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Guerra do

Peloponeso e
Alexandre o Grande
Antecedentes
• Após Salamina, elevou-se Atenas ao primeiro plano das cidades gregas. No
que se refere à guerra contra os persas, depois de vitória de Leotiquidas de
479, em Micale, a tarefa que restava para sua final expulsão requeria o
emprego de uma importante frota, que teria de operar longe da Grécia
continental, particularmente, do Peloponeso.
• Potência terrestre, que necessitava conservar importantes contingentes no
Peloponeso, para manter a subjugação dos hilotas, Esparta não se dispôs a
empreender as operações navais em questão e acedeu em que Atenas, sua
aliada, o fizesse.
Antecedentes
• Atenas, para esse efeito, organizou, sob a coordenação
de Aristides, o Justo, a Confederação de Delos (478-477),
mobilizando uma grande frota, que foi confiada ao
comando de Címon. Este conduziu brilhantemente os
confederados. Iniciando com uma expedição à Trácia e a
conquista das fortalezas costeiras dos persas, concluiu
sua campanha com a grande vitória naval do rio
Eurímedon, em 466, na costa sul da Ásia Menor.

• A confederação de Delos, tal como urdida por Aristides,


se baseava numa aliança das cidades-estado da Iônia
com Atenas, para o fim de ultimar a expulsão dos persas
e proteger a Grécia de possíveis futuras agressões. Cada
membro contribuiu com um número de naves ou com
correspondente soma em dinheiro (phoros), calculada a
contribuição em função do tributo precedentemente
cobrado pela Pérsia". Com o correr do tempo,
entretanto, a Liga de Delos se foi convertendo num
império ateniense, de que os aliados eram compelidos a
participar e para a qual eram forçados a pagar a
contribuição que fora fixada por Aristides, convertendo-
se esta, praticamente, num tributo.
Antecedentes
• A liderança de Címon em Atenas se
caracterizou por seus esforços no sentido de
preservar a aliança com Esparta, apresentando
a Liga como uma continuação, sob a direção de
Atenas, do acordo antipersa do istmo de
Corinto de 481, o que assim foi entendido por
Esparta, que não se opôs à gradual conversão
da Liga em um império ateniense.
• É de notar-se que a liderança de Esparta sobre
as cidades do Peloponeso, embora respeitando
a autodeterminação destas, tinha, também,
um implícito caráter coercitivo.
Antecedentes
• Címon, ademais de admirar as qualidades espartanas e
desejar que fossem, de certo modo, incorporadas pelos
atenienses, entendia, com grande lucidez, que a aliança
entre Atenas e Esparta era fundamental para ambas e
para a unidade grega.
• Esparta, potência terrestre e agrícola, sem interesses
externos ao Peloponeso e Atenas, potência marítima,
comercial e cultural, com grandes interesses
internacionais, não tinham motivos para se
antagonizarem e se fortaleciam reciprocamente - com
sua aliança.
• Foi essa política de Címon, enquanto perdurou sua
liderança sobre Atenas, que levou Esparta a não se
sentir ameaçada pelo império ateniense, não obstante
certo ciúme dos espartanos como prestígio
internacional daquela.
Antecedentes
• A situação política de Atenas, entretanto, se foi
modificando em conseqüência mesmo de seu
fortalecimento naval. Enquanto o poder da
Atenas de Milciades repousava nos hoplitas
que derrotaram os persas em Maratona, o
poder da Atenas de seu filho Címon se baseava
na frota, é dizer, nos thetes que compunham a
tripulação de 174 remadores de cada trirreme
e que operavam os estaleiros navais.
Antecedentes
• Após Salamina, elevou-se Atenas ao
primeiro plano das cidades gregas.
Foi breve esse período de hegemonia,
durou 15 anos, enquanto durou
apoiou-se nas suas trirremes. Pelo
meado do V século a. C a Marinha de
Guerra ateniense contava 100.000
marinheiros.
• Se bem que curto o período de
hegemonia ateniense, é interessante
porque produziu um grande gênio
naval, Formion, e porque se esfacelou
em uma tentativa de conquista
longínqua, da mesma maneira que o
poderio marítimo dos Persas.
Antecedentes
Logo que a invasão persa ficou
destruída, levantaram-se querelas
entre as diversas cidades gregas, que
em grande parte se voltaram contra
Atenas.
Atenas não teve nenhuma dificuldade
em manter sua hegemonia sobre a Gré
cia do Norte, em virtude de sua
superioridade marítima.
Antecedentes
• A liga estava organizada com Esparta como centro
principal, e era controlada pelo conselho de aliados,
que eram compostos de dois corpos. O primeiro
corpo era a Assembleia dos Espartanos, e o segundo
era o Congresso dos Aliados, no qual cada cidade-
Estado aliada possuía um voto independentemente
do tamanho da cidade-estado ou de sua força
geopolítica.
• Nenhum tributo era pago, exceto em casos de guerra,
onde um terço dos militares de um estado poderiam
ser requisitados. Apenas Esparta poderia convocar
um congresso da Liga. Todas alianças eram feitas em
Esparta, apenas, então, os estados membros tinham
que formar suas próprias alianças com os outros. E
apesar de que cada cidade-estado tinha um voto,
Esparta não era obrigada a obedecer qualquer
resolução que a Liga viesse a tomar.
• Por isso, a Liga do Peloponeso não era exatamente
uma "aliança" no sentido mais rígido da palavra (nem
era completamente peloponésia na totalidade de sua
existência).
• A liga promovia proteção e segurança a seus
membros, principalmente, a Esparta. Era uma aliança
muito estável que contava com o apoio
das oligarquias.
Guerra do Peloponeso
• Início do Confronto: 431 A. C

