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O capitão Basil Liddell Hart e a

reabilitação dos generais alemães


Fernando Velôzo Gomes Pedrosa*

D
esde a década de 1920 e até sua pulações civis nos países ocupados.
morte em 1970, o teórico militar e Basil Henry Liddell Hart alistou-se
historiador britânico capitão Basil como oficial do Exército Britânico no início
H. Liddell Hart tem sido considerado como da Primeira Guerra Mundial, da qual parti-
uma autoridade mundial em assuntos mili- cipou brevemente como tenente de infanta-
tares. Alastair Buchan, primeiro diretor do ria. Após haver sido ferido levemente algu-
International Institute for Strategic Studies mas vezes, foi gravemente gaseado durante
(IISS), referiu-se a Liddell Hart como “o a batalha do Somme, em meados de 1916, e
mais importante pensador militar da era da retornou à Inglaterra para tratamento, sen-
guerra mecanizada”. O historiador britâni- do depois designado como instrutor de uni-
co Michel Howard chamou-o “o maior pen- dades que se preparavam para a guerra. Du-
sador militar sobre a guerra deste século”. rante esse período, dedicou-se à produção
Ariel Sharon referia-se a Liddel Hart como de textos sobre doutrina militar e colaborou
“o maior professor de todos nós”.1 Mas, a na elaboração do novo manual de combate
despeito destas referências laudatórias, o de infantaria do Exército Britânico, toman-
“capitão que ensinava os generais”2 também do como base sua experiência no campo de
foi objeto de controvérsias ao longo de sua batalha.
atividade intelectual. Após a Guerra, Liddell Hart foi refor-
O propósito deste trabalho é apontar mado no posto de capitão e passou a escre-
como Liddel Hart usou a História Militar ver sobre temas militares e estratégia, de-
para justificar suas teorias militares a partir fendendo o emprego de unidades blindadas
da experiência das forças alemãs na Segun- para dar maior capacidade de manobra e de
da Guerra Mundial e como, nesse processo, penetração ao Exército Britânico. No nível
buscou eximir as Forças Armadas alemãs estratégico, defendia a tradição britânica de
de responsabilidades pelo genocídio perpe- um exército pequeno e profissional, volta-
trado na Europa contra a população judia do principalmente para a defesa das Ilhas
e outras minorias, além de outros crimes e Britânicas e do Império. No nível operacio-
abusos contra prisioneiros de guerra e po- nal, propunha o amplo emprego de forças

*
Cel Inf R/1 (AMAN/78, EsAO/88, ECEME/94), doutor em História pelo Programa de Pós-Graduação
em História Comparada (UFRJ/18), membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.
Atualmente, é assessor do Instituto Meira Mattos, da ECEME.

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blindadas, compostas por unidades de militar alemã tomou seus escritos como
carros de combate, apoiadas por tropas referência para a organização das divisões
de infantaria transportadas em veículos panzer e para suas táticas de ação indepen-
blindados, um conceito que seria adota- dente, rápida e profunda.
do pelo Exército Alemão com esmagadora Ao fim da Segunda Guerra Mundial,
eficácia alguns anos o capitão Liddell
depois. Em todos os Hart aproveitou suas
níveis da ação militar, funções oficiais junto
propugnava pelo mé- ao Exército Britânico
todo da aproximação A oficialidade mais antiga via e teve a oportunida-
indireta, como meio os carros de combate como de de entrevistar di-
de evitar as princi- simples armas de apoio ao versos oficiais-gene-
pais defesas do inimi- avanço da infantaria rais alemães que se
go, atacando-o pelos encontravam em ca-
flancos e obtendo a tiveiro sob a custódia
surpresa. 3
britânica. O resulta-
Embora afasta- do dessas entrevistas
do do serviço ativo foi o livro O outro lado
do Exército Britânico, Liddell Hart con- da colina, publicado em 1948 na Inglater-
tinuou contribuindo com a instituição, ra e nos Estados Unidos.6
como assessor teórico e por meio de arti- A partir dessas entrevistas, Liddell
gos e livros sobre temas de História Mili- Hart desenvolveu laços de amizade com
tar e de doutrina militar. Suas propostas alguns dos generais entrevistados, en-
para as tropas blindadas tiveram alguma contrando afinidade de pensamento nos
repercussão na Inglaterra, mas sofreram assuntos técnicos militares abordados em
oposição da oficialidade mais antiga, que suas obras. Em função dessas amizades e
via os carros de combate como simples admiração, prefaciou os livros do mare-
armas de apoio ao avanço da infantaria. chal Erich von Manstein (Lost victories)7 e
Mesmo assim, suas propostas, associadas do general Heinz Guderian (Panzer lea-
às do coronel J. F. C. Fuller, foram capa- der). 8 Também organizou, editou e anotou
zes de convencer o Exército Britânico a o livro The Rommel papers, no qual reuniu
organizar as primeiras brigadas e divisões e trouxe a público os documentos do ar-
blindadas da história.4 quivo pessoal do falecido marechal Erwin
Os textos de Liddell Hart também Rommel, com a ajuda da esposa e do filho
receberam atenção na Alemanha, cujo da legendária “Raposa do Deserto”.9
exército buscava reconstituir-se diante Em O outro lado da colina, Liddell
das sérias restrições impostas pelo Trata- Hart procura apresentar os eventos mais
do de Versalhes. Embora não na medida decisivos da Segunda Guerra Mundial
alardeada por Liddel Hart, a liderança
5
sob o ponto de vista dos generais alemães

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com os quais teve a oportunidade de con- brilhantes soldados haviam levado em con-
versar e entrevistar após a Guerra. O livro ta e aprendido de seus livros sobre a arte
também descreve o processo de ascensão da guerra. Mas, para que aquelas vozes
de Adolf Hitler e acaba servindo para jus- “do outro lado da colina” fossem levadas
tificar a condescendência e aprovação táci- em conta, era fundamental que expres-
ta dos chefes militares alemães aos crimes sassem a opinião de homens respeitáveis e
praticados pelas autoridades do regime isentos de culpas pelos abusos cometidos
nazista na Alemanha, ao longo do processo pelo governo nazista.
de tomada do poder pelo Partido Nazista e Ao longo de sua argumentação, Lid-
durante o desenrolar da Guerra. dell Hart aponta diversas condutas moral-
O livro deixa claro o interesse mútuo mente reprováveis e indiscutivelmente cri-
do autor e de seus entrevistados em mi- minosas, cometidas pela liderança nazista
nimizar qualquer maior responsabilidade no processo de ascensão ao poder e con-
das Forças Armadas Alemãs com a política solidação da ditadura hitlerista, e chega a
de genocídio implantada pelo nazismo. De questionar como a liderança militar alemã
parte dos entrevistados, deve-se observar aceitou, resignadamente, compactuar com
que todos se encontravam prisioneiros e esses crimes. Mas, como explicação para
submetidos a procedimentos judiciais para a inação dos generais diante da implanta-
avaliar suas responsabilidades em rela- ção de uma ditadura que não se limitava
ção aos crimes de guerra cometidos pelas por nenhum critério moral, Liddell Hart
forças alemãs durante a Segunda Guerra apresenta as Forças Armadas alemãs como
Mundial. É evidente instituições fortemen-
que esses depoimen- te profissionais, regi-
tos, por mais hones- das pela tradição mi-
tos que tenham sido, litar prussiana e por
foram afetados pelo Hart aponta diversas condutas elevado sentido de
senso de autopreser- reprováveis e criminosas honra pessoal, e isen-
vação e pela oportu- cometidas pela liderança tas de envolvimento
nidade de fazer uma nazista no processo de ascensão político. A justificati-
boa figura diante de ao poder va aceita por Liddell
um escritor muito co- Hart reproduz os
nhecido e respeitado argumentos dos ge-
pelo público ociden- nerais alemães: “seu
tal e pelos chefes mi- juramento de lealda-
litares aliados. de ao Führer” — sem questionar como a
Da parte de Liddell Hart, havia o in- lealdade devida ao Estado pelos soldados
teresse em destacar o estrito profissionalis- pode ser transferida a uma pessoa —; a
mo e a excelência militar dos generais ale- avaliação de que “o povo alemão não per-
mães, ressaltando em que medida aqueles cebera a realidade dos fatos e não compre-

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enderia qualquer ação dos generais contra de invasão da Tchecoslováquia levaram a
Hitler”; a avaliação de que “as tropas da seus inimigos Heinrich Himmler e Rei-
frente russa reprovariam as da frente oci- nhard Heydrich, líderes das SS, a forjar
dental por abandoná-las”; e “o medo de contra ele uma acusação de homossexu-
entrar para a história como traidores de alismo, forçando-o a demitir-se do cargo
seu país”.10 de comandante em chefe do Exército em
No entanto, esse argumento de es- fevereiro de 1938.14 Poucos meses depois,
trito profissionalismo militar e de honra seu subordinado, general Beck, chefe do
pessoal não se sustenta diante da dócil Estado-Maior do Exército — após haver
aceitação das interferências de Hitler — tentado, sem êxito, convencer a Hitler de
a quem Liddell Hart se refere repetida e que sua política agressiva provocaria uma
desdenhosamente como um “cabo da Bo- guerra da qual a Alemanha sairia derrota-
êmia” — em assuntos profissionais mili- da e destruída —, demitiu-se de seu cargo
tares, chegando a assumir pessoalmente em 18 de agosto. Em 16 de julho, referin-
diversos cargos militares privativos de ofi- do-se aos seus camaradas generais, Beck
ciais-generais,11 embora não tivesse qual- escreveu profeticamente:
quer qualificação profissional para exer-
cer tais funções.12 A história acusará esses chefes de homicí-
dio, se eles não agirem de acordo com seus
No que se refere a honra, também
conhecimentos políticos especializados
se pode constatar que alguns episódios e consciência. A obediência militar a que
da ascensão do Partido Nazista atacaram estão sujeitos tem um limite no ponto em
e ofenderam diretamente as instituições que seus conhecimentos, sua consciência e
militares e atingiram alguns altos oficiais, senso de responsabilidade lhes proíbam o
cumprimento de uma ordem. [...] Cons-
como foi o caso do assassinato do general
titui falta de grandeza e de compreensão
Kurt von Schleicher, no episódio que ficou do dever, se um soldado, na mais alta posi-
conhecido como “A Noites das Longas Fa- ção em uma ocasião como esta, considerar
cas”, em 30 de junho de 1934, e as demis- seus deveres e tarefas apenas dentro do
sões dos generais Werner von Blomberg marco estreito de suas ordens de natureza
militar, sem estar consciente de suas mais
e Werner von Fritch no início de 1938, a
altas responsabilidades para com a nação
partir de denúncias, chantagens e dossiês como um todo. Tempos extraordinários
falsos.13 Os casos dos generais von Fritsch exigem medidas extraordinárias.15
e Ludwig Beck demonstram como o ge-
neralato alemão abandonou dois chefes Apesar disso, Beck, assim como
de postura profissional, que se opunham Fritsch, preferiu desempenhar seu papel
à infiltração nazista no Exército e à polí- de soldado apolítico e jamais cogitou a
tica agressiva em relação aos países vizi- possibilidade de opor firmemente o Exér-
nhos. As reações de von Fritsch aos confli- cito contra a liderança política de Hitler,
tos provocados pelas SS em suas relações mesmo em circunstâncias tão extraordi-
com o Exército e sua oposição aos planos nárias. Ele acabaria se suicidando após o

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fracasso do atentado contra Hitler de 20 vesse sido mais larga, e sua compreensão,
de julho de 1944. mais profunda. Mas se eles tivessem se
tornado filósofos, teriam deixado de ser
O sentido de estrito profissionalis-
soldados.16
mo tampouco se sustenta pela clara infil-
tração política nas Forças Armadas. A Luf-
Não surpreendentemente, o mare-
twaffe, sendo uma força nova e sem uma
chal de campo Erich von Manstein — que
tradição arraigada, e estando sob o comando
foi condenado à prisão por crimes de guer-
de um dos mais destacados líderes do Par-
ra — abre a introdução de suas memórias,
tido Nacional-Socialista, Hermann Goering,
Lost Victories, com a citação desse parágrafo
era majoritariamente nazista. A forte expan-
de Liddell Hart,17 que lhe vem a calhar como
são de efetivos do Exército trouxera para seu
justificativa para suas omissões morais dian-
interior uma jovem oficialidade fortemente
te dos abusos cometidos por suas tropas ou
comprometida com o nazismo e recrutada
dentro de sua área de reponsabilidade.
na Juventude Hitlerista. As SS organizaram
Essa frase de Liddell Hart resume dois
uma força militar em moldes semelhantes
julgamentos. Um de caráter profissional e
ao Exército, mas mantida sob o controle do
outro de natureza moral. Ao colocar os ge-
Partido — as Waffen SS —, que operava em
nerais alemães profissionalmente acima de
conjunto com as tropas do Exército, sem
suas contrapartes aliadas, Liddell Hart re-
causar qualquer constrangimento nos mili-
tribui com gratidão a atenção que aqueles
tares profissionais. Em geral, Liddell Hart
oficiais deram às suas teorias militares publi-
acusa as SS e absolve o Exército Alemão, mas
cadas no entre-guerras. Em assim fazendo,
não lhe parece estranho que o Exército con-
homenageia a si próprio, colocando-se como
vivesse tão harmoniosamente com as forças
o profeta que não foi ouvido em sua própria
das Waffen SS.
terra. Mas esse julgamento profissional con-
Uma coisa salta aos olhos da leitura de
tém um claro equívoco, pois restringe o de-
O outro lado da colina: faltou perguntar sobre
sempenho militar das forças armadas alemãs
os campos de extermínio. Os generais ale-
aos êxitos táticos e operacionais no campo
mães sabiam da existência dos campos de
de batalha. Entretanto, a atividade militar é
extermínio? Se sabiam, por que permanece-
extremamente complexa e deve ser avaliada
ram calados? Como essa omissão pôde con-
em suas dimensões vertical e horizontal. A
viver com o sentido de honra militar alegado
dimensão horizontal inclui numerosas tare-
para justificar a obediência a Hitler?
fas simultâneas e interdependentes em cada
Liddell Hart conclui seu livro com pa-
nível hierárquico: recrutamento, organiza-
lavras de apoio e elogio aos chefes militares
ção, planejamento, treinamento, tecnologia,
alemães:
logística, inteligência, comando e controle e
o combate em si. A dimensão vertical desce
Os generais alemães desta guerra foram
o melhor produto de sua profissão — em do nível político até o tático, passando pe-
qualquer lugar do mundo. Poderiam ter los níveis estratégico e operacional. O julga-
sido melhores ainda se sua perspectiva ti- mento do desempenho de uma instituição

