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O ano
MÓDULO 6
A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL – ECONOMIA E SOCIEDADE; NACIONALISMOS E CHOQUES
IMPERIALISTAS
1. As transformações económicas na Europa e no Mundo
2. A sociedade industrial e burguesa
3. Evolução democrática, nacionalismo e imperialismo
DOC. 1 DOC. 1 Queixas de membros das Câmaras de Comércio de Birmingham e Sheffield (1885-1886)
1 Nós fornecíamos outrora as nossas armas ao mundo inteiro […]. Hoje, a maior parte dos
governos meteu-se a fabricá-las e a América popularizou as suas armas de Springfield e
Winchester. Ainda fornecemos armas de luxo. Mas a Bélgica levou-nos tudo o resto. […]
Tínhamos o monopólio dos parafusos e pregos. Ao abrigo das tarifas aduaneiras, a Alemanha e
a América desenvolveram as suas fábricas […]. Os botões que vendíamos a toda a Europa,
5 chegam-nos hoje da Alemanha. O fio de ferro alemão vende-se hoje nas nossas lojas de
Birmingham […].
No reino, pode dizer-se que o interesse de Sheffield está ligado aos interesses da classe agrícola:
é ela que compra os nossos utensílios e as nossas máquinas agrícolas e a nossa cutelaria. […]
Ora, a ruína da nossa agricultura pelas importações da América, da Índia, da Rússia e de outros
10 países, é demasiado evidente […]. O camponês […] restringe (pois) o seu consumo. Fora, os
EUA eram o nosso grande consumidor. Mas, de potência agrícola eles quiseram tornar-se
industriais, e as suas tarifas protetoras permitiram às suas fábricas estabelecer-se. Esse mercado
está-nos hoje fechado […]. A França duplicou as suas tarifas […] e os Russos também nos
fecharam os seus mercados […]. Nas nossas colónias, a concorrência estrangeira, as alfândegas
15 e as más colheitas atuam igualmente contra nós […]. A Alemanha tomou o caminho dos nossos
mercados, o endereço dos nossos clientes, e, vendo os nossos lucros, falsificou as nossas
marcas. […]
Creio que o único meio de nos ajudar seria fundar entre a metrópole e as nossas colónias uma
Federação, com o regime de livre-câmbio entre todos os membros, e estabelecer o regime de
reciprocidade com o resto do mundo.
Em Gustavo de Freitas, 900 Textos e Documentos de História, 1976
Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas
1. Nomeie a potência industrial, onde se emitem as queixas constantes do Doc. 1.
Inglaterra OU Grã-Bretanha OU Reino Unido
2. Os “EUA […] quiseram tornar-se industriais” e afirmaram-se enquanto potência industrial, ao
longo do século XIX, sobretudo devido à
3. Associe os excertos do Doc. 1 que constam da coluna A aos conceitos que lhes
correspondem (coluna B)
Coluna A Coluna B
1.
(A) “Nós fornecíamos outrora as
2. 1) Capitalismo industrial
nossas armas ao mundo inteiro
[…].” 3.
4. 2) Livre-cambismo.
(B) “Esse mercado está-nos hoje 5.
fechado […] e os Russos também
6. 3) Protecionismo
nos fecharam os seus mercados
[…].” 7.
4) Concentração industrial
(C) “Mas, de potência agrícola eles 8.
quiseram tornar-se industriais […].”
5) Ciclo económico
4. Apresente dois fatores do fim da supremacia industrial britânica no final do século XIX.
Os dois fatores apresentados devem ser articulados com a informação contida no Doc. 1.
dificuldade em lutar contra uma concorrência cada vez maior, e Industrialização recente de
outros países, como a Alemanha ou os EUA- “Tínhamos o monopólio dos parafusos e dos pregos. Ao
abrigo das tarifas aduaneiras, a Alemanha e a América desenvolveram as suas fábricas.”
Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas
GRUPO II ─ A sociedade oitocentista
2. Explicite dois fatores que contribuíram para a emergência das classes médias.
Tendência de crescimento da percentagem de população ativa no setor terciário, nos países
industrializados; aumento e valorização das profissões liberais (médicos, engenheiros,
advogados, ...) ;
GRUPO III
Um─novo
Rivalidades e afrontamentos
Tempo da História, imperialistas
11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas
DOC. 1 A Conferência
Capítulo de Berlim
VI – Condições (1885)
essenciais a preencher DOC. 2 A expansão colonial
para que as novas ocupações no continente
africano sejam consideradas efetivas.
Art. 34.o – A Potência que, doravante, tome posse
de um território africano fora das suas possessões
atuais, ou que o adquira ou estabeleça aí um
protetorado, fará acompanhar a Ata respetiva de
uma notificação dirigida às outras Potências
signatárias da presente Ata, a fim de fazer valer
eventuais reivindicações.
Art. 35.o – As Potências signatárias da presente
Ata reconhecem a obrigação de assegurar nos
territórios ocupados por eles no continente
africano, a existência de uma autoridade
suficiente para fazer respeitar os direitos
adquiridos e, se for caso disso, a liberdade de
comércio e de trânsito nas condições estipuladas.
Extratos da Ata Geral da Conferência de Berlim, Gravura de “Le Petit Journal” (nov. 1911), onde
26 de fevereiro de 1885 (tradução das autoras) se lê: “A França vai poder trazer a Marrocos a
civilização, a riqueza e a paz.”
Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas
1. Ordene os factos que se seguem, relativos aos choques nacionalistas e imperialistas dos
finais do século XIX e inícios do século XX.
(A) Proclamação do Império alemão, em Versalhes, após derrota da França 2…
(B) Conferência de Berlim 3….
(C) Assassinato do Arquiduque Francisco Fernando, em Sarajevo 5….
(D) Formação da Tríplice Entente Cordiale 4….
(E) Proclamação de Vítor Manuel II rei de Itália 1…..
4. Desenvolva o tema O domínio da Europa sobre o mundo dos finais do século XIX às
vésperas da Primeira Guerra Mundial, apresentando dois elementos/aspetos de cada
um dos seguintes tópicos de orientação:”
Tópico 1 – Princípios em que se baseia o nacionalismo europeu
Identidade nacional definida pela comunhão de raça, língua, história e tradições culturais comuns;
Princípio liberal das nacionalidades
Princípio da ocupação efetiva de territórios coloniais, estabelecido na Conferência de Berlim
Princípio racista
Superioridade económica da Europa relativamente a África ou à Ásia como legitimação do domínio
político;
movimentos emancipacionistas no Império Austro-Húngaro, onde magiares, romenos, checos, eslovacos,
eslovenos, sérvios e croatas contestavam o predomínio cultural e político dos alemães, que
representavam apenas um quarto da população total;
Movimento de unificação nacional na Itália
Tópico 2 – Expansão geográfica do imperialismo europeu
Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas
Política de opressão dos eslavos, dos finlandeses e povos bálticos, dos turcos, dos arménios, georgianos,
por parte do Império Russo;
Política de submissão das nacionalidades, por parte do Império Austro-Húngaro, sobre magiares,
romenos, checos, eslovacos, eslovenos, sérvios e croatas;
ocupação de novos territórios para afirmação do domínio europeu sobre o mundo;
Colonialismo em África
Colonialismo na Ásia
Sujeição política indireta pelo estabelecimento de protetorados;
Controlo económico, através da obtenção de concessões
Expansão do imperialismo britânico e do imperialismo alemão à América do Sul.
Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas