HISTÓRIA E TRADIÇÕES NAVAIS -HTN

SO-OR J.CLAUDIO
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IMPORTÂNCIA DO MAR ATRAVÉS DA
HISTÓRIA
2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.1 – O Modelo Imperial
A região do Mar Mediterrâneo foi o berço
da civilização ocidental e esse mar foi o
principal meio de comunicação entre as
sociedades que se desenvolveram ao seu
redor, durante séculos.
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IMPORTÂNCIA DO MAR ATRAVÉS DA
HISTÓRIA
2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.1 – O Modelo Imperial
Em muitos casos, o comércio e a conquista
estiveram relacionados ao uso racional do
Mediterrâneo. Na antiguidade, o meio mais
utilizado de crescimento econômico e
demográfico era a conquista de novas terras e
povos, com sua exploração ou escravização.
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HISTÓRIA
2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.1 – O Modelo Imperial
Desta forma eram obtidos os recursos
naturais e humanos necessários ao
processo de desenvolvimento e
riqueza.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.1 – O Modelo Imperial
Esse modelo econômico de crescimento é
chamado “modelo imperial”, pelo qual se
estabeleciam os impérios da Antiguidade,
tendo como paradigma a escravização ou
a exploração dos vencidos.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.1 – O Modelo Imperial
O processo exigia a existência de um poder
militar efetivo e as sociedades que
mobilizavam melhor os seus recursos para a
guerra obtinham vantagens competitivas,
que poderiam significar sua sobrevivência.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.1 – O Modelo Imperial
Grandes operações militares terrestres
já eram comuns, quando o emprego do
Poder Naval influenciou
decisivamente no resultado de um
conflito.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.2 – Pérsia contra Grécia
A primeira utilização significativa do poder
naval registrada pela história ocorreu
durante as três invasões persas sobre o
território europeu da Grécia, no início do
século V a.C., sob a forma de apoio
logístico e transporte de tropas.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
A primeira invasão ocorreu em 492 a.C.,
quando Dario enviou um exército através
do estreito de Dardanelos (Helesponto),
que seguiu pela Trácia em direção à
Macedônia e ao interior da Grécia.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Este era acompanhado por uma esquadra junto
ao litoral do mar Egeu, a fim de proteger seu
flanco e lhe dar o apoio logístico necessário ao
avanço de dezenas de milhares de soldados e
animais, que não poderiam encontrar no
território ocupado todos os recursos
necessários ao seu sustento
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Essa invasão precisou ser interrompida quando a
esquadra persa foi destruída pelo mau tempo, ao
contornar o promontório do monte Athos.
Dois anos depois, Dario enviou um exército menor
diretamente através do Egeu, que foi
desembarcado próximo a Atenas, onde foi
derrotado em terra (Maratona, 490 a.C.).
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Depois da derrota espartana nas Termópilas,
Atenas foi ocupada e parecia que nada mais
poderia deter os persas, até que parcela
significativa de sua esquadra foi destruída
pelo general grego Temístocles na batalha
naval de Salamina.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Privado de seu apoio logístico, o exército persa
acabou sendo derrotado na batalha de Platéia (479
a.C.). Na mesma ocasião, em Micale, nas costas
da Ásia Menor, os gregos destruíram o resto da
esquadra persa, numa “batalha naval” em terra (os
persas arrastaram seus navios para terra, pois sua
desvantagem no mar era muito grande).
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.2 – Pérsia contra Grécia
O uso do mar era imprescindível para a vitória
persa e foi decisivo para sua derrota. Ficou
provada a vulnerabilidade dos exércitos
operando longe de suas bases, quando
dependentes de comunicações marítimas, se
estas não forem devidamente conservadas.
Pode-se dizer que “o mar salvou os gregos”.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Após a derrota dos persas em sua terceira
tentativa de invasão, Atenas liderou uma
coalizão de cidades-estado gregas em ataques
ao território persa na região dos mares Jônico
e Egeu.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Décadas de conquistas fortaleceram Atenas e seus
aliados, conhecidos como Liga de Delos, que
empregaram muitos recursos na manutenção de uma
poderosa esquadra. O crescimento de Atenas levou
ao confronto com Esparta e seus aliados, conhecidos
como Liga do Peloponeso, gerando o conflito
denominado Guerra do Peloponeso (459 - 404 a.C.).
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Com o desgaste político-militar das cidades-
estados gregas, abriu-se espaço para a
unificação, conseguida por Filipe da
Macedônia através de acordos políticos e
vitórias militares.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Desta maneira, foram criadas condições para que
seu filho, Alexandre Magno, invadisse a Ásia em
334 a.C. e viesse a conquistar o império persa.
Sentindo, entretanto, que os persas ameaçavam
sua retaguarda com o poder naval de que
dispunham, Alexandre decidiu voltar-se para o
litoral antes de prosseguir pelo interior
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
A estratégia de Alexandre aí foi inversa à
adotada por Temístocles em Salamina.
Avançou com seu exército sobre o litoral
persa e dominou as bases da marinha
inimiga, impedindo-a de dispor dos seus
recursos navais.
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IMPORTÂNCIA DO MAR ATRAVÉS DA
HISTÓRIA

2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Afastado esse perigo, completou a
conquista da Ásia persa, dirigindo-se para
a Mesopotâmia, chegando a atingir a
Índia.
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2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE

2.2.2 – Pérsia contra Grécia
Portanto, como Alexandre não possuía marinha
que lhe permitisse assegurar seu flanco marítimo
e suas linhas de comunicação com a Grécia,
empregou uma estratégia indireta, pois foi
necessário neutralizar o uso do mar pelos persas,
dominando as bases da marinha inimiga, como a
cidade de Tiro (332 a.C.).
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HISTÓRIA
2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.3 – Roma contra Cartago
Fundada pelos fenícios no início do século
VIII a.C., a cidade-estado de Cartago
possuiu um império comercial marítimo que
dominou o Mediterrâneo Ocidental entre os
séculos V e III a.C., período em que Roma
se desenvolvia como império terrestre na
península itálica.
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IMPORTÂNCIA DO MAR ATRAVÉS DA
HISTÓRIA
2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.3 – Roma contra Cartago
Sendo marítimo o teatro de operações, foi
necessário aos romanos desenvolverem
uma marinha de guerra e novas tecnologias
(corvo) para derrotar os cartagineses, que
possuíam mais experiência naval
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IMPORTÂNCIA DO MAR ATRAVÉS DA
HISTÓRIA
2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.3 – Roma contra Cartago
Após mais de vinte anos de guerra, devido
às dificuldades para as campanhas
terrestres na Sicília, foi no mar que ocorreu
a batalha decisiva que levou Cartago à
derrota na Primeira Guerra Púnica, na
batalha de Egates (241 a.C.).
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HISTÓRIA
2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.3 – Roma contra Cartago
Apesar de continuar importante como via de
comunicação entre as diversas províncias
romanas, o Mediterrâneo teve pouca influência
no processo de infiltração do Império Romano
por tribos germânicas (os chamados bárbaros),
em movimentos migratórios, geralmente
pacíficos, que atravessaram os rios Reno e
Danúbio para o interior do império.
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HISTÓRIA
2.2 – O MAR E A ANTIGUIDADE
2.2.3 – Roma contra Cartago
Apesar de continuar importante como via de
comunicação entre as diversas províncias
romanas, o Mediterrâneo teve pouca influência
no processo de infiltração do Império Romano
por tribos germânicas (os chamados bárbaros),
em movimentos migratórios, geralmente
pacíficos, que atravessaram os rios Reno e
Danúbio para o interior do império.
FIM