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militar tem de contemplar seus aspectos cia das questões éticas que estão envolvidas
políticos, incluindo a capacidade de a lide- nas ações militares pode ser claramente
rança militar influir nas decisões políticas ilustrada pela profusão de obras literá-
ligadas a questões de segurança e defesa. 18
rias e cênicas que tratam desse tema. Na
A simples submissão a desígnios políticos verdade, o emprego da violência fascina o
catastróficos, e mesmo criminosos, é um homem, e grande parte dessa fascinação
claro sinal de fracasso dos líderes militares, provém da grave prova moral que se apre-
em suas funções básicas de assessoramento senta àqueles que participam de ações de
da liderança política força. A história está
e de busca das me- repleta de exemplos
lhores condições para de governos e líderes
o desenvolvimento e militares que apre-
emprego exitoso das A ação militar é a atividade sentam explicações
Forças Armadas. humana que mais envolve morais para justificar
Embora injusto difíceis decisões e o emprego da for-
para com os generais ça. Embora muitas
dilemas morais
que, afinal, conduzi- dessas justificativas
ram as forças aliadas sejam hipócritas e
à vitória contra o na- mentirosas, “a hipo-
zismo, a avaliação de crisia grassa no dis-
Liddell Hart é perdo- curso dos tempos de
ável e pode ser compreendida como fruto guerra porque, numa época dessas, é es-
de pura vaidade intelectual. Mas, ao con- pecialmente importante parecer estar com
trapor a missão do soldado às considera- a razão”.19 A mentira e a hipocrisia são, em
ções filosóficas, Liddell Hart exime o gene- si, a prova cabal da importância do julga-
ralato alemão do julgamento moral de suas mento moral ao qual as sociedades subme-
ações e dos abusos cometidos pela lideran- tem governantes — quando decidem fazer
ça nazista sob suas vistas. uso da força como último recurso político
Ora, julgamento moral está na essên- — e líderes militares — pela maneira como
cia da atividade militar e serve de funda- exercem a violência no cumprimento de
mento para o Direito da Guerra, seja em suas missões.
sua vertente do direito de fazer a guerra A postura de chefes militares diante
(jus ad bellum), seja na do Direito que re- da ação agressiva e criminosa de líderes po-
gula a condução da guerra (jus in bello). A pulistas ou ditatoriais bem como sua ação
ação militar — entenda-se, o emprego da de comando em combate envolvem deci-
violência para obtenção de objetivos po- sões tão graves que não podem jamais estar
líticos — é a atividade humana que mais dissociadas do juízo moral e da responsabi-
profunda e complexamente envolve difí- lidade dos comandantes pelo desempenho
ceis decisões e dilemas morais. A relevân- e conduta das forças sob seu comando.

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N. da R.: A adequação do texto e das referências às prescrições da Associação Brasileira de Normas


Técnicas (ABNT) é de exclusiva responsabilidade dos articulistas.

1
Apud Mearsheimer, 2010, p. 1-2.
2
Yigal Allon, apud Mearsheimer, p. 2.
3
Hart, 1982.
4
Murray, 1998.
5
Reid, 1998. p. 13.
6
Hart, 1980.
7
Manstein, 1994.
8
Guderian, 1966.
9
Rommel, 1982.
10
Hart, op. cit. p. 363.
11
Ao longo de seu governo, Hitler assumiu sucessivamente as funções de comandante supremo das Forças
Armadas, em 1938, de comandante em chefe do Exército, em 1941, e de comandante do Grupo de
Exércitos A na Frente Russa, em 1943 (KEEGAN, 1999, Cap. 4).
12
Hart, op. cit. p. 39, 52.
13
Ibidem. p. 38-40.
14
O’Neill, 2001.
15
Apud. O’NEILL, op. cit. p. 51-52.
16
Ibidem. p. 388.
17
Manstein, op. cit. p. 17.
18
Millet; Murray, 1988.
19
Walzer, 2003. p. 32.

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