HISTÓRIA E TRADIÇÕES NAVAIS -HTN

SO-OR J.CLAUDIO
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IMPORTÂNCIA DO MAR ATRAVÉS DA
HISTÓRIA
2.1 – INTRODUÇÃO
Alfred Thayer Mahan, historiador e oficial da
Marinha Americana, afirmou que a história da
civilização ocidental tem sido a história do Poder
Marítimo, a habilidade de Estados e Impérios
exercerem o controle sobre os oceanos e o negarem
aos outros, conforme pode ser verificado pela
análise do exemplo do Império Britânico (“The
Influence of Sea Power upon History, 1660-1783”).
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2.1 – INTRODUÇÃO
Este capítulo apresentará um resumo das
consequências do uso do Poder Marítimo em
momentos cruciais da história, identificando os
pontos principais que permitiram surgimento da
Marinha do Brasil no início do século XIX.
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2.1.1 – As Primeiras Embarcações

Os mares eram barreiras intransponíveis para
os primeiros agrupamentos humanos de
caçadores e coletores, mas sua busca
constante por alimento os forçou a enfrentar
os rios e lagos.
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2.1.1 – As Primeiras Embarcações

A princípio, apenas agarrados a quaisquer objetos que

flutuassem, logo começaram a desenvolver meios mais
eficazes, que dependiam dos recursos disponíveis em
cada região, basicamente: canoas feitas de troncos
escavados; canoas feitas de cascas de árvores; jangadas
de vários troncos amarrados; botes de feixes de junco ou
papiro; e botes de couro de animais.
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2.1.2 – As Primeiras Civilizações
A geografia, em grande parte, ajuda a explicar a
história. A domesticação de plantas e animais
fixou o homem onde houvesse disponibilidade
de água potável e produziu excedentes
alimentares que permitiram o desenvolvimento
das primeiras grandes civilizações, como as que
foram erguidas nos vales dos grandes rios (Nilo,
Tigre, Eufrates, Indo, Amarelo).
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2.1.2 – As Primeiras Civilizações

As planícies costeiras aos mares e

oceanos também começaram a ser
ocupadas, levando ao desenvolvimento da
pesca.
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2.1.2 – As Primeiras Civilizações
Regiões geograficamente diferentes produziam
diferentes recursos, principalmente com o
início da exploração mineral, incentivando as
primeiras trocas comerciais. Logo se percebeu
que era mais fácil transportar grandes volumes
de materiais em embarcações do que em
veículos de tração animal, principalmente a
grandes distâncias.
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2.1.2 – As Primeiras Civilizações

Estavam criadas as condições para o

desenvolvimento de sociedades voltadas para
o comércio marítimo.
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2.1.3 – Os Povos Marítimos

Comprovadamente, por volta de 2000 a.C. já
havia intenso comércio marítimo no
Mediterrâneo Oriental e a primeira
“talassocracia” (governo ou poder do mar)
conhecida foi a cretense/minóica (cerca de
3400 a 1450 a.C.).
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2.1.3 – Os Povos Marítimos

A explosão do vulcão existente onde hoje é a
ilha de Santorini (1613 a.C.) causou um forte
terremoto seguido por ondas gigantescas, que
destruiu as cidades cretenses e possibilitou a
ocupação de Creta por povos oriundos da
Grécia.
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2.1.3 – Os Povos Marítimos

A herança marítima cretense foi recolhida
pelos fenícios, seguidos por sua colônia em
Cartago.
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2.1.4 – Os Navios da Antiguidade

Os navios mercantes, de um modo
geral, possuíam grande calado e boca
larga, sendo chamados de “navios
redondos”.
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2.1.4 – Os Navios da Antiguidade

Seu meio de propulsão era a vela e
possuíam uma “poita” para fundear.
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2.1.4 – Os Navios da Antiguidade

Os navios de guerra surgiram para
proteger os navios mercantes de ataques
piratas. Eram mais estreitos e de fundo
chato, visando oferecer pouca resistência
à água, daí serem chamados de “navios
compridos”.
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2.1.4 – Os Navios da Antiguidade

Sua propulsão principal era o remo,
geralmente manejados por escravos,
que ficavam acorrentados ao navio
para não fugir
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2.1.4 – Os Navios da Antiguidade

Os navios de guerra também possuíam
velas, mas seus mastros eram arriados
antes da batalha para evitar que sua
queda atingisse os ocupantes do navio.
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2.1.4 – Os Navios da Antiguidade
As velas eram usadas nas longas travessias,
a fim de poupar os remadores, e para
aumentar a velocidade, quando houvesse
necessidade de fugir. Devido ao seu pequeno
calado e à sua pequena resistência a
temporais, esses navios não fundeavam,
sendo puxados para terra.
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2.1.4 – Os Navios da Antiguidade
Grande parte da batalha naval da
antiguidade ocorria entre os
soldados embarcados nos navios,
mas a arma principal do navio de
guerra era o esporão ou aríete.
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2.1.5 – Comparação entre o Navio Mercante e
o Navio de Guerra da Antiguidade
O navio mercante era lento e bojudo, pois
pretendia transportar o máximo de carga ao
menor custo possível, enquanto que o navio
de guerra era esguio e de pequeno calado, pois
seu propósito era se deslocar rapidamente para
atacar seu inimigo, independente do custo.
FIM