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DOMÍN

CRÉDITOS

Comandante da Escola de Comando e Estado Maior da Aeronaútica


Maj Brig Ar José Virgílio Guedes de Avellar

Diretor do Instituto de Esducação a Distância (IEAD)


Romero Serra Freire Lobo - Cel Int

Conteudista
Evandro Aléssio Rodrigues Pereira - Ten Cel DENT

Design Educacional
Renata Lopes Machado Romanholi - 2º Ten PED

Web Design & Design Gráfico

Aline Maira de Cássia Pereira - 2º Ten PED


Clovis Da Cruz Oliveira Neto S2 SNE
APRESENTAÇÃO

Este e-book, denominado Domínio Marítimo, faz parte da disciplina Poder


Militar, foi desenvolvido com os seguintes objetivos:
a) compreender aspectos históricos que levaram ao despertamento de teóricos para a
análise do domínio marítimo;
b) compreender o pensamento estratégico de pensadores como Mahan e Corbett e
apontar a influência desses autores no desenvolvimento da estratégia marítima.

Mahan é um teórico e historiador naval influente. O capítulo de abertura do


trabalho seminal de Mahan sobre o poder marítimo apresenta suas ideias sobre estratégia
naval, incluindo seus principais princípios que regem o comando do mar. Observe a influência
de Jomini em sua compreensão de estratégia e operações marítimas.
Corbett, um contemporâneo de Mahan, emergiu como o principal teórico naval
da Inglaterra antes da Primeira Guerra Mundial. Neste trabalho, ele expõe sua visão sobre a
estratégia marítima, enfatizando a importância do comando do mar, o princípio da “frota em
ser” e a relação entre as forças terrestres e navais. Observe a influência de Clausewitz em seu
pensamento.
O Trabalho de Violante (2015) com o título de “A teoria do poder marítimo de
Mahan: uma análise crítica à luz de autores contemporâneos”, tem como objetivo principal
analisar os principais pontos (fortes e fracos) da teoria do poder marítimo de Mahan (seus
aspectos polit́ ico- econômicos, militares e geopolit́ icos) à luz das crit́ icas efetuadas
principalmente por Corbett e outros autores contemporâneos, também abordando, de forma
sucinta, como esses autores/analistas de estratégia influenciaram o poder marit́ imo mundial ao
longo dos anos, inclusive o poder marítimo brasileiro, principalmente no pensamento do
historiador e oficial de Marinha Armando Amorim Ferreira Vidigal (1929-2009).
Desejamos, portanto, que realize um estudo produtivo, rico em experiências e
reflexões.
Pronto(a) para começar? Então, vamos em frente!
1. INTRODUÇÃO
O domínio dos mares sempre foi um dos principais objetivos dos seres
humanos. Os primeiros homens deslocavam-se sobre terra em busca de água, alimentos ou,
ainda,locais com condições climáticas mais favoráveis. O mar estava ao seu alcance, mas não
muito além das ondas. Quando o homem decidiu por avançar sobre ele, descobriu ser esse um
bom caminho para sua evolução e para novas experiências.
O mar não se trata apenas de uma imensa extensão de água sobre o globo
terrestre,pelo contrário, é um meio vital de comunicação e meio capaz de unificar os
povos,além de representar um fator determinante no desenvolvimento de um Estado, bem
como deseu poderio militar-naval(COSTA, 2018).
O americano Alfred Thayer Mahan, um dos expoentes do pensamento
estratégico do domínio marítimo, afirmou em sua obra The lnfluence of Sea Power Upon
History, aspectos fundamentais a serem observados para as nações banhadas pelo mar.A
navegação, como meio para o deslocamento de bens para trocas e comercialização além-mar,
bem como portos seguros das colônias para a proteção dos navios, seriam considerados pelo
autor fatores essenciais para garantir o sustento da nação (MAHAN, 1890).
Ao observarmos a história, após o domínio de Portugal e Espanha no processo
de expansão marítima, e do surgimento de novas potências navais, como França e Holanda, a
Inglaterra surge, dominando as principais Linhas de Comunicação Marítimas (LCM) e
fortalecendo o Império Britânico. Tal domínio fez com que ela fosse referenciada como a
“rainha dos mares”, o que mais tarde mostrou-se objeto de estudo de pensadores do Poder
Naval.
Na segunda metade do século XIX, o pensamento sobre a guerra terrestre foi
dominado por questões impulsionadas por novas tecnologias – armas, ferrovias,
comunicações telegráficas etc – que aumentaram dramaticamente a capacidade dos exércitos
de infligir baixas (MORAN, 2002).
O fardo da teoria estratégica às vésperas da Primeira Guerra Mundial foi,
portanto, para preservar a utilidade da guerra como um instrumento de política em face da
pressão crescente de duas fontes: tecnologia industrial e capitalismo. Quando aplicado à
guerra terrestre, o efeito foi concentrar a atenção em questões táticas e organizacionais. O
sucesso estratégico passou a ser identificado com o sucesso tático, sobretudo com a vitória no
primeiro grande choque de armas no início de uma guerra, do qual decorreriam todos os
resultados subsequentes.
Essas mesmas forças técnicas e econômicas também pressionaram as marinhas,
cujas atividades anteriormente não haviam sido de grande interesse para os teóricos militares.
Na era da Vela, a guerra naval era um problema tecnicamente mais exigente do que a guerra
terrestre: construir, manter e combater navios de guerra exigia todo tipo de conhecimento
especializado, além de uma infraestrutura muito mais elaborada do que a exigida para uma
força terrestre. No entanto, a guerra naval não havia sido submetida a uma análise abrangente,
uma vez que seus efeitos estratégicos foram considerados razoavelmente bem explicados por
outro campo emergente da teoria social: a economia(MORAN, 2002).
As marinhas foram os instrumentos pelos quais os impérios europeus foram
criados. O mar também era a única via pela qual grandes quantidades de mercadorias podiam
ser deslocadas. Esses fatos definiram o papel básico das marinhas na guerra, que era
interromper o comércio marítimo do oponente, enquanto garantia o seu próprio.
Para Moran (2002), no domínio terrestre a ideia foi concentrar a atenção na
destruição rápida do inimigo e enfatizar a eficiência da nova tecnologia, cuja maior letalidade
pretendia tornar a guerra menos destrutiva e mais breve.
Em alto mar, no entanto, uma avaliação mais minuciosa era necessária. Não foi
possível separar completamente a guerra marítima do comércio civil que a rodeava. Foi, no
entanto, possível fornecer-lhe, pela primeira vez, uma fundamentação teórica explícita, sobre
a qual poderiam assentar novas reivindicações de determinação e racionalidade econômica da
guerra naval.
2. TEÓRICOS DO PODER NAVAL

De acordo com Moran (2002, pp. 10), Alfred Thayer Mahan, um oficial da
marinha americana, “procurou fazer para a guerra naval o que Jomini havia feito para a guerra
terrestre: definir seus princípios básicos, dos quais os métodos operacionais poderiam ser
derivados.”
Moran (2002, pp. 10), ao analisar a obra de Mahan, citou que “(…) um
beligerante que dominasse o mar poderia militarmente fazer o que quisesse, continuando a
proporcionar ao seu povo os bens materiais necessários.” E ainda complementa o autor:
“comandar o mar significava expulsar dele o inimigo, tarefa que só poderia ser realizada por
uma frota naval composta pelos navios mais poderosos disponíveis” (MORAN, 2002, pp. 10).
Mahan baseou-se na observação histórica, principalmente da grande disputa
pela supremacia global travada entre a França e a Inglaterra entre a ascensão de Luís XIV e a
queda de Napoleão. Mahan atribuiu o triunfo final da Inglaterra à sua capacidade consistente
de derrotar a frota francesa na batalha.
Na análise de Moran (2002), enquanto algumas frotas inglesas se
estabeleceram para bloquear as principais bases navais francesas - Antuérpia, Brest, La
Rochelle, Toulon - outras varreram os mares do comércio francês. Outras ainda transportaram
pequenos exércitos de tropas britânicas para conquistar as colônias da França e seus aliados,
neutralizando-as, assim, ao mesmo tempo como bases inimigas potenciais e acrescentando-as
aos recursos da Inglaterra. Os benefícios de curto prazo foram consideráveis. O vital comércio
colonial – o centro do bem-estar financeiro da Inglaterra – foi protegido da interferência
francesa e recebeu um estímulo considerável. Além disso, a Inglaterra também se beneficiou
economicamente pelo acesso ilimitado às colônias americanas da Espanha.
Como reforçado por Freedman (2013), no século XIX, a Inglaterra desfrutou
do domínio do mar, conseguindo extrair o máximo benefício de seus recursos navais, criando
uma aura de força irresistível, despachando navios de guerra para lembrar as potências
menores dos interesses do país, transmitindo ameaças, fornecendo garantias e criando uma
posição de barganha ou infligindo golpe. Ao mesmo tempo, garantiu que as linhas imperiais
de comunicação pudessem ser sustentadas e reforçadas.
O exemplo da Inglaterra foi objeto de análise de Mahan, que dentro de seus
postulados, defendeu a importância do mar para o desenvolvimento das nações e expôs isso à
classe política dos Estados Unidos, procurando despertá-la para a importância das políticas
navais para o desenvolvimento do país. Para isso, era necessário compreender os princípios
que governavam a guerra no mar desde a antiguidade.
A supremacia de uma grande potência, para Mahan, seria obtida por um
governo que tivesse caráter expansionista, conservador e de visão hegemônica. Aspectos
como economia forte e produtiva que pudesse alavancar a capacidade de produzir bens,
capacidade logística para o transporte desses bens por via marítima e a existência de colônias
como pontos de trocas de produtos e bases para seus navios, eram fundamentais para alcançar
o caráter de grande potência. A esses aspectos Mahan deu o nome de trindade de aspectos
político-econômicos essenciais.
A forma como um Estado interpreta a utilização do seu espaço marítimo tem
relação direta com o seu declínio ou progresso, de acordo com Mahan. Os Estados com
vocação marítima, que souberam aproveitar essa condição, foram exitosos em suas
histórias(COSTA, 2018).

Porém, o que é considerado como o ponto forte do pensamento de Mahan são


os aspectos geopolíticos de sua teoria, condições que afetam o poder marítimo. A posição
geográfica, a conformação física (reentrâncias, geografia favorável, unidade territorial),
extensão do território, população, costumes comerciais da população e estado (para a
fomentação do poder naval) são exemplos de aspectos geopolíticos.

Mahan trouxe ao mundo uma visão revolucionária na interpretação do uso do


mar, representando um ponto de inflexão na história naval, sendo impossível desconsiderar
suas análises, que estabeleceram uma relação intrínseca entre o Poder Marítimo, o Poder
Nacional e o desenvolvimento dos Estados com vocação marítima.

A análise da obra de Mahan, dentro de seu contexto histórico, é fundamental


para a compreensão do pensamento geopolítico marítimo e de suas influências sobre as
políticas interna e externas dos Estados.
Julian Stafford Corbett, como Mahan, afirmou a importância estratégica da
força naval, enquanto seguia Clausewitz ao insistir que o exercício do poder marítimo era algo
mais diversificado do que Mahan afirmava. Corbett concluiu que as forças navais podem
pesar muito na guerra, porém seus efeitos estratégicos eram inerentemente indiretos,
desgastantes e demorados.
Corbett foi um historiador e geoestrategista naval britânico. Suas obras
influenciaram as reformas da Marinha Real na sua época. Foi um leitor de Mahan,
apresentando contestações de suas teorias. Corbett se posiciona contra a ideia de que a guerra
naval poderia existir em si própria, sem dar importância à interdependência entre os exércitos
e as marinhas em tempos de guerra. Fato hoje fundamental para o sucesso estratégico de
operações conjuntas entre Marinha, Exército e Força Aérea.
Para Corbett, o mais importante não era a destruição da esquadra inimiga, e
sim, controlar o uso que se fazia do mar. As batalhas navais deveriam seriam travadas para o
alcance de objetivos restritos, e não a destruição do inimigo. O emprego do poder naval
deveria ser combinado com o emprego do poder terrestre, bem como condicionada à
estratégia nacional.

Para Corbett, o exercício do controle do mar não dependia somente dos navios
de linha, mas sim das atividades de supervisão, controle, comunicação,patrulhamento,
regulação e proteção das LCM.

Ele subordina a ação da esquadra ao propósito da guerra, que seria compelir o


inimigo à mesa de negociações. Assim, forçar uma batalha decisiva sobre um adversário que
não desejava o confronto, era considerado impraticável.

Corbett possui um entendimento diferente sobre o princípio da concentração


de Mahan. Para ele a concentração residiria na alocação de navios para tarefas específicas,
podendo dispersar ou juntar quando fosse necessário. Quanto maior a concentração de uma
frota, mais difícil era esconder seu paradeiro e movimentos.

O teórico afirmou que não é possível conquistar o mar, porque ele não é
suscetível de propriedade. Isso levou a uma de suas mais importantes contribuições para as
primeiras teorias da guerra naval. O que mais importava não era o conceito de Mahan de
destruição física do inimigo, mas o ato de passagem no mar. Para ele, portanto, o comando
no mar significava o controle das LCM para fins comerciais ou para propósitos militares.
3. O CONTORLE DO MAR EA IMPORTÂNCIA DOS
CHOKEPOINTS NAS LINHAS DE COMUNICAÇÃO
MARÍTIMAS
O controle do mar envolve o controle das comunicações marítimas, o que
significa essencialmente que um lado possui superioridade sobre seu oponente em uma
determinada área. Ao obter o controle do mar, podemos mover navios, continuar a conduzir o
comércio marítimo ultramarino, interromper ou impedir o comércio marítimo do inimigo e, se
necessário, projetar poder na costa inimiga. Em mar aberto, o controle do mar raramente, ou
nunca, foi completo. Geralmente significa apenas o controle das comunicações marítimas
sobre um determinado mar ou área oceânica por um lado em um conflito(VEGO, 2003, p.
110).

Ao longo da história, países ou impérios que conseguiram dominar as LCM


foram os que se sobressaíram. Neste contexto, dominar “pontos-chaves” é um fator essencial
para o Domínio Marítimo.

Fonte: www.stratfor.com
Mahan acreditava que, com uma base terrestre suficiente, os poderes
marítimos, como a Inglaterra e os EUA, alcançariam uma supremacia estratégica podendo
adquirir bases seguras no mar, controlando “mares estreitos” (chokepoints estratégicos) e as
linhas de comunicação (SEMPA, 2002, p. 105).
Na perspectiva da estratégia militar, um chokepoint é definido
como“ umapassagemouumcanalestreitoosuficienteparaserfechadoporsimplesaçãomilitare
nvolvendoartilharia,poderaéreoe ou naval” (JOFFÉ, 2007, p. 103).
Nos casos de canais marítimos, o controle sobre estreitos tidos como chave,
em tempo de paz, dá corpo a pré-requisitos prudenciais apostados em cenários
prospectivos.
Não é difícil compreender o porquê.Trata-se de linhas que, em tempos de
guerra, constituem as seções potencialmente mais vulneráveis das comunicações
marítimas e que podem ser usadas principalmente para bloquear forças navais hostis
(VEGO, 2003, p. 120-121).
Conforme (KELLY, 2016, pp. 113-114), apesar dê ser uma área delimitada
em termos geográficos, “a posse de um chokepoint tem um impacto significativo sobre
um território alargado de terra, mar ou região, pelo que se assumem como áreas de
competição”.
Controlar as designadas linhas estratégicas de comunicação, que são
responsáveis por cerca de 99% do comércio marítimo global (JOFFÉ, 2007), representa,
por isso, uma vantagem geopolítica significativa nas dinâmicas de poder das grandes
potências (ALEXANDER,1992).
Sendo considerado um dos principais responsáveis por convencer a
administração norte americana da época a reforçar a capacidade da Marinha e para a
necessidade de ser feita uma passagem marítima na América Central (NOGUEIRA, 2015), o
Canal do Panamá imaginado por Ferdinand de Lesseps, para estabelecer a ligação entre os
Oceanos Atlântico e Pacífico, Mahan identificou sete estreitos: Dover, Gibraltar, Malaca,
Canal do Suez, Cabo da Boa Esperança, a ilha de Malta e a Baía de St. Lawrence, os quais são
de importância capital para o comércio mundial e para a projeção de poder militar das grandes
potências da época. (Dias, 2018),
A generalização a outros exemplos como que legitimava a argumentação que
Mahan usou, um fato que não deixou de ser compreendido por analistas subsequentes que
sobre ele se debruçaram. Nesse preciso sentido, e tal como é relevado por Dolman (2002), o
controle destas áreas geográficas por parte de um Estado garantiria o domínio dos
movimentos militares e do comércio global.
Em termos comerciais, os pontos de estrangulamento têm um significado
específico: são estreitos com uma largura reduzida e que restringe o número de navios que
possam por eles simultaneamente transitar (Smith et al. 2011; Emmerson e Stevens 2012;
ROGER 2012), tornando-se, assim, num espaço capaz de ser fechado para o transporte
comercial a exigir uma rota marítima alternativa prontamente disponível para ser usada em
caso de encerramento (ALEXANDER, 1992).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos verificar que Mahan destacou a importância das zonas costeiras e
ilhas oceânicas como pontos logísticos para a obtenção da supremacia naval.

Julian Corbett defendia que a principal tarefa da Marinha era manter as LCM
livres e seguras para o uso de um país, impedindo que outros as usassem com o mesmo
objetivo.Como já abordamos, para ele o comando no mar significava o controle das LCM
para fins comerciais ou para propósitos militares.

Na análise de O´Lavin (2009, p. 1), o autor resumiu a teoria de Mahan como a


“concentração da frota de uma nação para procurar e destruir a frota inimiga em uma batalha
naval decisiva”. Em relação a Corbett, sua teoria previa que era necessário “garantir o
comando do mar ou impedir que o inimigo o proteja” (O´LAVIN, 2009, p. 1).

Embora a teoria de Mahan de que vencer batalhas navais possa ser o caminho
mais rápido para alcançar o objetivo de dominar o mar, como mostra a história, é
simplesmente um método para atingir esse objetivo (O´LAVIN, 2009).

Mahan era entusiasta de Antoine Henri Jomini; já Corbett apoiava-se em Carl
Von Clausewitz, ambos teóricos da guerra terrestre e que naõ chegaram a pensar sobre as
particularidades da guerra no mar. Ao lançar, em 1890, “The lnfluence of Sea Power Upon
History”, Mahan procurou discutir a história naval britânica e entender os instrumentos de
açaõ empregados pelo estado que possibilitaram o predomiń io dos mares por mais de
trezentos anos.
Corbett, contemporâneo de Mahan, também desenvolveu ideias sobre a
concepçaõ do poder marítimo ao final do século XIX. Sua obra fundamental “Some
Principles of Maritime Strategy” (1911) tinha como propósito formalizar uma teoria que
agregasse as teorias e preceitos já existentes da guerra naval, entretanto, sob uma ótica
clausewitziana, que o livrava das simplificações e dos reducionismos da época.

Para saber mais sobre o Poder Naval e seus teóricos (Mahan e Corbett), leia o
material recomendado. Além disso, não deixe de realizar suas pesquisas sobre o tema, além
do material de leitura proposto. Compartilhe o conhecimento!

Bons estudos!
5. REFERÊNCIAS
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