim a fome das classes urbanas pobres. Portugal continuava a ser um
país rural, cuja população vivia, sobretudo, da exploração de:
Vinho
Cortiça
Frutas
Pastorícia
A instabilidade política da 1ª República (45 governos) também não ajudou à tomada de
decisões estruturais capazes de fazer renascer a economia, em bases sólidas.
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industrial não foi maior porque se registaram algumas insuficiências, designadamente ao nível
das infraestruturas dos transportes e comunicações (a rede ferroviária e viária quase estagnou
após “fontismo”). Os portos de Lisboa e Leixões não estavam devidamente apetrechados e a
nossa marinha mercante também não se modernizou.
Os problemas financeiros do País agravaram-se com a participação de Portugal na 1.ª Guerra
Mundial. O défice orçamental, a dívida pública e a desvalorização da moeda foram motivo
de diversas crises governamentais e de instabilidade política. A depreciação do escudo provocou
a fuga de capitais e o aumento dos preços. As reservas de ouro desceram e o país foi obrigado a
uma política de austeridade orçamental. O país atravessou grandes dificuldades que estão na
base da queda do regime republicano.
Apesar da situação geral do país apresentar alguns sinais de melhorias a partir de 1923, com
a atenuação do défice
o controlo da dívida pública
a estabilização da moeda
um maior êxito na luta contra o analfabetismo
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A publicação da Revista “Orpheu” serviu para revelar o carácter inovador, mas também
polémico, do modernismo português, o seu futurismo que faz a convergência das letras com
as artes, deixando o país escandalizado ao fazerem dissertações agressivas que exaltavam o
homem de ação e propunham um corte radical com o passado.
O 2.º grupo modernista português deu vida à revista coimbrã “Presença” de que saíram 54
números, entre 1927 e 1940. Nas suas páginas, transparece um certo ceticismo decorrente da
falência dos princípios doutrinários da República. Proclamaram a sua independência política e
foram influenciados pelo intuicionismo e pela psicanálise freudiana.
No que respeita às artes plásticas, na 1.ª metade do séc. XX, em Portugal, o
naturalismo continuou a prevalecer. A “arte moderna” começa a notar-se a partir de 1911,
com o regresso de alguns pintores de Paris. Na escultura predomina, também, o naturalismo.
A ideia da modernidade é trazida por Diogo de Macedo e Francisco Franco.
A arquitetura trouxe alguma arte nova, com o recurso a novos materiais (ferro, vidro e betão).
Em 1928, os norte-americanos acreditavam que o seu país atravessava uma fase de prosperidade
infindável. No entanto, essa era, revelar-se-ia precária.
Havia indústrias (como a extração do carvão, construção ferroviária, os têxteis tradicionais e os
estaleiros navais) que ainda não tinham recuperado da crise 1920-21.
A intensiva mecanização também fazia com que houvesse maior desemprego
A agricultura não se mostrava compensadora para os que a ela se dedicava, sendo que as
produções excedentárias originavam preços baixos e queda de lucros.
Existia também uma facilitação de crédito, por parte dos bancos que, mantinham o poder de
compra americano artificialmente. Grande parte dos automóveis, eletrodomésticos e imóveis
tiveram sido pagos em prestações com base no crédito.
Também a crédito se adquiriam as ações que os americanos detinham nas empresas.
Acreditando na solidez da economia, na ambição da riqueza fácil e de promoção muitos
investiam na bolsa, onde a especulação aumentava.
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A Dimensão Financeira, Económica e Social da Crise
Desde 21 de outubro que as ordens de venda das ações se acumulavam na Bolsa. Os grandes
acionistas estavam alarmados com a descida dos preços e dos lucros industriais que se faziam
sentir.
No entanto, foi a 24 de outubro de 1929 que se instalou o pânico – Quinta-Feira Negra – As
ações na bolsa tiveram sido postas a preços baixíssimos, mas que não encontraram comprador.
A 29 de outubro, um maior número de ações (16 milhões) conheceu o mesmo destino,
dando-se o Crash de Wall Street.
A maior parte das ações tinha sido adquirida a crédito, o que significou a ruína dos
bancos uma vez que deixaram de ser reembolsados. Entre 1929 e 1933, fecharam mais de
10 mil bancos, o que fez com que a economia paralisasse uma vez que os bancos eram a base
da prosperidade americana pois forneciam o crédito;
As empresas faliram devido à descapitalização dos acionistas e pelas restrições de
crédito, aumentando assim o desemprego para 12 milhões de pessoas em 1932;
A produção industrial contraiu-se e os preços baixaram;
A superprodução leva à redução da produção e à deflação, caracterizada por uma baixa
dos preços dos produtos industriais e agrícolas. A baixa dos preços não favorece ninguém:
nem os produtores e industriais que vêm diminuir os seus lucos, nem a população que não
tem poder de compra para os produtos em excesso;
No campo, mercê de bons anos agrícolas, os excedentes agrícolas também se acumulam,
sem encontrarem compradores e os agricultores vão à ruína. Muitos destroem os seus
produtos em excesso para aumentar o seu valor;
Muitas famílias mergulham na ruína e outras percorrem o país, em busca de trabalho
encontrando as fábricas fechadas;
Os salários sofreram cortes drásticos e os homens passaram a oferecer-se a preços
baixos para qualquer tipo de trabalho, sendo que as pessoas devido às dificuldades
recorrem à sopa dos pobres, onde se formam filas intermináveis;
Cada vez mais havia bairros de lata e um aumento da delinquência, corrupção.
“gangsterismo”.
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A Mundialização da Crise; A Persistência da Conjuntura Deflacionista
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O ressentimento resultante da humilhação provocada pela derrota na guerra ou por uma
vitória sem recompensas;
O receio do avanço no comunismo (no caso dos regimes de direita);
A fragilidade das democracias liberais.
A ideologia foi liberada pela Itália (fascismo) e Alemanha (nazismo) que tinha como
características:
Totalitarismo (primazia do Estado sobre o indivíduo) e o antiparlamentarismo (ao
contrário do sistema pluripartidário, presente nas democracias) impondo-se o partido
único, fazendo com que o exercício do poder legislativo fosse menosprezado;
Antissocialista: opõe-se ao socialismo, pois segundo este o indivíduo é a expressão
da classe social em que está inserido e luta por esta. No fascismo a luta de classes é
algo condenável, uma vez que divide a Nação e enfraquece o Estado. Assim, o
fascismo concebeu, na Itália, um modelo de organização socioeconómica –
corporativismo, destinado a promover a colaboração entre classes.
Culto do chefe/elites: separação de poderes deixa de existir, centralizando-se na
figura de um líder inquestionável que representa a Nação;
Culto da força e da violência: a oposição política é considerada um entrave, por
isso, deve ser aniquilada pela repressão policial, logo, a violência está na essência dos
regimes, valoriza-se o instinto e a ação;
Autarcia como modelo económico: implementação de uma política económica de
intervenção do Estado para se atingir um ideal de autossuficiência e acabar com o
desemprego;
O nacionalismo exagerado: devia-se sacrificar tudo pela Pátria;
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Utilização da censura, polícia política e propaganda como meio de difundir os
ideais do regime.
O Estalinismo
Após a morte de Lenine gerou-se uma crise de sucessão. Desde 1928 a 1953, foi Estaline quem
governou a URSS. Este empenhou-se na construção da sociedade socialista e na transformação
desta na grande potência mundial.
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Conseguiu a concretização destes objetivos através da coletivização dos campos, planificação
económica e do totalitarismo repressivo do Estado.
Desde 1929, a coletivização dos campos avançou a ritmo acelerado. Considerava-se que a
coletivização rural era necessária ao avanço da indústria, uma vez que libertaria mão de obra
para as fábricas e fornecia alimentos para os operários.