• Causa imediata: auxílio prestado por


Atenas aos corfiotas por ocasião de
uma guerra entre Corfú e Corinto que
por sua vez obteve o apoio de
Esparta.
Batalha de Corinto
• Vencedor dos espartanos e seus
aliados em vários combates,
principalmente na batalha do golfo de
Corinto (429 a.C), quando fez
inteligente manobra antes de atacar.
É considerado o pai da tática naval,
que, depois dele, passou a ser feita
pela combinação de choque e
movimento.
Batalha de Égospotamos
• Batalha Naval Travada em Terra.

• O golpe mortal foi assestado por


um almirante espartano, que
destruiu em 405, o que restava da
marinha ateniense.
Alexandre, o Grande
O estabelecimento do império macedónico
decorrente da ação político-militar de Alexandre
Magno pode ser perspectivado histórica e
geograficamente e para isso é obrigatório efetuar
uma análise operativa dividida em dois momentos
principais, finalmente interligados: por um lado, a
extensão do domínio macedónico na Grécia
continental e, por outro, as conquistas fora da
Grécia continental, primeiro na Ásia Menor e depois
nas regiões do Médio Oriente, objetivamente
territórios persas.
Alexandre, o Grande
O segundo momento (as conquistas fora da Grécia continental), já da
responsabilidade exclusiva de Alexandre, pode ser, por sua vez, decomposto em
várias etapas sucessivas.
Assim, desde logo, os três-quatro anos, entre 334-331 a.C., que
geograficamente correspondem à conquista das regiões das costas da Ásia
Menor (de Pela ao Egipto, pelo Helesponto), cujo objetivo era, no fundo,
quebrar toda e qualquer pretensão de ataques persas à Grécia por mar,
destruindo todas as suas bases marítimas e inutilizando, assim, o seu poderio
marítimo, reforçando em consequência o poder da monarquia macedónica e
libertando as cidades gregas da Ásia Menor, a designada «estratégia de
libertação».
Mar Neutralizado
• Assim como a ruptura das linhas de
comunicações marítimas pode implicar a
derrota de forças terrestres, como exposto
acima, pode-se neutralizar ou eliminar a ação
marítima por operações terrestres bem
orientadas. Claríssimo exemplo disso é a
campanha de Alexandre, o Grande, quando
saiu para a Ásia Menor, por via terrestre, para
conquistar o império persa.

• Claríssimo exemplo disso é a campanha de


Alexandre, o Grande, quando saiu para a Ásia
Menor, por via terrestre, para conquistar o
império persa.
Mar Neutralizado
• Partindo a princípio diretamente contra os persas,
Alexandre cruzou o Helesponto em 334 a.C. com
cerca de 35 mil homens, atingindo vitoriosamente
a cidade de Sardis, na Ásia Menor, que tomou.
• Sentindo, entretanto, que os persas ameaçavam
sua retaguarda com o poder naval de que
dispunham, Alexandre decidiu voltar-se para o
litoral antes de prosseguir pelo interior.
• É que os persas ameaçavam desembarcar na
Grécia, empregando sua ainda vasta esquadra, ao
mesmo tempo que ameaçavam as comunicações
de Alexandre com a Macedônia e impediam os
portos, que se submeteram aos gregos, de
exercerem o comércio marítimo.
Mar Neutralizado
• A estratégia de Alexandre aí foi inversa da de
Temístocles em Salamina. Avançou sobre o
litoral persa e dominou as bases da marinha
inimiga, impedindo-a de dispor dos recursos
que só nesses pontos encontraria. Afastado
esse perigo, pôde Alexandre completar a
conquista da Ásia persa, dirigindo-se para a
Mesopotâmia e o planalto do Irã, chegando a
atingir a Índia.
Mar Neutralizado
• Vêem-se assim dois tipos de ação claramente
distintos com um mesmo fim. Em um deles, o
mar usado para desarticular atividades
militares terrestres; noutro, a ação em terra
neutralizando o uso do mar. Ambos são
aspectos marítimos da defesa nacional.

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