Tiraram-se as terras aos kulaks (classe de camponeses ricos) e foram dadas aos camponeses,
sendo que toda a produção era entregue ao Estado. Com a resistência na entrega, começaram
a pagar um imposto para puderem vender os excedentes:
As novas quintas coletivas, ou cooperativas de produção designavam-se Kolkhoses – retirada
das terras aos kulaks, que passam a ser trabalhadas pelos camponeses da mesma aldeia.
Também existiam os Sovkhoses – terras do Estado que são trabalhadas por assalariados.
A URSS tornou-se autossuficiente na produção de cereais, algodão e beterraba sacarina.
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Os cidadãos viram-se privados das liberdades fundamentais
Toda a sociedade ficou enquadrada em organizações que a vigiavam.
Os artistas tinham que ser fiéis ao partido;
O Partido Comunista monopolizava o poder político: às eleições apenas se apresentavam os
candidatos pelos membros do partido propostos; por sua vez, o centralismo democrático
permitia-lhe o controlo dos órgãos do Estado;
A superintendência da economia cabia ao Estado: fazia-o através da coletivização e da
planificação;
A cultura foi obrigada a exaltar o Estado Soviético e a render culto à personalidade do seu
chefe, Estaline.
Desde 1924 as nomeações para o partido competiam a Estaline estando em 1939, os velhos
bolcheviques afastados dele, em virtude de um processo sistemático de depurações.
O Partido Comunista, revelou-se profundamente burocratizado e disciplinado, facilitando o
reforço dos poderes do Estado.
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No entanto, as proporções adquiridas no mundo pela crise de 1929 provaram o contrário.
O economista britânico Keynes, duvidou da capacidade autorreguladora da economia
capitalista, chamando a atenção para um maior intervencionismo por parte do Estado.
Keynes, com o Keynesianismo:
Criticava o liberalismo económico;
Defendia a intervenção do Estado;
Não defendia um Estado protecionista;
Considera que o Estado deve controlar os setores importantes da economia, para evitar o
desemprego (emprego – salário – compra – aumento dos lucros das empresas).
Em 1932, nos EUA, quando Franklin Roosevelt é eleito, aproveita a teoria de Keynes.
Deste modo pôs em prática um conjunto de medidas, que ficaram conhecidas pelo New Deal:
1ª Fase (1933-1934): estabeleceu como metas o relançamento da economia e a luta contra o
desemprego e a miséria.
Para acabar com o desemprego instaura uma política de grandes trabalho (construção de
escolas, aeroportos, estradas, etc.) e toma medidas financeiras rigorosas como o
encerramento dos bancos, o abandono do padrão-ouro (o dólar deixa de ter equivalência ao
ouro e é desvalorizado para diminuir a dívida externa), levando à subida dos preços mediante
uma inflação controlada, que aumentou os lucros da empresa.
Em relação à agricultura os camponeses vão ser obrigados a reduzir a área de cultivo, vão
receber indeminizações sendo que por esta redução o Estado vai-lhes fornecer juros
bonificado (juro que tem sempre o mesmo valor).
Vai ainda conceder 500 milhões de dólares para os mais pobres, cria campos de trabalho para
os jovens desempregados e intervém também a nível da indústria, determinado o quanto se
pode produzir (quotas) e estipula o preço máximo e mínimo dos produtos (evitando a
concorrência) e declara-se um salário mínimo para os trabalhadores e liberdade sindical;
2ª Fase (1935-1938): tem um caráter essencialmente social, dado que vai determinar: s
subsídios de desemprego
pensões de invalidez
salário mínimo
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O Estado assume na plenitude os ideais do Estado-Providência, isto é, do estado
intervencionista que promove a segurança social de modo a garantir a felicidade, o bem-estar e o
aumento do poder de compra dos seus cidadãos.
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Controlo exercido pelo Estado no Banco de França, nacionalização das fábricas e armamento
e regularização da produção e do preço dos cereais.
No entanto, esta coligação só durou até 1939, devido à oposição de grandes empresários e pelo
próprio fracasso da política económica de Blum.
A Cultura de Massas
Cultura de Massas
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Utiliza uma linguagem simples e atrativa, com frases curtas e diálogos informais.
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